Os crimes de ódio começam a ser cada vez mais comuns.
Se dúvidas houvesse sobre o impacto perverso da eleição de Donald Trump e das suas políticas na sociedade, elas começam agora a desfazer-se. Depois de na sexta-feira o Presidente norte-americano ter assinado um decreto que prevê o controlo das fronteiras impedindo a entrada de cidadãos muçulmanos (vindos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen) os problemas já se fazem sentir.
Conforme o Notícias ao Minuto noticiou, cinco passageiros iraquianos e um iemanita foram proibidos de embarcar, este sábado, no Cairo num avião da EgyptAir que tinha como destino Nova Iorque.
Do lado americano, chega-nos o relato de uma agressão de um homem sobre uma mulher muçulmana. Segundo conta o Metro britânico, o caso aconteceu no aeroporto John F Kenedy, em Nova Iorque.
O homem terá ainda gritado que Donald Trump "vai correr com vocês todos", refere o mesmo jornal, baseando-se nas autoridades. Tudo terá acontecido na noite de quarta-feira quando o agressor, Robin Rhodes, de Massachusetts, abordou uma empregada, Rabeeya Khan, que usava um hijab.
Robin ter-se-á dirigido especificamente ao escritório de Rabeeya com violência. Perguntou-lhe se estava a rezar, ao que a mulher lhe respondeu: "O que é que eu lhe fiz?". "Você nada", respondeu-lhe antes de lhe dar um pontapé na perna.
"Trump está aqui agora. Vai livrar-se de vocês todos", continuou a ofensa, ao mesmo tempo que imitava gestos muçulmanos, em tom de gozo.Rhodes foi acusado de crime de ódio.
NAOM
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