quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Recenseamento na Guiné-Bissau chegou a apenas 25% dos eleitores

O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) da Guiné-Bissau disse hoje que as operações de recenseamento estão a "decorrer com a normalidade possível", com 220.000 eleitores recenseados até ao momento, 25% do universo eleitoral estimado.


“Globalmente, as operações eleitorais estão a decorrer com a normalidade possível, de forma ordeira como pode ser facilmente verificado por visita aos postos de recenseamento”, afirmou, em conferência de imprensa, o diretor-geral do GTAPE, Aliain Sanka.

Alain Sanka referiu que as populações “afluem em quantidade expressiva às brigadas de recenseamento” e estão a contribuir para a “resolução calma e atempada de pequenos problemas”.

“As populações são exemplo de civismo e irrepreensibilidade”, disse Alain Sanka.

O diretor-geral do GTAPE disse que foram registados alguns incidentes, que o gabinete “irá proceder em consequência” e de acordo com a lei.

“O GTAPE insta, pois, quer junto dos partidos políticos, cuja responsabilidade no bom decurso do processo é incontroversa, quer junto dos eleitores e comunidade em geral, o maior envolvimento possível no sentido da construção do civismo de que a Guiné-Bissau tem de dar exemplo”, sublinhou.

Na conferência de imprensa, Alain Sanka disse que até hoje estão recenseados mais de 220.000 eleitores, cerca de 25%, do universo estimado pelo Instituto Nacional de Estatística, que é de 886.292 eleitores.

O processo eleitoral em curso na Guiné-Bissau tem provocado fortes críticas dos partidos sem assento parlamentar e da sociedade civil, que têm pedido que as legislativas sejam adiadas.

Em causa está, essencialmente, o recenseamento eleitoral que não decorreu entre 23 de agosto e 23 de setembro, como previsto, devido a atrasos na chegada dos equipamentos para recenseamento biométrico.

A Nigéria acabou por se disponibilizar para doar 350 ‘kits’ de registo biométrico, mas apenas 150 chegaram ao país, devendo os restantes ser recebidos no sábado, dia em que termina o atual recenseamento.

O recenseamento, que começou a 20 de setembro, deverá terminar no sábado.

Questionado sobre se o recenseamento vai ser prolongado, o GTAPE remeteu para o Governo guineense esclarecimentos sobre o assunto.

interlusofona.info

É o casamento forçado,?



EXCLU Magazine

Guiné-Bissau: Eleições legislativas adiadas para uma data a definir

As eleições legislativas na Guiné-Bissau marcadas para 18 de novembro, já não vão ter lugar, devido ao atraso registado no processo de recenseamento eleitoral.


A data ficou comprometida depois do Governo ter anunciado o prolongamento do recenseamento eleitoral até 20 de novembro, cumprindo assim a Lei Eleitoral, que determina que o processo deve decorrer durante 60 dias, isto adicionada, também, à pressão dos partidos políticos, que têm criticado o ato e denunciado irregularidades.

Perante esta decisão, o Presidente da República, José Mário Vaz, que se encontra em Dakar, em visita de algumas horas, deve marcar uma nova data, depois de ouvir a CNE, o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, e os partidos políticos representados no parlamento.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) já indicara os meses de Dezembro ou Janeiro de 2019, como períodos possíveis para a realização do referido ato eleitoral.

O adiamento da data das eleições é um revés para Aristides Gomes, tendo o Presidente da República determinado, no momento da sua nomeação como primeiro-ministro, que a sua ação como chefe do Governo deveria estar centrada no cumprimento da data anunciada.

© e-Global Notícias em Português

PSP DE PORTUGAL DÁ 3 MIL FARDAS E EQUIPAMENTO À POLÍCIA DE ORDEM PÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU

A Polícia de Segurança Pública de Portugal entregou hoje à Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau três mil fardas e equipamento, no âmbito da cooperação existente entre as duas forças de segurança. 

«É um reabrir das portas da cooperação entre a Polícia de Segurança Pública e a Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau no quadro de cooperação em vários domínios, que já inclui formação, e agora naquilo que são as prioridades da polícia de reforçar condições materiais e dar um contributo ao combate à sinistralidade rodoviária», afirmou o diretor nacional da PSP, Luís Farinha.

A PSP entregou cerca de 3.000 peças de fardamento, algemas e alcoolímetros.

«Esta ação é do povo português, este donativo é imposto pago pelos cidadãos portugueses, portanto, é com bastante prazer que vamos receber este donativo que vai dar outra imagem aos agentes da Polícia de Ordem Pública», disse o comissário-geral da POP, Celso Carvalho.

O comissário salientou também que os medidores de álcool no sangue vão servir para combater a sinistralidade rodoviária no país.

«Muitas vezes os processos são absolvidos por falta de provas e isto vai ajudar a provar» que os condutores tinham consumido álcool, disse.

Presente na cerimónia, que decorreu no Ministério do Interior, em Bissau, esteve também o embaixador de Portugal, António Alves de Carvalho, que afirmou que o «ato simbólico» representa aquilo que Portugal pensa da Guiné-Bissau.

«É estar próximo, é estar presente, é cooperar, ajudar, apoiar e, sobretudo, dar e transmitir uma ideia positiva de que Portugal está com a Guiné-Bissau», afirmou António Alves de Carvalho.

O embaixador sublinhou que Portugal está «envolvido e comprometido» em desenvolver quadros mais ambiciosos de cooperação.

O diretor nacional da PSP iniciou segunda-feira uma visita de dois dias à Guiné-Bissau, que incluiu encontros de trabalho com o ministro do Interior guineense, Mutaro Djaló, com o comissário-geral da POP e visitas a várias esquadras da cidade de Bissau.

