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quarta-feira, 19 de junho de 2024

Guiné-Bissau: Campanha de Caju 2024 está à evoluir de forma satisfatória.

Mais 140 mil toneladas da castanha de cajú já foram escoladas para Bissau. Deste número, 36 mil toneladas já foram exportadas. Diferente do ano transacto que, neste período, ainda se tinha iniciado o escoamento para depois a exportação. 

A informação avançada pelo diretor-geral do Comércio Externo, Lassana Faty, durante a reunião com a equipa técnica do FMI em missão de sexta revisão do Programa Financeiro com a Guiné-Bissau.

Radio Voz Do Povo

sábado, 20 de abril de 2024

PAIGC DENUNCIA PAGAMENTO DE SOMAS AVULTADAS A EMPRESA ADG COMERCIAL

  O DEMOCRATA  /Notabanca / Gervasio Silva Lopes 19/04/2024 
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou que recentemente, o Ministério das Finanças terá efetuado pagamentos de somas avultadas à empresa ADG Comercial SARL, no valor de quatrocentos milhões de francos CFA, supostamente destinados ao pagamento da dívida de aquisição de 8000 toneladas de arroz, alegadamente importadas anteriormente, e à companhia SONNIG INTERNACIONAL PRIVATE JET LIMITED no valor de um milhão e duzentos mil euros para o fretamento do avião para viagem do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.

Em comunicado com a data de 18 de abril de 2024, consultado pelo O Democrata, o PAIGC afirma que “a saga de ordens superiores” está a ganhar forma na administração das Finanças Públicas, sobrepondo-se ao regulamento para levantamentos que, segundo o partido, previamente, requer a anuência do Conselho de Ministros ou autorização do Comité de Tesouraria e a realização de concursos públicos.

“De sublinhar o fato de todos esses pagamentos configurarem negócios duvidosos, em benefício do regime de Umaro Sissoco Embaló, em contraste com a grave crise que se assiste na Guiné-Bissau, com o aumento dos níveis de precariedade, evidenciados no aumento galopante do preço dos produtos básicos, nomeadamente o arroz, nas greves em setores sociais chaves como saúde e educação, associados aos riscos de um novo fracasso da campanha de comercialização da castanha de cajú, com todos os reflexos no agravamento da vida da população guineense” lê-se no comunicado.

O Partido vencedor das últimas eleições legislativas que, neste momento, está na oposição, exige do Ministério Público a instauração de mecanismos de inquéritos ou averiguação para a sustentabilidade das operações de pagamento feitos pelo governo e consequentemente acionar as medidas adequadas nos termos da Lei e da Constituição da República.

“Condenar este uso irresponsável e abusivo do erário público por parte deste executivo e do Ministro das Finanças, que não dispõe de Orçamento e tem realizado despesas em duodécimos, obedecendo estritamente a ordem superior, em prol dos interesses ou benefícios do atual regime” condenou, repudiando e condenando o facto de continuarem detidos 2 membros do governo de PAI TERRA RANKA, “alegadamente por terem efetuado pagamentos a um grupo de empresas com as quais o Estado tinha contraído dívidas, e exige “a soltura imediata” de Suleimane Seide, ex- Ministro da Economia e Finanças, António Monteiro, ex- Secretário de Estado do Tesouro, enquanto se aguarda pelo julgamento.

Por fim, o PAIGC acusa o atual regime de ter sido permeável e cúmplice na gestão “danosa dos fundos públicos, com agravamento de, em alguns casos, obstruir o trabalho das instâncias judiciais”.

Por: Tiago Seide

terça-feira, 9 de abril de 2024

PR Sissoco: “É ESSENCIAL UMA BOA CAMPANHA DE CAJÚ PARA OS GUINEENSES. NÃO PODE FALHAR A ARRECADAÇÃO DE RECEITAS DO ESTADO”

  O DEMOCRATA  09/04/2024  

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, advertiu esta terça-feira, 09 de abril de 2024, que uma boa campanha de comercialização da castanha de cajú é essencial para todas as famílias guineenses e para os comerciantes e exportadores, como também é muito importante para a arrecadação de receitas do Estado, alertando que isso não pode falhar.

O chefe de Estado guineense falava na cerimónia de tomada de posse dos corpos sociais da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS), realizada numa das unidades hoteleiras de Bissau, na qual disse que é preciso reconhecer que CCIAS é uma parceria que tem contribuído muito para melhorar a eficiência da economia de mercado, revelando, assim, a sua importante utilidade social.

Assegurou que a conjuntura económica e financeira internacional continua muito desfavorável aos países mais vulneráveis, por causa das consequências económicas e financeiras da guerra na Ucrânia e da Guerra na Faixa de Gaza que não têm ajudado.

Embaló informou que os países como a Guiné-Bissau continuam a ter de importar a inflação por via dos preços elevados da energia, dos alimentos e dos transportes, situação que agrava o custo de vida dos guineenses e dificulta mais ainda a luta que está ser travada contra a pobreza. Acrescentou que a Câmara é uma instituição parceira do governo da Guiné-Bissau e aquela parceria responsável, só se faz na base da concertação social com o executivo.

Por seu lado, o ministro do Comercio e Industria, Orlando Mendes Veigas, assegurou que a presente campanha de comercialização de cajú com o lema “tolerância zero a contrabando” exige a participação de todos para melhorar e lograr um resultado satisfatório, sendo assim conta como sector privado como parceiro privilegiado do Ministério do Comercio e Industria, quer para mobilização de fundos, obtenção de contratos e consequente exportação da castanha.  

O governante lançou um desafio ao setor privado para apostar na transformação ou processamento local da castanha de cajú, o que criaria mais benefícios económicos e fiscais para o país. Orlando Mendes Veigas disse que a CCIAS tem um papel importantíssimo na cadeia de produção, comercialização, transformação e distribuição do mesmo produto, criando emprego e fazendo do cajú o produto do maior valor acrescentado na potencialidade da Guiné-Bissau.

Para o presidente da Câmara do Comercio, Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Mama Samba Embaló, há uma necessidade imperativa de cada empresa ativa estar filhada na Câmara do Comercio, Industria, Agricultura e Serviços para gradualmente satisfazer os propósitos dos associados e empresários de uma forma geral.

