O Primeiro-ministro Aristides Gomes admitiu ontem, 02 de julho 2018, que o governo poderá recorrer a empréstimo dos kits que se adaptem ao sistema eleitoral guineense, para não comprometer a data avançada pelo Chefe de Estado para a realização das eleições legislativas de 18 de novembro.
O líder do governo sustenta que o país depara-se com dificuldades técnicas (dispositivos técnicos para o recenseamento eleitoral) para a realização das eleições a 18 de novembro, prazo estipulado por José Mário Vaz, Presidente da República.
Esta possibilidade foi manifestada em conferência de imprensa no seguimento da sua visita a Guiné-Equatorial, na qual explicou que o fabrico dos kits necessários ao modelo da legislação guineense requer um determinado tempo, respeitando algumas normas eleitorais.
Segundo Aristides Gomes, o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) já informou que os kits não podem estar no país antes da primeira semana de outubro, o que na observação do governo pode comprometer a data de 18 de novembro. Contudo, disse que o Executivo está a trabalhar no sentido de acelerar contatos e encurtar o tempo de preparação e entrega dos kits.
Na Guiné-Equatorial, Aristides Gomes disse ter abordado com o seu homólogo equato-guineense a questão relacionada com o processo de realização das eleições de novembro próximo e a estabilização política, tendo o Primeiro-ministro daquele país prometido apoiar o país, particularmente no processo eleitoral.
Na cooperação no domínio do trafego aéreo, o chefe de governo guineense avançou que foi proposto um plano para uma rota aérea que passará a ligar a Guiné Equatorial/Guiné-Bissau e com resto do mundo, através de uma companhia área da Guiné Equatorial cujo nome não foi revelado.
O Primeiro-ministro diz concordar com as reivindicações da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), porque, segundo disse, são legítimas e que seu governo está consciente da injustiça salarial que existe entre os servidores públicos.
Defendeu, no entanto, que há necessidade de dar coerência ao sistema salarial público e enquadrá-lo no âmbito da reforma global do Estado,
“Não queremos aumentar a despesa sem que tenhamos como aumentar as receitas de forma regular. Podemos até ter uma receita extraordinária, mas não será estruturante e regular. Poderá pagar apenas o salário de dois meses e no terceiro mês cairemos na mesma situação. O reajuste impõe um aumento de massa salarial”, sustentou.
Relativamente às vítimas do mau tempo na passada quarta-feira, 27 de junho, o governo diz que já avançou com um montante de vinte e cinco milhões de francos cfa. Acrescentou, contudo, que neste momento o governo está a seguir os processos de inventariação de onze mil pessoas e das poupança do governo para melhor atuar.
Por: Epifania Mendonça
FOTO: EM
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