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POR LUSA 25/05/23
Ucrânia. Grupo russo anti-Kremlin reivindica nova incursão na Rússia
O Corpo de Voluntários da Rússia, um dos dois grupos de combatentes apoiados por Kyiv que realizaram uma incursão em território russo na segunda-feira, anunciou hoje que voltou a entrar na região de Belgorod.
Num vídeo no Telegram, dois indivíduos em uniformes militares afirmam que "estão de volta à pátria", em frente ao que o órgão ucraniano Kyiv Independent diz parecer uma agência dos correios russa.
Uma placa no prédio mostra o nome de Glotovo, cidade russa localizada a cerca de cinco quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
"Mais uma vez, entrámos em território russo, seja lutando ou não, isso não importa", diz um dos homens no vídeo, acrescentando posteriormente que os propósitos desta causa já se sentem em todo o país e que os cidadãos podem esperar por estes grupos nas suas cidades.
Na segunda-feira, dois grupos paramilitares, autodenominados Corpo Voluntário Russo e Legião Russa Livre, anunciaram que tinham entrado 42 quilómetros em território russo, enquanto o Ministério da Defesa russo afirmou que 70 sabotadores foram eliminados numa "operação antiterrorista".
Os grupos que combatem do lado ucraniano e que assumiram a autoria a incursão nos últimos dias na região fronteiriça russa vangloriaram-se na quarta-feira pelo "sucesso" da sua operação que afirmam ter evidenciado as fragilidades russas.
Falando a jornalistas no norte da Ucrânia, perto da fronteira russa, o fundador de um desses grupos, Denis Kapustin, do Corpo de Voluntários da Rússia, disse que entrar na Rússia e regressar à Ucrânia "pode ser considerado um sucesso".
O ataque a que se referem os combatentes pró-ucranianos ocorreu na segunda-feira na região de Belgorod, quando Moscovo denunciou a incursão de grupos de "sabotadores" provenientes da Ucrânia, o mais grave incidente deste tipo, que foi alegadamente acompanhado por bombardeamentos ucranianos.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). idades russas e que provocaram um morto e 13 feridos.