Notabanca; 17.10.2018

Governo guineense pede a partidos políticos provas de "atropelos" à lei eleitoral

O Governo da Guiné-Bissau apelou hoje aos partidos políticos para prestarem a sua "contribuição patriótica" e apresentarem provas dos alegados "atropelos" à lei eleitoral e à população do país para fazer o recenseamento.

Os apelos constam no comunicado do Conselho Ministros, que reuniu hoje, extraordinariamente, para analisar o processo de recenseamento eleitoral em curso no país para as eleições legislativas, marcadas para 18 de novembro.

"O Conselho de Ministros deliberou apelar aos partidos políticos no sentido de prestarem a sua contribuição patriótica para o sucesso do processo do recenseamento eleitoral para o bem da democracia guineense e pela afirmação do Estado Democrático da Guiné-Bissau, assinalando com toda a objetividade os eventuais atropelos à lei e apresentando as devidas provas", lê-se no documento, enviado à Lusa.

O PRS (Partido de Renovação Social), segunda maior força política do país, denunciou na segunda-feira irregularidades no processo de recenseamento eleitoral.

À população, o Governo guineense pediu para realizarem o recenseamento, sublinhando que é "obrigatório" e um "dever cívico".

O Conselho de Ministros instrui também o Ministério do Interior para "tomar todas as disposições legais em relação às tentativas, já registadas ou as que, eventualmente, se venham a registar, de defraudar ou perturbar o normal desenrolar do processo de recenseamento eleitoral".

O processo eleitoral em curso na Guiné-Bissau tem provocado fortes críticas dos partidos sem assento parlamentar e da sociedade civil, que têm pedido que as legislativas sejam adiadas.

Em causa está, essencialmente, o recenseamento eleitoral que não decorreu entre 23 de agosto e 23 de setembro, como previsto, devido a atrasos na chegada dos equipamentos para recenseamento biométrico.

A Nigéria acabou por se disponibilizar para doar 350 'kits' de registo biométrico, mas apenas 150 chegaram ao país, devendo os restantes ser recebidos no sábado, dia em que termina o atual recenseamento.

O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral está a fazer o registo de eleitores em todo o território nacional e diáspora com apenas 150 'kits'.

O recenseamento começou a 20 de setembro e deve terminar sábado e até segunda-feira estavam registados cerca de 200.000 eleitores.

A previsão da Comissão Nacional de Eleições aponta para cerca de 900.000 eleitores no país.

dn.pt/lusa

No comment!



Guterres diz que alterações climáticas podem aumentar risco de guerras pelos recursos

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou esta terça-feira que as alterações climáticas podem aumentar o risco de guerras pelo controlo dos recursos naturais e pediu aos países projetos de cooperação nesta área.


A exploração de recursos naturais, a competição por eles, pode e leva a conflitos violentos. Preveni-los e geri-los é um dos maiores e mais crescentes desafios do nosso tempo”, disse António Guterres ao Conselho de Segurança da ONU.

De acordo com estudos da ONU, mais de 40% dos conflitos armados internos nos últimos 60 anos estão ligados aos recursos naturais.

“Com os crescentes impactos das alterações climáticas evidentes em todas as regiões, os riscos só aumentarão”, afirmou António Guterres.

O secretário-geral encorajou os países a converter os recursos naturais num elemento de cooperação, dando como exemplo vários projetos em andamento em todo o mundo, como a colaboração entre a Bolívia e o Peru no Lago Titicaca ou os acordos para a gestão da água entre a Espanha e Portugal.

Guterres interveio num debate do Conselho de Segurança sobre o papel que a luta pelos recursos naturais tem no início dos conflitos armados, uma sessão promovida pela Bolívia, que este mês preside ao Conselho de Segurança.

O embaixador boliviano, Sacha Llorenti, denunciou as frequentes lutas pelo acesso ao petróleo, gás, água ou minerais, e lembrou que muitas vezes estão envolvidas empresas “multinacionais ou interesses estrangeiros”.

Entre outros casos, Llorenti colocou em cima da mesa a invasão do Iraque pelos Estados Unidos da América em 2003, “cujo objetivo era controlar a produção e o mercado de petróleo”, ou o atual conflito na Líbia, com confrontos constantes sobre o controlo da indústria dos hidrocarbonetos.

interlusofona.info

UE e Cabo Verde acordam pesca de 8.000 toneladas de atum por 750 mil euros anuais

O novo Acordo de Parceria para a Pesca Sustentável entre a União Europeia e Cabo Verde vai permitir aos barcos de países comunitários pescarem 8.000 toneladas de atuns por 750 mil euros anuais.


O novo Acordo de Parceria para a Pesca Sustentável entre a União Europeia e Cabo Verde vai permitir aos barcos de países comunitários pescarem 8.000 toneladas de atuns por 750 mil euros anuais, divulgou esta terça-feira a Comissão Europeia.

A nota da Comissão Europeia indica que o acordo com Cabo Verde foi firmado na passada sexta-feira e que o mesmo tem um período de cinco anos.

O Acordo de Parceria para a Pesca Sustentável (SFPA) permite que os navios da União Europeia (UE), de Espanha, Portugal e França, pesquem nas águas cabo-verdianas, integrando os acordos de pesca da rede de atum na África Ocidental.

Estes navios poderão pescar 8.000 toneladas de atum e espécies afins em águas cabo-verdianas e, em contrapartida, a União Europeia pagará a Cabo Verde uma contribuição financeira de 750 mil euros por ano.

Parte desta contribuição (350 mil euros) terá de ser usada para “promover a gestão sustentável das pescas em Cabo Verde”.

Este propósito deverá ser alcançado através do reforço das capacidades de controlo e vigilância (incluindo o controlo rigoroso dos tubarões) e do apoio das comunidades piscatórias locais.

