segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

GUINÉ-BISSAU - JOMAV: "Guiné-Bissau vive na calma total desde que fui eleito"

No discurso, José Mário Vaz disse, por exemplo, que a sua acção de busca incessante da paz fez com que os militares deixassem de se imiscuírem na vida política do país.
No seu discurso de encerramento do simpósio internacional "Caminhos para a busca da paz e reconciliação entre os guineenses", que hoje encerrou em Bissau, José Mário Vaz afirmou que desde que foi eleito chefe do Estado, a Guiné-Bissau "vive na calma total".


No discurso, José Mário Vaz disse, por exemplo, que a sua acção de busca incessante da paz fez com que os militares deixassem de se imiscuírem na vida política do país. "A minha acção e determinação têm sido determinantes em evitar novo derramamento de sangue na pátria de Cabral", afirmou o Presidente guineense.

O problema, considera o chefe de Estado, está na classe política que se furta de cumprir com as leis da República, privilegiando manobras partidárias. Neste particular, o líder guineense apontou o dedo acusador ao Parlamento que, segundo disse, bloqueou o país por se recusar a aprovar o programa do Governo e desta forma impede o desenvolvimento do país.

A crise que se vive na Guiné, segundo o chefe de Estado, deve-se unicamente a "uma clara obstrução e bloqueio" por parte do órgão legislativo do país. O Parlamento recusa-se a discutir em plenário o programa do Governo por considerar ter sido criado pelo chefe do Estado à margem da Constituição e das leis.

É ainda de realçar que José Ramos Horta foi convidado de honra no simpósio e José Mário Vaz fez questão de saudar o ex-presidente de Timor-Leste e prémio Nobel da Paz.

O simpósio encerra assim após três dias em que políticos, organizações mundiais, a sociedade civil, mas também músicos, se reuniram para discutir acerca do futuro da Guiné-Bissau.

RFI

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