“As preocupações são muitas no setor privado, mas de momento a ordem de prioridade recai sobre o relançamento da economia, após a crise pandémica de Covid-19, uma parceria pública e privada com o governo, a sobrevivência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho, promoção e transformação dos produtos locais, em particular a castanha de cajú, uma integração regional e continental efetiva face aos desafios do momento”, disse.

Salienta-se que a Assembleia Geral da CCIAS foi realizada no passado 27 de mês de janeiro do ano em curso no qual concorreram três candidatos nomeadamente, Mama Samba Embaló que arrecadou 267 votos, correspondente 57 por cento, Ibraima Djaló com 104 votos, correspondente 22 por cento e terceiro candidato António Barbosa com 8 correspondente 1,71 por cento votos no universo de 467 delegados.

Por: Aguinaldo Ampa

sexta-feira, 5 de abril de 2024

EX-DIRETORA GERAL DE CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS DETIDA PELA POLÍCIA JUDICIÁRIA

Fonte: O DEMOCRATA  05/04/2024  

A antiga diretora-geral de Contribuições e Impostos, Aniusa Maelcia Silva, foi detida no início da tarde desta sexta-feira, 05 de abril de 2024, por suspeitas de corrupção.

A detenção está relacionada com a suspeita de desvios de fundos da campanha de comercialização da castanha do cajú de 2023 e foi efetuada por agentes da unidade de repressão a delitos económicos daquela corporação policial de investigação criminal.

A PJ desencadeou a investigação na base de um trabalho realizado pela Inspeção Geral do Ministério das Finanças sobre os fundos da campanha de cajú de 2023, suspeitando de desvios de enormes somas de dinheiro pela antiga diretora geral de Contribuições e Impostos. 

De acordo com as informações apuradas, Aniusa Maelcia Silva vai ser apresentada na próxima segunda-feira, 08 de abril, ao Ministério Público, para a primeira audição e consequente aplicação da medida de caução.

Por: Assana Sambú

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Cerca de 1166 meninos foram submetidos a fanado e conduzidos a barraca de fanado.

A situçāo preocupa o Movimento da Sociedade Civil da Regiāo de Bafatá e a direçāo regional da Educaçāo e, lançam campanhas de sensibilizaçāo sobre a Educaçāo Inclusiva, Participativa para travar o abandono escolar que por campanha de cajú afecta grande numéro de crianças de idade escolar.


Radio Voz Do Povo

sábado, 27 de janeiro de 2024

"Guiné-Bissau é o país mais seguro na região da África Ocidental, razão pela qual as empresas chinesas estão agora a pensar visitar a Guiné e fazer a prospecção do mercado e saber em que áreas podem investir". disse o Embaixador da República Popular de China _Guo Ce...

 Embaixador Guo Ce: “SENSIBILIZAMOS EMPRESAS CHINESAS QUE A GUINÉ-BISSAU É PAÍS SEGURO PARA INVESTIR”

 O DEMOCRATA  26/01/2024 

O Embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau, Guo Ce, disse que a embaixada que dirige fez um trabalho de sensibilizar e informar as empresas chinesas e mais outras interessadas no mercado guineense que atualmente a Guiné-Bissau é o país mais seguro na região da África Ocidental, razão pela qual essas empresas estão agora a pensar visitar a Guiné e fazer a prospecção do mercado e saber em que áreas podem investir para além da comercialização da castanha de cajú e a criação das fábricas de transformação deste produto, energia entre outros setores. 

“Sabemos que no dia 01 de dezembro de 2023 registou-se um conflito neste país. Esta situação levou algumas empresas chinesas que planeavam visitar a Guiné-Bissau e fazer o reconhecimento do mercado a cancelar a deslocação para a Guiné, por causa daquela situação. A embaixada fez um trabalho de sensibilizar e informar àquelas empresas e mais outras interessadas no mercado guineense que atualmente a Guiné-Bissau é o país mais seguro na região da África Ocidental. Essas empresas estão agora a pensar visitar a Guiné e fazer a prospecção do mercado e saber em que áreas podem investir para além da comercialização da castanha e a criação das fábricas de transformação deste produto, energia entre outros setores” assegurou o diplomata, durante a entrevista conjunta concedida ao Jornal O Democrata e à Rádio Nacional para falar sobre o estado da cooperação bilateral entre os dois países, como também do interesse de empresários chineses na castanha de cajú da Guiné Bissau. 

“A Guiné-Bissau é um dos maiores produtores mundiais da castanha de cajú e a qualidade da castanha de cajú também está entre as melhores, o que atende às necessidades do mercado chinês. Na verdade, entre as castanhas de cajú importadas pela China, é provável que seja a castanha da Guiné-Bissau que foi transformada pelo Vietname e outros países. Estamos a trabalhar agora para limpar todos os obstáculos e permitir que a castanha de cajú da Guiné-Bissau seja vendida na China, sem passar por Vietname”, disse, acrescentando que o seu governo enviará à Guiné uma missão técnica que virá analisar localmente a castanha de cajú e o ambiente dos negócios, tendo assegurado que acredita que nos meados dos meses de junho e julho é possível que seja assinado o protocolo de acordo que permitirá a exportação da castanha de cajú da Guiné-Bissau para a China.

O Democrata (OD): Já se passaram quase três anos do seu exercício na Guiné-Bissau, como Embaixador da República Popular da China. Um exercício marcado por muitas intervenções em diferentes setores, mas particularmente a nível social. Que avaliação faz do estado da cooperação entre a China e a Guiné-Bissau?

Guo Ce (GC): Servi por três anos na Guiné-Bissau como embaixador, estou muito impressionado e pude testemunhar com os meus próprios olhos o desenvolvimento em vários setores e o aprofundamento da amizade Sino-Guineense.

Ao longo dos três anos, apesar da conjuntura internacional, as relações Sino-Guineense têm-se melhorado significativamente, graças aos esforços de ambas as partes, à confiança política mútua. Tem aumentado progressivamente e as cooperação prática em diversas áreas é frutívora.

De um lado, a Guiné-Bissau vai respondendo positivamente às principais iniciativas propostas pela China, nomeadamente as iniciativas de um futuro compartilhado, de desenvolvimento, de segurança e da civilização global e tem apoiado firmemente a posição da China nas organizações multilaterais, por isso agradecemos à Guiné-Bissau pelos apoios que nos tem dado nas organizações internacionais.

