Por LUSA
Apesar de um relatório divulgado recentemente pela Comissão Europeia considerar que a Ucrânia - país que está há quase quatro anos a tentar debelar uma invasão da Federação Russa - está "fortemente empenhada" no caminho de adesão à UE e que está a reformar o país, Budapeste continua a ser a 'pedra no sapato', respetivamente nas negociações dos capítulos obrigatórios.
Diplomatas dinamarquês disseram à Lusa que a reunião tem como propósito avançar no processo de adesão da Ucrânia, após a obtenção do estatuto de país candidato em 2022.
A reunião de dezembro visa, assim, desbloquear essas negociações, congeladas pelo veto do governo húngaro, numa votação que é feita por unanimidade.
A Hungria, que justifica a posição com preocupações políticas e culturais, tem vindo a opor-se à adesão do país à UE.
O governo ultranacionalista húngaro, liderado por Viktor Orbán, alega que Kiev não respeita plenamente os direitos da minoria húngara que vive na região da Transcarpátia, nomeadamente em questões linguísticas e educativas.
Além disso, Budapeste tem mantido uma postura crítica face às sanções europeias contra a Rússia e à política externa da UE relativamente ao conflito na Ucrânia, procurando preservar interesses energéticos e diplomáticos próprios.
Esta posição tem criado tensões dentro do bloco comunitário, atrasando o consenso necessário para avançar com o processo de adesão ucraniano.
A Ucrânia foi invadida pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
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