O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, afirmou ontem, 05 de março 2017, que os Chefes de Estados da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) informaram-lhe que não têm dúvida sobre o que está acontecer no país e sabem “quem é razão dos problemas na Guiné-Bissau”.
Simões Pereira regressou ao país, depois de um mês no exterior a encetar contactos com organizações internacionais sobre a crise política vigente na Guiné-Bissau. O líder do partido libertador foi recebido no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira por centenas de militantes, dirigentes e simpatizantes do partido.
Um forte dispositivo de segurança impediu os órgãos de comunicação social presentes de aceder ao interior do aeroporto e os dirigentes do PAIGC não escaparam à regra.
A receção de Simões Pereira transformou-se numa festa por parte dos dirigentes, militantes e simpatizantes do PAIGC que inundaram uma faixa da estrada principal (Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria), acompanhando seu presidente direto para a sede partidária.
Na sua comunicação aos dirigentes e militantes do partido, Domingos Simões Pereira, explicou que a missão efetuada no exterior foi positiva, assegurando ter conseguido manter contactos com os parceiros do seu partido e algumas organizações internacionais para lhes informar sobre a situação política do país.
“Não vou entrar em detalhes sobre as cidades ou capitais que visitamos, porque em alguns casos, os Chefes de Estados que nos receberam preferem que não sejam mencionados neste processo, porque conhecem a posição dos nossos vizinhos ou de outros em relação a determinados problemas.”
Simões Pereira assegurou neste particular que o partido que dirige continuará vigilante e acompanhara cada passo de cada dirigente da CEDEAO.
“É um organismo multifloral, é obvio que nem toda gente pensa da mesma forma, mas grosso daqueles que encontramos mostraram-nos claramente que compreenderam que estamos a passar por momentos difíceis, porque infelizmente nem todas as pessoas nomeadas compreendem a importância da missão que foram confiadas”, assegurou.
Explicou ainda que pediu as Nações Unidas para acompanhar com muita atenção a situação que está acontecer no país, porque conforme disse “PAIGC enquanto maior partido político na Guiné-Bissau, assumiu compromisso do que nada mais da disputa política será resolvida pela via da força. Acabou a guerra, não pode haver mais a guerra!”.
“Queremos pedir as nossas forças armadas para continuarem a comportar de forma cívica, porque este é um problema político e deve ser resolvido pelos políticos, utilizando estruturas democráticas. Dissemos ainda as Nações Unidas que se os militares guineenses continuarem a trabalhar para se transformar numas forças armadas republicanas, então as sansões impostas contra alguns militares devem ser retiradas e aplicadas aos políticos que estão a complicar o país”, referiu.
Por: Aguinaldo Ampa
OdemocrataGB
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