domingo, 9 de junho de 2019

Portugal eleito Melhor Destino Turístico europeu pelo 3º. ano consecutivo pelos World Travel Awards

Portugal foi eleito, pelo terceiro ano consecutivo, o Melhor Destino Turístico europeu pelos World Travel Awards, numa cerimónia que decorreu no sábado à noite na Madeira.


Em comunicado enviado pelo gabinete do ministro Adjunto e da Economia é referido que “esta distinção foi atribuída pela primeira vez ao país em 2017, renovada em 2018 e novamente atribuída em 2019” o que consolida o reconhecimento internacional de Portugal como destino turístico e mostra como o país está “no top das preferências dos turistas internacionais”.

Além de Portugal, estavam nomeados para este prémio Áustria, Inglaterra, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e Turquia, refere a informação.

No total, precisa, Portugal recebeu 39 prémios (mais três do que em 2018).

Além do prémio de Melhor Destino Europeu, Lisboa recebeu o prémio de Melhor Destino de ‘City Break’ e Melhor Porto de Cruzeiros, a Madeira foi eleita o Melhor Destino Insular, os Passadiços do Paiva ganharam o prémio de Melhor Projeto de Desenvolvimento Turístico e o Dark Sky Alqueva recebeu o Prémio Europeu de Turismo Responsável.

O Turismo de Portugal, por sua vez, recebeu o prémio de Melhor Organismo Oficial de Turismo.

Para o ministro-adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, citado no comunicado, “é uma enorme satisfação receber o ‘óscar’ de Melhor Destino Europeu pelo terceiro ano consecutivo”.

“Nos últimos anos, Portugal tem-se assumido como um destino imperdível e irresistível, e o facto de conquistarmos esta distinção de forma consecutiva mostra que a nossa estratégia está certa, dá frutos e é consistente”, salienta.

Portugal foi eleito, em 2018, o Melhor Destino do Mundo pelo segundo ano consecutivo.

interlusofona.info

Vencedor das legislativas da Guiné-Bissau pede “posição muito clara” ao PR de Cabo Verde sobre situação no país

Os líderes do PAIGC, vencedor das legislativas na Guiné-Bissau, e da União para a Mudança pediram hoje ao Presidente cabo-verdiano "uma posição muito clara" sobre a demora na nomeação do novo Governo, três meses após as eleições.


O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, e o líder da União para a Mudança na Guiné-Bissau, Agnelo Regala, foram hoje recebidos na cidade da Praia pelo Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, com quem pretenderam “partilhar a atual a situação política na Guiné-Bissau à luz dos últimos acontecimentos e à luz do aproximar do fim do mandato do Presidente da República guineense, sem que haja Governo e estejam fixadas as datas para as próximas eleições presidenciais”.

O encontro levou ainda em conta a aproximação da data de realização de uma reunião da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

“Sendo Cabo Verde membro da CEDEAO, consideramos que o Presidente da República de Cabo Verde, que, além de tudo, é um constitucionalista, está bem posicionado para ajudar os países da CEDEAO a compreenderem a coerência do sistema do Governo que existe nesses países”, disse.

E acrescentou: “Esperamos da parte de Cabo Verde uma posição muito clara, sem equívocos, que possa permitir o respeito por parte dos outros pares do que é a escolha livre feita pelo povo da Guiné­-Bissau”.

Segundo o ex-primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira, Jorge Carlos Fonseca ouviu os dois políticos guineenses “com muita atenção” e “quis tirar a limpo todos os aspetos e compreender de que forma pode ajudar, porque claramente não há a intenção de se ingerir em assuntos internos, mas sim de ajudar”.

“Temos uma Constituição muito semelhante. Mas contrariamente ao que é automático em Cabo Verde, ou em outra parte do mundo, o Presidente [guineense, José Mário Vaz] ainda pode questionar se aceita os resultados das eleições ou não”, referiu.

Domingos Simões Pereira disse esperar que “todos os países que são membros das organizações a que pertence a Guiné-Bissau ajudem a clarificar a questão, colocando pressão para o respeito da ordem constitucional” do país.

O Presidente cabo-verdiano também detém atualmente a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a que pertencem os dois países.

Questionado sobre uma possível candidatura às presidenciais, disse que, caso não seja confirmado como primeiro-ministro, continua a ser líder do maior partido político da Guiné Bissau.

“O partido tem a liberdade e o direito de me utilizar nas competências que entender”, concluiu.

