terça-feira, 3 de maio de 2022

Repórteres Sem Fronteiras alertam para caos da informação na internet sem regulamentação. Saiba quais são os piores países para a imprensa

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Por Cnnportugal.iol.pt

Fenómeno conduz ao crescimento da opinião pública fraturada e dividida

Os Repórteres sem Fronteiras (RSF) alertaram, num relatório publicado esta terça-feira, para os riscos de um espaço digital desregulamentado, com destaque para os efeitos desastrosos do caos da informação e desinformação espalhados pela internet.

Na 20.ª edição do 'ranking' mundial da liberdade de imprensa, publicado por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a organização não-governamental (ONG) internacional, sediada em Paris, avalia a prática do jornalismo em 180 países.

Os RSF apontaram para o desenvolvimento de meios de opinião, que imitam o modelo da rede norte-americana Fox News, e para a banalização dos circuitos de desinformação.

Estas práticas, "ampliadas pelo funcionamento das redes sociais", estão a conduzir ao crescimento da opinião pública fraturada e dividida, de acordo com o relatório.

"A invasão da Ucrânia [país classificado em 106.º lugar do índice] pela Rússia [155.º], no final de fevereiro é emblemática do fenómeno porque foi preparada por uma guerra de propaganda", sublinhou a ONG na análise da classificação.

Quanto à Rússia, além das perdas humanas, há as "consequências devastadoras" para a imprensa da região, com a morte de cinco jornalistas desde o início da ofensiva russa, mas também o facto de muitos jornalistas terem sido deliberadamente visados pelo exército russo.

A agência observou também que a China (175.º) utilizou um arsenal de legislação para confinar e isolar a população, e mais especificamente Hong Kong (148.º), que deslizou significativamente na classificação de 2022.

Os analistas internacionais que participaram no estudo tomaram, desta vez, em consideração cinco novos indicadores, para dar uma visão geral da liberdade de imprensa, tendo em conta o contexto político, jurídico, económico, sócio-cultural e de segurança.

A situação dos jornalistas é "muito grave" em 28 países, incluindo Rússia e Bielorrússia, cuja classificação foi analisada no início de 2022, na sequência da invasão da Ucrânia; "difícil" em 42 países, como México, Bolívia, Mali e Emirados Árabes Unidos; "problemática" em 62 países, incluindo Israel, Senegal, Panamá e Grécia.

A comparação com os países numa situação bastante boa (40 países) ou muito boa (oito países) mostra o desequilíbrio a nível global.

O caso da Europa

Na Europa, Noruega, Dinamarca e Suécia permanecem no topo da lista como um modelo democrático onde a liberdade de expressão prevalece, e embora haja melhorias na Moldova e na Bulgária, os RSF observou uma polarização dos meios de comunicação social nos Estados Unidos, em França e na Polónia.

A Holanda desceu 22 lugares para 28.º lugar, na sequência do homicídio, em julho passado, do investigador do crime organizado Peter R. de Vries, baleado numa rua de Amesterdão, lembrou os RSF, que está cada vez mais preocupada com os assassínios de jornalistas na UE.

Em países, como Alemanha, França, Itália e Holanda foram também noticiados numerosos ataques a jornalistas por parte de manifestantes contra medidas governamentais anticovid-19.

Em Espanha, no 32.º lugar neste relatório, a liberdade de imprensa é considerada "mais ou menos boa", embora tenha caído três lugares em relação ao relatório anterior.

Os piores países para a imprensa

A pandemia da covid-19 acelerou a censura e em regiões como a América Latina levou a graves dificuldades económicas para a imprensa e piorou o acesso à informação sobre o combate ao novo coronavírus por parte dos governos.

O México (127.º) continua a ser o país mais mortífero do mundo para a imprensa, e na Nicarágua (160.º) e em El Salvador (112.º) a situação está a agravar-se. A única exceção na América Latina é a Costa Rica, que ocupa a oitava posição na lista, entre os melhores.

Nos EUA, "apesar da eleição do Presidente democrata Joe Biden, o aumento das tensões sociais e políticas é acelerado pelas redes sociais e pelos novos meios de comunicação", sendo o mesmo verificado em França, indicou.

Por outro lado, a repressão da imprensa independente é um fator de "polarização intensa", observou o relatório, que citou o exemplo da Polónia e as estratégias para controlar os meios audiovisuais.

Neste contexto, Deloire defendeu a adoção de um quadro legal adaptado a um sistema de proteção dos espaços de informação democrática.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Ramadão_Eid al-Fitr_Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló no Palácio da República.

Lituânia começou a abastecer gás à Polónia através de novo gasoduto

© Lusa

Por LUSA  02/05/22

A Lituânia inaugurou um gasoduto que permite à Polónia receber, através do terminal do porto lituano de Klaipeda, gás natural liquefeito (GNL) para suprir parte do gás que a Rússia deixou de lhe fornecer, noticiou hoje a imprensa local.

O combustível regaseificado começou a fluir domingo à tarde para a Polónia através do gasoduto construído pela operadora lituana Amber Grid, de acordo com o site da televisão pública LRT.

A construção do gasoduto Polónia-Lituânia começou em 2015 e terminou este ano. O gasoduto percorre 508 quilómetros entre Jauniunai, no sul da Lituânia, e Holowczyce, no leste da Polónia.

"Este é um marco na história do desenvolvimento da independência energética entre a Lituânia e a Polónia, particularmente no contexto da segurança do fornecimento de gás", disse o presidente executivo da Amber Grid, Nemunas Biknius, citado pela imprensa local.

Depois de atingir a capacidade máxima em outubro próximo, prevê-se que o gasoduto transporte 2.000 milhões de metros cúbicos de gás por ano para a Polónia, o equivalente a 10% do consumo anual do país.

