O ativista Filinto Vaz Vieira, raptado e preso no mês passado, foi libertado ontem (quinta-feira), após 14 dias de prisão na Esquadra de Polícia do Bairro Militar, em Bissau, supostamente a mando do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian.
A informação foi tornada pública pela Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) na sua página oficial do Facebook, na qual a organização revela que Vaz Vieira foi apresentado ao Ministério Público ontem, e posteriormente o magistrado ordenou a sua libertação.
"Após 14 dias de detenção abusiva, ilegal e arbitrária, supostamente a mando do Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, o Filinto Vaz Vieira foi apresentado hoje ao Ministério Público que ordenou a sua libertação imediata" refere a LGDH.
A organização não governamental mostrou-se satisfeita com esta decisão judicial e encoraja a vitima a mover um processo judicial contra os seus raptores e o mandante.
Por fim, a LGDH reitera a sua firme condenação aos sistemáticos atos de raptos, espancamentos e detenções arbitrárias dos cidadãos, perante um olhar cúmplice do regime, e disse que estes atos constituem uma afronta aos princípios estruturantes do estado de direito.
O ativista Filinto Vaz Vieira tem criticado na sua página oficial do Facebook as acções do atual regime no poder na Guiné-Bissau, principalmente primeiro-ministro, relativamente à situação sóciopolitica do país.
Segundo a informação da LGDH, o ativista guineense foi raptado e preso na noite de 26 de Janeiro, na sua residência em Nhacra, cerca de 30 Km de Bissau.
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