A comissão eleitoral senegalesa apelou esta segunda-feira, 25 de fevereiro, aos candidatos presidenciais e seus apoiantes para que evitem declarações prematuras sobre os resultados da votação de domingo. O apelo surgiu depois de o primeiro-ministro, Mohammed Boun Abdallah Dionne, ter dito que os resultados não-oficiais do partido mostravam que o presidente Macky Sall tinha sido reeleito, uma declaração rejeitada pelos candidatos da oposição do Senegal, que reclamam uma segunda volta.
A comissão eleitoral salientou, num comunicado que as eleições de 24 de fevereiro correram bem, a nível nacional e internacional, acrescentando que a contagem de votos prossegue na segunda-feira e que os resultados estão a ser apurados pelas “estruturas autorizadas”.
“É o Conselho Constitucional que vai fazer a proclamação final dos resultados”, quando todos os votos estiverem contados, adianta o mesmo comunicado. A comissão “apela aos candidatos e seus apoiantes, bem como aos atores da sociedade civil e da população, que se abstenham de fazer qualquer declaração prematura sobre os resultados”, adianta, num comunicado, que pede ainda aos atores políticos para que “adotem o mesmo comportamento exemplar observado pelos cidadãos”.
O primeiro-ministro Mohammed Boun Abdallah Dionne, do partido no poder, disse aos jornalistas na noite de domingo que os resultados não oficiais compilados pela sua equipa mostram que Sall conquistou 57% dos votos. O candidato vencedor tem de obter mais de 50% dos votos para evitar uma segunda volta.
“Amanhã, as pessoas terão resultados de todos as áreas. Irão ver que o presidente Sall foi reeleito à primeira volta”, afirmou Dionne, acrescentando que os resultados não oficiais do seu partido indicam que Sall venceu em 13 das 14 regiões do Senegal. No entanto, o principal candidato da oposição Idrissa Seck disse aos jornalistas que ele e seus apoiantes não aceitam o apuramento não oficial que dá a vitória a Sall.
“Congratulamos as pessoas que se expressaram principalmente a favor da oposição”, disse Seck, culpando os meios de comunicação por citarem os resultados dados pelo partido de Sall como sendo oficiais.
“Não vamos aceitar esses resultados. Pedimos a todos os senegaleses que permaneçam vigilantes e se preparem cuidadosamente para a segunda volta”, disse Seck.
O candidato da oposição, Ousmane Sonko, que é popular entre os jovens, também presente na conferência de imprensa com Seck e concordou que os resultados preliminares indicam que deve ser realizada uma segunda volta.
“Apelo aos líderes religiosos para que chamem o partido no poder à razão”, declarou Sonko.
Os resultados oficiais só deverão ser anunciados pela comissão eleitoral na terça-feira.
Se nenhum candidato obtiver uma maioria clara de mais de 50%, as eleições irão a uma segunda volta no próximo mês.
Sall enfrentou quatro adversários na votação de domingo, incluindo Seck, que já disputou o cargo duas vezes anteriormente.
O Senegal tem sido apontado como um exemplo democrático na África Ocidental, onde os golpes e o apego ao poder nos países vizinhos são comuns. Os observadores eleitorais da União Europeia não registaram irregularidades significativas no domingo.
In lusa
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
Senegal : COMISSÃO ELEITORAL SENEGALESA PEDE CONTENÇÃO NAS DECLARAÇÕES SOBRE RESULTADO ELEITORAL
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terça-feira, fevereiro 26, 2019
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ALUNOS GUINEENSES AMEAÇAM SAIR NAS RUAS PARA EXIGIR FIM DA GREVE DOS PROFESSORES
O coletivo Carta 21, que reúne alunos de liceus da Guiné-Bissau anunciou esta segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019, em comunicado que vai retomar as atividades para reclamar o fim das paralisações nas escolas públicas.
Na massiva enviada à Radio Jovem, a organização estudantil guineense informa que no passado dia 22 do mês em curso enviou um documento ao Ministério do Interior para informar que vai retomar as suas atividades, mas a instituição recusou-se a receber o documento.
Perante este cenário, a Carta 21 informa a todos guineenses que nunca desistirá de estar nas ruas de Bissau para exigir um entendimento entre o Governo e os professores.
De salientar que na sexta-feira passada, os três sindicatos dos professores (SINAPROF, SINDEPROF e SIESE), ameaçam paralisar as escolas públicas mais uma vez devido a falta de publicação do Estatuto da Carreira Docente.
Segundo o porta-voz dos sindicatos, Bunghoma Duarte Sanha, caso o executivo liderado pelo Aristides Gomes não cumprir com o ultimo despacho, que mandou o desbloqueamento do salário de mais de quatro mil professores e a publicação imediata da carreira docente, até segunda-feira, os sindicatos vão entregar um novo pré-aviso da greve.
Em dezembro de 2018, o Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, promulgou as alterações ao Estatuto de Carreira Docente.
Segundo o comunicado, o diploma “visa alterar alguns preceitos da lei e desta forma corrigir as anomalias inventariadas por forma a permitir que a lei seja mais bem perceptível e atenda de forma adequada os problemas do setor”.
A lei relativa ao Estatuto de Carreira Docente data de 29 de março de 2011 e a sua aplicação é uma das reivindicações dos sindicatos de professores do país que se encontram em greve há mais de três meses, o que tem impedido milhares de jovens de frequentarem as aulas.
Por: Redação
radiojovem.info
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