O Presidente guineense, José Mário Vaz, apelou para a reconciliação no seio do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que o apoiou nas presidenciais de 2014, mas com o qual mantém relações tensas.
O apelo de José Mário Vaz foi hoje transmitido pela rádio nacional guineense que cita um discurso do político num comício popular terça-feira à noite em Canchungo, a 80 quilómetros de Bissau.
"Apelo ao nosso grande partido, PAIGC, para se reconciliar, a unir os militantes, como sempre fez no passado", declarou, em crioulo o Presidente guineense.
Vencedor das eleições legislativas e presidenciais de 2014, o PAIGC retirou confiança política a José Mário Vaz, em novembro de 2016, na sequência de demissões de dois governos do partido por decisão do Presidente do país.
Para justificar a retirada de confiança a José Mário Vaz, o porta-voz do PAIGC, João Bernardo Vieira, afirmou que o partido considera "o cidadão e militante José Mário Vaz o principal promotor de toda a grave crise política que tem assolado o país há cerca de dois anos".
No seu discurso em Canchungo, o Presidente guineense apelou à reconciliação no seio do PAIGC, frisando ser aquela a fórmula que levou às vitórias eleitorais e da própria luta armada pela independência do país.
O PAIGC viveu uma crise interna que levou às expulsões ou suspensões de vários destacados militantes e dirigentes.
Um grupo deles acabou por formar um novo partido, o Madem- G15 (Movimento para Alternância Democrática, grupo dos 15 deputados).
Foto Braima Darame
dn.pt/lusa
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