sábado, 4 de maio de 2024

Kremlin alerta que uso de armas britânicas na Rússia é "escalada direta"

© ALEXANDER NEMENOV/AFP via Getty Images
Por Notícias ao Minuto  03/05/24

Em causa estão declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, que afirmou que a Ucrânia "tem direito" a usar armas fornecidas pelos britânicos contra alvos no interior da Rússia.

O Kremlin alertou, esta sexta-feira, que o uso de armas britânicas contra alvos em território russo representa uma "escalada direta da tensão" provocada pela guerra na Ucrânia e pode "constituir um perigo para a segurança europeia".

Em causa estão declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, que afirmou que a Ucrânia "tem direito" a usar armas fornecidas pelos britânicos contra alvos no interior da Rússia.

"Como a Rússia está a atacar dentro da Ucrânia, compreende-se perfeitamente que a Ucrânia sinta necessidade de se defender", disse o ministro, citado pela agência de notícias Reuters, no mesmo dia em que prometeu dar três mil milhões de libras (3,5 mil milhões de euros) por ano ao país invadido pela Rússia "enquanto for necessário".

Para o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em causa está uma "escalada direta da tensão em torno do conflito ucraniano, que pode constituir um perigo para a segurança europeia, para toda a arquitetura de segurança europeia".

Também a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, considerou que as declarações de Cameron provam que o "Ocidente está a travar uma guerra secreta contra a Rússia pelas mãos dos ucranianos".

"Esta é a primeira vez que um político ocidental reconhece tão francamente o que há muito é um segredo bem conhecido da maioria dos países do mundo: Que o Ocidente está a travar uma guerra secreta contra a Rússia pelas mãos dos ucranianos", disse, citada pela Reuters, acrescentando que a "Rússia responderá se a Ucrânia lançar ataques contra o território russo com armas britânica".

Sublinhe-se que a guerra foi desencadeada pela invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, entre outros objetivos.



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