Nos últimos três anos, a China também prestou alguns apoios para o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Concluímos com sucesso o projeto de reflexão da conferência internacional do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a construção do porto de Alto Bandim, em Bissau, e a reabilitação da sede da Assembleia Nacional Popular (ANP).

O projeto de construção da autoestrada Bissau/Safim também está a progredir significativamente. Em 2023 registamos destaques importantes na nossa cooperação e a Guiné-Bissau foi à China e pela primeira vez conseguiu montar a sua estrutura na sexta exposição nacional da importação da China.

O presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, condecorou a equipa médica chinesa no âmbito do sexagésimo aniversário da primeira equipa médica chinesa ao exterior e cerca de 140 oficiais guineenses visitaram ou fizeram formações na China no ano passado.  Tudo isso revela que, apesar das nossas diferenças geográficas, a China e a Guiné-Bissau são bons amigos e bons cidadãos que cuidam um do outro e se ajudam mutuamente.  

OD: O país tem um novo governo, embora mantenha-se o titular dos negócios estrangeiros, o interlocutor direto do Embaixador. Após o começo do novo ano, quais são as perspectivas da cooperação Sino-Guineense?

GC: Sobre o interesse dos empresários chineses à castanha de cajú guineense devo dizer-lhe que o processo está a progredir de forma consciente e esperemos que até à primeira metade de 2024 as alfândegas da China enviem uma missão de técnicos chineses a visitar o país e proceder às investigações no local.

A parte chinesa espera que tudo corra bem e que possamos assinar oficialmente um protocolo nos primeiros seis meses de 2024.

A construção da autoestrada Bissau/Safim deve ser concluída até agosto deste ano e até julho a segunda missão de técnicos agrícolas chineses chegará ao país, para continuar a desenvolver ações nas áreas técnico-agrícolas.

Também está prevista para este ano a vinda da nova missão médica chinesa. Além disso, estamos discutir um acordo com a parte guineense sobre a implementação de projetos como a peixicultura e produtos pecuários para a Guiné-Bissau.

A Guiné-Bissau como um país amigo vou promover uma visita para o Presidente da República e o primeiro-ministro para visitarem a China e a sua participação nas conferências internacionais.     

 OD: No final do mês passado, a China realizou a Conferência Central sobre o Trabalho Relacionado com os Negócios Estrangeiros. Que impacto terá na cooperação China-Guiné-Bissau? Reparamos que o conceito de Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade é um conteúdo importante da Conferência. Há perspectivas de envolver a imprensa nacional para a disseminação do grande projeto chinês, “Futuro Compartilhado” e que mecanismos a Embaixada pretende utilizar para envolver a mídia guineense?

GC: Agradeço-lhe pela questão. No ano passado todos os embaixadores e chefes de missão diplomática chinesa em todo o mundo voltaram para Pequim, capital da China, para assistir a esta conferência. A diplomacia chinesa é guiada pelo pensamento de Xi Jinping sobre a diplomacia e a conferência.

É imperativo e é um costume formar uma comunidade com futuro compartilhado para a comunidade. O objetivo é construir um mundo aberto, inclusivo, lindo e belo com paz duradoura e segurança universal.    

A China propôs essa iniciativa, futuro compartilhado para a comunidade, para o desenvolvimento, segurança e a civilização global. A Guiné-Bissau e a China já assinaram um memorando de entendimento sobre a iniciativa, uma faixa e uma rota, para pôr em prática o conceito comunitário de futuro compartilhado para a unidade.

A China está disposta a reforçar a cooperação com a Guiné-Bissau no âmbito do conceito comunitário de futuro compartilhado, a iniciativa uma faixa e uma rota e as três iniciativas globais.

A conferência esclareceu que a China apela para um mundo multipolar, equitativo e ordinário, uma globalização económica universalmente benéfica e inclusiva, porque o mundo multipolar, equitativo e ordinário não é composto apenas pelos grandes países, mas também um mundo em que países em via de desenvolvimento ou emergentes são partes iguais.

O iluminismo e a geopolítica reforçam as autoridades a prática do verdadeiro multilateralismo e uma globalização económica universalmente benéfica e inclusiva é aquela que atende às necessidades comuns de todos os países em vias de desenvolvimento, promove a liberalização, a facilitação do comércio e o investimento.

 A globalização económica vai disponibilizar mais acesso aos produtos guineenses no mercado internacional e vai trazer, com certeza, mais dinâmica para o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau. 

Por exemplo, a China está a promover em conjunto com a Guiné-Bissau a exportação da castanha deste país à China, uma demonstração concreta da globalização económica e a liberalização do comércio.  

OD: Desde a retoma da cooperação bilateral entre os dois países em 2000, a relação está e continua estritamente a nível público. É possível explorar o setor privado, sobretudo convidando o setor privado chinês a investir na Guiné-Bissau? Qual é o fator determinante que está a condicionar o investimento do setor privado chinês na Guiné-Bissau, para além do investimento que se regista no setor pesqueiro…

GC: De acordo com a estatística chinesa, atualmente o stock de investimentos da China na Guiné-Bissau se estima-se em mais de 20 milhões de dólares norte-americanos incluindo os investimentos das empresas privadas. Ainda de acordo com o nosso conhecimento, as empresas chinesas, quer estatais, quer as privadas, prestam muita atenção e importância ao mercado da Guiné-Bissau. 

Estas empresas estão a buscar a oportunidade de investimento na Guiné-Bissau nas várias áreas, sobretudo nos setores da energia fotovoltaica, castanha de cajú e no setor pesqueiro. Eu acredito que nas áreas das infraestruturas, agricultura e outros setores, os nossos países têm ainda muitos espaços para cooperar. A embaixada tomou a iniciativa de encorajar as empresas privadas para investirem na Guiné-Bissau. 

As empresas privadas chinesas que querem investir na Guiné-Bissau estão reticentes em fazer grandes investimentos, por causa da instabilidade política, golpes de Estado e conflitos. Eu quero frisar que os golpes de Estados ou conflitos registados neste país vão afastar as empresas ou grupos de empresas que querem investir pesado na Guiné-Bissau. Queremos realçar aqui o bom ambiente político registado nos últimos anos e que oferece as pré-condições para o desenvolvimento económico neste país. 