A inauguração oficial do gasoduto terá lugar no dia 5 de maio, com a presença dos Presidentes da Lituânia, Letónia e Polónia, bem como do Comissário Europeu da Energia e de vários ministros da Polónia e dos países bálticos.

O gasoduto será ligado à rede e aos sistemas de armazenamento do operador Conexus Baltic Grid, que deverá garantir a procura total de gás dos três países bálticos com GNL fornecido através do porto de Klaipeda.

Mais tarde, será também ligado por esta rede ao terminal de GNL flutuante ligado ao porto estónio de Paldiski, que será gerido pela Estónia e pela Finlândia.

Os planos das repúblicas bálticas para reduzir a sua dependência do gás russo foram acelerados pela invasão da Ucrânia e pelas ameaças de Moscovo de cortar o fornecimento em retaliação pelas sanções.

Os três países foram os primeiros na União Europeia (UE) a pôr fim às importações de gás russo, uma decisão que adotaram em abril passado.


Grupo Wagner está no Mali e na Líbia por "razões comerciais", diz Lavrov

© Getty Images

Por LUSA 02/05/22 

O chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, disse hoje que a empresa paramilitar privada russa Wagner está presente no Mali e na Líbia por "razões de natureza comercial".

Em entrevista à televisão italiana Mediaset, Lavrov reiterou a posição de Moscovo de que a Wagner "não tem nenhuma ligação ao Estado russo".

Acusada de ser próxima do Presidente Vladimir Putin, a empresa Wagner é acusada de empregar mercenários que cometeram abusos no Mali, Líbia e Síria.

Segundo Lavrov, Moscovo deu explicações à França sobre esta questão quando o Governo francês "ficou perturbado porque a Wagner assinou um acordo com o Governo do Mali para a prestação de serviços de segurança".

"O meu caro colega Jean-Yves Le Drian [homólogo francês], assim como [o chefe da diplomacia europeia] Josep Borrell, em setembro de 2021, disseram-me diretamente que a Rússia não tinha nada a fazer na África, nem por meios estatais, nem por meios privados, porque África é uma área [de interesse] da UE e da França", disse Lavrov.

"Também explicámos" que na Líbia "esta empresa militar privada foi convidada pelas autoridades para Tobruk, onde está localizado o parlamento", acrescentou.

"Eles estão lá numa base comercial, e o mesmo se passa no Mali", assegurou o chefe da diplomacia russa.

O governo de Bamaco, resultante de um golpe de Estado bem-sucedido de uma junta militar, evoca por sua vez a presença no seu território de simples conselheiros russos.

Entre "10 mil a 20 mil" mercenários da empresa paramilitar russa Wagner ou combatentes sírios e líbios estão atualmente a lutar ao lado das forças russas na Ucrânia, segundo uma autoridade europeia.

A Rússia invadiu, na madrugada de 24 de fevereiro, a Ucrânia e em resultado dessa operação já morreram mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

Guterres quer países ricos a investir em África após pandemia e guerra

© REUTERS/Carlo Allegri

Por LUSA  02/05/22

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje aos países ricos para que aumentem os seus investimentos em África, de forma a ajudarem o continente a recuperar dos danos provocados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia.

"Esta guerra está a agravar uma crise tripla -- alimentar, energética e financeira - na região e mais além", disse Guterres no início de uma visita a três países da África Ocidental.

Para o secretário-geral da ONU, os problemas de segurança alimentar de África não serão resolvidos sem "reintegrar a produção agrícola da Ucrânia e a produção de alimentos e fertilizantes da Rússia e da Bielorrússia nos mercados mundiais".

Guterres mostrou-se "determinado a fazer tudo para facilitar um diálogo que possa contribuir para se alcançar este objetivo".

O ex-primeiro-ministro português falava no domingo no Senegal, antes de partilhar o 'Iftar' (jantar que quebra o jejum no Ramadão) com o Presidente Macky Sall, que no início do ano se tornou presidente em exercício da União Africana.

O secretário-geral da ONU deverá viajar hoje para o Níger, onde se reunirá com muçulmanos para marcar o fim do mês do Ramadão, e na terça-feira segue para a Nigéria, onde deverá alertar contra a violência do extremismo islâmico.

Guterres disse estar preocupado com a forma como a guerra na Ucrânia está a afetar o continente africano e disse ter criado o Grupo de Resposta à Crise Global de Alimentação, Energia e Finanças para mobilizar as agências da ONU, os bancos de desenvolvimento e outras organizações internacionais para este problema.

Macky Sall lamentou, por seu lado, o "impacto dramático da guerra nas economias dos países em desenvolvimento".

Guterres pediu ainda a reforma do sistema financeiro global, que disse estar "moralmente falido", e defendeu que todos os mecanismos disponíveis devem ser usados para beneficiar os países em desenvolvimento e de médio rendimento, especialmente em África.

Voltou ainda a apelar à equidade vacinal para ajudar África a recuperar da pandemia.

"É inaceitável que hoje quase 80% da população africana ainda não esteja vacinada", disse, apelando aos países ricos e às farmacêuticas para acelerarem a doação de vacinas e investirem na produção local desses fármacos.

Antes de viajar para o Níger, Guterres também defendeu que as juntas militares no Burkina Faso, Guiné-Conacri e Mali devem devolver o poder aos civis "o mais depressa possível".

"Concordamos com a importância de continuar o diálogo com as autoridades de facto [desses] três países para estabelecer o retorno à ordem constitucional o mais depressa possível", afirmou Guterres em Dacar, após o encontro com Macky Sall.

Enfraquecida pela crise do Sahel, a África Ocidental foi ainda mais desestabilizada pelos golpes militares que ocorreram sucessivamente no Mali (agosto de 2020 a maio de 2021), Guiné-Conacri (setembro de 2021) e Burkina Faso (janeiro de 2022).


