segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Dois militares reféns no Benim libertados mas líder do golpe continua em fuga... O líder do golpe fracassado no Benim continua foragido, e os dois oficiais de alta patente do Exército beninês que haviam sido mantidos como reféns pelos golpistas foram libertados em Cotonou, anunciou a imprensa.

Foto: Olympia de Maismont/AFP   Por JN/Agências  8 de dezembro, 2025 

Um grupo de soldados autodenominado Comité para a Refundação, liderado pelo tenente-coronel Pascal Tigri do exército do Benim, invadiu a estação de televisão nacional na madrugada de domingo, anunciando a destituição do presidente Patrice Talon, a dissolução do governo e a suspensão de todas as instituições estatais.

No entanto, pouco depois começaram a surgir mensagens do Governo do Benim, com o ministro do Interior, Alassane Seidou, a dar o golpe como abortado.

Segundo a AP, continua desconhecida a localização do líder do golpe fracassado no Benim.

Entretanto, segundo a AFP, dois oficiais de alta patente do exército beninês mantidos como reféns pelos golpistas foram libertados hoje em Cotonou.

O golpe foi frustrado pelos militares do Benim, apoiados pelas forças aéreas e terrestres nigerianas, que lançaram uma série de ataques contra os amotinados em fuga. Pelo menos uma dúzia de soldados foram presos, enquanto outros continuavam hoje a monte, sendo o paradeiro de Tigri ainda desconhecido.

Segundo a AFP, a capital económica do Benim estava calma na manhã de hoje e o trânsito estava a retomar gradualmente.

Após um dia de incerteza, o presidente Patrice Talon afirmou no domingo à noite que a situação estava "totalmente sob controlo".

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ordenou o destacamento imediato de tropas para o Benim, após o fracassado golpe de Estado ocorrido este domingo no país, anunciou o bloco regional em comunicado.

A força regional será composta por tropas da Nigéria, Serra Leoa, Costa do Marfim e Gana, e terá como missão "apoiar o Governo e o Exército Republicano do Benim na preservação da ordem constitucional e da integridade territorial do país", acrescenta a nota.

Talon, de 67 anos, chegou ao poder em 2016 e foi reeleito em 2021, tendo lançado um programa político e económico centrado no desenvolvimento do país. No entanto, os seus críticos acusam-no de ter conduzido a uma erosão das instituições democráticas, outrora consideradas exemplares na região.

As próximas eleições presidenciais no Benim estão previstas para abril de 2026, não sendo Talon candidato, por ter cumprido os dois mandatos de cinco anos permitidos pela Constituição.

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