Sabemos também que no dia 01 de dezembro de 2023 registou-se um conflito neste país. Esta situação levou algumas empresas chinesas que planeavam visitar a Guiné-Bissau e fazer o reconhecimento do mercado a cancelar a deslocação para a Guiné, por causa daquela situação. A embaixada fez um trabalho de sensibilizar e informar aquelas empresas e mais outras interessadas no mercado guineense que atualmente a Guiné-Bissau é o país mais seguro na região da África Ocidental. Essas empresas estão agora a pensar visitar a Guiné e fazer a prospecção do mercado e saber em que áreas podem investir para além da comercialização da castanha e a criação de fábricas de transformação deste produto, energia entre outros. 

Outro fator que condiciona o investimento de empresários na Guiné é o ambiente jurídico, lamentado pelos empresários que querem investir nesta terra. O governo deve engajar-se em trabalhar na política que facilita o investimento estrangeiro e a criação de serviços sociais completos e capazes de atrair investimento estrangeiro. O terceiro fator são as condições das infraestruturas…

Sabemos com a alegria que daqui a dois ou três meses a Guiné-Bissau vai resolver o problema de abastecimento da eletricidade a nível nacional. Esta é uma boa notícia para os investidores chineses que se sentirão encorajados para investir pesado neste país e precipitarão os investimentos na construção de fábricas de transformação da castanha de cajú. Para além disso, vimos também o esforço do governo em melhorar as condições das estradas, portos e outras infraestruturas e acreditamos que isso será importante para atrair o investimento estrangeiro. 

De facto as condições da Guiné estão a melhorar e a situação económica também. Nós vamos comunicar todas essas informações aos investidores chineses. 

OD: Os guineenses continuam a aguardar com muita expectativa uma intervenção robusta da classe empresarial chinesa na campanha de cajú desde ano. Sr. Embaixador, é possível a participação do setor privado chinês na campanha da castanha de cajú este ano?  

GC: Cada vez que vou de férias a China, levo comigo a castanhas de cajú para a minha família e meus amigos como presente. Digo a minha família e aos meus amigos que a castanha de cajú da Guiné-Bissau é de melhor qualidade no mundo. De facto há muitas variedades da castanha de cajú provenientes de diferentes países no mercado chinês e acredito que até é a castanha da Guiné que vem do Vietnam. 

Segundo as estatísticas, em 2021, as importações de castanha de cajú da China foram aproximadamente 400 000 toneladas, com um valor total superior a 6,2 bilhões de dólares norte-americanos, e mantém-se a tendência de crescimento em 2022 e 2023. A Guiné-Bissau é um dos maiores produtores mundiais da castanha de cajú e a qualidade da castanha de cajú também fica entre as melhores, o que atende às necessidades do mercado chinês. Na verdade, estre as castanhas de cajú importadas pela China, é provável que seja o cajú da Guiné-Bissau que foi transformado pelo Vietnam e outros países. 

Estamos a trabalhar agora para limpar todos os obstáculos e permitir que as castanhas da Guiné-Bissau sejam vendidas na China sem passar por Vietnam. A China enviará para a Guiné uma missão de técnicos que virão para analisar localmente a castanha e o ambiente do negócio. Esperamos que nos meados dos meses de junho e julho possamos assinar o protocolo da exportação da castanha de cajú da Guiné-Bissau para a China. 

Até agora várias empresas chinesas demonstram interesse em comprar a castanha e algumas querem vir fazer investigações sobre a viabilidade de construir fábricas de transformações da castanha. O fator determinante para a assinatura do protocolo de acordo para a exportação da castanha de cajú para a China é a qualidade do cajú guineense e o ambiente de investimento que a Guiné-Bissau oferece. O que nós podemos fazer é trabalhar afincadamente para a assinatura do protocolo de acordo. 

OD: Perspetiva-se a assinatura do protocolo de acordo para a exportação da castanha de cajú entre os meses de junho e julho, mas na Guiné-Bissau, a campanha de comercialização da castanha decorre entre março, abril e maio e já no junho se começa a exportação. Isto quer dizer que pode-se contar com as empresas chinesas só no próximo ano?

GC: Tudo vai depender dos resultados da equipa técnica a ser enviada para a investigação no terreno e que chegará no mês de abril deste ano. Se estes técnicos derem um resultado favorável e se chegarmos ao consenso quanto à assinatura do acordo, acredito que será possível exportar a castanha de cajú da Guiné-Bissau para a China ainda este ano. 

OD: A imprensa guineense e particularmente (imprensa amigo da China) reconhece o apoio recebido da Embaixada, mas continua a sonhar com apoios financeiros da China para a execução dos seus projetos. Senhor, é possível contar com o apoio financeiro da Embaixada para a execução de projetos?

GC: Agradecemos o apoio que a media guineense dá à cooperação e relações amistosas entre a China e a Guiné-Bissau. Agradecemos ainda os apoios que a media dá aos assuntos como a um cinturão e uma rota, bem como na divulgação de informações verdadeiras e favoráveis à China sobre este assunto.

A parte chinesa está disposta a convidar cada vez mais jornalistas estrangeiros, incluindo guineenses, a visitar e fazer formação na China, fazendo-os conhecer uma China verdadeira e mais vivida. No ano passado, a China convidou vários jornalistas da Guiné-Bissau a visitar a China e recebemos respostas favoráveis. Este ano, a China vai continuar a convidar jornalistas da Guiné-Bissau para visitarem a China. 

A media guineense é sempre bom amigo da Embaixada da China, e tem mantido boas relações de cooperação conosco. Estamos dispostos a oferecer mais apoio para a imprensa guineense no futuro. 

Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú                     

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

O GOVERNO ANUNCIA ENCERRAMENTO DE BOMBAS E CONTENTORES QUE VENDEM COMBUSTÍVEIS

Por: Aguinaldo Ampa o DEMOCRATA  

O Inspetor geral da Secretaria de Estado do Ambiente, Januário Indi, anunciou esta quinta-feira, 09 de novembro de 2023, o encerramento de 39 estabelecimentos de venda de combustíveis e lubrificantes, que não cumpriram o pagamento de multas aplicadas no passado mês de outubro do ano em curso.

O governo avançou que a medida vem na sequência de irregularidades verificadas naqueles estabelecimentos de venda, entre as quais 26 bombas e 13 contentores que operam na cidade de Bissau.

