sexta-feira, 23 de março de 2018

INTOLERANTE E INSUSTENTÁVEL A CRISE POLÍTICA – AUGUSTO MÁRIO DA SILVA


O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), classificou, esta quinta-feira (22.03), de inaceitável e intolerante o atual bloqueio institucional na Guiné-Bissau, numa alusão a mais de sessenta dias depois da queda do governo de Umaro Sissoco Embaló, o país continua sem um executivo.

Para o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, o país não pode continuar bloqueado para dar vazão aos interesses de grupos de cidadãos, cujos interesses são estranhos aos do povo guineense.

Em entrevista exclusiva à Rádio Jovem, Mário da Silva diz que é preciso uma posição firme de todos guineenses, incluindo o Chefe de Estado, José Mário Vaz, para acabar com a crise política na Guiné-Bissau.

“Chegou o momento de nós, enquanto cidadãos e enquanto membros de pleno direito desta comunidade política, no sentido de assumirmos as rédeas do nosso destino para definirmos o que é de concreto que querermos no futuro, porque esta situação é intolerável, por isso, é preciso de facto uma posição firme e coerente de todos os guineenses”, argumentou Silva.

Na opinião do activista e dirigente máximo da LGDH, a responsabilidade de constituir um executivo para tirar o país na crise social a todos níveis, é exclusivamente da responsabilidade do Presidente da República, porque é único órgão com legitimidade para ajudar a Guiné-Bissau sair na atual cenário político.

Perante o bloqueio para instituir um governo, Mário da Silva, defende que o Chefe de Estado só tem dois instrumentos para resolver a situação da crise vigente que passa pelo cumprimento do Acordo de Conacri ou respeitar a Constituição da República da Guiné-Bissau.

“São estes quadros que têm que ser a referência para o Presidente da república intervir na construção de um governo. Se presidente entender que não há condição para implementar o Acordo de Conacri, deve simplesmente cumprir com a constituição da república, porque a Guiné-Bissau é um estado de direito e no estado de direito o que orienta todos atuações é a lei da república”, disse Silva.

Para Mário da Silva, o país não pode continuar nesta situação da incerteza e da falta de solução para a saída da crise.

Igualmente advogado de profissão, Augusto Mário Vaz, alertou ao Presidente que a crise vai tornar insustentável se a eleição legislativas não forem realizadas ainda este ano.

Augusto Mário da Silva, aceitou hoje, em entrevista a nossa estação emissora, a comentar o agudizar da crise social, a falta da solução política para a crise, o silêncio do Chefe de Estado perante a inoperância do Estado com a incapacidade de Artur Silva, primeiro-ministro, em formar o seu elenco governamental, tendo apontando também soluções para tirar o país do imbróglio.

Por: Alison Cabral
radiojovem

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