Questionado hoje pelos jornalistas sobre os pormenores do acordo, o primeiro-ministro de Cabo Verde, que participou nas cerimónias do Dia da Alimentação, na cidade da Praia, escusou-se a adiantar quaisquer pormenores, remetendo para quarta-feira mais esclarecimentos.

Contudo, na sua página pessoal na rede social Facebook, o chefe do Governo cabo-verdiano escreveu na segunda-feira que tinha sido concluído “com êxito, um novo protocolo relativo à implementação do Acordo de pesca entre a República de Cabo Verde e a União Europeia para os próximos cinco anos”.

“Um acordo muito importante para Cabo Verde, uma vez que defende os interesses nacionais e garante a sustentabilidade da nossa indústria de pesca, bem como o desenvolvimento das nossas comunidades piscatórias”, lê-se na mensagem de Ulisses Correia e Silva.

Para o chefe de Governo, “este acordo é equilibrado e benéfico para ambas as partes”.

interlusofona.info

Salário mínimo no Luxemburgo sobe para os 2071 euros

Medida foi apresentada ontem


Em 2019, o salário mínimo no Luxemburgo vai aumentar para os 2.071,07 euros - no caso de trabalho não qualificado - e para os 2.485,29 euros para os trabalhadores qualificados.

De recordar que os portugueses representam cerca de 16% da população daquele grão-ducado.

De acordo com o jornal Contacto, os números representam o reflexo de um aumento de 1,1%. Na prática, os números mostram uma subida de 20 euros.

Além do salário mínimo, também o rendimento mínimo garantido e o rendimento para pessoas que tenham alguma deficiência vão apresentar um aumento.

A medida foi apresentada ontem, após as eleições legislativas no Grão-Ducado.

sol.sapo.pt

terça-feira, 16 de outubro de 2018

JOVENS GUINEENSES ENGAJAM NA CRIAÇÃO DOS PRÓPRIOS NEGÓCIOS


Jovens empreendedores guineenses estão satisfeitos com a evolução de seus negócios e convidam a juventude guineense a sair das sombras para produzir

No dia em que se celebra o dia do empreendedorismo guineense, os 50 jovens beneficiários do financiamento de Banco Mundial, no projeto desafio GB reuniram-se, em Bissau, esta terça-feira (16), para falar das suas conquistas.

Mikael dos Santos, técnico informático, e Aurora Espirito Santo, de confissões de roupas e igualmente licenciada em contabilidades, falam dos seus projeto.

“Eu confeciono roupas e desenho ao mesmo tempo corto e costuro por conta própria. Já tenho, muitos benefícios e agora vivo mesmo das minhas criações”, testemunha Aurora.

“Eu sou técnico informático e tenho neste momento 3 pessoas no meu cyber que trabalham e pagam os seus estudos. Neste momento, graças ao nosso negócio queremos investir mais”, diz Mikael.

Carina dos Santos que descasca e vende arroz para deferentes clientes, diz que o público-alvo também são diabéticos e hipertensos.

“Eu descasco e vendo arroz para diferentes camadas sobretudo os doentes de diabete e supertensos. Neste momento tenho máquinas e transportes em ação para quem comprar o arroz transportamos até a sua casa”, explica.

O desafio GB do governo da Guiné-Bissau é um projeto financiado pelo Banco Mundial e já beneficiou 50 jovens pequenos empreendedores.

Nos últimos tempos os jovens guineenses estão a escolher o caminho de empreendedorismo muitos dos quias licenciados que não conseguiram emprego nas áreas de formação. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Iasmine Fernandes

radiosolmansi.net

MOTORISTAS DE TRANSPORTES PÚBLICOS PARALISAM O PAÍS COM GREVE QUE AFETA EDUCAÇÃO E SAÚDE


Vítimas de cobranças que consideram de abusivas da parte de elementos da Direcção Geral de Viação e Transportes Terrestres, da Direcção Geral de Polícia de Trânsito e da Brigada de Trânsito da Guarda Nacional, que igualmente efectua o serviço de controlos nas estradas, a Federação Nacional das Associações de Motoristas de Transportadoras da Guiné-Bissau iniciou esta segunda-feira, 16 de outubro 2018, uma greve de três dias com o intuito de exigir do executivo guineense o cumprimento de dez pontos acordados no memorando assinado entre as partes.

A greve “matou” parcialmente a capital Bissau. A greve afetou mais os sectores da Educação e da Saúde, dado que obriga os alunos e pacientes a fazerem o percurso a pé. Nas ruas da capital vê-se apenas a circulação de  viaturas particulares e motorizadas, para além de pessoas que resistem e deslocam-se a pé para os respectivos locais de serviço.

Entre os dez pontos cujo cumprimento é exigido pelos motoristas, destacam-se a definição das competências entre as direções gerais de Viação e Transportes Terrestre, da Polícia de Trânsito e da Brigada de Trânsito da Guarda Nacional, como também a melhoria de condições das vias rodoviárias do país.

“Exigimos igualmente a redução dos postos de controlo nas estradas a nível do país, bem como a calendarização de operações de ‘STOP’, a criação de um ‘Guichet’ nas diferentes localidades do território nacional e a construção do terminal rodoviário central em Bissau”, explicou o porta-voz da Comissão da Greve, Mamadu Conté, para de seguida avançar que a greve iniciada hoje termina no próximo dia 18 do mês em curso e que, se não se chagar a um entendimento com as autoridades, poderão seguir-se outras estratégias de luta.

O Democrata soube que a federação reuniu-se esta manhã com o ministro da Função Pública, mas não se registou nenhum progresso ou engajamento do executivo em relação às exigências dos motoristas sobre o cumprimento do memorando. O Governo guineense convocou uma reunião do Conselho de Ministros extraordinário no início da tarde desta terça-feira, onde será analisada a situação de greve dos motoristas que paralisou o país parcialmente. 