Três meses depois da realização de eleições legislativas na Guiné-Bissau, a 10 de março, o Presidente guineense continua sem nomear o primeiro-ministro e o Governo, alegando que falta resolver o problema da eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular, o que tem levado à realização de vários protestos.

O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, convocou os deputados guineenses para a segunda sessão ordinária da atual legislatura, a partir da próxima terça-feira, com a eleição do segundo vice-presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular na agenda de trabalhos.

O impasse político teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.

Depois de Cipriano Cassamá, do PAIGC, ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da APU-PDGB, ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15, Braima Camará, para segundo vice-presidente do parlamento.

O Madem-G15 recusou avançar com outro nome para cargo e apresentou uma providência cautelar para anular a votação, mas que foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Por outro lado, o PRS reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da assembleia.

O parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC (partido mais votado nas legislativas, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 (segundo partido mais votado) e o PRS, com 48.

O Presidente guineense já disse que só vai nomear o primeiro-ministro e o Governo quando a eleição para a mesa da Assembleia Nacional Popular estar concluída.

interlusofona.info

O PAIGC DESEJA A MORTE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA.

Por Jorge Herbert

“Pó tudo tarda ki tarda na mar i ka ta vida lagarto.”

Por mais anos que o PAIGC estiver em democracia, jamais abandonará a sua velha estratégia da eliminação física de todos aqueles que obstaculizarem o seu acesso ao poder absoluto e sem fiscalização.

José Mário Vaz é um homem saído do PAIGC, mas que ousou enfrentá-los para pôr termo ao absolutismo, o nepotismo, o clientilismo, os espancamentos e os assassinatos a que a organização mais criminosa que o país conheceu até hoje, o PAIGC, estava habituada.

Sem o controlo do poder, é óbvio que o PAIGC deseja a morte do responsável por esse seu afastamento do poder. E, só não conseguiram materializar esse desejo, ontem claramente manifestada na vigília que fizeram, porque já não têm controlo sobre os militares, que até há bem pouco tempo, funcionavam como braço armado da organização criminosa...

Agora, a questão que se põe, é se o líder do PAIGC tem condições para ser primeiro-ministro da Guiné-Bissau ou até o mais alto magistrado da nação, numa sociedade que se pretende cada vez mais democrática! Um indivíduo que foi capaz de ceder a nomeação de todo o elenco governamental ao Presidente da República desde que deixe a ele chefiar esse governo, para, logo a seguir, por não conseguir se manter no cargo do seu sonho, expulsa deputados do partido e dos seus postos ganho nas urnas, bloqueia o funcionamento da casa da democracia, inicia uma forte campanha de desinformação contra o Presidente da República e torna-se nim arruaceiro que volta e meia coloca a sua milícia nas ruas de Bissau para pedir a demissão do Presidente da República.

No dia 7 de Junho de 2019, no aniversário da única guerra fratricida que tivemos, o PAIGC e o seu demagogo líder, vêm simular a morte de um outro ilustre guineense, José Mário Vaz, que é nada mais, nada menos, o mais alto magistrado da nação!

Ao Jomav, peço a Deus que lhe dê vida e saúde, para continuar esta árdua batalha para libertar o seu povo das garras daquele que o oprime e o conduz para a miséria, há 45 anos...

Contra a Maçonaria portuguesa, a sua ramificação cabo-verdiana e alguns Honórios Barretos dos tempos atuais, há que lutar com todas as nossas forças, para demonstrar-lhes que o povo guineense tem uma tradição de séculos de resistência ao domínio estrangeiro e não é agora que vão ceder...

Acabem com o PAIGC, para o bem da Guiné-Bissau e do seu humilde povo, cansado de sofrer nas mãos do seu carrasco, o PAOGC, a organização mais criminosa que o país conheceu até hoje.

Jorge Herbert

sábado, 8 de junho de 2019

Será que algumas organizações internacionais e alguns países parceiros da Guiné-Bissau, têm sido ao longo de 46 anos, os principais promotores das crises políticas e institucionais na Guiné-Bissau, por via dos seus "agentes locais"?

Por Fernando Casimiro

Há países e Organizações Internacionais que estão directa ou indirectamente, a projectar e a incentivar uma rebelião na Guiné-Bissau, com consequências imprevisíveis, por via dos seus interesses e das suas conveniências, relativamente ao que para eles, é apenas um produto, que tem um custo e um preço a pagar, independentemente do seu Valor, enquanto Estado, quiçá, uma Comunidade Humana que exerce uma actividade política no seu espaço territorial, com soberania, autoridade e coercibilidade, devidamente explanadas na Constituição e nas Leis que sustentam a organização do Poder Político desse Estado.