Januário Indi falava aos jornalistas no Palácio do governo sobre a operação que será levada a cabo em Bissau, contra os postos de venda de combustíveis no Setor Autónomo de Bissau.

Informou que no quadro da avaliação de impacto ambiental, a secretaria de Estado do Ambiente realizou atividades de verificação de bombas e contentores de venda de combustíveis e lubrificantes, tendo constatado que algumas não têm licenças, um instrumento legal para exercício dessa atividade.

“Foram notificados para regularizarem a situação no prazo de 20 dias, desde 13 do mês de outubro do ano em curso, mas até ao momento não compareceram. Fim do prazo, decidimos realizar a operações de encerramento dos estabelecimentos ilegais como também dos que não pagaram as coimas que lhes foram aplicadas”, explicou.

O Inspetor geral informou que a sua instituição está a realizar essa operação na base da lei número 10/2010 de 24 de setembro, artigo nº54, que fala do fecho de instalações de venda de combustíveis, em caso de não pagamento das multas.

“Enquanto servidores do Estado, temos que cumprir as leis aprovadas pelos deputados da nação. A única maneira de travar a operação é os responsáveis dos estabelecimentos de venda cumprirem as suas obrigações, pagando tudo que é previsto pela lei e ter documentos que lhes autorizem a praticar essa atividade”, avisou.

Questionado sobre a desorganização na venda de combustíveis e derivados na cidade de Bissau, Januário Indi disse que aquela instituição sensibilizou as pessoas que praticam essa atividade a inscreverem-se no ministério para que a Autoridade da Avaliação Ambiental Competente possa realizar um estudo de impacto ambiental para depois atribuir as licenças de conformidade ambiental.

“Infelizmente algumas entidades não reponderam a essa solicitação ou orientação e continuam a operar de forma ilegal e mais grave ainda, vendem combustível em lugares inapropriados, por isso há a necessidade de aplicação da lei para fazer cumprir as medidas”, assinalou.

“No passado, foi tomada essa mesma medida que estamos a iniciar agora, mas o processo foi interrompido. Desta vez, enquanto estiver à testa, farei tudo para que a gestão do processo seja transparente, divulgando todas as ações realizadas para que as pessoas possam saber e acompanhar para depois tirar ilações ou comparação. Estou aqui neste momento como inspetor geral e não tenho compromissos com ninguém e vou aplicar as medidas de acordo com a lei”, afirmou.

Januário Indi assegurou que a operação não terminará apenas nos estabelecimentos de venda de combustíveis, mas também irá estender-se às empresas que vendem água empacotada, através de sacos plásticos, que estão a estragar o solo, às empresas de exploração de pedreiras em Saltinho, como também às entidades que fazem descasque da castanha de cajú, causando poluição.

Segundo as informações a que O Democrata teve acesso, a multa para bombas de combustíveis varia entre 1 a 10 milhões de francos CFA e dos contentores estende-se entre 500 a um milhão de francos CFA.


sexta-feira, 20 de outubro de 2023

EMBAIXADOR ESPERANÇADO QUE A CASTANHA DE CAJU SEJA EXPORTADA PARA CHINA NO PRÓXIMO ANO

Por: Tiago Seide   O DEMOCRATA  19/10/2023 

O embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau, Guo Ce, espera que no próximo ano a castanha de cajú seja exportada para aquele país asiático.

Na abertura do Seminário sobre a Construção da Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade e as Três Iniciativas Globais Propostas pela China, organizado pela Embaixada da República Popular da China em Parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas da Guiné-Bissau (INEP) na quarta-feira, 18 de outubro de 2023.

Guo Ce manifestou o interesse da China em cooperar com o país no domínios da segurança, sublinhando que o seminário vai aprofundar a compreensão dos participantes sobre a visão de construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade e as três iniciativas globais propostas pela China.

Para Gue Ce, a referida iniciativa proposta pelo presidente XI Jinping visa contribuir com as soluções chinesas para construir um mundo melhor, por entender que a paz, a estabilidade e a riqueza espiritual são básicas do desenvolvimento da sociedade humana. 

“O mundo está a passar por mudanças sem precedentes. Com base na visão de construção da Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade, as três iniciativas globais são caminhos para resolver os principais problemas que o mundo enfrenta. A construção da Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade e as três Iniciativas Globais propostas pela China demonstram que a China sempre será um construtor da paz mundial para o desenvolvimento global e defensor da ordem internacional” disse o diplomata Chinês. 

Presidindo ao ato, o Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Braima Sanhá, afirma que a globalização pressupõe políticas comuns na busca da paz, no desenvolvimento, na segurança mundial, no combate ao terrorismo e ao crime organizado.

“O atual cenário mundial preocupa e constitui um desafio para qualquer cidadão do mundo e leva-nos a pensar em soluções para eventual saída que não fujam das iniciativas globais propostas pela China. Um mundo globalizado virado para a humanidade seria o ideal para inverter oatual cenário mundial de conflitos entre as nações”, insistiu o governante, reafirmando “a cooperação histórica” entre a Guiné-Bissau e a República Popular da China, que remonta desde os anos 60 até à data presente.

“Os nossos profundos agradecimentos às autoridades políticas, administrativas e académicas deste grande e fraterno país que é a República Popular da China que, hoje como ontem, sempre estiveram ao lado da Guiné-Bissau”, disse, lembrando o apoio que a China tem prestado à área social, nomeadamente a educação e a saúde, com destaque para a assistência ao Programa de Alimentação Escolar, que, através do PAM e da CRS, tem garantido uma refeição quente às crianças no país. 

domingo, 13 de agosto de 2023

Triunvirato PAI-TERRA-RANKA, PRS e PTG

Por: Carlos Sambu

Confesso que esperava uma transição geracional mais acintoso no elenco, mas dou meus parabéns em especial aos jovens e os novatos que, por aqui tem campos abertos para fazer muita diferença! Aliás creio, da parte a parte, os nomes e as pastas não satisfaz e nem convenceram as agendas meticulosamente pensada após anuncio da vitoria e calculadas por parte dos (agora) aliados e da propria coligação vencedora! E, por consequência não houve grande entusiasmos entorno do novo Governo! Reduziu muita expectativa quando viram os rostos conhecidos e marcados 

