Imagem sobre as eleições do Benim onde a abstenção é de 80 por cento.
RFI/Carine Frenk
Após um frente a frente tenso, as forças do Benim desalojaram, a tiro, centenas de manifestantes que se concentravam em torno da residência do ex-presidente, Boni Yayi. Os opositores foram obrigados a fugir; falam de três mortos e duma “incursão brutal por parte do exército e da polícia.
O ex-presidente, Boni Yayi é, neste momento, o símbolo da oposição excluída das legislativas de domingo, que obtiveram uma abtenção de 80 por cento.
Os resultados definitivos do acto eleitoral devem ser conhecidos ainda hoje.
O clima no Benim é de tensão após as legislativas do último domingo, boicotadas pela oposição que foi excluída da corrida eleitoral.
Temendo a prisão do ex-presidente, Boni Yayi, apoiantes de Yayi tinham montado barricadas nos acessos à residência do ex-chefe de Estado, que tinha apelado ao boicote eleitoral.
O ministro do interior desmente qualquer tentativa de prender o ex-presidente do Benim, garantido que as forças da ordem tentam apenas evitar concentrações não autorizadas.
A violência atingiu, entretanto, também, o norte do país, onde uma das principais fábricas de algodão foi incendiada.
Recorde-se que a indústria de algodão é o sector onde o atual presidente do Benim fez fortuna no passado.
A oposição acusa o Presidente Patrice Talon duma deriva autoritária, num país que era considerado um modelo de democracia na África Ocidental.
Os ex-presidentes, Yayi e Soglo, falam dum “golpe de estado eleitoral".
A Amnistia Internacional e várias organizações locais e da sociedade civil denunciam a existência dum “nível de repressão alarmante” no Benim.
A união Europeia manifestou já o seu embaraço face à situação.
Por RFI
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