Como escreveu uma vez, o meu ilustre conterrâneo Dr. Filomeno Pina, "(...) À Guiné-Bissau, não ofende quem quer!" Fim de citação.

Enquanto filho da Guiné-Bissau, faço questão de dizer a esses países e a essas organizações internacionais que, por mais dinheiro que tenham investido alguma vez, na Guiné-Bissau, o retorno desse investimento não pode ser obtido à custa de mais sangue e lágrimas de um Povo farto, cansado, de conflitos, de derramamentos de sangue, de vida miserável a que tem sido condenado ao longo dos anos, quer por políticos e governantes guineenses, quer, pelas estratégias paternalistas, ou interesseiras de organizações internacionais e países "amigos e parceiros", de conveniência.

Se de facto querem ajudar a Guiné-Bissau e os Guineenses, na busca de soluções construtivas e sustentáveis, face à continuidade da crise política e social iniciada em 2015, então, sejam IMPARCIAIS, ISENTOS e deixem no baú da memória colonial, o sentimento e a visão expansionista e paternalista.

A Guiné-Bissau é um Estado frágil, sim, por culpa de muita coisa e de muita gente, entre guineenses e estrangeiros, mas também, de organizações internacionais e países que têm tomado partido pelas partes das crises, quando deveriam, querendo ajudar, no bom sentido, ter posicionamentos de respeito para com a soberania da Guiné-Bissau, quiçá, para com os seus órgãos do poder, e, sobretudo, para com o Chefe do Estado.

Não é admissível, que representantes de Organizações Internacionais e de Estados devidamente identificados, acreditados na Guiné-Bissau, perante o impasse na Constituição da Mesa da Assembleia Nacional Popular, no pós eleições legislativas de 10 de Março último, se intrometam de forma tendenciosa, parcial e explosiva, afrontando particularmente o Presidente da República, relativamente a matérias que são da sua competência constitucional, ignorando todos os ataques de figuras com responsabilidade política e partidária, ao Chefe de Estado, e numa incitação à violência e à eliminação física do Presidente eleito de um Estado onde foram acreditados.

Desde quando uma organização internacional, ou um qualquer Estado, deve intrometer-se em assuntos que têm que ver com a Constitucionalidade e a Legalidade de um Estado soberano, se os Direitos Fundamentais não forem beliscados, tendo em conta a Declaração Universal dos Direitos Humanos?

Provavelmente algumas pessoas dirão: então este fulano diz que é candidato às eleições presidenciais na Guiné-Bissau e atreve-se a criticar as organizações internacionais e países amigos e parceiros da Guiné-Bissau?

Obviamente que me atrevo, em defesa do meu país, sem que isso signifique atacar qualquer organização internacional ou país amigo e parceiro da Guiné-Bissau.

A Guiné-Bissau e os Guineenses (eu incluído) sabem dar valor e importância à Parceria que tem funcionado como Ponte para a Estabilidade e o Bem-Estar das nossas populações, por via dos diversos Projectos das Organizações Internacionais e de Países Parceiros, porém, longe da interferência político-institucional, em matérias de soberania do nosso Estado.

O que quero chamar atenção, é para a constatação de um clima de interferência tendenciosa, de parcialidade e desrespeito pela soberania nacional, por parte de diversas organizações e países parceiros da Guiné-Bissau, num momento em que, a haver alguma interferência/pressão, deveria ser no sentido de apaziguamento de mais uma crise, mais um bloqueio político, institucional na Guiné-Bissau e, pelo que temos visto, lido e ouvido, infelizmente, tem sido no sentido oposto, motivando uma parte da crise a avançar com estratégias de "FORÇA" por via de um claro proteccionismo de organizações internacionais e países parceiros.

Será que essas organizações e esses países estão de facto cientes das consequências que essa motivação pode ter no incentivo à violência e a uma guerra civil na Guiné-Bissau?

Será que essas organizações e esses países pretendem intervir militarmente na Guiné-Bissau, ao empurrarem uma das partes da crise para a frente da linha de guerra, quando o mais sensato seria terem promovido uma estratégia de sensibilização, de diálogo e concertação entre todas as partes da crise?

É que o conceito de Estado atribui a cada Estado, o Poder da Autoridade e da Coercibilidade, bem como, aos Cidadãos, Direitos e Deveres.