Mormente, triunvirato que prometia ser cintilante entre aliados que detem uma maioria qualificada, não tinham antes de mais precavido todos os detelhes, digo isso, porque para mim, as pastas sociais não podia/devia ser todos ou mais, entregues aos acompanhantes (saúde e ensino superior PRS, agricultura PTG e entre outras) quando que, o vector crucial da vitoria fora cajú e problemas do ensino, educação e aumento desenfreada dos preços dos produtos da primeira necessidade e, sem contar que presumivelmente a pasta do comércio ficou para com um elemento da coligação! o povo votou e ouviu as promessas de quem ganhou e por isso devia ser ele ocupar-se das pastas sociais, mais isso, é só minha opinião! Portanto, competência e dinamismo do primeiro-ministro poderá fazer grande diferença nos "desfalque" do elenco. Boa sorte 

Carlos Sambu

sábado, 15 de julho de 2023

“GUINÉ-BISSAU TEM APROVEITADO MUITO POUCO A COOPERAÇÃO COM A CHINA” – Embaixador António Serifo Embaló

 O DEMOCRATA   15/07/2023  

O Embaixador Plenipotenciário da Guiné-Bissau na República da China Popular, António Serifo Embaló, afirmou que o país tem aproveitado muito pouco a cooperação bilateral com aquele país asiático, sobretudo no que concerne ao setor privado em que se poderia tirar grande proveito das oportunidades oferecidas pelo gigante asiático aos países africanos, no âmbito de negócios e grandes investimentos.

“A Guiné-Bissau tem aproveitado muito pouco a cooperação com a China, sobretudo no setor privado. Eu acho que o nosso setor privado deve começar a ser mais agressivo no bom sentido, para ter acesso ao mercado chinês. Um mercado grande onde as oportunidades não faltam e o setor privado pode aproveitar muito bem para fazer negócios e investimentos em todas as áreas possíveis”, disse.

“A China é grande, tem mercado e precisa de matérias primas dos países africanos, em particular da Guiné-Bissau, neste caso a castanha de cajú, que vem em primeiro lugar” explicou, salientando que a China é o mundo, por isso “devemos aproveitar, porque as oportunidades existem”.

Serifo Embaló falava este sábado, 15 de julho de 2023, nas instalações da Embaixada da Guiné-Bissau em Beijing, ao grupo de imprensa nacional, que está na China para participar no Seminário para Oficiais de Jornalismo e Jornalistas dos Países da Língua Portuguesa, com o propósito de falar da cooperação bilateral entre os países com ligação histórica.

Embaló desempenhou funções ministeriais várias vezes no país e foi deputado da nação, antes de ser nomeado Embaixador  Extraordinário e Plenipotenciário da República da Guiné-Bissau na República Popular da China, em junho de 2020.

O diplomata guineense revelou aos jornalistas que as autoridades nacionais estão a trabalhar a nível técnico com autoridades chinesas competentes, para que no futuro próximo possa haver condições para que a Guiné-Bissau possa lançar bases no sentido de exportar a castanha de cajú para aquele país asiático, que recentemente manifestou o interesse de comprar a castanha da Guiné-Bissau. 

Questionado sobre a recente participação da Guiné-Bissau na Exposição Económica e Comercial da China – África realizada em Changsha, Embaló assegurou que o pavilhão nacional foi visitado por milhares de pessoas, sobretudo  chineses que adquiriram todos os produtos da delegação nacional.

A delegação empresarial da Guiné-Bissau tomou parte na exposição e foi composta pelos representantes de empresas privadas. Foi a primeira vez que a Guiné-Bissau participou na exposição, conseguindo atrair muitos visitantes.

O embaixador guineense que, além de realçar a boa cooperação entre dois estados, permitiu muitos investimentos do governo chinês em infraestruturas nacionais, falou também da contribuição da China na formação de quadros guineenses em diferentes áreas académicas.

O diplomata destacou infraestruturas fruto de cooperação bilateral com a China, nomeadamente, palácios da Presidência, do Governo e da Justiça, o edifício da Assembleia Nacional Popular, o Hospital Militar, o Estádio Nacional “24 de Setembro” em Bissau, e recentemente a construção de uma autoestrada que ligará a cidade de Bissau e Safim 

Por: Alison Cabral

Foto: AC

terça-feira, 30 de maio de 2023

GUINÉ-BISSAU: MADEM-G15 A BEIRA DE MAIORIA CONFORTÁVEL

Por Ditaduradoprogresso.blogspot.com   30/05/23

O COORDENADOR DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ, BÁ DI POVO - O ESCOLHIDO E FAZEDOR DE CONSENSOS VEM SUBINDO CADA VEZ MAIS NA CONSIDERAÇÃO DOS GUINEENSES. E ISTO A REVELIA DOS OUTROS PARTIDOS QUE NO GERAL VÊM INVENTANDO NARATIVAS MENTIROSAS NA VÃ TENTATIVA OU DESESPERO DE ATINGIR O PARTIDO FORÇA DO POVO, QUE PROMETE APAZIGUAR E RECONCILIAR A SOCIEDADE GUINEENSE.

POR OUTRO LADO, ESTA MANHÃ BRAIMA CAMARÁ VISITOU O LICEU DR. RUI BARCELOS, ONDE OFERTOU 20 BOLSAS DE ESTUDOS AOS MELHORES ALUNOS.

VEJAM AS IMAGENS  DA VISITA:



Vamos retomar este assunto na próxima edição.

Abduramane Djaló transcreve a intervenção do Líder BRAIMA CAMARÁ, aquando da sua visita ao Sector de Farim....

POLÍTICA

Braima Camará promete construir ponte sobre Rio Farim, Construir o mercado local e oferecer Câmara Frigorífica em Farim.

Publicado a 29 Maio 2023 no Jornal NÔ PINTCHA.

O Coordenador do Movimento para a Alternância Democrática, MADEM- G15, afirmou, no dia 25 de Maio, no comício popular em Farim que está a cumprir a missão dos antigos combatentes deste partido, tendo citado Isabel Buscardine, Saturnino da Costa, Luís Oliveira Sanca, entre muitos outros.

Braima Camará disse não gostar de estar a manter diálogo directo com certos políticos que usam de batota politica , não obstante ser ele próprio o promotor destas figuras no campo politico. “Eu vou vos contar hoje uma história que nunca contei. Fui eu que mandei buscar DSP de Portugal, para vir juntar-se a mim no meu Projeto para a liderança Inclusiva do PAIGC,  em contrapartida iria nomeá-lo Ministro dos Negócios Estrangeiros, caso vencesse as eleições legislativas. 

