Por CNEWS janeiro 3, 2022
O recente ataque do presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, ao Bispo da Diocese de Bissau, Dom José Lampra Cá, no passado 29 de dezembro, começa a suscitar reações de todas as quadrantes, de padres a cidadãos comuns.
À margem da receção à seleção nacional de futebol, Umaro Sissoco Embaló disparou.
“Eu não sei se o Bispo faz política, mas o lugar do Bispo é na igreja e o lugar do imame é na mesquita. Se o Bispo quer fazer política, que vá tomar cartão e há vários partidos”, disse em reação à audiência que o primeiro-ministro concedeu aos líderes religiosos, depois da qual Lampra Cá falou à imprensa.
Em reação, na sua página de Facebook, o padre Augusto Mutna Tambá mostrou-se indignado com as declarações do chefe de Estado.
“Se os imames, padres e pastores devem ficar nas igrejas, templos e mesquitas o que está fazendo o imame no conselho de Estado”? , questionou, numa referência a Aladje Culabio, imame de Bafatá, nomeado membro do Conselho de Estado, por Umaro Sissoco Embaló.
“A Guiné-Bissau é um país de boa convivência religiosa até existem estudos que nos podem lucidar acerca da força e do peso dos poderes políticos e religiosos na gestão comunitária e recomendações em como os esforços conjugados devem ser administrados ao serviço do desenvolvimento”, observou padre Augusto Mutna Tambá.
O sacerdote exaltou um dos valores da Igreja Católica, nesta resposta a Umaro Sissoco Embaló:
“A Igreja Católica não indigita o Bispo mas o elege, passando por etapas e o papa o nomeia. Nós não escolhemos por medo ou por fraudes e imposição, coação ou conivência de qualquer espécie”, escreveu.
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