Leia Também: ONU quer transição "rápida" no Burkina Faso, Guiné-Conacri e Mali

Qual é o novo perigo digital? ...Saiba por que o sinal de paz e amor nas fotos pode te colocar em perigo:

Rodrigo Faustino

 Segundo pesquisadores do Instituto Nacional de Informática, com sede no Japão, fazer esse gesto pode expor suas informações biométricas.

Esse é um alerta importante, afinal ter a impressão digital de alguém facilita o acesso a dados sigilosos dessa pessoa, incluindo conta bancária.

Os pesquisadores ainda revelaram que que tirar uma foto fazendo esse sinal a pelo menos 3 metros da câmera diminui as chances de sofrer com surpresas indesejadas.

Entretanto, apesar dos sinais alarmantes, seria preciso um criminoso altamente qualificado para acessar uma foto sua e usar o gesto do sinal de paz para recriar sua impressão digital. Seria necessário obter a foto certa e, em seguida, fazer uma recriação intrincada, exata de sua impressão digital.


O Presidente da República, deseja à todos os fieis muçulmanos, votos de felicidades por ocasião de “Eid al-Fitr”

Que Allah guie os Guineenses pelo caminho do perdão e da reconciliação.

Ramadan Kareem!

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló 

Desejo Boas Festas de Ramadan, com saúde, paz e Unidade Nacional.

#eidmubarak, #badipovo#braimacamará

 Bá Di Povo

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Registadas duas explosões em Belgorod, avança o governador da região russa

Bombeiros combatem um incêndio num depósito de combustível, que no início de abril terá sido alvo de ataque militar ucraniano na cidade russa de Belgorod, segundo o governador da região, Vyacheslav Gladkov (Getty Images)

SIC Notícias  2 Maio, 2022 

 O responsável local diz que, no domingo, uma pessoa ficou ferida num incêndio que ocorreu em instalações do Ministério da Defesa russo.

Duas explosões ocorreram as últimas horas em Belgorod, região do sul da Rússia na fronteira com a Ucrânia, avançou o governador da região, Vyacheslav Gladkov. No domingo, o mesmo responsável disse que a ofensiva causou um incêndio numa instalação do Ministério da Defesa russo, uma pessoa ficou feridas e sete casas ficaram danificadas.

“Não houve vítimas ou danos”, informou também Gladkov, segundo a Reuters.

No domingo, o governador disse que uma pessoa ficou ferida num incêndio que ocorreu em instalações do Ministério da Defesa russo em Belgorod e que sete casas ficaram danificadas, na sequência da ofensiva ucraniana.

Também nas redes sociais, surgem informações que carecem de confirmação oficial, sobre explosões ouvidas durante a noite na região.

No mês passado, a Rússia acusou a Ucrânia de um ataque de helicóptero a um depósito de combustível em Belgorod, de bombardeamentos a algumas localidades e ataques com mísseis a um depósito de munições. Kiev negou a responsabilidade dos ataques.

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Afundamentos surgem menos de um mês depois da destruição do navio russo Moskva.

A Ilha da Serpente voltou a ser palco de um vídeo impressionante na guerra na Ucrânia, com o governo ucraniano a publicar esta segunda-feira imagens da destruição de dois navios russos no mar Negro.

Através do Twitter, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que a força aérea abateu "dois navios Raptor russos" durante a madrugada. O anúncio também foi feito pelo Telegram, pelo chefe do Estado Maior, Valeriy Zaluzhniy...Ler Mais


A Rússia classificou hoje como um "ato de sabotagem" o colapso parcial de uma ponte ferroviária na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia.

Na rede Telegram, o governador de Kursk, Román Starovoit, afirmou que a destruição parcial da ponte ferroviária "foi sabotagem", embora não tenha identificado a autoria do incidente, e indicou que irá ser investigado pelos "especialistas das forças e do corpo de segurança".

A ponte ferroviária era utilizada apenas para transporte de cargas e não houve registo de feridos.

Na sua conta no Telegram, citado pela agência Efe, Róman Starovoit já tinha revelado hoje que um posto fronteiriço na região de Kursk tinha sido alvo de novos ataques com morteiros a partir de território ucraniano...Ler Mais


© Getty Images

NOTÍCIAS AO MINUTO  02/05/22


Depois de relatos sobre a morte do mítico piloto, a Força Aérea Ucraniana desmentiu não só os rumores como a existência do militar, cuja história se tornou épica depois de muitos vídeos partilhados.

No dia 13 de março, um piloto chamado Stepan Tarabalka morreu nos céus ucranianos, depois de uma batalha contra os russos. O britânico The Times noticiou que a morte do major, de 29 anos, era também a morte do 'Fantasma de Kyiv', um mítico piloto que teria aterrorizado a Força Aérea russa ao abater 40 aeronaves.

No entanto, a Força Aérea Ucraniana veio desmentir, mais uma vez, a existência do 'Fantasma'

Através do Twitter, este ramo das forças armadas ucranianas afirmaram que "o 'Fantasma de Kyiv' continua vivo", pois "personifica o espírito coletivo dos pilotos altamente qualificados da Brigada Tática de Aviação, que defenderam com sucesso Kyiv e a região".

Os rumores sobre o 'Fantasma de Kyiv' começaram bem cedo na guerra, ainda em fevereiro, quando o próprio governo ucraniano catalogou com a alcunha um piloto que terá destruído seis aeronaves russas, na região de Lugansk.

Os vídeos virais do alegado piloto mortífero foram-se seguindo, uns atrás dos outros, criando uma imagem épica de um ás dos céus imbatível, digno de filme. Um dos vídeos foi tão partilhado que, pouco tempo depois, o Deutsche Welle analisou-o e confirmou que tinha sido retirado de um videojogo.

As forças ucranianas vieram agora admitir que, apesar de Tarabalka ser, ele próprio, um herói morto em combate, o mito foi uma bem sucedida ação de propaganda.