Contudo, quando ele chegou ao país em lugar de me apoiar conforme o combinado, resolveu  apresentar-se como mais um concorrente à liderança do partido. Foi assim que fomos ao congresso de Cacheu.

Braima Camará manifestou a sua profunda estupefação pelo facto que  teimosamente DSP continua a lançar calúnias e falsas acusações, sobre o caso do terreno de N’Batonha que lhe pertencia.

Compromisso assumido

O Coordenador do MADEM G-15 advertiu que antes de assumir as funções de primeiro-ministro vai declarar todos os seus bens materiais e imateriais.

Para Braima Camará ele é um ser humano e consciente das suas limitações e que sempre  procurou levar a sua vida de forma honesta e justa; e que se ele morrer vão lhe sepultar apenas com sete metros de "CAFAN" (tecido branco); "que não vai levar absolutamente nada", questionando: "porquê que eu vou furtar o que é de povo, tendo uma vida perfeitamente organizada graças a Deus” ?

“Eu, enquanto primeiro-ministro, garanto-vos, de viva voz, que não vou colocar esposas e irmãos na Administração Pública. Para mim há princípios invioláveis. Deve-se funcionar na base de respeito escrupuloso da ética. têm falado muito da escola. Contudo,  não basta ir à escola  para pretendermos tudo saber e tudo poder; 

BRAIMA CAMARÁ  disse que ao longo dos anos teve várias acções de formações, que lhe habilitaram a ser um bom gestor e um lider com conhecimentos sustentáveis para dirigir um Governo da República capaz de alcançar performances  do desenvolvimento desejável da Guiné-Bissau; E mais, Braima Camará é uma pessoa muito bem organizada” como atestam as  suas performances no Sector Privado. 

Concernente as criticas que lhes foram dirigidas  "não esperava que fosse o DSP a caluniar-lhe", porém acredita piamente em Deus e que o tempo é maior juiz.

Bá de povo, para tirar todas as dúvidas sobre as insinuações maldosas de DSP, explicou, no meeting de Farim Kumus Dindin-Banco de que em 1999 ele era o único guineense que tinha conta no Banco privado Tota & Açores, na baixa de Bissau, no valor de cinco milhões de dólares americanos. 

E que foi por esta altura que efectuou a compra do Terreno a frente do Hotel Ancar. Na altura a Câmara Municipal de Bissau, tinha como Presidente a senhora Francisca Vaz Turpin ( Zinha Vaz). Foi ela quem procedeu a venda à hasta pública do terreno N’Batonha. 

Que na altura eram dois concorrentes de peso. ele, Braima Camará, e a Empresa Aresky. Nas ofertas cada vez que essa oferecia um montante ele acrescia algum valor e assim sucessivamente até que se atingiu os 90 milhões, levando o abandono dos senhores de Aresky alegando que não sabiam se havia um guineense assim tão bem abastado. Depois o terreno foi arrematado por 95 milhões: “Fechado o negócio em 95 milhões de francos cfa, o montante que desembolsou para aquisição do terreno N’Batonha”, disse.

BÁ DI POVO afirmou que o DSP, enquanto Ministro das Obras Públicas expropriou-lhe o terreno sem fundamento e a margem da lei. Que foi o Carlos Gomes Júnior quem lhe devolveu o referido terreno de N’Batonha.  Anos depois o DSP voltando ao Governo como Primeiro-Ministro viria pela segunda vez a confiscar-lhe o terreno já valorizado e viabilizado para futuras construções. 

Neste particular, Braima Camará considerou que “nem macacos comportam-se assim como DSP, a jorrar veneno e ódio contra mim”, sublinhou, para acrescentar citando um ditado em bom crioulo da Guiné-Bissau “ Quando "galinha purqué" quer ver a sua vergonha vira o cu em direção ao vento”... gargalhadas dos presentes.

Sobre a aquisição de terreno em hasta pública, o presidente da Comissão Fundiária Nacional, Mário Martins explicou os parâmetros, regras e deu razão ao Braima Camará assegurando que a compra do terreno N’Batonha cumpriu todos os trâmites legais.

Mais adiante o Coordenador do MADEM-G15 afirmou que não quer vingar-se, mas que fique bem claro de que ninguém vai ficar com duas casas do Estado.

O Coordenador, no palco, a frente de uma multidão efervescente que respondia com palmas e ovações, afirmou que foi convidado três vezes, por diferentes governos, para ser primeiro-ministro tendo sempre recusado e que agora acha que é a altura própria ou seja  CHEGOU A HORA " Hora Tchiga para o MADEM G-15 assumir os destinos do país. 

Considera que a evolução da Campanha eleitoral tem sido  positiva e que tudo indica que vamos ser vencedores destas eleições. Assim sendo, “Apenas estou a espera que o General Umaro Sissoco Embaló me coloque a faixa de Primeiro-Ministro para atrairmos  inúmeros investidores públicos e privados”, porque vamos ter um Governo que vai garantir a Reconciliação, a Paz, a Estabilidade e Progresso prometeu. 

Estamos em campanha eleitoral, em apresentação e defesa das nossas ideias com base no nosso programa eleitoral e não vamos  alimentar e nem encorajar insultos, agressões e violências gratuitas.

Ainda ao longo da sua intervenção Braima Camará deu respostas a alguns pedidos dos populares.

Braima Camará anunciou, nesse comício, noite dentro, a construção de uma escola de formação profissional, a requalificação do mercado local, a construção da ponte sobre o rio e a oferta de uma câmara frigorífica para as vendedeiras do mercado para conservação de verduras, peixe, mariscos e carne, etc...

A par de financiamento de alcatroação das cidades Regionais o Coordenador reafirmou a existência de um outro financiamento para a construção da Estrada Farim/TANAFF (Senegal). 

Braima Camará disse ainda de que "quando quis ter uma casa em Portugal, em França e em Dakar enveredou-se como empresário na comercialização de castanha de caju.