Por: Assana Sambú

OdemocrataGB

EXECUTIVO GUINEENSE REALÇA O TRABALHO DO GTAPE NO RECENSEAMENTO ELEITORAL


O executivo da Guiné-Bissau felicitou, esta terça-feira (16.10), os membros do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) e das Brigadas de Recenseamento espalhadas pelo país pelos esforços que vêm desenvolvendo para o registo dos eleitores, não obstante as dificuldades decorrentes da insuficiência dos kits.

O executivo encoraja as entidades referidas l(GTAPE e Brigadas de Recenseamento) a prosseguirem com o registo de eleitores, procurando aperfeiçoar, cada vez mais, a metodologia de trabalho e o espírito de serviço, em ordem ao atendimento condigno dos cidadãos eleitores, em estrita observância do período fixado na lei, refere, em comunicado divulgado à imprensa, o Conselho de Ministros.

No comunicado que a Radio Jovem teve acesso, o coletivo governamental apela as populações no sentido de prestarem a sua contribuição patriótica para o sucesso do recenseamento eleitoral para o bem da democracia guineense e apela a afirmação do Estado Democrático na Guiné-Bissau, assinalando com toda a objetividade os eventuais atropelos a lei e apresentando as devidas provas.

“Instruir o ministro do Interior, Mutaro Djaló, no sentido de tomar todas as disposições legais em relação as tentativas já registadas ou as que, eventualmente, se venham a registar, podendo defraudar ou perturbar o normal desenrolar do processo do recenseamento eleitoral, nos termos previstas na lei”, lê-se ainda no comunicado.

O comunicado que saiu da reunião extraordinária desta terça-feira, com propósito de analisar o processo do recenseamento eleitoral em curso no país, acrescenta também que o governo vai submeter ao Chefe de Estado, José Mário Vaz, uma informação detalhada sobre o andamento do processo do recenseamento eleitoral.

Por fim, a nota refere que o governo vai indigitar, por despacho do primeiro-ministro, Aristides Gomes, os membros do executivo para apoiarem o processo do registo de eleitores a nível das regiões e dos sectores administrativos do país.

De recordar que o processo eleitoral em curso na Guiné-Bissau tem provocado fortes críticas dos partidos sem assento parlamentar e da sociedade civil, que tem pedido que as legislativas sejam adiadas.

Em causa está, essencialmente, o recenseamento eleitoral que não decorreu entre 23 de agosto e 23 de setembro, como previsto, devido a atrasos na chegada dos equipamentos para recenseamento biométrico.

A Nigéria acabou por se disponibilizar para doar 350 'kits' de registo biométrico, mas apenas 150 chegaram ao país, devendo os restantes ser recebidos no sábado, dia em que termina o atual recenseamento.

O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral está a fazer o registo de eleitores em todo o território nacional e diáspora com apenas 150 'kits'.

O recenseamento começou a 20 de setembro e deve terminar sábado e até segunda-feira estavam registados cerca de 200 mil eleitores.

A previsão da Comissão Nacional de Eleições aponta para cerca de 900 mil eleitores no país.

Por: Redação da RJ

Recenseados quase 200.000 eleitores na Guiné-Bissau - GTAPE

O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) da Guiné-Bissau recenseou, até domingo, quase 200.000 eleitores, segundos dados divulgados à Lusa por aquele gabinete.


Segundo os números disponibilizados, até 14 outubro foram recenseados no total 188.420 eleitores.

Por regiões, os mesmos dados indicam que, na região de Bolama/Bijagós foram recenseadas 6.531 pessoas, em Tombali 13.199, em Quinará 10.328, em Oio 28.905, em Biombo 10.038, em Bafatá 26.480, em Gabu 19.966, em Cacheu 26.839 e em Bissau 46.134.

O processo eleitoral em curso na Guiné-Bissau tem provocado fortes críticas dos partidos sem assento parlamentar e da sociedade civil, que têm pedido que as legislativas sejam adiadas.

A previsão da Comissão Nacional de Eleições é de que haja cerca de 900.000 eleitores no país.

Em causa está, essencialmente, o recenseamento eleitoral que não decorreu entre 23 de agosto e 23 de setembro, como previsto, devido a atrasos na chegada dos equipamentos para recenseamento biométrico.

A Nigéria acabou por se disponibilizar para doar 350 'kits' de registo biométrico, mas apenas 150 chegaram ao país, devendo os restantes ser recebidos no sábado, dia em que termina o atual recenseamento.

O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral está a fazer o registo de eleitores em todo o território nacional e diáspora com apenas 150 'kits'.

dn.pt/lusa

A marcha dos partidos sem assento parlamentar, incluíndo PRS, foi remarcada de 18 para 21 deste mês.

O adiamento foi anunciado pelo líder da União Patriótica Guineense-UPG.

Em nome do coletivo dos partidos, Fernando Vaz disse que o adiamento tem a ver com a greve dos motoristas. 

Nando Vaz defende que é preciso um novo CRONOGRAMA ELEITORAL para recensear todos os potenciais eleitores.

O recenseamento eleitoral iniciado há 20 de setembro termina no próximo dia 20. 

O GTAPE avança que entre os 900 mil eleitores projetados, 200 mil já foram recenseados.

Aliu Cande

Comunicado do Conselho de Ministros






ditaduraeconsenso.blogspot.com

Transporte público - Greve de motoristas atinge quase cem por cento de adesão

Bissau, 16 Out 18 (ANG) – Os Motoristas de transportes público iniciaram hoje uma greve geral de três dias, cuja adesão atingiu cerca de 100 por cento, conforme relatos dos correspondentes do programa matinal “ Aló Guiné” da Radio Bombolom Fm.


Os grevistas exigem do governo a construção de um terminal e a definição das competências dos agentes de trânsito e da Guarda Nacional.