"O fantasma de Kyiv é um super herói — uma lenda e personagem criada pelos ucranianos", admitiram.

Para trás, fica a campanha de marketing, que colocou frente a frente um superpoder militar, dotado de uma força aérea composta por milhares de aeronaves, contra um único piloto. E fica também a venda de muitas, muitas t-shirts.


Rússia nega fim da guerra a 9 de maio, no Dia da Vitória

© Getty Imagens

Por LUSA  02/05/22 

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo negou que a Rússia pretenda pôr fim à guerra na Ucrânia a 09 de maio, quando se celebra o Dia da Vitória, apesar de analistas preverem o fim do conflito nessa data.

"Os nossos militares não ajustarão artificialmente as suas ações a qualquer data, incluindo o Dia da Vitória", disse Sergei Lavrov numa entrevista à televisão italiana Mediaset, transmitida no domingo, referindo-se à data comemorativa de 09 de maio de 1945 e à rendição nazi aos Aliados, incluindo à antiga União Soviética.

"O ritmo da operação na Ucrânia depende, acima de tudo, da necessidade de minimizar possíveis riscos para a população civil e para os militares russos", acrescentou.

A Rússia celebra geralmente o Dia da Vitória com grande pompa e circunstância, com um grande desfile militar no centro de Moscovo e um discurso do Presidente, Vladimir Putin, saudando o papel de liderança do país na derrota do fascismo na Europa.

Contudo, as celebrações deste ano têm como cenário de fundo uma campanha militar de Moscovo na Ucrânia, que Putin justificou com a necessidade de "desnazificar" a antiga república soviética, com outras referências à Segunda Guerra Mundial.

"Celebraremos solenemente o 09 de maio, como sempre fazemos. Recordemos aqueles que caíram pela libertação da Rússia e de outras repúblicas da ex-URSS [União das Repúblicas Socialistas Soviéticas], pela libertação da Europa do flagelo nazi", disse Lavrov.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


RÚSSIA/UCRÂNIA: G7. Scholz convida Índia, África do Sul, Indonésia e Senegal para reunião

© Getty Images

Por LUSA  01/05/22 

O chanceler alemão, Olaf Scholz, planeia convidar a Índia, África do Sul, Indonésia e Senegal para a próxima reunião do G7, em junho, para fortalecer a coligação internacional contra a Rússia, noticiou hoje a Bloomberg.

De acordo com esta agência de informação financeira, que cita fontes conhecedoras da decisão, o líder alemão pretende convidar os homólogos da África do Sul, Indonésia e Senegal para o encontro nos Alpes da Baviera, de 26 a 28 de junho, devendo a decisão ser anunciada quando Scholz receber Narendra Modi em Berlim.

Nas últimas semanas, o chanceler alemão hesitou em convidar Modi devido à relutância da Índia em condenar de forma clara a invasão da Ucrânia pela Rússia e ao aumento da venda de crude da Rússia à Índia, mas Scholz decidiu-se pelo convite devido ao aumento da população indiana, à sua longa tradição democrática e ao valor de garantir um parceiro com influência para isolar a Rússia, escreve a Bloomberg, citando fontes conhecedoras do processo de decisão, que acrescentam a importância da Índia nas questões do clima e de defesa.

Apesar de não serem esperados quaisquer acordos resultantes das reuniões bilaterais de segunda-feira entre os líderes alemão e indiano, as discussões vão centrar-se na facilitação da emigração de trabalhadores indianos qualificados para a Alemanha e na maneira de acelerar a transferência de tecnologia alemã para a Índia, que possa reduzir as nocivas emissões de carbono.

No seguimento da invasão da Ucrânia pela Rússia, Scholz pretende fortalecer os laços económicos e políticos da Alemanha com os países democraticamente eleitos no mundo, e foi por isso que o primeiro destino asiático do sucessor da histórica Angela Merkel foi o Japão, ao passo que os seus antecessores escolheram a China, levando grandes delegações empresariais.

A Índia foi uma das mais de 50 nações que se abstiveram na votação que decidiu a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, e está a aumentar as importações energéticas da Rússia, sendo também um importante cliente de armas, argumentando que são necessárias como medida de dissuasão face à China e ao Paquistão.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


domingo, 1 de maio de 2022

Nancy Pelosi visita Kyiv e reúne-se com Zelensky

© Lusa

Por LUSA  01/05/22 

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, esteve reunida com o presidente da Ucrânia durante uma visita à capital do país, Kiev, anunciou hoje Volodymyr Zelensky.

Pelosi, terceira na linha da presidência, é a líder americana de mais alto nível a visitar a Ucrânia desde o início da guerra, e a sua visita marca uma grande demonstração de apoio contínuo à luta do país contra a Rússia.

Nas redes sociais, o gabinete do presidente Zelensky divulgou hoje a presença de Pelosi com uma delegação do Congresso: "Os Estados Unidos são um líder nos esforços para apoiar a Ucrânia na luta contra a agressão russa, obrigado por ajudar a proteger a soberania e a integridade territorial do nosso Estado", afirmou Zelensky, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).

"Estamos aqui para vos agradecer pela vossa luta pela liberdade", afirmou Pelosi, dirigindo-se a Zelensky.

"Estamos numa fronteira de liberdade e a vossa luta é uma luta para todos. O nosso compromisso é estar ao seu lado até que a luta esteja terminada", acrescentou a líder norte-americana, cuja visita não tinha sido anunciada.

Antes da líder do Partido Democrata na Câmara Baixa do Congresso dos EUA, já tinham estado no país os secretários de Estado e de Defesa Antony Blinken e Lloyd Austin, recorda a agência de notícias EFE.

O presidente norte-americano Joe Biden já manifestou em várias ocasiões vontade de viajar para a Ucrânia, mas sem tornar as suas intenções mais específicas.

