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© Reuters
Por LUSA 03/08/22
A Amnistia Internacional denuncia, em comunicado, a existência de novas prisões arbitrárias e uso excessivo da força pelas autoridades da Guiné-Conacri como resposta às grandes manifestações e pede a libertação dos detidos e investigação dos casos de vítimas de tiros.
Este comunicado surge como uma resposta "às prisões e detenções arbitrárias de membros da Frente Nacional de Defesa da Constituição (FNDC) e à onda de violência policial durante as manifestações em Conacri em 28 de julho, que deixou cinco mortos e pelo menos mais três feridos por tiros", afirma Fabien Offner, investigador do escritório da Amnistia Internacional na África Ocidental e Central, citado na nota.
"As autoridades guineenses devem pôr fim a este uso excessivo da força ao responder a manifestações de grande escala, incluindo a que ocorreu na quinta-feira, 28 de julho, quando cinco pessoas perderam a vida", sublinha.
Na nota, o mesmo responsável da organização pede também "a libertação imediata e incondicional dos presos arbitrariamente detidos e a retirada das acusações".
"Segundo depoimentos recolhidos e documentados pela Amnistia Internacional, a polícia disparou munições reais contra os manifestantes que protestavam nas ruas de Conacri", sublinha.
Por isso, a Amnistia Internacional "lembra às autoridades que, de acordo com o direito internacional, o uso da força no policiamento deve ser estritamente necessário e proporcional, e que o uso de armas de fogo é proibido a menos que haja ameaça iminente de morte ou ferimentos graves".
Além disso, a organização de defesa dos direitos humanos defende que "as autoridades devem conduzir investigações eficazes, independentes e imparciais sobre os casos suspeitos de vítimas de disparos de arma de fogo e, após a conclusão dessas investigações, devem processar e julgar os suspeitos em julgamentos justos em tribunais competentes, independentes e imparciais".
No dia 28 de julho, o FNDC, organização da sociedade civil, convocou uma manifestação para denunciar a forma unilateral como está a ser governado o país no período de transição, após o golpe de Estado.
A violência eclodiu entre a polícia e os manifestantes e, de acordo com um comunicado das autoridades, cinco pessoas morreram e várias outras foram detidas, incluindo dois membros do FNDC e um líder do partido político UFR, recorda a organização na nota.
A 29 de julho, foi instaurado um processo judicial contra Oumar Sylla, aliás Foniké Menguè, Ibrahima Diallo e Saikou Yaya Barry, por protesto ilegal, destruição de imóveis públicos e privados, incitação à multidão, agressão, obstrução à liberdade de circulação e cumplicidade, e na noite de 30 para 31 de julho, os ativistas foram detidos, encontrando-se ainda presos numa prisão civil em Conacri.
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© Getty
Por LUSA 03/08/22
O governo congolês pediu às Nações Unidas que assegurem que o seu porta-voz na República Democrática do Congo (RDCongo) deixe o país "o mais rapidamente possível", numa carta oficial assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Christophe Lutundula.
"O governo apreciará muito (...) se forem tomadas providências para que Mathias Gillmann deixe o território congolês o mais depressa possível", escreveu Lutundula na missiva dirigida à chefe do Monusco, a diplomata da Guiné-Conacri, Bintou Keita.
"A presença deste funcionário em território nacional não é suscetível de fomentar um clima de confiança mútua e serenidade, tão essencial entre as instituições congolesas e a Monusco", afirma Lutundula na carta a que a agência France Presse teve acesso.
"Os comentários feitos por Gillmann à RFI em que afirmou que a Monusco não tem os meios militares para fazer face ao [movimento rebelde] M23 estão na raiz da tensão atual. Pedimos à Monusco, de forma amigável, que ele deixe o país", afirmou à AFP uma fonte governamental, que recusou ser identificada.
Desde 25 de julho, vários grupos de manifestantes têm vindo a saquear instalações da missão da ONU, que se encontra na RDCongo desde 1999.
Quatro capacetes azuis foram mortos em Butembo e, pelo menos, 28 manifestantes morreram no Goma, Butembo e Kanyabaonga, no Norte do Kivu. Quatro outros manifestantes foram eletrocutados em Uvira, no Kivu do Sul, quando uma manifestação em que participavam foi dispersa pelas forças de segurança.
