© Lassana Bary/TwitterPor LUSA 19/08/21
Quarenta e sete pessoas, incluindo 30 civis, 14 militares e três mercenários do exército, foram mortos num ataque a uma caravana militar que escoltava civis no norte do Burkina Faso, revelou o governo do país africano.
"A caravana mista, composta por civis, elementos das forças de defesa e segurança (FDS) e voluntários para a defesa da pátria (VDP), foi alvo de um ataque terrorista a 25 quilómetros de Gorgadji (Norte), durante o qual 30 civis, 14 soldados e 3 VDP foram mortos", anunciou o ministério da comunicação do Burkina Faso.
Embora não tenha havido qualquer reivindicação imediata da responsabilidade pelo ataque no Burkina Faso, país que pertence à região do Sahel, há suspeitas de que seja uma ação levada a cabo por terroristas islâmicos, porque os militantes ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico têm visado, cada vez mais, as forças de segurança daquele país da África Ocidental.
A nove de agosto, pelo menos 12 militares foram mortos e oito ficaram feridos num ataque no noroeste do país, perto da fronteira com o Mali, o qual também se supeitou ser um ataque de 'jihadistas', segundo o Ministério da Comunicação.
O Burkina Faso tem enfrentado ataques jihadistas regulares e mortais desde 2015, particularmente nas regiões norte e leste, próximas do Mali e do Níger, que também enfrentam ações mortíferas por parte de 'jihadistas' armados.
Estes ataques, frequentemente associados a emboscadas e atribuídos a grupos 'jihadistas' afiliados ao Estado Islâmico (EI) e à Al-Qaeda, mataram mais de 1.500 pessoas e forçaram mais de 1,3 milhões a fugir das suas casas.
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O Burkina Faso decretou três dias de luto nacional, a partir de hoje, na sequência do ataque que fez 47 mortos, na quarta-feira, incluindo 30 civis, 14 militares e três mercenários do exército, segundo um decreto oficial.
© Reuters Notícias ao Minuto 19/08/21
No documento, o Presidente daquele país africano, Roch Marc Christian Kaboré, determinou um período de luto nacional de 72 horas para prestar homenagem aos 47 mortos.
"Durante este período, as bandeiras serão hasteadas a meia haste em todos os edifícios públicos e nas representações do Burkina Faso no estrangeiro", estando "proibidas as celebrações populares e os eventos recreativos", pode ler-se no texto, citado pela agência France-Presse (AFP).
O ataque a uma caravana militar que escoltava civis ocorreu no município de Gorgadji, no norte do Burkina Faso, tendo feito ainda 19 feridos, indicou o governo do país africano.
"A caravana mista, composta por civis, elementos das forças de defesa e segurança (FDS) e voluntários para a defesa da pátria (VDP), foi alvo de um ataque terrorista a 25 quilómetros de Gorgadji (Norte), durante o qual 30 civis, 14 soldados e 3 VDP foram mortos", anunciou o ministério da comunicação do Burkina Faso.
"Durante a retaliação, os elementos das forças de defesa e segurança e os voluntários para a defesa da pátria mataram 58 terroristas e muitos outros foram feridos e fugiram", disse a mesma fonte, acrescentado que "as operações de resgate e de campo estão em curso".
Este é o terceiro ataque nos últimos 15 dias contra soldados envolvidos na luta contra o jihadismo no norte e noroeste do Burkina Faso.
Em 04 de agosto, 30 pessoas, incluindo 15 soldados, 11 civis e quatro auxiliares do exército, foram mortas em ataques por presumíveis 'jihadistas' no norte do Burkina Faso, perto da fronteira com o Níger.
Em 09 de agosto, 12 soldados foram mortos e oito ficaram feridos num ataque no noroeste do Burkina Faso, perto da fronteira com o Mali.
Na quarta-feira, cinco auxiliares civis foram mortos num ataque no norte do país.
Embora não tenha havido qualquer reivindicação da responsabilidade pelo ataque no Burkina Faso, país que pertence à região do Sahel, há suspeitas de que seja uma ação levada a cabo por terroristas islâmicos, porque os militantes ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico têm visado, cada vez mais, as forças de segurança daquele país da África Ocidental.
O Burkina Faso tem enfrentado ataques jihadistas regulares e mortais desde 2015, particularmente nas regiões norte e leste, próximas do Mali e do Níger, que também enfrentam ações mortíferas por parte de 'jihadistas' armados.
Estes ataques, frequentemente associados a emboscadas e atribuídos a grupos 'jihadistas' afiliados ao Estado Islâmico (EI) e à Al-Qaeda, mataram mais de 1.500 pessoas e forçaram mais de 1,3 milhões a fugir das suas casas.