Será que algumas organizações internacionais e alguns países parceiros da Guiné-Bissau, têm sido ao longo de 46 anos, os principais promotores das crises políticas e institucionais na Guiné-Bissau, por via dos seus "agentes locais"?

Positiva e construtivamente.

Didinho 08.06.2019

FOI NESSE AMBIENTE PACIFICO E ORDEIRO QUE TEMPORARIAMENTE SE SUSPENDEU A VIGÍLIA INICIADA ONTEM AS 16H00.













Fotos: Ivalêncio Miranda Té

PAIGC 2019 - Libertados os manifestantes que foram presos ilegalmente!

Nossa luta vale a pena! 
Resistir até a nomeação do governo eleito pelo povo!






Fonte: PAIGC 2019

Manifestantes barricados na sede da ONU em Bissau decidem bloquear as entradas e saídas dos funcionários.

Em protesto contra a detenção de dois manifestantes pelas forças de segurança na sequência da vigília de ontem, os jovens da maioria parlamentar denunciam violação do acordo de soltura destes jovens que reclamam a nomeação do Governo resultante das eleições legislativas de 10 março.

Em consequência desta situação, os jovens dos partidos da maioria parlamentar afastam quaisquer negociações.

O Presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá visitou esta manhã os jovens barricados para manifestar a sua solidariedade.




Aliu Cande

O representante das Nações Unidas ouve as reivindicações dos manifestantes e promete reportar a situação às instâncias superiores.



JAAC - Juventude Africana Amílcar Cabral

OBSERVAÇÃO: O MAIOR ERRO DO PRESIDENTE JOSÉ MÁRIO VAZ


O MAIOR ERRO DO PRESIDENTE JOSÉ MÁRIO VAZ É ACEITAR A RENÚNCIA DO GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ COMO PRIMEIRO-MINISTRO. E NOMEAÇÃO DE ARISTIDES GOMES COMO PRIMEIRO MINISTRO DA GUINÉ BISSAU

PONTO FRACO: 

NÃO LEVA A SÉRIO A IMPORTÂNCIA DAS MÍDIAS SOCIAIS

MAS AINDA ASSIM, ELE É O MELHOR DA HISTÓRIA DA GUINE BISSAU

Julia Melamed

ANÓS KU NO GUINÉ - A Voz do Cidadão

Por Sarathou Nabian

Da maneira como estão as coisas, ódios, rancores, sede de vingança, para baixar a tensão, o Presidente Jomav deve dissolver a ANP já "manco", nomear um Primeiro Ministro idôneo, formar um Governo de iniciativa Presidencial, marcar eleições gerais e fazer um recenseamento de raíz, sério e transparente.

Porque tudo o que tem haver com esta legislatura, já nasceu torto e nenhuma formação política obteve a maioria do Povo para governar.


Vigília e tertúlia sobre o sistema político e estado da democracia na Guiné e no Mundo. Intervenções eloquentes dos camaradas: Dautarin da Costa, Spencer Embaló e Dionísio Pereira. Sede das Nações Unidas, Bissau






Novo governo, já!

Por PAIGC 2019 

Enquanto seres humanos, africanos e guineenses, estamos a exagerar e a ultrapassar, a cada dia que passa, todos os limites da ética e consequentemente, da convivência humana.

Por Fernando Casimiro

Infelizmente, a indecência tem sido o suporte dos nossos comportamentos, das nossas atitudes, por via dos nossos interesses mesquinhos e das nossas ambições desmedidas.

Não se promove a Paz, investindo na fomentação de guerras entre irmãos...!

Positiva e construtivamente.

Didinho 08.06.2019

Vigília na Nações Unidas

PAIGC antecipou morte, aliás assassinou o Presidente da Guiné-Bissau Dr. José Mário Vaz, hoje 7 de junho. "Mesmo dia quê mata djintis, aos antecipadamente é mata Jomav".














Fontes: Carolina Gomes Correia / Walter Félix Da Costa /Ivalêncio Miranda Té


Ivalêncio Miranda Té - Já são 3h00 de manhã... ainda cá estamos... na vigília da Democracia e Liberdade.




Por Ivalêncio Miranda Té


sexta-feira, 7 de junho de 2019

Mensagem do Presidente da Comissão Organizadora da Marcha Democrática aos manifestantes.