Os relatos dão conta de que em todas as regiões do país os condutores suspenderam a circulação das viaturas de transportes mistos a espera que o executivo satisfaça as suas reivindicações.  

Os serviços públicos do estado estão quase que paralisados devido a ausência da maioria de funcionários que não pude se deslocar para os seus postos de serviço.

A greve de três dias foi convocada pela confederação dos motoristas que reclama igualmente a redução de ”Operações  Stop”, realizadas de forma considerada excessiva pela Polícia de Trânsito nas ruas do país,  e criação de uma caixa única para pagamento das multas aplicadas aos condutores que violarem as regras de trânsito.

O Secretário-geral da confederação dos motoristas, Mamadu Conté disse segundo feira à saída do encontro com ministro dos transportes que o executivo não assumiu qualquer compromisso formal sobre as suas reivindicações, por isso vão avançar com paralizações até que haja um compromisso da parte do governo.

O secretário-geral da confederação dos motoristas recusou assumir qualquer que seja compromisso que não seja formal.

Segundo a Radiodifusão nacional, o Diretor-geral de Viação e Transportes Terrestres, Bamba Banjai prometeu fazer tudo, em colaboração com o Ministério dos Transportes e Comunicações, para satisfazer as exigências dos condutores, e pediu aos motoristas para suspenderem a greve.

Disse que as reivindicações dos motoristas serão objeto de análises hoje na reunião de Conselho de Ministros.

A greve afeta também vários outros serviços públicos e privados, nomeadamente as escolas privadas, cujos professores e alunos que dependem de transportes públicos não puderam estar presentes.  

Por ANG/LPG//SG

A greve geral dos transportes públicos do país convocado pela Federação Nacional das Associações dos Motoristas Transportadores da Guine Bissau deixa cidade quase deserta









Presidente da Sociedade Civil: “NÃO VAMOS SUBSCREVER RECENSEAMENTO QUE NÃO ATINGIR 80 POR CENTO DE CIDADÃOS PREVISTOS”

O presidente do Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, Fodé Caramba Sanhá  ameaçou esta segunda-feira, 15 de Outubro 2018, que a organização que dirige não vai subscrever o recenseamento que não atinja 80 por cento dos cidadãos previstos para se recensearem.

À saída de um encontro com a direção do Partido da Renovação Social (PRS) com o propósito de analisar o processo do recenseamento, Fodé Caramba Sanhá, disse aos jornalistas que “não é realista” realizar eleições no dia 18 de Novembro,  alegando o limite do tempo.

“Vamos posicionar ao lado dos que não forem recenseados devido ao curto período de recenseamento. Não mandatamos nenhum partido ou a CNE encurtar o período do recenseamento. Quem encurtar este parâmetro de 60 dias do recenseamento será responsabilizado”, advertiu o activista, que entretanto, promete accionar os mecanismos legais para que o recenseamento abrange todo o cidadão maior de idade, com base na lei eleitoral guineense.

Explicou que a iniciativa levada a cabo pelo movimento de estabelecer contactos com os partidos políticos, Grupo de P5 (Comunidade Internacional), Governo, a CNE e o GTAPE, visa ajudar na gestão do processo em curso na base da legalidade, tendo em conta as ondas de reclamações que recebem sobre a forma como decorre o recenseamento.

“A direcção superior dos renovadores abraçou a ideia, como também apontou algumas irregularidades verificadas no terreno face ao presente recenseamento eleitoral, prometeu trabalhar junto dos seus agentes em diferentes regiões e setores de forma que estes possam agir perante algumas irregularidades”, contou.

Para as eleições legislativas agendadas para o dia 18 de Novembro, prevê-se o recenseamento de 900 mil potenciais eleitores no território nacional e na diáspora. A últimas estatísticas divulgadas na semana passada, pelo gabinete encarregue do processo, apontam para 100 mil eleitores registados. O governo liderado por Aristides Gomes fixou a data limite do recenseamento eleitoral a 20 de Outubro em curso. 

Por: Epifania Mendonça

OdemocrataGB

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

MOTORISTAS AMEAÇAM PARALISAR CIRCULAÇÃO DOS TRANSPORTES PÚBLICOS


Está confirmada a greve geral dos transportes públicos do país convocado pela Federação Nacional das Associações dos Motoristas Transportadores da Guine Bissau. A greve deve começar amanha (16) e terminar na próxima quinta-feira (18)

Sobre facto a direcção geral de Viação e Transportes Terrestres e a Federação Nacional das Associações dos Motoristas Transportadores da Guine Bissau estão adversas em relação ao início ou não da greve geral de 3 dias que vai afectar a circulação a nível nacional

Entretanto, o Director geral Viação e Transporte Terrestre, Bamba Banjai, afirma, esta tarde (15), em conferência de imprensa, que as partes reuniram e chegaram ao acordo sobre a suspensão da greve dando assim benefício de dúvida até a realização do conselho de ministros desta terça-feira (16), onde o assunto deve ser apreciado.

Sobre o facto contactado pela Radio Sol Mansi, Bubacar Djalo, Presidente de Federação Nacional das Associações dos Motoristas Transportadores da Guiné-Bissau, desmente as palavras do responsável da viação e afirma que a greve continua de pé e não houve acordo durante o encontro com o ministro dos transportes.

A Federação Nacional das Associações dos Motoristas Transportadores da Guiné-Bissau não desarma e vai mesmo paralisar os serviços de transportes públicos do país.

Em causa está, entre outros pontos, o que a Confederação considera inegociável; a definição das competências entre a direcção-geral de Transportes Terrestres, a Guarda Nacional e a Policia Trânsito.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

radiosolmansi.net

PRS ACUSA GOVERNO DE DEFINIR CRONOGRAMA ELEITORAL SEM PARTICIPAÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS

O líder da bancada parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS), Certório Biote, acusou esta segunda-feira, 15 de outubro 2018, o atual governo liderado por Aristides Gomes de definir cronograma eleitoral sem a participação dos partidos políticos legalmente constituídos e muito menos a sua aprovação pela Assembleia Nacional Popular.

