O executivo guineense anunciou, em comunicado divulgado à imprensa, que o fundo mobilizado pelo então governo liderado por Umaro Sissoco Embaló para apoiar ao processo eleitoral no país, foi entregue ao PNUD pelo antigo primeiro-ministro, Artur Silva.
De acordo com a nota do governo entregue à Rádio Jovem esta terça-feira, 23 de Outubro de 2018, o montante em causa foi entregue na totalidade ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), na qualidade de organismo que coordena os fundos destinados para apoiar arealização das eleições na Guiné-Bissau.
“A primeira tranche, no valor de 1.000.000 USD (um milhão de dólares americanos), foi entregue em março de 2018. A segunda tranche, no valor de 800.000 USD (oitocentos mil dólares americanos), foi entregue em abril de 2018”, lê-se ainda na nota.
A nota de esclarecimento do governo liderado por Aristides Gomes vem na sequência da denúncia do antigo primeiro-ministro, Umaro Sissico Embaló, que pediu ao Ministério Publico para investigar o paradeiro do montante em causa, deixado pelo seu governo no Tesouro Público para organizar as eleições legislativas.
Sissoco Embalá, fez esta advertência na sexta-feira passada na região de Gabú, leste do país, depois de se ter recenseado. Aos jornalistas Embaló afirma que o referido montante podia comprar kits suficientes para o processo de recenseamento eleitoral em curso no país.
De salientar que o processo de recenseamento em curso no país, está a ser fortemente criticado pelos partidos políticos, incluindo o Partido da Renovação Social (PRS), que faz parte do atual governo de consenso, liderado por Aristides Gomes.
O recenseamento eleitoral deveria ter decorrido entre 23 de agosto e 23 de setembro, mas atrasos na receção dos kits para registo biométrico dos cidadãos obrigou a que o processo só tivesse início a 20 de setembro.
Devido a morosidade a volta do processo, na semana passada, o governo guineense anunciou, o prolongamento da data de recenseamento eleitoral até 20 de Novembro, comprometendo assim a data de 18 de Novembro.
Por isso, os guineenses aguardam um pronunciamento do Presidente da República, José Mário Vaz sobre a marcação de uma nova data para as eleições legislativas na Guiné-Bissau. Embora o líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, denunciou um conjunto de atos concertados que indicam que está em curso mais uma tentativa de levar o país ao caos e provocar mais um bloqueio nas instituições, com o objetivo de proporcionar e exigir do Chefe de Estado a demissão do atual governo.
Por: Alison Cabral
Rádio Jovem Bissau
Sem comentários:
Enviar um comentário