Bissau, 12 Ago 2020 (ANG) – A Associação de Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES) apela aos Mistérios de Comércio e de Saúde no sentido de solicitarem à Polícia Judiciária (PJ) investigações para descobrir e pôr cobro a comercialização de refrigerante tipo coca cola fora de prazo.
Em entrevista exclusiva à ANG, O Secretário-geral de ACOBES Bambo Sanhá disse que tiveram conhecimento de que foram deitados fora grande quantidade de sumo coca- cola fora de prazo de validade, nos arredores de Safim, mas que alguns elementos da população, entre idosos e crianças, estão a apoderar-se desse produto para consumo.
Referiu que o referido sumo pode estragar-se facilmente devido a má conservação mesmo não estando fora de prazo, por causa de conservantes que integram a sua composição.
“O mais grave de tudo é quando está fora de prazo, pelo que peço ao Ministério de Comércio através da sua Inspecção-geral , no sentido de assumir sua responsabilidade para poder garantir as populações o consumo de produtos de qualidade , enquanto entidade que dirige a política de mercado”, disse.
Bambo Sanhá afirmou que hoje em dia o mercado é extenso e o mundo está desenvolvendo e que os operadores económicos têm poderes muito forte pelo que é preciso inspectores à altura de poder acompanhar a evolução do desenvolvimento no mercado.
Questionado sobre os mecanismos de controlo de consumo de alguns produtos fora de prazo vendidos nos mercados neste período da pandemia, reiterou que a ACOBES não pode tomar medidas para corrigir males nos mercados.
Acrescentou que quem lei reserva o direito de tomar medidas são os Ministérios de Comercio e o de Saúde através dos seus serviços de Inspecções enquanto entidades de Estado.
Disse que lamenta a fragilidade que se tem verificado no país e a forma como as entidades públicas estão organizadas.
“Muitas pessoas são admitidas nos serviços de Inspecção sem ter vínculo com o Estado. Entram através de cunhos políticos e muitas das vezes não estão preparadas para criar mecanismos que garantam as populações o consumo de produtos de qualidade”, disse.
Bambo Sanhá afirmou que neste período de pandemia, os preços de muitos produtos estão sendo especulados nos mercados de uma hora a outra, caso concreto de cebola que dantes custava 11 mil francos CFA por saco de 50 quilos e agora passou para 14 mil.
Disse que denunciaram a situação e estão a espera do resultado porque têm conhecimento que essas pessoas são notificadas pelo Ministério do Comércio para que possam ser responsabilizados.
“O mercado livre não é sinónimo de preço livre.O Estado deve controlar os preços no mercado”, disse o secretário-geral da ACOBES, Bambo Sanhá, em entrevista à ANG.
ANG/MI/ÂC//SG
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