O político falava aos jornalistas depois de encontro mantido com o Movimento da Sociedade Civil, realizado na sede principal dos renovadores, em Bissau. Na ocasião, Biote assegurou que o seu partido está cansado de fazer denúncias sobre manobras delatórias que o chefe do governo está a fazer no processo do recenseamento eleitoral para favorecer o Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), desrespeitando as leis eleitorais do país.

“Em 2014, tivemos kits mais que suficientes, mas o recenseamento eleitoral decorreu durante 60 dias e este ano temos menos e decidiu-se encurta para 30 dias, como também está-se a fazer o recenseamento de forma seletiva. Portanto queremos exortar ao chefe do executivo para recensear toda gente com idade de votar a fim de evitar futuras  consequências para o país”, advertiu.

Por outro lado, revelou aos jornalistas que o representante da União Europeia no país terá convidado um alto dirigente de uma formação política no país para um jantar, pedindo-lhe para sair na “mandjuandade” [companhia] do Partido da Renovação Social, porque quem ganhará as próximas eleições legislativas é o PAIGC. Nesse sentido, Biote disse que o seu partido tem muito respeito para diferentes organizações internacionais entre quais a União Europeia que tem a missão de ajudar no desenvolvimento da Guiné-Bissau, a condição de não interferir na política interna.

“Estamos acompanhar de forma atenta o processo de recenseamento eleitoral em curso no país e as manobras vergonhosas de certas pessoas que pensam que só num abrir e fechar dos olhos podem ganhar eleição. Exigimos que o  recenseamento seja fiel, credível e justo. Qualquer partido que vier a ganhar nas urnas, teremos amabilidade de felicitá-lo no momento certo”, salientou Biote que é também um dos Vice-Presidentes do PRS. 

Por: Epifânia Mendonça

OdemocrataGB

PRS acusa representante da União Europeia de estar a imiscuir-se nos assuntos internos da Guiné-Bissau.

Cidade de Bissau 

E considera recenseamento eleitoral irregular

O vice-presidente do PRS, Sertório Biote, disse, hoje, 15, que o representante da União Europeia, na Guiné-Bissau, está a interferir nos assuntos políticos do país.

Biote, que falava num encontro da sociedade civil, o chefe da representação da União Europeia no país, está a jogar a favor do PAIGC, e tem mobilizado alguns dirigentes políticos para aliarem-se aos libertadores.

Uma fonte da União Europeia disse à VOA que a delegação não tem um representante, já que o último cessou as funções em Agosto ??? na VOA

Quanto ao recenseamento eleitoral, Biote disse que era irregular e que o governo não respeita as sensibilidades políticas.

Acompanhe:

VOA

REPRESENTAÇÃO DO PARTIDO DA RENOVAÇÃO SOCIAL DA GUINÉ-BISSAU EM PORTUGAL

Comunicado

A representação do PRS em Portugal vem por este meio manifestar a sua indignação e discordância pela forma como se pretende efetuar o processo de recenseamento em Portugal pelas seguintes razões:

• Na reunião tida ontem, dia 13 de Outubro de 2018 na Embaixada da República da Guiné-Bissau entre delegado da GTAPE e os representantes dos partidos políticos e das associações guineenses em Portugal, ficou a saber que :

1. Só existe apenas 1 kit para efetuar recenseamento em todo o território português, o que é manifestamente insuficiente.

2. O periodo de recenseamento será de 15 a 20 de Outubro de 2018, o que também é manifestamente insuficiente.

3. De acordo com a informação do delegado do GTAPE, estima-se recensear cerca de 5468 guuineenses. Na realidade, em Portugal estima-se entre 15 a 20 mil guineenses.

Sem o aumento de número de kits e o alargamento do prazo do recenseamento, a Representação do PRS em Portugal considera que não existem condições para este processo ser justo, transparente e muito menos democrático.

A Representação do PRS em Portugal exorta às autoridades competentes para diligenciarem o mais célere possível, no sentido de criar condições para que todos os guineenses em Portugal possam ter oportunidade de se recensearem a fim de poderem exercer o seu direito cívico nas próximas eleições legislativas marcadas para 18/11/2018
Presidente da Direção da Representação do PRS em Portugal

Dr. Pedro da Silva Pã

Prs Bissau

DENÚNCIA À IMPRENSA - Eleições na Guiné-Bissau: irregularidades no recenseamento

O PRS – Partido da Renovação Social, segunda força política da Guiné-Bissau, por apelo do Presidente da República do nosso país, aceitou pertencer ao atual “Governo de Consenso e Inclusão”. O Primeiro-Ministro, Aristides Gomes (PAIGC), foi nomeado com o objetivo expresso de organizar eleições legislativas.

Porém, Aristides Gomes e o PAIGC estão a arruinar este objetivo. O processo de recenseamento regista falhas que vão da incompetência à ilegalidade, passando por suspeitas de manipulação. As nossas queixas e as de vários partidos, são as seguintes:

1. Ilegalidade e usurpação de funções das entidades eleitorais
Duas entidades gerem os nossos processos eleitorais: Comissão Nacional de Eleições e Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral. Ora o Primeiro-Ministro nomeou ilegalmente duas outras entidades (Comissão Multissectorial e Comissão Interministerial), que vieram usurpar funções às legalmente existentes. Até os tribunais foram usurpados, na validação de candidaturas e no contencioso.

2. Mais de metade dos 900 mil eleitores não poderá votar
O recenseamento começou há mais de 20 dias e só há 100 mil recenseados. A uma semana do fim do processo, ninguém acredita que o número chegue a 50% dos guineenses maiores de idade. Rejeitamos um caderno eleitoral com menos de 90% de inscritos.