A Monusco é uma das maiores missões das Nações Unidas destacadas no mundo, com cerca de 14.000 soldados presentes em várias cidades do leste.
Desde 2019, movimentos pró-democracia e alguns funcionários locais eleitos têm vindo a apelar à partida da Monusco, que acusam de se recusar a combater os cerca de cem grupos armados ativos no leste da RDCongo.
O encontro formal teve o momento fraternal entre o Professor e aluno, uma vez que a sua Excelência Presidente da República, foi aluno enquanto estudante na faculdade do Professor Fernando Seara.
Foram deixadas lembranças da seleção portuguesa, do Benfica e a declaração final dos QUADEM.
Bem haja !
© iStock
Por LUSA 03/08/22
Um total de 21 aviões militares chineses entraram na Zona de Identificação da Defesa Aérea de Taiwan na terça-feira, informou hoje o Ministério da Defesa da ilha em comunicado.
As incursões de aviões chineses aconteceram no dia em que a líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos chegou a Taipé, no âmbito de uma visita à Ásia.
Nancy Pelosi é a mais importante responsável norte-americana a visitar a ilha em 25 anos. A China, que considera Taiwan parte do seu território, chamou à visita uma grande provocação e ameaçou os Estados Unidos de retaliação.
Os Estados Unidos já disseram estarem "preparados" para uma resposta da China.
© iStock
Por LUSA 03/08/22
O programa nuclear do Irão está a progredir "muito, muito rapidamente", tanto em capacidade como em "ambição", disse terça-feira o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi.
"Têm um programa nuclear muito ambicioso, amplo e tecnologicamente sofisticado. É isso que têm e eu tenho de verifica-lo em todos os aspetos", afirmou o responsável da agência nuclear da ONU, encarregada de verificar se Teerão cumpre com os seus compromissos.
Em conferência de imprensa, Grossi lembrou que esse trabalho tem sido dificultado nos últimos tempos, principalmente após o Governo iraniano ter desmantelado, em junho, uma série de câmaras de videovigilância e sensores que a AIEA tinha colocado em várias instalações nucleares do país.
"Isto significa que durante um logo período, agora quase de dois meses, vimos ser significativamente reduzida a nossa visibilidade em determinadas instalações", explicou o diplomata argentino, destacando que, nesse período, podem ter sido realizadas muitas atividades que a AIEA não está em condições de confirmar.
Nesse sentido, advertiu que, se houver um consenso para reativar o acordo nuclear de 2015, será necessário que Teerão e AIEA cheguem a um acordo para verificar central por central.
"Isso adicionou outro nível de complexidade ao problema", admitiu Grossi, insistindo que "palavras bonitas não chegam" quando se discute a questão nuclear e que é necessário haver total transparência e cooperação.
Por outro lado, o chefe da AIEA evitou comentar as declarações feitas na segunda-feira pelo chefe da Agência de Energia Atómica do Irão (AEAI), Mohamed Eslami, que garantiu que o país tem capacidade técnica para produzir uma bomba atómica, mas não tem a intenção de o fazer.
O acordo nuclear de 2015 limitava o programa atómico iraniano em troca do levantamento de sanções, mas, em 2018, o então presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou o programa e voltou a impor medidas restritivas ao Irão.
Teerão respondeu um ano depois com a aceleração dos seus esforços nucleares e o enriquecimento de urânio.
Desde o ano passado, o Irão negoceia indiretamente com os EUA, através de cinco outras potências envolvidas no pacto, para restabelecer o acordo atómico.
© Getty Images
Por LUSA 03/08/22
Vários candidatos apoiados pelo ex-Presidente norte-americano Donald Trump venceram as primárias republicanas esta terça-feira, avançando como candidatos do partido para as intercalares de novembro em estados como Kansas, Michigan ou Arizona.
Do lado democrata, vários progressistas tiveram sucesso nas urnas e conseguiram as nomeações para irem a votos em novembro.
A noite eleitoral foi uma das mais importantes do ano antes das eleições intercalares e mostrou que o apoio de Trump ainda é um selo importante para os republicanos que querem ser nomeados pelo partido, em posições que vão desde o Senado à Câmara dos Representantes e governos estaduais.
