(ANG) – O deputado do PAIGC, Hélder Barros disse à Lusa no final da reunião da Comissão Permanente que o seu partido «não podia dar a sua anuência para a discussão do programa de um Governo ilegal e inconstitucional».
A Comissão Permanente do Parlamento da Guiné-Bissau, composta de 15 elementos, chumbou na quarta-feira o pedido do governo para um debate do seu programa em sessão plenária do órgão.
Nove deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) votaram contra, e os restantes parlamentares do Partido da Renovação Social (PRS) votaram a favor do agendamento.
Em nome dos deputados do PRS, Artur Sanhá considerou ser este um «dia triste», por o PAIGC ter impedido a discussão do programa do governo liderado por Umaro Sissoco Embaló.
Sanhá defendeu que não compete à Comissão Permanente do Parlamento agendar ou não agendar aquela matéria, que disse ser de «interesse nacional».
O deputado do PRS propõe um «debate nacional sério, em busca de uma saída para a crise política que se vive na Guiné-Bissau».
O presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, disse lamentar a rejeição do debate do programa do Governo, que afirmou ser fruto da «persistência de desavenças entre as duas principais bancadas no Parlamento», PAIGC e o PRS.
Cipriano Cassamá disse ainda que já na quinta-feira vai solicitar uma audiência de trabalho ao chefe de Estado, José Mário Vaz, a quem vai levar uma proposta de solução para acabar com o impasse político.
ANG/Lusa
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