3. Eleitores com vários cartões e eleitores com o mesmo número
Há pessoas que se recensearam mais que uma vez (tendo mais que um cartão de eleitor) e vários cidadãos com o mesmo número de eleitor. Isso permite a algumas pessoas votarem mais que uma vez e impedirá outras de votar, pois basta que a primeira pessoa vote para que as outras (com o mesmo número) sejam impedidas de votar.

4. Um recenseamento politizado e sem fiscalização
Os técnicos de recenseamento (credenciados) estão a ser substituídos por pessoas do PAIGC (sem formação) e a fiscalização dos delegados partidários está a ser vedada por ordem de governantes do PAIGC.

5. Dificuldades técnicas no recenseamento
Quer devido ao reduzido número de kits eleitorais (computador e impressora), quer por deficiências desses kits (sobreaquecem e ficam largos minutos sem funcionar) ou por falta de formação dos recenseadores, o processo está a ser dolorosamente lento e a incidir maioritariamente nas zonas mais afetas ao PAIGC.

6. Omissão de campanhas de educação cívica
Um dos compromissos deste governo era a campanha de educação cívica e incentivo ao recenseamento. Não está a acontecer.

7. Exclusão dos partidos sem representação parlamentar
Mesmo os partidos sem representação parlamentar (desde que legalizados) têm assento no processo eleitoral. O Primeiro-Ministro continua a exclui-los, ignorando a lei e a recomendação presidencial.

8. As preocupações do Presidente da República 
Dando crédito às dúvidas existentes, o Presidente da República da Guiné-Bissau convocou os partidos guineenses (o PAIGC faltou) e prometeu estar atento, sabendo tirar as devidas conclusões.

Finalmente, informamos que vamos lutar contra este processo, em conjunto com a maioria dos partidos guineenses. A primeira ação é uma manifestação neste dia 18 (quinta-feira) junto ao Palácio do Governo, cujo cartaz anexamos, bem como a lista de locais de concentração.

Com os melhores cumprimentos
Alberto Nambeia
Presidente do Partido da Renovação Social

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Bissau, 15 de outubro e 2018

Plataforma Lantanda Guine

Governador de Gabú preocupado com "sinais do extremismo islâmico" na Guiné-Bissau

O governador da região de Gabú, Abdú Sambú, está preocupado com os "sinais do extremismo islâmico" na Guiné-Bissau e instou o Governo a reforçar a vigilância sobre certos grupos que operam no centro de Bissau, a capital.


"Preocupa-me a presença de uma corrente islâmica, transportada para o nosso país, por indivíduos da Guiné-Conacri. Não sei qual é o nome deles. A maioria das lojas e armazéns no mercado de Bandim são de indivíduos dessa corrente", afirmou, em entrevista à agência Lusa, o governador.

O mercado do Bandim, situado em pleno centro de Bissau, é o principal centro de negócios da Guiné-Bissau. Nos últimos anos, tem sido ocupado maioritariamente por comerciantes oriundos da Guiné-Conacri.

O governador de Gabú, região situada a 200 quilómetros de Bissau, no leste do país, e habitada maioritariamente por pessoas que professam a religião islâmica, exorta o Governo guineense a vigiar melhor as atividades dos membros da corrente islâmica a que se refere.

"Têm uma mesquita ali [ao lado do mercado do Bandim], que deve estar no olho do Governo, para que se saiba o que lá se passa", alertou Abdú Sambú, também ele muçulmano.

O responsável considera benéfica a proximidade da região de Gabú com a Guiné-Conacri, mas entende que esta também carrega "muitos males", que terão que ser geridos "para toda a vida".

Segundo Abdú Sambú, os naturais da Guiné-Conacri já representam 40 por cento da população de Gabú, com tendência para aumentarem e transportarem hábitos que não são iguais aos da Guiné-Bissau, como por exemplo as mulheres de cara e corpo tapados na via pública.

"As nossas escolas têm que estar preparadas, nós teremos que estar preparados, para enfrentar esses desafios", defendeu Abdú Sambú, preocupado com os "fanatismos".

"Pode ver esse fanatismo, sem grandes estudos, passando por qualquer bairro, qualquer tabanca [aldeia] do país, [vendo] quantas mesquitas estão a ser construídas", assinalou o governador de Gabú.

Para Abdú Sambú, "a forma como as mesquitas têm sido espalhadas pelo país é o sinal da fragmentação da população" islâmica guineense, que devia merecer atenção das autoridades.

Sambú defendeu ainda que existem "muitas correntes dentro do Islão" na Guiné-Bissau, ainda que os líderes muçulmanos não o admitam.

De uma maneira ou de outra, o político entende que o Governo "tem que ter mão pesada" para estancar quaisquer sinais de extremismo ou fanatismo que possam surgir no país, o que passa pelo abandono de "certas intervenções" em relação à comunidade muçulmana.

MB // VM

Lusa/Fim

Hospital de Gabú, na Guiné-Bissau, está sem serviço de raio X há 24 anos

O hospital de Gabú, no leste da Guiné-Bissau, está sem serviço de raios X há 24 anos, mas tem desde 2016 um aparelho que não funciona devido à falta de um digitalizador, disse o responsável da instituição.


Gabú é uma cidade e sede da região com o mesmo nome, situada a 200 quilómetros a leste da capital guineense, com uma população de cerca de 206 mil habitantes, segundo dados do último recenseamento geral da população guineense, publicados em 2010.

O hospital local depara-se com várias dificuldades. O administrador do estabelecimento, José Júnior, apontou, sobretudo, a falta que um aparelho de raios X faz, nomeadamente no tratamento de pessoas envolvidas em acidentes de viação, frequentes na zona.

