O Partido Africado da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) afirma que a notificação do seu dirigente, Manuel dos Santos ‘Manecas’, pelo Ministério Público, para além de ser um grave atentado à liberdade de opinião e de exercício de cidadania pode ser considerada ainda como “um abuso de autoridade, servilismo e de defesa de interesses mesquinhos e pessoais ou de grupo”, nota o documento.
Em comunicado divulgado ontem, 17 de maio 2017, em Bissau, os libertadores acusam a Procuradoria-Geral República de não convocar para deporem outros responsáveis políticos que emitem graves acusações, ameaças e insinuações.
Como exemplos, o PAIGC cita o nome do Secretário-Geral do PRS, Florentino Mendes Pereira e o do Presidente da República, José Mário Vaz, que diz numa das suas intervenções públicas teria referido a forma como foi executado o cidadão Roberto Ferreira Cacheu.
No documento, o PAIGC garante que sempre defenderá o primado da verdade e da legalidade perante o que chama de convocação encomendada.
Neste sentido, em jeito de solidariedade para com Manuel dos Santos, o partido apela aos seus dirigentes, militantes, simpatizantes, combatentes da liberdade da pátria e o povo guineense, em geral, para acompanharem esta quinta-feira, o “Comandante Manecas” às instalações da antiga Procuradoria-Geral da República, em Bissau.
Na última segunda-feira, 15 de maio, foi noticiado que o Ministério Público abriu um processo judicial contra Manuel dos Santos, na sequência de uma entrevista dada ao jornal português, “Diário de Notícias”, na qual teria afirmado existir eminência de um golpe de Estado na Guiné-Bissau.
Informações disponíveis, e por confirmar indicam que Manuel dos Santos, ‘Manecas’, é ouvido esta quinta-feira, à tarde, na antiga Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau.
Por: Filomeno Sambú
OdemocrataGB
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