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Por SIC Notícias 28/11/23
Mais de 700 migrantes sem vistos nem documentação legal, na sua maioria provenientes do Médio Oriente e de África, chegaram à Finlândia este mês. A Finlândia partilha a mais longa fronteira europeia com a Rússia a seguir à Ucrânia.
O Governo da Finlândia anunciou esta terça-feira o total encerramento da fronteira com a Rússia a partir de quinta-feira e durante duas semanas, em resposta à atual crise migratória no norte da Europa e da qual Helsínquia acusa diretamente Moscovo.
Numa conferência de imprensa, o primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, indicou que o posto fronteiriço de Raja-Jooseppi, o único que permanecia operacional, vai encerrar na madrugada de quinta-feira até 13 de dezembro.
"A Rússia provocou esta situação e também pode acabar com ela", acrescentou Orpo, ao reconhecer que esta medida do Governo tem por objetivo controlar de imediato as "atividades híbridas de influência russa".
A ministra do Interior, Mari Rantanen, sublinhou, por sua vez, que o encerramento total da fronteira com a Rússia constitui uma medida "necessária" em nome da segurança nacional, apesar de o Governo ter reconhecido que a decisão foi difícil de assumir.
As autoridades da Finlândia anunciaram no decurso do mês de novembro o encerramento de todos os postos fronteiriços com a Rússia à exceção de Raja-Jooseppi, situado no extremo norte do país e de difícil acesso devido às condições meteorológicas da região.
Mais de 700 migrantes sem vistos nem documentação legal, na sua maioria provenientes do Médio Oriente e de África, chegaram à Finlândia este mês, aumentando exponencialmente o número habitual de entradas.
A Finlândia partilha a mais longa fronteira europeia (1.340 quilómetros) com a Rússia, a seguir à Ucrânia.
Ontem, a Finlândia ameaçou encerrar o último posto fronteiriço com a Rússia, caso Moscovo continuasse a encaminhar imigrantes sem documentos.
A Finlândia encerrou no espaço de duas semanas todos os postos fronteiriços com a Rússia, exceto o mais a norte, que faz fronteira com a região russa de Murmansk, no Ártico.
O Governo finlandês entende que a Rússia tem como objetivo desestabilizar o país, afirmando que se trata de uma "ação sistemática organizada pelas autoridades russas".
As relações entre os dois vizinhos deterioraram-se consideravelmente desde fevereiro de 2022, conjuntamente com a ofensiva russa na Ucrânia, um ataque que levou à Finlândia, preocupada com a sua própria segurança, a aderir à NATO em abril de 2023, levando Moscovo a ameaçar tomar "contramedidas".
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