Nesses casos, contou José Júnior à Lusa, os sinistrados são enviados de ambulância para os hospitais de Bafatá (cerca de uma hora de viagem) ou de Bissau (cerca de três horas de viagem).

Desde 1994, que o hospital de Gabú deixou de ter um serviço de raios X, após a avaria do aparelho que existia.

Em outubro de 2016, no âmbito de donativos que o rei de Marrocos fez aos serviços de saúde guineenses, o equipamento foi entregue à administração do hospital, mas, por falta de digitalizador, até hoje não funcionou, indicou José Júnior.

A organização não-governamental portuguesa Instituto Marquês de Valle Flôr, que colabora com o hospital, prometeu mandar vir de Portugal um digitalizador, mas a administração aguarda que o Governo guineense compre o equipamento, bem como assegure as despesas com o técnico que terá de o montar, acrescentou José Júnior.

Toda a operação terá um custo estimado de 10 milhões de francos CFA (cerca de 6,5 mil euros).

Foto: Braima Darame

dn.pt/lusa

Brigadas de recenseamento da Guiné-Bissau exortadas a cumprir lei eleitoral

O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) da Guiné-Bissau apelou hoje às brigadas de recenseamento e aos fiscais dos partidos políticos para cumprirem com a lei eleitoral, sublinhando que os dados dos cidadãos são privados.


"A Comissão Técnica de Informação e Sensibilização do GTAPE apela a todos os presidentes de brigadas de recenseamento e fiscais dos partidos políticos para o estrito cumprimento da lei, sendo que os dados dos cidadãos legalmente registados são privados e intransmissíveis", refere, em comunicado divulgado à imprensa, o GTAPE.

No documento, o GTAPE pede também a "colaboração mútua" entre os brigadistas e os fiscais dos partidos políticos para o "bom andamento do processo de recenseamento".

No início de outubro, o diretor-geral do GTAPE já tinha denunciado que os fiscais dos partidos políticos estavam a reter o cartão do eleitor das pessoas que se tinham acabado de recensear para tirar dados pessoais e alertado que isso era proibido.

"Os partidos políticos podem pedir aos brigadistas o número de recenseados, mas não podem pedir o cartão de eleitor e tirar os dados pessoais das pessoas recenseadas. As pessoas estão a reclamar", disse.

O Presidente José Mário Vaz marcou as eleições legislativas para 18 de novembro em abril, na sequência de uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para ultrapassar o impasse político que se vivia no país desde 2015 e que incluiu também a nomeação de Aristides Gomes primeiro-ministro do país, bem como a reabertura do parlamento.

O processo eleitoral em curso na Guiné-Bissau tem provocado fortes críticas dos partidos sem assento parlamentar e da sociedade civil, que têm pedido que as legislativas sejam adiadas.

Em causa está, essencialmente, o recenseamento eleitoral que não decorreu entre 23 de agosto e 23 de setembro, como previsto, devido a atrasos na chegada dos equipamentos para recenseamento biométrico.

A Nigéria acabou por se disponibilizar para doar 350 'kits' de registo biométrico, mas apenas 150 chegaram ao país, devendo os restantes ser recebidos nos próximos dias.

O recenseamento começou a 20 de setembro e deve terminar sábado.

O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral está a fazer o registo de eleitores em todo o território nacional e diáspora com apenas 150 ?kits'.

MSE // PVJ

Lusa/Fim

Justiça - Guardas prisionais iniciam greve de cinco dias

Bissau 15 Out 18 (ANG) – O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional da Guiné-Bissau (SNCGP-GB), iniciou hoje uma paralisação de cinco dias, reivindicando o cumprimento do Memorando de Entendimento assinado com o Governo. 

Em entrevista exclusiva à ANG, o Presidente do SNCGP-GB disse que o motivo da paralisação tem a ver com o não engajamento por parte do Executivo para resolver os problemas dos guardas prisionais, nomeadamente o pagamento dos retroativos dos agentes.

Iazalde José da Silva disse que no memorando o Governo prometeu pagar os guardas prisionais na sua categoria, facto que não acontece há nove meses, desde assinatura do acordo entre as partes.

“As nossas reclamações não surtiram efeitos desejados Por isso, avançamos  com um pré-aviso de greve que entregamos ao Ministério da Justiça e a Função Publica”,disse salientando que o actual ministro da justiça demonstrou uma certa vontade de satisfazer essa reivindicação mas que as dificuldades para o efeito estão  no  Ministério das Finanças.

O Presidente do SNCGP-GB disse que o Ministro das Finanças, na altura, Aladje João Mamadú Fadia havia confirmado a  entrada dos documentos sobre o caso nas finanças. Acrescenta que lhes foram dito que tudo estaria a ser bem encaminhado.

“Mas até então nada se conformou. Por isso recorremos à uma greve”, disse Iazalde. 

O sindicalista disse que com o governo actual, fizeram diligências inclusive marcaram uma audiência com o Primeiro-ministro na qualidade de Ministro das Finanças, os Secretários de Estado de Tesouro e Orçamento, masque  nenhum destes órgãos se dignou em, pelo menos, tentar ouvir a parte dos guardas prisionais.

“E no passado dia 10 do mês em curso quando entregamos o pré-aviso de greve ao Ministro da Justiça, Iaia Djaló, ele  nos enviou uma outra missiva ou um despacho do Conselho de Ministros, onde consta que o Governo não vai pagar nenhum atrasado, retroactivo, diferença salarial e subsídios ou outras remunerações relacionados ao  2018”,disse.

José da Silva disse que o sindicato está disponível  para dialogar com o patronato assim que forem convocados.

A paralisação que iniciou hoje vai terminar na sexta-feira com possibilidade de vir a ser  prolongada, caso até o ultimo dia não surtir nenhum efeito favorável.

ANG/MSC/LPG//SG