Compra de castanha de caju

O Coordenador foi muito explicito baseado no conhecimento de causa para fazer compreender aos presentes sobre os contornos da comercialização de castanha de caju. “Eu dirijo-vos a vocês, senhoras "Bideiras" de peixe. quando no mercado de Farim a procura for maior que a oferta o preço de peixe tende a subir significativamente. E no dia em que a oferta for maior que a procura, o preço também baixa drasticamente, quer dizer que nesse dia que os pescadores conseguiram pescar mais, daí que o preço desce. Essa realidade vale para os demais produtos, tais como legumes, frutas, etc... 

Por outro lado, o Coordenador  do MADEM-G15 denuncia que um líder de uma formação politica  juntou comerciantes, pedindo-lhes para boicotarem a campanha de comercialização de castanha de caju. neste particular, Braima Camará chamou atenção da população para não aceitarem ser induzidos no erro de confundirem a campanha politica com a da castanha de cajú.; que as dificuldades da campanha de caju este ano são conjunturais. e mais, que na nossa sub-Região vários outros paises também estão a produzir este produto em quantidade concorrencial.

A este propósito BÁ DI POVO anunciou que a Costa do Marfim que há dez anos atrás tinha pequenas quantidades agora produz um milhão e duzentas mil toneladas. 

Assim como a Guiné Conacri que está a produzir cerca de duzentas mil toneladas; a Gâmbia, o Senegal, aliás todos os países da sub-Região estão a enveredar-se para a produção de castanha de caju. 

Com todo este aumento de produção, o mercado  da sub-Região tornou-se mais concorrencial, provocando assim a baixa de preço.

Para Braima Camará essa é a dinâmica de comércio internacional. “Não preciso de vos mentir para votarem em mim. Se assim for não votem em mim”. 

A este respeito Braima Camará lembrou que ele tem sido defensor de comerciantes e de agricultores. “Digo-vos que ninguém pode comprar um quilo de castanha de caju, este ano, a 1000 francos, afirmou adiantando que ele foi Presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços durante mais de 20 anos ou seja ele conhecedor profundo da área como poucos. 

“ Eu cheguei a comprar a castanha de caju a 150 francos ao quilo e 1500 francos ao quilo na balança”, lembrou. Contudo, prometeu resolver a problemática da castanha de cajú logo depois da vitoria do MADEM-G15 nas eleições de 4 de Junho.

quinta-feira, 25 de maio de 2023

CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ, EM BISSORÃ, REGIÃO DE OIO

CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ, EM BISSORÃ 04, REGIÃO DE OIO👇

CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ, EM BISSORÃ 03, REGIÃO DE OIO👇

CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ, EM BISSORÃ 02, REGIÃO DE OIO👇



Fotos: Tuti Vitoria Iyere

VIDEO by: Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15


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Bá di povo, não perdeu a oportunidade de desfazer algumas inverdades ditas pelos seus adversários, passando rapidamente para as soluções, tendo em conta o programa eleitoral que o seu partido apresentou no início da campanha.

Na realidade, mesmo mudando de região, os problemas existentes na Guiné-Bissau são os mesmos e carecem da mesma atenção e urgência. Desde já, a Saúde; Educação; Infraestrutura; Ambiente; Agricultura; Justiça; Trabalho; Equidade no que tange à igualdade de oportunidades. Mas, neste momento em particular, os problemas mais sonantes advêm da complicação da campanha de cajú.

Perante esta gritante dificuldade, Braima Camará apresentou soluções para ultrapassar esta situação que tanto tem afetado a população da Guiné e já prometeu recorrer às suas boas relações empresariais para a compra do caju. É bom referir que Braima Camará foi o maior empresário de todos os tempos da Guiné na exportação da castanha de cajú, mesmo hoje não fazendo parte do problema, está disposto a ser parte da solução.

Por outro lado, também foi solucionado o problema da Mãe de Água de Mansaba, por via dos contatos do Coordenador Nacional. Com estas soluções imediatas, todos os outros problemas serão solucionados com Braima Camará como primeiro-ministro.

O apelo é de voto massivo para uma maioria qualificada para a dupla de Umaro Sissoco Embaló e Braima Camará.


domingo, 21 de maio de 2023

Líder de APU-PDGB: “HAVERÁ NOVA GERINGONÇA NA GUINÉ-BISSAU PARA FORMAR GOVERNO”

 O DEMOCRATA  20/05/2023 

[Campanha eleitoral] O líder de Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabian, afirmou que nenhum partido ganhará as eleições legislativas de junho com maioria absoluta, por isso haverá nova “geringonça” para formar governo. 

Nabian, que também exerce a função de chefe do governo, fez estas afirmações no comício popular realizado na tarde deste sábado, 20 de maio de 2023, no círculo eleitoral 25, concretamente no bairro “Lala Quema” para apoiar a cabeça de lista dos apuanos naquele círculo, Juelma Cubala

Reconheceu que as eleições vão ser muito renhidas, que nenhuma formação política vencerá com maioria absoluta, tendo frisado que se o seu partido estiver a frente ou merecer a confiança dos guineense para dirigir o país, vai reunir todos os partidos para dialogar e tentar formar uma coligação para formar um governo. 

Acrescentou que se não ganharem as eleições, estarão abertos para negociar com o partido vencedor.

Sobre a situação da campanha de cajú, o chefe de governo explicou que o seu executivo está a trabalhar para encontrar uma solução.

“Temos que passar a mensagem clara sobre a situação da campanha de cajú à nossa população. A situação é conjuntural e como sabem, o mundo não está bem. O governo fez esforços e baixou as taxas como forma de encontrar uma solução para a presente campanha e permitir que os empresários comprem a castanha”, disse.

Revelou que o governo reuniu com os bancos no sentido abrir uma linha de crédito aos empresários a fim de poderem comprar a castanha de cajú, contudo declarou que a situação é conjuntural e que o governo está a fazer tudo para encontrar uma solução.

Nabian disse que o seu partido não está apegado ao poder e que está aberto para trabalhar com outras formações políticas. 

Alertou, neste particular, que é necessário que o governo esteja disponível para coabitar com o Presidente da República, realçando que a APU-PDGB mostrou o exemplo de coabitação com o Presidente da República durante estes três anos. 

Questionado sobre a situação de segurança, respondeu que o executivo que lidera investiu muito dinheiro a nível dos setores da defesa e segurança com o intuito de criar as condições para garantir a segurança aos guineenses.

Por: Assana Sambú

Foto: Marcelo Na Ritche