PAIGC 2019

Vigília impedida de permanecer na estrada do Benfica



Domingos Simões Pereira

Impasse no parlamento : SOCIEDADE CIVIL GUINEENSE PEDE A JOMAV A NOMEAÇÃO DO NOVO GOVERNO


O Movimento Nacional da Sociedade Civil Guineense pediu hoje ao Chefe de Estado, José Mário Vaz, a nomeação urgente do novo Primeiro-ministro indicado pelo partido vencedor das eleições legislativas de março, de forma a acabar com a crise social e económica. Ainda no encontro exortaram ao Chefe de Estado a marcação da data de eleições presidenciais.

A posição desta organização da sociedade civil foi tornada pública por um dos seus membros, Malam Braima Sambú, depois de uma audiência mantida com o Chefe do Estado.

A delegação do movimento da sociedade civil dirigida pelo seu presidente,  Fode Caramba Sanhá, foi recebida esta manhã por José Mário Vaz em audiência na qual abordaram a situação política do país.

Malam Braima Sambú disse na sua declaração aos jornalistas que no encontro  com o Chefe do Eatado, defenderam a nomeação urgente do novo Primeiro-ministro e consequentemente, a formação do governo a fim de permitir que o país saia da situação em que se encontra.

“Independentemente da situação que se vive no parlamento, a nossa opinião é do Presidente da República avançar com a nomeação do governo e depois da nomeação do governo, vamos também ajudar resolver a situação do parlamento”, exortou o jovem activista, para de seguida avançar que o Presidente José Mário Vaz disse-lhes que tomou nota da preocupação da sociedade civil.

Malam Braima Sambú revelou ainda aos jornalistas que pediram ao Chefe do Estado para marcar a data das eleições presidenciais, tendo em conta que o seu mandato termina no próximo dia 23 de junho.

Por: Assana Sambú

Video: leopold sedar domingos

Texto: OdemocrataGB

COMUNICADO A IMPRENSA GABINETE DO PM


A juventude e apoiantes dos partidos de maioria parlamentar na Guiné-Bissau barricados esta sexta-feira na avenida que acesso ao parlamento e a presidência guineense, concretamente a frente do clube do Benfica de Bissau


Os jovens regressam hoje às ruas da capital Bissau para exigir ao Chefe de Estado, José Mário Vaz, a nomeação do primeiro-ministro, resultante das Eleições legislativas.

Há quase três meses depois do escrutínio, a 10 de março, o novo primeiro-ministro ainda não foi indigitado pelo Presidente guineense e o novo Governo também não tomou posse devido a um novo impasse político, que teve início com a eleição dos membros do parlamento.

Rádio Jovem Bissau

Organizações juvenis do país ameaçam entrar com uma petição no Conselho de Segurança da ONU, para responsabilização da Classe Política guineense

Posição foi transmitida em conferência de imprensa conjunta do Conselho Nacional da Juventude-CNJ, Rede Nacional das Associações Juvenis-Renaj, Rede Nacional de Jovens Mulheres Líderes e do Projecto Universidade Aberta, onde exortaram a nomeação urgente do Primeiro-ministro e a conclusão da constituição da Mesa do Parlamento.


Aliu Cande

Vigília das mulheres é mais um movimento legítimo de um povo que sofre - Nomeação do novo governo, já!










PAIGC 2019

Florença Iyere - A fé em Deus nos faz crer no incrível, ver o invisível, e realizar o impossível.


Florença Iyere 

LUTA CONTRA O CANCRO - Seis hábitos que reduzem significativamente risco de cancro da mama

Práticas saudáveis são, comprovadamente, formas simples de diminuir a probabilidade de desenvolvimento da doença tantas vezes fatal.


O cancro da mama é o tumor maligno mais frequente da mulher. A sua incidência na Europa ocidental é de 90 novos casos por ano em cada 100 mil habitantes e em Portugal é semelhante.

A mortalidade por cancro da mama é baixa, ou seja, esta doença tem um bom prognóstico. Cerca de 85% das mulheres com cancro da mama estão bem cinco anos após terem estado doentes.

O site especializado Time Health preparou uma lista com seis hábitos simples que podem ajudar as mulheres a reduzir os riscos:

1. Coma fibra

A fibra já provou ser extremamente benéfica para o controlo do peso, melhorando ainda o funcionamento do sistema digestivo; agora, o nutriente também ajuda a reduzir o risco de desenvolvimento de cancro da mama. Um estudo publicado no British Medical Journal (BMJ) descobriu que comer três porções diárias de frutas e verduras ricas em fibras durante a adolescência diminui em 25% o risco da doença na fase adulta.