No Michigan, venceu a candidata apoiada por Donald Trump Tudor Dixon, que será a nomeada republicana a governadora do estado. Vai enfrentar a democrata Gretchen Whitmer, que também conquistou a nomeação.
Nas corridas aos distritos da Câmara dos Representantes pelo Michigan, vários republicanos que votaram contra o 'impeachment' [processo de destituição) de Trump e receberam o apoio do ex-Presidente avançaram nas primárias.
No Kansas, o procurador-geral Derek Schmidt, apoiado por Trump, será o candidato republicano a governador. Irá a votos contra a democrata Laura Kelly em novembro, numa corrida que promete ser competitiva.
No Arizona, Paul Gosar -- apoiado por Trump -- será o candidato republicano para representar o 9.º distrito do congresso na Câmara dos Representantes.
Este estado, que em 2020 votou em Joe Biden, com uma margem apertada, teve algumas das primárias mais importantes da noite. Blake Masters, apoiada por Trump, lidera na contagem de votos para a nomeação ao Senado. John Gibbs, também favorecido por Trump, lidera contra Peter Meijer no 3.º distrito, depois ter votado a favor do 'impeachment'.
E Mark Finchem, um seguidor do movimento extremista QAnon e apoiado por Trump, vai na frente para assegurar a nomeação a secretário de Estado do Arizona, uma posição-chave com poder crítico para decidir o processo eleitoral e a certificação de resultados. Finchem é um negacionista da vitória de Joe Biden.
Só a candidata apoiada por Trump Kari Lake está a perder contra Karrin Taylor Robson -- apoiada pelo ex-vice-Presidente Mike Pence -- na contagem dos votos para candidata a governadora do Arizona.
No Missouri, os republicanos ficaram mais perto de manter o lugar no Senado com a vitória do procurador-geral Eric Schmitt, que ganhou as primárias derrotando o ex-governador Eric Greitens, envolto em polémica, e Vicky Hartzler. Não ficou claro quem Donald Trump apoiou, visto que o ex-Presidente emitiu um comunicado a pedir "votem no Eric" numa corrida com dois Eric.
Uma análise da plataforma agregadora FiveThirtyEight indicou que pelo menos 17 candidatos republicanos que ganharam as primárias esta noite são negacionistas da legitimidade da eleição de Joe Biden, promovendo teorias incorretas de que houve fraude.
Do lado dos democratas, vários progressistas avançaram nas primárias. Foi o caso de Rashida Tlaib, membro do famoso 'esquadrão' progressista no Congresso, que será a candidata democrata ao 12.º distrito do Michi.gan na Câmara dos Representantes.
Foi também o que aconteceu com Cori Bush, que vai ser a candidata democrata ao 1º distrito no Missouri, e Pramila Jayapal pelo 16.º distrito de Washington.
As eleições intercalares de novembro vão decidir o controlo do Congresso. Enquanto os republicanos sejam favoritos a tomarem a maioria na Câmara dos Representantes, os democratas ganharam uma ligeira vantagem nas últimas semanas para manterem o controlo do Senado.
PAIGC BASE CACÉM
São convocados os Membros da Comissao Permanente do PAIGC para uma Reunião Extraordinária a ter lugar Sexta-feira, 5 de Agosto de 2022, na Sala das Reuniões deste órgão. No mesmo dia, pelas 16 Horas, sao convocados através deste mesmo expediente, os Membros do Comité Central para uma Reunião Extraordinária a ter lugar no Salão Nobre Amilcar Cabral na Sede Nacional em Bissau.
Ordem do Dia
Dada a importância da Reunião a presença de todos os convocados é indispensável
Bissau, 2 de Agosto de 2022
Aly Hijazi
Secretário Nacional
A guerra da Rússia contra a Ucrânia ofuscou uma viagem do Ministro dos Negócios Estrangeiros russo Sergey Lavrov ao Egipto, Etiópia, Uganda e República do Congo no mês passado. No seu périplo, Lavrov procurou fazer valer a ideia de que as aspirações da Rússia estão de acordo com as de África.
Voaportugues.com Agosto 03, 2022