O cancelamento do voo da TAP com destino a Guiné-Bissau gerou conflitos no aeroporto de Lisboa que exigiram a intervenção da polícia. Os passageiros afirmam que não vão sair do local até que o problema seja resolvido.
"Só saio daqui para um avião com destino a Guiné", afirma ao DN a passageira Principelina Lopes, de 41 anos."Nós não somos animais, somos seres humanos", gritou um dos passageiros com voz embargada, dirigindo-se aos polícias que impediam o acesso ao balcão da empresa.
A informação do cancelamento do voo que sairia do aeroporto de Lisboa às 20.45 com destino à Guiné-Bissau, foi transmitida aos passageiros no meio da tarde. "Paguei 830 euros por um voo direto e de emergência para hoje. Por volta do meio-dia estive na agência de viagens e disseram-me para comparecer no aeroporto e fazer o check-in. Estou aqui desde as quatro da tarde e até agora [às 19.30] nada." Como Celeste Sá, de 39 anos, há dezenas de casos idênticos. As principais queixas apresentadas relacionam-se com a falta de informação, longas horas de espera para serem atendidos e os problemas causados pelo cancelamento da viagem.
Os funcionários da TAP já informaram aos passageiros que o voo será transferido para sábado, dia 14, mas ainda assim a empresa deixou claro que não é garantido. Enquanto isso, alguns passageiros estão a ser encaminhados para um hotel, em Lisboa.Outros continuam em frente ao balcão de serviços ao cliente à espera de soluções. Fonte do aeroporto disse ao DN que vários passageiros preferiram seguir viagem ainda no final da manhã no avião da Royal Air Marrocos, com destino a Guiné-Bissau com escala em Marrocos.
A situação está ainda relacionada com os problemas causados pelo voo de terça-feira com destino a Lisboa, que transportava 78 passageiros sírios com passaportes falsificados.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3585220
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