Os investigadores notaram ainda que certas frutas conferem maior proteção: maçã, banana e uvas são mais redutoras durante a adolescência, enquanto que o consumo de couve e laranja contribuem para a redução do risco na idade adulta.

2. Cuidado com a gordura

Uma pesquisa publicada em maio no JAMA Oncology descobriu que mulheres que seguem dietas pobres em gorduras e ricas em grãos integrais correm um risco 22% menor de morrer de cancro da mama. Também foi sugerido que as mulheres que mantiveram a dieta menos gordurosa por períodos mais longos apresentaram uma probabilidade maior de sobreviver à doença. 

“O que vemos é um efeito notável. Mostramos que a intervenção dietética após o diagnóstico foi mais importante do que a intervenção dietética antes do diagnóstico”, explicou Rowan Chlebowski, co-autor do estudo.

3. Evite o consumo de álcool

Um artigo publicado no ano passado no Journal of Clinical Oncology mostrou que o consumo regular de bebidas alcoólicas está associado a pelo menos sete tipos de tumores, principalmente ao cancro da mama. Os especialistas estimam que 5,5% dos novos casos de cancro no mundo estão relacionados com o consumo excessivo de álcool. Tal ocorre porque o álcool pode aumentar os níveis de estrogénio para um grau potencialmente perigoso. 

“Embora esta associação tenha sido estabelecida há muito tempo, a maioria dos oncologistas, dos leigos e dos pacientes com cancro não estão cientes do risco. Esta foi uma oportunidade para aumentarmos a consciencialização”, comentou Noelle LoConte, da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos. 

4. Não fume

O tabagismo já é conhecido por aumentar a probabilidade do desenvolvimento de cancro do pulmão, mas novas pesquisas sugerem que os carcinógenos presentes no cigarro podem aumentar também o risco de outras variantes de tumores, incluindo o cancro da mama.

Um estudo publicado no ano passado no periódico científico Breast Cancer Research sugeriu que o risco é particularmente maior para mulheres que começam a fumar na adolescência, uma vez que os cigarros afetam as vias hormonais durante o desenvolvimento das mamas.

5. Pratique exercício físico

O exercício físico traz inúmeros benefícios para a saúde física, em especial à cardiovascular, e mental – ajudando a aliviar o stress e melhorando o humor. Pesquisas também mostraram que a atividade física regular pode reduzir o risco de cancro da mama. A explicação: o exercício pode melhorar o sistema imunitário e reduzir a gordura corporal, fator que já está associado ao menor risco da doença. 

A queda na inflamação também é um resultado positivo. “Inflamação é uma ativação de células e componentes derivados de células que têm o trabalho de combater invasões e, em alguns casos, apenas absorver ou limpar células danificadas”, explica Valter Longo, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, à Time Health. 

6. Reposição hormonal

A terapia de reposição hormonal costuma ser procurada por mulheres que desejam aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor e fadiga. No entanto, um relatório divulgado pelo Sociedade Norte-Americana de Cancro revelou que utilizar essa terapia pode aumentar o risco de cancro da mama.

A terapia de estrogénio-progesterona (EPT) é um dos tratamentos que aumentam a probabilidade – quanto mais EPT for usado, maior é o risco, apontou pesquisa. Destacou-se ainda que mulheres que utilizam a terapia de estrogénio-progesterona estão mais propensas a descobrir o cancro da mama quando este já está maior e se espalhou para além da mama – tornando assim a taxa de sobrevivência significativamente menor.

NAOM

MAIORIA PARLAMENTAR SAI AS RUAS HOJE PARA EXIGIR NOMEAÇÃO DO PRIMEIRO-MINISTRO NA GUINÉ-BISSAU


Marcha da maioria parlamentar chega ao Benfica, local da vigília.



Fonte: PAIGC 2019 /Aliu Cande

LUÍS OLIVEIRA SANCA DENUNCIOU DOMINGOS SIMÕES PEREIRA, “DE SER DESORGANIZADOR E PERTURBADOR DO ESTADO DA GUINÉ-BISSAU”.


Manifestação dos militantes e simpatizantes do Movimento Para Alternância Democrática MADEM-G15 e o Partido da Renovação Social (PRS) e mais dois movimentos de apoio a JOMAV e Botche Candé, que teve início no espaço verde de Bairro de Ajuda, em Bissau.

O Vice-Coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Luís Oliveira Sanca, acusou esta quinta-feira, 06 de junho de 2019, o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, “de ser desorganizador e perturbador do Estado da Guiné-Bissau”.

