terça-feira, 7 de março de 2017
CONSELHO DE ESTADO: Tudo ao molho
A reunião desta segunda feira do Conselho de Estado da Guiné-Bissau terminou de forma inconclusiva após mais de três horas em que esteve em análise a situação política do país.
A reunião desta segunda feira do Conselho de Estado da Guiné-Bissau terminou de forma inconclusiva após mais de três horas em que esteve em análise a situação política do país.
Em declarações aos jornalistas à saída da reunião, alguns membros do órgão consultivo do chefe do Estado guineense, que falavam a título pessoal, explicaram o que se discutiu no encontro dirigido pelo Presidente, José Mário Vaz.
O líder do parlamento, Cipriano Cassamá, disse ter apresentado ao Presidente guineense uma proposta da sua autoria para a saída da crise política que assola o país há mais de ano e meio.
“Dentro de dias a minha proposta para saída da crise será conhecida”, enfatizou o líder do parlamento, adiantando tratar-se de uma sugestão com base no Acordo de Conacri, patrocinado pelos chefes de Estado de África Ocidental para acabar com impasse político na Guiné-Bissau.
Contudo, o líder do parlamento guineense queixou-se de a reunião do Conselho de Estado ter sido convocada com o “único propósito” de lhe insultar. Cipriano Cassamá disse que, mesmo com “o cenário bem montado”, entregou a José Mário Vaz a sua proposta para saída da crise.
O antigo primeiro-ministro e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, prometeu, para terça-feira, numa conferência de imprensa, falar “em substância” sobre o que se passou, mas adiantou não compreender bem a forma da reunião.
“A formatação da própria reunião visa objetivos que não ajudam à situação política nacional”, observou Domingos Simões Pereira, que disse rever-se nas explicações dadas pelo líder do parlamento sobre o que se passou no encontro.
Também conselheiro de Estado, Vítor Mandinga, atual ministro do Comércio e Promoção Empresarial, afirmou que não se pode aceitar que “nove deputados continuem a bloquear o país” em obediência às diretrizes do seu partido, o PAIGC.
Para Mandinga, que se encontra em rota de colisão com a direção do seu partido, o Partido da Convergência Democrática (PCD) — ao ponto de este não o reconhecer como seu representante no Conselho de Estado –, a crise interna do PAIGC “é o motivo de toda a palhaçada” no país.
Fontes que presenciaram o encontro disseram à Lusa que o Presidente guineense deverá convocar uma nova reunião do Conselho de Estado para data a indicar. Lusa
Publicada por António Aly Silva
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