O alerta chegou às autoridades por volta das 6:45 desta quarta-feira. As autoridades competentes levaram o corpo para o Instituto de Nacional de Medicina Legal, onde vai ser analisado ao mais ínfimo detalhe. Para já, pouco se sabe sobre o que aconteceu.
Mas como é que se faz a identificação de um cadáver sem cabeça?
Na antena da SIC Notícias, a médica de Medicina Legal Sara Vilão explica que há várias formas de proceder à identificação de um corpo, começando por, por exemplo, elementos identificativos como tatuagens ou marcas de nascença.
Para além destes elementos, e dado que não é possível aplicar técnicas de medicina dentária forense devido à ausência da “região encefálica”, a identificação também pode ser feita através das impressões digitais.
“No nosso trabalho não há qualquer margem para dúvida”, explica a médica.
Sobre o tempo que este processo de identificação pode demorar, acrescenta que, em geral, havendo suspeitas sobre pessoas desaparecidas, é relativamente rápido.
“Uma coisa já se percebeu: o crime não foi cometido ali”
O especialista em psicologia criminal Carlos Alberto Poiares afirma que o corpo terá sido “despejado” no local.
“Uma coisa já se percebeu: o crime não foi cometido ali, o corpo foi lá despejado. Se fosse decapitado naquele local haveria seguramente um cenário diferente.”
Questionado sobre o porquê de não ter sido encontrada a cabeça, Carlos Alberto Poiares afirma que o objetivo poderia ser retardar a identificação da vítima.
“Pode ser um caso de assinatura ou uma situação que implique um ritual ou fantasia. Há muitas hipóteses e não é possível apontar qual a mais aproximada da realidade”, acrescenta.
No dia em que um corpo decapitado foi encontrado em pleno centro da cidade de Lisboa, Gustavo Silva, comentador da CNN Portugal, afirma que este tipo de crimes "acontece num contexto muito específico" e deixa um alerta à população: "É macabro e hediondo, mas as pessoas devem continuar tranquilas".

.webp)
Sem comentários:
Enviar um comentário