Por Sicnoticias
A ministra da Saúde traçou esta sexta-feira o perfil das grávidas que têm tido partos fora dos hospitais. Ana Paula Martins diz que a maior parte são imigrantes, não falam português e muitas não têm telemóvel para pedir socorro.
Só este ano, até agora, há registo de 154 partos fora de hospitais. A ministra da Saúde assegura que, maioritariamente, são casos de grávidas que nunca foram seguidas, “recém-chegadas a Portugal” e que, “algumas vezes, nem falam português”.
“Posso assegurar-vos que, maioritariamente, são grávidas que nunca foram seguidas, que não têm médico de família, recém-chegadas a Portugal com gravidezes adiantadas, sem dinheiro para ir ao privado e que, algumas vezes, nem falam português. Não foram preparadas para chamar o socorro e, por vezes, nem telemóvel têm”, afirmou.
Ainda a ministra não tinha chegado ao Parlamento e sabia-se que, nos planos do Governo, está previsto um corte de mais de 200 milhões de euros em medicamentos e material clínico.
- “Se há algum doente que vai ficar sem medicamentos? Não. Se faltarem, não é por causa de dinheiro. Nunca faltaram desde que entrámos no Governo. Podemos comprar agulhas de cirurgia de uma marca ou de outra e ter grandes poupanças aí. Estamos todos interessados em usar da melhor maneira o dinheiro. Posso garantir que não faltará o que é preciso para os doentes”, disse.
Ninguém no Governo quer usar a palavra cortar e a ministra garante ainda que não há provas de que o diretor-executivo do SNS tenha dado essa ordem aos administradores hospitalares.
“Obviamente que ninguém recebeu nenhuma orientação do Sr. diretor-executivo, tanto quanto ele me disse, e eu também não lha dei.”
Ana Paula Martins quis ainda responder ao Presidente da República e desafiou a oposição para entendimentos sobre o SNS, mas sublinhou que o que aí vem é um caminho das pedras.
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