quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Presidente da República diz que atual Governo vai até 2018

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou hoje que o Governo do primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, não será demitido e que vai até ao fim do seu mandato em 2018.


O chefe do Estado guineense deu estas indicações aos alunos de uma escola de formação profissional em Bissau, financiada pelo Governo brasileiro, que hoje visitou e onde abordou o seu percurso pessoal enquanto empresário.

Falando em crioulo, José Mário Vaz aproveitou para explicar aos alunos a sua visão empresarial e qual o valor do esforço e do trabalho para atingir o sucesso pessoal e profissional.

Prometeu apoio das autoridades aos melhores alunos da escola e ainda anunciou que o Governo de Umaro Sissoco Embaló não será demitido como reclamam quatro dos cinco partidos com representação parlamentar.

«Este Governo não vai cair nem o seu primeiro-ministro», observou José Mário Vaz, apontando para 2018 o fim do atual executivo com a realização de novas eleições legislativas.

Aos alunos da escola de formação profissional exortou para que se empenhem como o próprio fez quando, em 1982, chegou ao país vindo dos estudos em economia em Portugal para integrar a equipa do Banco Central, de onde sairia volvidos cinco anos para ser empresário.

José Mário Vaz contou que aprendeu numa formação na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI) que para se ser «uma pessoa importante na sociedade» ou se tem dinheiro ou se é um bom profissional.

«Como vi que, afinal, não era um grande economista, diante daqueles economistas seniores do FMI, decidi ser empresário para ter dinheiro», disse o Presidente guineense, incentivando os alunos da escola a trabalharem «com suor para que possam ser bons empresários».

José Mário Vaz afirmou que sempre quis ser conhecido na Guiné-Bissau, ainda que seja filho de alguém que não faz parte da elite do país, daí ter-se esforçado até chegar hoje a Presidente da República.

«Saí do anonimato até chegar a Presidente da República. Apenas consegui isso com o trabalho», notou José Mário Vaz, incentivando os alunos a seguirem o seu exemplo.

Vários partidos políticos criticaram a escolha de Umaro Embaló para primeiro-ministro, acusando o chefe de Estado de não respeitar o Acordo de Conacri, que estabelece um roteiro para a saída da crise política na Guiné-Bissau, que se arrasta há mais de um ano.

Por Lusa

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