Por LUSA
Jerusalém, 22 set 2025 (Lusa) -- O Exército israelita anunciou hoje que um projétil foi disparado a partir da cidade de Gaza, onde intemsificou a ofensiva nas últimas semanas, em direção a Nahal Oz, perto da fronteira com o enclave.
Em comunicado, as forças israelitas informaram que procuraram intercetar o projétil e que os resultados da operação estavam ainda "em análise".
No enclave, os ataques israelitas prosseguiram hoje, em particular na cidade de Gaza, fazendo pelo menos 24 mortos.
Um residente da capital do enclave descreveu os bombardeamentos como "intensos, com aviões, tanques e 'drones' a disparar constantemente".
Imagens registadas pela agência francesa France-Presse (AFP) mostram colunas de fumo sobre a cidade, com milhares de habitantes a fugir para sul.
No domingo, o Exército israelita estimou que mais de 550 mil pessoas já abandonaram a capital, onde a ONU calculava viverem cerca de um milhão de pessoas no final de agosto.
Numa mensagem de Ano Novo Judaico, que se assinala hoje, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu continuar a "ganhar vantagem sobre os inimigos", reiterando os objetivos de eliminar o movimento islamita Hamas, libertar os reféns e impedir que Gaza represente uma ameaça.
De acordo com fontes médicas de Gaza, pelo menos 24 palestinianos foram mortos desde a manhã de hoje, incluindo 18 na capital, e 15 corpos deram entrada no hospital Shifa, o maior do enclave, onde 480 doentes permanecem internados, 13 em cuidados intensivos.
"Estamos tragicamente a perder muitos feridos que poderiam ter sido salvos se houvesse recursos disponíveis", lamentou o diretor do hospital, Mohammed Abu Salmiya.
O Ministério da Saúde de Gaza confirmou o encerramento do Hospital Rantisi, o único pediátrico especializado, bem como do Hospital Oftalmológico.
A sede da União dos Comités de Assistência Médica Palestinianos foi destruída em ataques aéreos, deixando dois trabalhadores feridos.
A guerra na Faixa de Gaza começou a 07 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em território israelita, que matou cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e fez perto de 250 reféns.
A ofensiva de retaliação israelita já provocou 65.344 mortos, também em grande parte civis, segundo números do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, considerados credíveis pela ONU.

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