Luís Oliveira Sanca fez acusação no espaço em frente à Câmara Municipal de Bissau, após a manifestação dos militantes e simpatizantes do Movimento Para Alternância Democrática MADEM-G15 e o Partido da Renovação Social (PRS) e mais dois movimentos de apoio a JOMAV e Botche Candé, que teve início no espaço verde de Bairro de Ajuda, em Bissau.

No seu discurso a milhares de militantes, simpatizantes e apoiantes dos dois partidos, Oliveira Sanca disse que uma pessoa com formação sόlida para dirigir o país não pode ter comportamento como atual líder do PAIGC em relação ao seu país. Nesse sentido, Oliveira Sanca exortou ao Chefe de Estado guineense, José Mario Vaz, a continuar a ter postura séria, enquanto primeiro magistrado da nação no que toca a situação política vigente no país, em não ceder em nenhum momento à pressão para nomear o novo primeiro-ministro e muito menos formação do novo governo, enquanto não for concluída a eleição da mesa de ANP.

“Queremos saudar todos os partidos políticos legalizados no país que estão a lutar para reconstrução da Republica da Guiné-Bissau em especial o nosso aliado, Partido da Renovação Social que vamos continuar unidos para sempre. Queremos estender a nossa saudação às organizações internacionais no país, sendo testemunhas de tudo o que aconteceu durante cinco anos na Guiné-Bissau”, sublinhou.

Por outro lado, o vice-presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Jorge Malú, informou que o Partido da Renovação Social (PRS) e o Movimento para a Alternância Democrática MADEM-G15 não permitirão uma formação política com 46% de votos ocupar 80% dos lugares da mesa da Assembleia Nacional Popular.

“Estamos aqui nesta manifestação convocada pelos dois partidos da oposição para ajudar interpretar de forma clara o que é a democracia, porque PAIGC e os seus aliados têm dificuldades em fazer interpretação da democracia de maneira que não vamos permitir de forma nenhuma que as pessoas transformem a mesa da Assembleia Nacional Popular num “Mandjuandadi di Lobos”. Portanto, a lei está bem clara sobre essa matéria”, vincou.

O dirigente dos renovadores encorajou as forças de defesa e segurança do país pelo espírito republicano demostrado ao longo da crise que durou mais de quatro anos, sem, no entanto, aceitar provocações dos políticos, ou seja, impedi-los que abram alas.

“Portanto quero informar-vos que vamos continuar a reivindicar para que MADEM retome o seu lugar que merece, através do nome que foi indicado pelo Movimento, como também exigir a devolução do posto de 1º secretário ao PRS, terceiro mais votado”, observou.

Por: Aguinaldo Ampa

Video: Leopold Sedar Domingos

Texto: Odemocratagb

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Em entrevista à Radio: PRIMEIRO-MINISTRO JULGA SER IMPRODUTIVO E CONTRAPRODUCENTE AUMENTO DE SALÁRIOS

Em grande entrevista à Rádio Bombolom da Guiné-Bissau, o Primeiro-ministro Aristides Gomes analisa de forma diferente a onda de paralisações na função pública e reconhece que as greves decretadas pelas duas maiores centrais sindicais do país colocaram o governo no limite da sua capacidade de dar respostas às necessidades e exigências de governação e das possibilidades reais dos instrumentos do seu governo postos à disposição, ou seja, que nortearam a criação do executivo que o próprio lidera.

Por outras palavras, Aristide Gomes quis lembrar que a legitimidade do governo que lidera e toda a sua base teve origem nas emendas de Lomé, resultantes do acordo de Conacri que neste momento “está caduco”, sobretudo com a realização das eleições de 10 de março de 2019.

“Como é óbvio, o objetivo principal do governo era realizar as eleições, que supunham a estabilização de um clima de tensão que o país vivia tanto a nível político como social”, argumenta. Em síntese, o Chefe de governo reconhece que o executivo que lidera não está à altura de fazer face aos desafios que existem hoje na sociedade guineense. Por isso, na sua observação, o atual momento requer as competências de um governo saído das urnas capaz de fazer face aos desafios que se impõem.

COTITULARIZAR CONTAS PÚBLICAS VISAM IMPEDIR A DELIPIDAÇÃO DO FUNDO DE ESTADO

“A situação que o país tinha era de um ambiente de crispação e de tensão política entre os diferentes elementos da classe política e a nossa sociedade inteira estava à volta dessa crise”, notou.