ArmyInform: Today's the 67 day of 🇷🇺🇺🇦 confrontation - Enemy losses in infographics ...#StopRussia

@armyinformcomua

CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA: Angelina Jolie obrigada a fugir da estação de comboios de Lviv

SIC Notícias 1 Maio, 2022

A atriz Angelina Jolie foi obrigada a fugir da estação de comboios de Lviv, no oeste da Ucrânia.

As sirenes, que alertam para a possibilidade de ataques aéreos, começaram a soar e a atriz e a equipa tiveram de abandonar rapidamente o local.

Angelina Jolie estava de visita aos voluntários que estão na estação a acolher deslocados da guerra e esteve também com crianças obrigadas a fugir por causa do conflito. Jolie é enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados.

Em conversa com um dos voluntários tenta o trabalho que é realizado naquele local.

GUERRA NA UCRÂNIA: Ataque russo em Paris, Berlim ou Roma? "Não haveria sobreviventes"

Por Notícias ao Minuto  01/05/22 

Propaganda do Kremlin sobe de tom e televisão estatal russa simula como Putin lançaria um ataque nas principais capitais europeias.

A propaganda do Kremlin começa a subir de tom numa altura em que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, já avisou que quer que o fim das sanções faça parte das negociações de paz. 

No programa '60 Minutos' da rede estadual 'Rossian-1', meio ligado ao Kremlin, é apresentado um mapa de como o presidente da Rússia lançaria um ataque nuclear nas principais capitais da Europa. 

Os apresentadores do programa proclamam que bastariam 106 segundos para destruir Berlim, na Alemanha, 200 para Paris, em França, e 202 para Londres, no Reino Unido. "Não haveria sobreviventes", declaram os apresentadores dando também como exemplo, além destes três acima referidos, Roma, em Itália. 

Neste programa foi ainda explicado que Putin lançaria mísseis nucleares a partir da cidade de Kaliningrado, enclave russo que faz fronteira com a Polónia e a Lituânia, e que fica a cerca de 600 quilómetros da fronteira mais próxima com a Rússia.

Recorde-se que Sergei Lavrov alertou anteriormente para a possibilidade de uso de armas nucleares por parte da Rússia, não descartando uma III Guerra Mundial.  "Se ocorrer, será nuclear e destrutivo", disse.

Sobre as sanções impostas, o ministro russo afirmou: "Biden é experiente e sabe que não há alternativa às sanções senão a guerra mundial".

Rússia tem o maior número de armas nucleares do mundo

A Rússia é, atualmente, o país que detém maior número de armas nucleares do mundo. No dia 25 de fevereiro, um dia depois do início da invasão russa, a organização Bulletin of Atomic Scientists publicou um estudo no qual a capacidade nuclear da Rússia foi analisada. Constatou-se que Putin terá cerca de 5.977 armas nucleares.

Atrás dos russos, só os EUA com número elevado de armas nucleares. Estes dois países têm, entre si, cerca de 90% das armas nucleares do mundo.

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O presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, propôs hoje a confiscação de bens comerciais aos países "não amigos" da Rússia, em resposta a medidas semelhantes tomadas pelo Ocidente.

"Écorreto em relação a uma empresa localizada no território da Federação Russa, cujos proprietários são de países 'hostis', responder com medidas semelhantes: confiscar estes bens", disse na sua conta Telegram, citado pela agência de notícias EFE.

"E o produto da venda [dos bens confiscados] será para o desenvolvimento do nosso país", acrescentou.

Volodin escreveu ainda que a Câmara dos Representantes norte-americana aprovou uma lei que permite a transferência de bens congelados de empresas e cidadãos russos para a Ucrânia: "Foi criado um perigoso precedente, que deve ser um bumerangue sobre os próprios estados"...LER MAIS


sábado, 30 de abril de 2022

China vai desenvolver sistema para destruir asteroides em direção à Terra

 Fonte: Dailymotion.com

Exames escolares deverão passar a ser feitos apenas por computador

 Os exames escolares feitos com papel e caneta devem acabar até 2025. As provas escritas deverão passar a ser feitas apenas por computador, de acordo com uma promessa que tinha sido feita pelo Governo há um ano.

União nacional dos ímanes distribuiu carne aos fiéis muçulmanos no âmbito dos apoios da Organização Turka_DIANET.


 Radio TV Bantaba

"Colónia humana" em Marte? É objetivo dos Emirados... até 2117

© ESA

Por NOTÍCIAS AO MINUTO COM LUSA  30/04/22 

Em 2024, o país pretende colocar uma nave espacial não tripulada na Lua.

Instalar uma "colónia humana" no planeta Marte. Sim, leu bem. Parece (ainda) ficção científica, mas este é um objetivo ambicioso traçado pelos Emirados Árabes Unidos para atingir.... até 2117. 

Sim, sim. Também sabemos que ainda falta muito até lá chegarmos, mas os esforços extraterrestres deste país já se começaram a fazer sentir.

Como tal, o país Emirados Árabes Unidos comprou um lugar numa nave SpaceX para que um astronauta complete uma estadia de seis meses na Estação Espacial Internacional, naquela que será a primeira missão de longo prazo da nação rica em petróleo. A missão está programada para ser lançada no próximo ano a partir do Centro Espacial Kennedy, na Florida.

Em 2024, o país pretende colocar uma nave espacial não tripulada na Lua. E, daqui, é sempre 'a subir'. 

De recordar que, na passada quarta-feira, a 'Missão Emirados Marte', mostrou imagens impressionantes de auroras no Planeta Vermelho. Conta a Space.com que estas têm uma forma de 'minhoca' e que "desafiam uma fácil explicação". Estas estender-se-ão por cerca de metade do planeta. 

Kyiv acusa Rússia de roubar centenas de milhares de toneladas de cereais

© PixaBay

Por LUSA  30/04/22 

O Governo ucraniano acusou hoje a Rússia de estar roubar centenas de milhares de toneladas de cereais nos territórios ocupados por forças de Moscovo no leste e no sul do país.

