terça-feira, 9 de agosto de 2022

O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló, recebeu em audiência, a missão das Nações Unidas chefiada pela Sra. Amina J. Mohammed - Secretária Geral Adjunta das Nações Unidas, e pelo Sr. Mahamat Saleh Annadif Representante Especial do Secretário Geral das Nações Unidas para a África Ocidental e o Sahel.

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

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Abulai Djaura Presidente da RENAJ aproveitou a ocasião de apresentar o evento da Escola Nacional do Voluntariado que começará no dia 14 à 25 de agosto na região do Gabu.

Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló, condecorou hoje, a Embaixadora da União Europeia na Guiné-Bissau, no fim da sua missão.

A Senhora Sónia Neto, Embaixadora da União Europeia na Guiné-Bissau, foi agraciada com a medalha “ORDEM NACIONAL DAS COLINAS DO BOÉ” como expressão do justo reconhecimento do Estado guineense pelo cumprimento exemplar da sua missão.

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  JORNAL ODEMOCRATA  09/08/2022  

A embaixadora da União Europeia, Sónia Neto, foi agraciada esta terça-feira, 09 de agosto, com a medalha da Ordem Nacional das Colinas Boé pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló. 

A diplomata está no país desde o ano 2019 como embaixadora da União Europeia e será substituída por Letão Artis Bertulis.  

No ato, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, disse que Sónia Neto soube, ao longo da sua missão na Guiné-Bissau, desempenhar com neutralidade a sua função, lembrando que a embaixadora é a segunda figura diplomática a ser honrada no país com a medalha Colinas de Boé e espera que a diplomata leve boa imagem do país.

Por sua vez, Sonia Neto considerou generoso e solitário o povo guineense na luta pela paz e que o maior desígnio da sua missão foi o de bem servir a Guiné-Bissau e assim honrar o compromisso da união europeia para com o povo guineense. 

“Só há um caminho para a União Europeia. E o caminho é estarmos ao lado da Guiné-Bissau e do seu povo, sermos ramos do mesmo tronco, olhos da mesma luz pois esta terra é a força da nossa união” disse, realçando a relação de confiança e de responsabilidade com o governo guineense, traçando projetos que ajudam na edificação da sociedade e torná-la mais equilibrada, onde a dignidade do ser humano não pode e nem deve ser abalada.

Para Sónia, a assunção do país da presidência rotativa da CEDEAO demonstra a influência do Presidente Sissoco e faz da Guiné-Bissau tornar-se no primeiro país lusófono a presidir a organização, tendo realçado também as visitas de chefes do Estados dos países que fazem parte da União Europeia a Guiné-Bissau.

Refira-se que a União Europeia nomeou no passado dia 08 de junho de 2022, o Letão Artis Bertulis para suceder no cargo Sónia Neto.

Por: Epifânia Mendonça

Foto: Cortesia da Presidência


FERNANDO GOMES ADMITE QUE CÂMARA MUNICIPAL DE BISSAU É UMA “INSTITUIÇÃO FALIDA “ E “DESORGANIZADA”

 JORNAL ODEMOCRATA  09/08/2022  

O Ministro da Administração Territorial e Poder Local admitiu esta terça-feira, 09 de agosto de 2022, que a Câmara Municipal de Bissau (CMB)  transformou-senuma instituição  “falida” e desorganizada, resultado da má gestão  da antiga direção.

O governante falava depois da visita ao espaço verde do Bairro de Ajuda, para  constatar o que se passa naquele espaço, tendo criticado o fato de o espaço verde ter sido transformado num espaço para  “construções clandestinas”.

“Devido à desconcentração das pessoas no período muito crítico da Covid-19, alguns vendedores foram deslocados pelo governo do mercado de Bandim para, provisoriamente, ocuparem o espaço até que a situação  se normalizasse, mas outros sem nenhuma autorização e  à margem da lei decidiram fazer construções clandestinas no espaço ”, criticou. 

O titular da pasta da Administração Territorial e Poder Local anunciou que serão  tomadas algumas diligências para descobrir como os atuais ocupantes adquiriram o espaço, bem como  quem os autorizou a  construírem cacifos no espaço verde.

Fernando Gomes defendeu que é preciso evitar aglomeração de pessoas no espaço , porque “ o espaço foi cedido temporariamente com o objetivo  específico, não para  construções clandestinas”. 

Criticou o estado em que se encontra o espaço e avisou que, caso não seja resolvido o problema num curto espaço de tempo, serão tomadas medidas  e consequente responsabilização da anterior direção pela má gestão da CMB.

Questionado sobre a situação de lixos amontoados nas ruas de Bissau, Fernando Gomes  reconheceu que nos últimos dois meses a situação de lixos nas ruas de Bissau  tem sido uma grande dor de cabeça, mas graças ao empenho e esforço da nova direção da Câmara Municipal de Bissau, a situação poderá ser ultrapassada em breve.

Por: Carolina Djemé/ Simaira Tavares de Carvalho.

Fotos: F.S

Rússia lança satélite iraniano alvo de acusações ligadas à guerra

© Lusa

Notícias ao Minuto  09/08/22 

A Rússia vai colocar hoje em órbita um satélite de observação iraniano, que fontes militares ocidentais disseram poder ser utilizado pelo Kremlin para apoiar a invasão da Ucrânia, uma acusação negada pelo Irão.

