sexta-feira, 11 de novembro de 2016

SOCIEDADE CIVIL MARCHA PARA PEDIR FIM DA CRISE POLITICA


O movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados da Guiné-Bissau em colaboração com outras organizações realizaram, na manhã desta sexta-feira (11/11), uma marcha pacífica para pedir o fim da crise. A marcha começou no palácio do governo e terminou na presidência da República

Este sábado completa 15 meses da crise e a sociedade civil pede urgentemente o fim da crise política. Os manifestantes com apitos, camisolas brancas e lenços bancos nas mãos e no pescoço gritam pelo fim da crise e tinham dísticos onde, entre outros, se podia ler “povo i ka lixo”, (povo não é lixo).

Neste momento centena de pessoas estão juntadas na praça de império onde é colocada uma plataforma e a palavra de ordem continua a ser a dissolução do parlamento.

A marcha desta vez, em comparação com a manifestação realizada no passado dia sábado, está a ter mais aderência e está a ser assegurada por forte dispositivo de segurança que acompanharam os manifestantes desde o ponto de partida.

Uma parte da via que dá acesso a palácio de império onde fica situado o palácio da república, foi cortada e impedida a circulação de viaturas.

O movimento promete suspender as manifestações às 23 horas de Bissau devendo ser continuada na próxima semana e ameaça colocar tendas de acampamento de permanecer em frente ao palácio da república se, na segunda, não ser concluída com êxito a reunião do conselho de estado onde está a ser discutida a consequente nomeação de um novo chefe de governo, segundo o acordo de Conacri.

O politólogo Rui Jorge Semedo, comentador político da Rádio Sol Mansi (RSM), ouvido esta sexta-feira, disse que os responsáveis do país devem levam em conta as reivindicações da sociedade civil que poderá levar a situações mais graves.

Segundo ele estas manifestações devem ser controladas porque “o povo quando quer as suas vozes são ouvidas” o presidente não deverá ver estas manifestações feitas num plano mais reduzido como uma ameaça a sua governação porque o povo poderá mudar a situação.

“Temos uma sociedade que demorou para reagir e todos sabemos qual a capacidade do povo guineense quando é chegado o momento em que as pessoas não se sentem confortável com uma certa situação”, alerta Rui Jorge que lembra que o movimento poderá ser maior do que verificado nestes momentos iniciais.

Lembramos que esta quinta-feira e sexta-feira as escolas privadas do país fecharam as suas portas em jeito de solidariedade para com os alunos das escolas públicas que estão em greve e também em jeito de reposta ao apelo feito pelo Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados em colaboração com a rede das escolas privadas guineense.

E os antigos ministros na governação de Carlos Correia e de Domingos Simões Pereira também solidarizam com os jovens com lenços brancos nas mãos que simboliza a paz que juntam as vozes pedindo a resolução deste impasse, num momento em que a reunião do conselho de Estado foi suspensa, pela segunda vez, devendo ser retomada na próxima segunda-feira.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

Radiosolmansi

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