O vice-ministro da Política Agrária, Taras Vysotsky, disse que as tropas russas confiscaram "várias centenas de milhares de toneladas" e acrescentou recear que roubem também o resto, em declarações à agência ucraniana de notícias, a RBC, citadas pela agência espanhola Efe.

Vysotsky disse que nos territórios controlados pelos russos estão armazenadas um milhão e meio de toneladas de cereais, e afirmou que era de esperar que as tropas roubem a maior parte.

Na semana passada, o portal de informação ucraniano LB tinha escrito que na região de Kherson, sob controlo russo, as forças de Moscovo só permitem aos agricultores trabalhar se derem 70% da produção da sua futura colheita.

A guerra na Ucrânia foi um duro golpe para as exportações de trigo e outros cereais, com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) a afirmar que o conflito é o principal motivo pelo qual os preços atingiram o valor mais alto desde 1990.

Antes da invasão da Rússia, 24 de fevereiro, a Ucrânia exportava mensalmente cinco milhões de toneladas de produtos agrícolas através dos portos de Odessa e Mikolaiv, que agora estão bloqueados.

A Ucrânia era o terceiro maior exportador mundial de cevada e estava em quarto e quinto lugar das maiores exportações de aveia e milho, respetivamente.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


Leia Também: Hungria. Manifestação pró-Putin reúne 150 pessoas e mais de mil pró-Kyiv

BEBÊ ENCONTRADO HOJE SEM VIDA EM FRENTE DO HOSPITAL MILITAR

Por Rádio Jovem | abr 30, 2022 

Continua a saga de morte de crianças na Guiné-Bissau. Depois do caso ocorrido no bairro de Bôr há algumas semanas com o pai a tirar a vida da própria filha à facada, hoje pela madrugada dentro os transeuntes da paragem principal da capital Bissau depararam com um saco plástico abandonado em frente do Hospital Militar Nacional. No objeto, constava um feto embrulhado provavelmente por quem cometeu tal crime.

Conforme indicações médicas, o feto tinha 32 semanas de vida e foi encontrado por volta de cinco horas de madrugada. Os presentes no lugar do crime avançam que é provável que mãe tenha feito aborto num lugar secreto e deixou o feto em frente do Hospital Militar.

O caso já está na posse da polícia judiciária que se encontra a investigar o criminoso e as suas reais motivações.

As organizações defensoras das crianças vem pedindo das autoridades nacionais punição severa para quem pratica atos do género.

RAMADÃO: fiéis muçulmanos rezam segunda-feira, após um mês de jejum. O Governo determina, por isso, o FERIADO NACIONAL OBRIGATÓRIO_ 2 maio.


 Aliu Cande

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Após dez meses em função: MINISTRO DA SAÚDE ANUNCIA RECUPERAÇÃO DE TRÊS HOSPITAIS REGIONAIS E CENTROS

JORNAL ODEMOCRATA  29/04/2022 

O ministro da Saúde Pública, Dionísio Cumba, anunciou que o governo tem neste momento um fundo disponível para recuperar três hospitais regionais e alguns centros de saúde que, segundo a sua explicação, devem acompanhar o processo de reestruturação de infraestruturas sanitárias que está a ser executado pelo executivo através do ministério da Saúde Pública. 

O governante anunciou igualmente que o seu ministério tem um projeto de formação para a especialização de técnicos através de contatos estabelecidos com a Itália, o Brasil, Venezuela, Cuba e Espanha. Dionísio Cumba admitiu a possibilidade de fazer essa formação a distância, porque internamente permite acompanhar de forma integral o paciente.

“Temos 16 especialidades prioritárias, nomeadamente anestesia, cirurgia, pediatria, medicina interna, diagnóstico, radiologia, doenças patológicas, laboratório, gramatologia, medicina legal, etc. É tudo um conjunto de áreas prioritárias, tanto para os médicos quanto para os enfermeiros. As missões médicas podem ser realizadas internamente e os estágios no estrangeiro. Por exemplo, já temos um acordo assinado com a Itália. O custo geral para cada especialidade é de 12 mil euros por ano e essas operações serão ativadas em função das disponibilidades orçamentais do governo”, explicou o ministro, que também é médico especialista pediátrico, durante a entrevista concedida ao semanário O Democrata para falar dos trabalhos desenvolvidos e os investimentos feitos pelo governo no setor da saúde nos últimos tempos.

Cumba reconheceu na entrevista que o país está com a falta de anestesistas e técnicos para diagnósticos de imagem, por isso frisou que no âmbito do projeto de especialização levado em curso e com o trabalho prático em três anos é possível ter um especialista por área, com o suporte das universidades.

O ministro alertou que essa dinâmica deve ser acompanhada de um trabalho científico publicado e avaliado em conferências internacionais. Essas conferências, segundo disse, podem permitir que um especialista crie contatos internacionais para publicação de trabalhos.

“CONSTATAMOS NO TERRENO INFRAESTRUTURAS SANITÁRIAS E CONDIÇÕES DE TRABALHO PRECÁRIAS”

Dionísio Cumba disse ter assumido o ministério de saúde num momento muito crítico, dominado por dois momentos, nomeadamente a pandemia da Covid-19, a greve que vigorava desde janeiro de 2021 e a situação do fundo desaparecido do hospital regional de Bafatá.

O ministro disse que o seu primeiro desafio foi inteirar-se da situação no terreno e as infraestruturas sanitárias em quase todas as regiões sanitárias do país.

“Constatamos no terreno infraestruturas sanitárias e condições de trabalho muito precárias, inclusive técnicos a trabalharem sem meios e infraestruturas sem meios para fazer diagnósticos, sem água potável nem energia elétrica, com estradas de acesso aos centros de saúde em deploráveis condições”, disse.

