Com objectivo de capacitar as estruturas regionais e outras organizações da sociedade civil, a direcção da “voz di paz” promoveu hoje (15 de Fevereiro) e com a duração de três dias, um seminário sobre a justiça restaurativa na Guiné-Bissau.
Á margem do encontro, a directora de “Voz di Paz” Filomena Mascarenhas afirma que a justiça não funciona no país por causa da fragilidade do estado.
“ Se queremos que haja justiça, haverá mas não podemos ter um estado «doente» como o nosso para pensar que só a justiça pode ajudar. Muitas das vezes acusamos que a justiça não funciona mas esquecemos que se o estado não funcionar, a justiça também não pode funcionar porque precisa de autoridade de estado para se inteirar”, diz a directora de “voz di paz”.
A responsável lembrou igualmente que muitas das vezes quando a justiça não for favorável a alguém, dizem que não serve.
Entretanto, a coordenadora do Fundo da Consolidação da Paz das nações unidas Janet Murdock sublinhou que o conceito da justiça restaurativa estava a faltar no país “ não que não existe mas não com essa terminologia”.
Por outro lado explicou que a justiça restaurativa significa não descriminar as pessoas que cometeram o mal, adiantando depois que “ não se trata de armazenar as pessoas porque cometeram o mal mas sim recuperar estas pessoas e reconhecê-los como ser humano”, explicou.
O encontro que se iniciou hoje vai terminar com um debate de alto nível sobre a matéria no próximo dia 21 deste mês.
Por: Nautaran Marcos Có
Radiosolmansi
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