O lançamento do satélite Khayyam, através de um foguete Soyuz, está programado a partir da base russa de Baikonur, no Cazaquistão, às 10:52 (06:52 em Lisboa), segundo a agência espacial russa, Roscosmos.

O satélite, batizado em homenagem ao poeta e estudioso persa Omar Khayyam (1048-1131), visa "monitorizar as fronteiras do país", melhorar a produtividade agrícola, controlar os recursos hídricos e desastres naturais, segundo a agência espacial iraniana.

Há uma década que o Irão enfrenta uma seca, atribuída às mudanças climáticas, que causou crescentes disputas por recursos hídricos e terras com melhor acesso à água.

Os Estados Unidos têm acusado o programa espacial iraniano de se destinar a fins mais militares do que comerciais, enquanto Teerão garante que as suas atividades aeroespaciais são pacíficas e respeitam as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Em 04 de agosto, fontes militares ocidentais não identificadas disseram ao jornal norte-americano Washington Post que a Rússia "pretende usar o satélite por vários meses" para apoiar a invasão da Ucrânia, antes de ceder o controlo do satélite ao Irão.

"Todas as ordens relacionadas ao controlo e operação deste satélite serão emitidas, a partir do primeiro dia e imediatamente após o lançamento, por especialistas iranianos baseados no Ministério das Comunicações iraniano", disse a agência espacial iraniana, em comunicado, no domingo.

"Nenhum país terceiro pode aceder aos dados" enviados pelo satélite através de um "algoritmo de encriptação", assegurou a agência, que descreveu a notícia do The Washington Post como tendo afirmações "falsas".

Em outubro de 2005, a Rússia já havia lançado o primeiro satélite iraniano, Sina-1, da base de Plesetsk, no noroeste da Rússia.

O Khayyam será lançado três semanas após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter visitado o Teerão, em 19 de julho, onde se encontrou com o homólogo iraniano, Ebrahim Raisi, e com o líder do Irão, aiatola Ali Khamenei, que pediu o fortalecimento da "cooperação a longo prazo" com a Rússia.

Em junho de 2021, Putin refutou uma notícia do Washington Post, que alegava que Moscovo iria fornecer um satélite sofisticado ao Irão para melhorar as suas capacidades de espionagem.

A Guarda Revolucionária do Irão anunciou em março o lançamento de um novo satélite de reconhecimento militar, Nour-2, após o lançamento do primeiro, Nour-1, em abril de 2020.

O lançamento do Khayyam ocorre num momento em que decorrem na capital austríaca, Viena, conversações sobre o programa nuclear iraniano, entre o Irão, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha.


ONU deve pedir aos EUA ações imediatas para erradicar racismo estrutural


© Lusa

Por LUSA  08/08/22 

Duas organizações não-governamentais (ONG) apelaram hoje ao Comité das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial que peça ao Governo dos Estados Unidos "medidas imediatas e tangíveis para desmantelar o racismo estrutural" no país.

O apelo consta do relatório conjunto da Human Rights Watch (HRW) e União Americana das Liberdades Civis (ACLU), no âmbito da análise do comité sobre a aplicação nos Estados Unidos da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, com sessões marcadas para 11 e 12 de agosto em Genebra.

"Décadas após os EUA se terem comprometido a pôr fim à discriminação racial, o racismo sistémico continua a infetar as nossas instituições", sustentou o diretor do Programa de Direitos Humanos da ACLU.

"A administração [do Presidente, Joe Biden] demonstrou que pode reconhecer o problema, mas chegou o momento de tomar medidas mais arrojadas para transformar radicalmente estes sistemas abusivos e implementar plenamente as obrigações dos EUA em matéria de direitos humanos", acrescentou Jamil Dakwar.

No comunicado conjunto das duas ONG, lembra-se que Biden declarou que o "racismo sistémico" é "corrosivo, (...) destrutivo e dispendioso" quando adotou uma ordem executiva destinada a alcançar a equidade racial nos Estados Unidos.

"É também o primeiro Presidente dos EUA a comemorar oficialmente o massacre racial de Tulsa de 1921. No entanto, a sua administração não adotou uma ordem executiva para criar uma comissão para estudar a necessidade de compensações"

Ao abrigo da convenção antirracismo, assinada em 1994 pelos norte-americanos, "os EUA são obrigados a fornecer soluções eficazes, incluindo compensações por discriminação racial, incluindo a discriminação estrutural contínua que decorre dos legados da escravatura", salientaram.

"Na ausência de uma ação do Congresso (...), o Presidente (...) deveria estabelecer a comissão para estudar e desenvolver compensações para os legados da escravatura através da ordem executiva", disse o especialista e defensor de justiça racial na Human Rights Watch Dreisen Heath.

No relatório, a ACLU e a Human Rights Watch "detalham as políticas enraizadas nos Estados Unidos que prejudicaram desproporcionadamente grupos raciais não brancos, especialmente os afro-americanos, incluindo aquelas que conduzem ao encarceramento em massa, aos assassínios e abusos por parte das forças de segurança, e às políticas que afetam a educação, a saúde e os direitos reprodutivos".

No mesmo documento, são nomeados os efeitos negativos destas políticas, que se traduzem em desigualdades financeiras e na educação, discriminação social e no sistema judicial.