O ministro de saúde pública denunciou que doentes são transportados carruagens puxados por burro para os centros de saúde, afirmando que em todas as deslocações a sua equipa técnica foi acompanhada pelos funcionários da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Agência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), principais parceiros do Ministério de Saúde.

Explicou que depois dos trabalhos de levantamento realizados no terreno submeteram ao governo, em Conselho de Ministros, todas as informações recolhidas.

“E com base nessas informações foi-nos incumbido a responsabilidade de elaborar um plano de ação e depois pensar nas intervenções e prioridades, recuperação de infraestruturas e melhorar as condições de vida dos técnicos de saúde”, indicou.

Dionísio Cumba disse que o plano de ação solicitado está quase terminado e falta apenas reunir os técnicos para encontrar um quadro geral de toda a situação, tendo reconhecido que há toda uma necessidade de algumas infraestruturas serem reclassificadas.

“Temos centros de saúde de tipo B e C que devem começar a funcionar como tipo A, devido ao número da população que vive atualmente nessas zonas e porque também se trata de uma questão estratégica. Por exemplo, nas ilhas, temos na Caravela um centro de saúde tipo C que deve passar para A, porque independentemente do nível do turismo que se quer elevar nas ilhas, há uma situação de evacuação de doentes. A tabanca mais distante do centro fica a 18 quilómetros e tem uma travessia, que torna ainda mais complicado o trânsito. Bubaque deve sair do tipo A para um hospital regional, o que pode permitir ao país ter seis hospitais regionais e na cidade histórica de Bolama queremos imprimir a mesma dinâmica, para permitir que as atividades turísticas sejam praticadas com maior segurança nessas zonas e evitar evacuações para Bissau que nem sempre são fáceis.

O ministro de Saúde disse que para além da elaboração de um plano nacional de ação, o seu ministério já fez algumas intervenções pontuais no Hospital Nacional Simão Mendes, enquanto hospital de referência e foi construído um novo centro de manutenção.

“A política adotada na altura não deu certo. Os materiais foram comprados sem técnicos qualificados para manejá-los. Paulatinamente, vamos trabalhar para atacar os hospitais regionais e centros de saúde”, afirmou e disse que neste momento há um levantamento já feito e o orçamento necessário.

“Apenas estamos à espera da aprovação do primeiro-ministro. O custo global é de um bilião e meio de Francos CFA para a recuperação dessas infraestruturas. Não temos certeza se vamos conseguir esse fundo de uma vez, mas já identificamos Catió, Bafatá, Gabú, Mansoa e Bubaque”, afirmou.

Dionísio Cumba frisou que o governo tem neste momento um fundo disponível para recuperar três hospitais regionais e alguns centros de saúde que devem acompanhar esse processo de reestruturação de infraestruturas, nomeadamente o centro de saúde tipo B de Quinhamel e de Ondame.

“Temos ainda um projeto de formação para a espacialização dos nossos técnicos no âmbito de contatos que temos com Itália, Brasil, Venezuela, Cuba e Espanha”, disse.

Relativamente a situação de dívidas com o pessoal de saúde de diferentes categorias, Cumba explicou que a situação dos salários dos técnicos de saúde ainda não está resolvida, mas o governo está a envidar esforços para resolvê-la porque quando o ministério recebeu os novos ingressos não estavam inscritos no orçamento.

Cumba esclareceu que serão pagos mediante um contrato de trabalho, tendo informado que depois da reunião com os técnicos, chegou-se a conclusão de que o contrato deveria vigorar até 31 de março.

“Depois desse prazo, todos os técnicos que entraram através do despacho do meu antecessor são considerados fora do sistema. Muitas pessoas chegaram a este setor sem preparação técnica na área de saúde. 

Conseguiram furar através da função pública. Essas informações foram transmitidas aos sindicatos do setor, porque se não houver controlo rigoroso vamos entupir tudo e prejudicar todos os técnicos que diariamente labutam para o bem-estar do setor. Temos uma lista de técnicos que devem ser pagos, mas nas finanças descobrimos disparidades em termos de contratos”, esclareceu.  

O ministro informou que alguns contratos não estão claros e que muito técnicos só começaram a trabalhar depois das diligências feitas pelo governo para o pagamento de salários aos novos ingressos.

Avançou que muitos desses técnicos tomaram guia de marcha há um ano, mas nunca trabalharam e alguns até aproveitaram a greve e ficaram em casa. Anunciou neste particular que o serviço dos recursos humanos está a trabalhar para regularizar essa situação.

“O recenseamento em curso na função pública permitirá que o ministério tenha um quadro claro das necessidades em recursos humanos para o setor de saúde. Se identificarmos vagas, poderemos ter ideia de como esses técnicos podem continuar no setor, a sua efetivação na função pública e, consequentemente, como podem ser enquadrados no próximo orçamento geral de Estado e garantir que sejam contemplados no cabimento orçamental”, referiu.

Dionísio Cumba afirmou que não tem havido greves nos últimos tempos, porque a sua equipa fez os técnicos entender que o objetivo número um de um médico é salvar vidas humanas. Para o ministro, isto não significa que não deve reclamar quando os seus direitos estão a ser pisados.

“Tem que ser uma reivindicação que garanta e proteja vidas humanas. Sempre tem havido diálogo com os sindicatos e graças a esse diálogo, aprovamos os estatutos da carreira dos médicos, da ordem dos médicos e dos farmacêuticos”, enfatizou.

GUINÉ-BISSAU ESTÁ ENTRE QUATRO PAÍSES DA CEDEAO COM UM NÍVEL DE VACINAÇÃO ACEITÁVEL

Dionísio Cumba elogiou os esforços do ministro das Finanças em relação ao setor da saúde, que tem investido com esforço interno do governo no setor e em particular no Hospital Nacional Simão Mendes. Defendeu que o governo deve agir com honestidade na recolha dos fundos para criar confiança dos parceiros internacionais, sublinhando que um dos desafios do executivo é garantir um sistema de saúde de qualidade aos cidadãos.

