segunda-feira, 19 de agosto de 2019

PRS alerta que lei da Guiné-Bissau não prevê correção de omissões dos cadernos eleitorais


O Partido da Renovação Social (PRS) alertou hoje que a legislação da Guiné-Bissau não prevê correção de omissões dos cadernos eleitorais, mas apenas o recenseamento eleitoral e a sua atualização.

"Como sabem a nossa lei diz que a Guiné-Bissau só tem dois tipos de recenseamento, o de raiz ou a atualização. Entretanto, esta correção nós não sabemos enquadrá-la e foi exatamente essa preocupação que nos trouxe ao Presidente para que todos em conjunto possamos ver como podemos ter um recenseamento bem acabado", afirmou o líder parlamentar do PRS, Sola N'Quilin.

O dirigente do PRS, terceiro partido mais votado nas legislativas de 10 de março na Guiné-Bissau, falava no final de uma audiência com o Presidente guineense, José Mário Vaz.

Sola N'Quilin respondeu à Lusa que a correção dos cadernos eleitorais não era uma exigência do PRS, mas salientou que o partido acha que todas as pessoas recenseadas devem ter oportunidade de votar.

"Não há correção na nossa lei. O que está a ser feito hoje é a correção", afirmou o líder parlamentar do PRS, sublinhando que deve ser feito um recenseamento de raiz ou uma atualização.

O Governo da Guiné-Bissau apresentou na sexta-feira o Plano Operacional para a Consolidação do Registo Eleitoral para as eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.

A iniciativa prevê corrigir os dados de cerca de 25.000 eleitores, que foram recenseados, mas cujo nome não constava nos cadernos eleitorais e foram impedidos de votar nas legislativas.

A correção das omissões e consolidação dos cadernos eleitorais deveria ter começado no sábado, mas, em comunicado divulgado hoje, o Ministério da Administração Territorial adiou o início das operações para quinta-feira, na sequência de um encontro durante o qual foram recebidos importantes sugestões.

Sobre quem será o candidato do PRS às eleições presidenciais, o dirigente do partido disse que será “conhecido oportunamente".

A semana passada, o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), que tem um acordo de incidência parlamentar com o PRS, já tinha sugerido a atualização do recenseamento eleitoral ou a realização de um novo processo para as eleições presidenciais.

LUSA

Braima Darame

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