sexta-feira, 13 de abril de 2018

Missão Dulombi: portugueses em rali humanitário com destino à Guiné-Bissau

Comitiva pretende apoiar causas humanitárias em países africanos. Viagem de cinco mil quilómetros durará 19 dias.

O objectivo da viagem é levar bens de primeira necessidade às comunidades mais carenciadas; na foto, uma tabanca guineense PAULO PIMENTA

É já na manhã desta sexta-feira, 13 de Abril, que partem de Vila do Conde 14 viaturas — com 34 tripulantes — com destino à Guiné-Bissau. Pelo caminho, distribuirão bens de primeira necessidade e contribuirão para a continuação de obras humanitárias. A viagem será feita por etapas e cada “equipa” escolhe um projecto humanitário — a decorrer nos vários países pelos quais vai passar a comitiva — e carrega na sua viatura os bens de que o projecto carece. Ligaduras, medicamentos, alimentos e outros produtos serão entregues a grupos locais, que farão a distribuição desses bens de primeira necessidade ao maior número de pessoas possível. 

Nesta edição da viagem, os portugueses irão continuar a reparação das instalações de um hospital em Galomaro, Guiné-Bissau, bem como a decoração de um jardim-de-infância em Dulombi, no mesmo país. Na Mauritânia e no Senegal os portugueses irão, de igual forma, procurar ajudar nas vilas pelas quais passem. Os portugueses ficam na Guiné-Bissau durante uma semana, regressando de avião no dia 1 de Maio.

Gil Ramos é um dos impulsionadores da iniciativa. “Estas viagens começaram por causa do meu pai, que esteve no Ultramar e passou por uma aldeia da Guiné-Bissau chamada Dulombi”, diz à Fugas. Com o passar dos anos, a vontade de visitar a aldeia foi crescendo, até que Gil e o primo decidiram fazer o percurso: “Fomos lá em 2010 e ficámos apaixonados pelo sítio e pelas pessoas. Mais pelas pessoas, diria”. Depois dessa primeira experiência, Gil Ramos criou a Missão Dulombi, que tem procurado auxiliar projectos humanitários. Nos últimos sete anos, o grupo já fez 15 expedições solidárias.

O grupo que parte esta sexta-feira fará a viagem até à Guiné-Bissau por terra, com chegada ao país africano a 24 de Abril. A viagem de cerca de cinco mil quilómetros será feita, na sua grande maioria, por estradas alcatroadas. Os restantes quilómetros serão feitos em rotas do antigo Rally Dacar.

Gil Ramos afirma que essas incursões têm “paisagens e locais que muitos apenas irão ver através de filmes”. Apesar de a viagem ser muito longa, a segurança das pessoas e das viaturas está salvaguardada: “Viajamos sempre com dois mecânicos e médicos, para garantirmos que corre tudo bem”.

Muitos dos participantes não são desconhecidos dos organizadores: “Há pessoas que vão pela quinta vez, outras pela terceira”, diz Gil Ramos. Também o perfil do participante não tem um padrão específico: “Temos médicos, estudantes, um mecânico”.

Este rali é pouco comum: todos os participantes chegam ao mesmo tempo e todos são vencedores. O início desta aventura está marcado para esta sexta-feira, 13 de Abril, com ponto de partida em Vila do Conde. 

Texto editado por Sandra Silva Costa

publico.pt

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