Segundo Dionísio Cumba, a nova fábrica de oxigénio vai chegar este mês de abril, porque durante a vigência da Covid-19 o país tem recorrido ao oxigénio do Senegal.

O ministro de saúde pública assegurou que todo o trabalho de montagem está a ser diligenciado através de uma equipa técnica de manutenção nacional e técnicos portugueses, que já controlaram a rede de distribuição dos cuidados intensivos e do bloco operatório e falta criar uma rede de distribuição para a maternidade, a cirurgia e a pediatria.

Anunciou que o país dispõe de um fundo no Banco Islâmico de Desenvolvimento, do qual poderá conseguir dinheiro para executar todo esse trabalho.

Dionísio Cumba frisou que a OMS também anunciou que vai instalar uma fábrica, de maior dimensão, no Hospital Nacional Simão Mendes e outras de menor dimensão no Hospital Militar Principal, Cumura e Bôr.

“Se tudo isso acontecer, teremos a possibilidade de levar oxigénio para todas as estruturas sanitárias do país. Vamos criar rampas de distribuição para os serviços essenciais. No plano de ação, temos a ideia de construção de três novos hospitais, dos quais a construção de raiz do 3 de agosto em Bissau, onde serão concentrados todos os serviços de urgência e o HNSM ficará apenas como um hospital de suporte natural, cirurgias, etc. Bem como a instalação de dois hospitais provinciais, um entre sul e leste e no norte entre Bissorã e Binar. É um projeto a longo prazo que completa a componente de formação. Outra unidade será construída na zona de Guiledje, porque essa zona não tem unidade sanitária com um nível de assistência muito alto.

Sobre a situação do hospital Raoul Follereau, revelou que mensalmente o governo disponibiliza 25 milhões de Francos CFA para assistência ao Hospital Raul Follereau, tendo frisado que o hospital está a funcionar regularmente.

Segundo Dionísio Cumba, um dos grandes projetos do ministério está ligado à pandemia da Covid-19 e ao programa de vacinação, porque ao longo de vários tempos tem trabalhado com parceiros na luta contra a doença. Disse que a Guiné-Bissau está, no universo de 15 país da sub-região, entre quatro com um nível de vacinação aceitável.

“Estamos até acima do Senegal. Apenas Cabo Verde está acima de todos os países. Isto significa que continuamos a trabalhar para travar a propagação da doença e outras patologias, nomeadamente o sarampo e a poliomielite”,frisou, para de seguida anunciar que a Guiné-Bissau já vacinou mais de 50% para sua população alvo, na primeira dose e na segunda mais de 60%.

O ministro da Saúde Pública apelou aos técnicos de saúde a terem amor à profissão, tendo anunciado que o ministério vai realizar um congresso médico no país no próximo mês de maio, onde marcarão presenças todos os bastonários da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).   

Por: Filomeno Sambú/Assana Sambú 

Foto: A.S   

Crime de feminicídio: MÃE DA ADOLESCENTE ESFAQUEADA ATÉ À MORTE PEDE JUSTIÇA

JORNAL ODEMOCRATA  29/04/2022 

A mãe da adolescente de 16 anos de idade esfaqueada pelo pai até à morte, em Matandim, arredores de Bôr, setor de Prabis, região de Biombo, pediu uma justiça que alivie a sua dor.

Embora a pena de morte tenha sido abolida na Guiné-Bissau na década 90, Mima Cá, mãe da vítima, disse que se fosse juíza do processo condenaria o pai da sua malograda a uma pena que o levasse à morte na prisão.

A mãe afirmou que vai ao julgamento dizer que Gilberto da Silva não merece perdão e deve ser condenado e morrer na prisão, para aliviar ânimos exaltados na sua família.  

Em entrevista ao Jornal O Democrata, esta sexta-feira, 29 de abril de 2022, um dia depois da recaptura de Gilberto da Silva pela Polícia Judiciária, Mima Cá revelou que nunca esteve casada com o pai da sua filha.

Segundo relatou ao repórter de O Democrata, o desentendimento entre ela e Gilberto terá começado em 2011, quando a vítima (filha) tinha apenas cinco anos de idade. 

“Acusou-me de abandonar a minha filha e prestar mais atenção às minhas colegas. Foi a partir daí que decidiu expulsar-me da casa da sua mãe onde estávamos a ficar juntos. Só fiz as malas depois de a sua mãe ter regressado da viagem do interior. A partir desse momento, passei a viver no bairro de Bandim, zona 7, numa casa familiar”, contou e disse que desde então Gilberto da Silva tem impedido que a filha fosse visitar ou ficar com a mãe por apenas uns dias, mesmo nos fins de semana ou nas férias.

Mima Cá disse que o suspeito na morte da sua própria filha já não pagava propinas da escola para filha e acusava-a de ser bandida, pelo fato desta em algumas circunstâncias pintava seus cabelos.

“Ele já estava fora da minha vida e da filha. Já tive outro amante antes do acontecimento trágico que vitimou a minha filha”, lamentou.

Questionado sobre o estado de relação de Gilberto da Silva com a vítima, Mima Cá confessou que eles se davam bem, a filha até cobrou a renda de dois meses de um dos anexos construídos pelo pai no bairro de Bandim, Zona 5, e as coisas complicaram-se no meio de caminho.

“Nunca Gilberto me explicou algo que justificasse essa sua atitude. Como disse, já não nos dávamos bem com ele, eu e a minha filha”, precisou sem avançar detalhes.

Por: Filomeno Sambú

Foto: F.S 

Comunicado de Falecimento


 Madem-G15 Movimento para Alternância Democrática