O hospital de Gabú, no leste da Guiné-Bissau, está sem serviço de raios X há 24 anos, mas tem desde 2016 um aparelho que não funciona devido à falta de um digitalizador, disse o responsável da instituição.
Gabú é uma cidade e sede da região com o mesmo nome, situada a 200 quilómetros a leste da capital guineense, com uma população de cerca de 206 mil habitantes, segundo dados do último recenseamento geral da população guineense, publicados em 2010.
O hospital local depara-se com várias dificuldades. O administrador do estabelecimento, José Júnior, apontou, sobretudo, a falta que um aparelho de raios X faz, nomeadamente no tratamento de pessoas envolvidas em acidentes de viação, frequentes na zona.
Nesses casos, contou José Júnior à Lusa, os sinistrados são enviados de ambulância para os hospitais de Bafatá (cerca de uma hora de viagem) ou de Bissau (cerca de três horas de viagem).
Desde 1994, que o hospital de Gabú deixou de ter um serviço de raios X, após a avaria do aparelho que existia.
Em outubro de 2016, no âmbito de donativos que o rei de Marrocos fez aos serviços de saúde guineenses, o equipamento foi entregue à administração do hospital, mas, por falta de digitalizador, até hoje não funcionou, indicou José Júnior.
A organização não-governamental portuguesa Instituto Marquês de Valle Flôr, que colabora com o hospital, prometeu mandar vir de Portugal um digitalizador, mas a administração aguarda que o Governo guineense compre o equipamento, bem como assegure as despesas com o técnico que terá de o montar, acrescentou José Júnior.
Toda a operação terá um custo estimado de 10 milhões de francos CFA (cerca de 6,5 mil euros).
Foto: Braima Darame
dn.pt/lusa
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