Aristides Gomes foi persistente, lembrando que quando entrou em funções, o primeiro desafio que abraçou foi o processo de recenseamento e aorganização das eleições. Procurou identificar o elemento de controvérsia entre partidos políticos. Quando descobriu que o ponto de divergência era apoderar-se dos meios financeiros do Estado, decidiu que um dos fatores de estabilização da sociedade seria também o de pacificação das zonas de conflitos, ou seja, setores que geram mais fundos e rendimentos aos cofres do Estado. Por isso, defendeu a criação de condições ou critérios de acesso a essas fontes de rendimento.

“Quando percebemos que havia guerra em relação ao setor dos transportes posicionamo-nos bem, mostrando que ninguém tinha o direito de se apoderar dos fundos do Estado nessa área de forma aleatória, intempestiva, sem critérios ou ainda delapidar os fundos do Estado. Teria que ser com base nos critérios estabelecidos. Foi a partir daí que decidimos cotitularizar as contas das instituições geradoras de rendimento”, sustentou o governante.

O também ministro da Economia e das Finanças defendeu que a ideia inicial era impedir que os partidos políticos delapidassem os fundos de Estado de forma arbitrária e garantir ainda que o acesso a dinheiro nessas instituições fosse regulamentado e arbitrado pelas instituições financeiras nacionais, permitindo que esse dinheiro revertesse fundamentalmente a favor dos fundos públicos. 

Outra questão abordada tem a ver com o cenário adoptado para o recenseamento que disse ter sido bastante custoso e tirou muitos tempos ao governo.

“Realizamos as eleições nas condições em que realizámo-las e que até podem ser contestadas por muitos, mas a grande verdade é que em termos de objetividade são incontestáveis na medida em que até este momento ninguém conseguiu provar que foi prejudicado com o tipo de recenseamento que o país adoptou”, realçou.  

Apesar das dificuldades encontradas ao longo da sua governação, Aristides Gomes afirma que estruturalmente o governo conseguiu colocar o país, pelo menos, numa situação em que todos podem ser convidados a reconhecer que se as coisas continuassem nesse ritmo, antes de se estender a mão ao novo governo, a Guiné-Bissau poderia resolver de forma fundamental os problemas de fornecimento da energia e água. Contudo, disse que o seu governo herdou uma situação de desequilíbrio salarial enorme, sobretudo a fraqueza salarial registada ao nível do pessoal menor da função pública.       

“Por isso fomos obrigados, em certos casos, a proceder ao aumento do salário mínimo na função pública em 90% e em outras categorias a 60% e 50%. Herdamos também um país com atrasados salariais de anos muito recuados na educação, por exemplo, de 2003, a situação dos assalariados das empresas públicas que depois foram privatizadas, mas que tinha seus passivos por liquidar como é o caso da “Estrela do Mar”…etc. Criamos condições para que os trabalhadores dessas empresas saíssem da situação de desespero em que se encontravam”, referiu.

AUMENTO DE SALÁRIO MÍNIMO ELEVA MASSA SALARIAL DE TRÊS PARA CINCO BILÕES DE FRANCOS CFA

Em relação ao aumento de salários na função pública e fixação de algumas taxas fiscais que agravaram o aumento das despesas dos servidores públicos, Aristides Gomes disse que foi uma confusão de quem quer confundir as coisas, porque o aumento das taxas fiscais na função pública em nenhum momento agravou as despesas dos servidores públicos e esclareceu que o governo procurou apenas fazer pressão a determinadas categorias de operadores que não pagavam taxas no sentido de passarem a pagá-las porque era de lei.

“O único aspeto novo neste cenário foram as pensões que fixamos acima de 200.000 mil francos CFA mensais às pessoas que não pagavam impostos, mas que com a nova medida passaram a pagar, porque temos critérios de convergência ao nível da União Económica Monetária Oeste Africana que nos impõe a estarmos a par de outros Estados membros. Portanto, com o aumento salarial que fixa 50.000 mil francos CFA como salário mínimo na função pública, a despesa aumentou também. Quando entrei em funções, a massa salarial mensal do Estado era de cerca de três biliões e meio de francos CFA e ultimamente subiu para cerca de cinco biliões”, assinalou.

Dados estatísticos indicam que o governo, no âmbito de gestão corrente dos assuntos do Estado, adoptou a medida de moralização das finanças públicas. Contudo, existem ainda muitos problemas no aparelho administrativo guineense, sobretudo no concernente ao pagamento de salários aos servidores públicos.

Sobre a matéria, Aristides Gomes disse que não conseguiu realizar com sucesso tal medida porque houve momentos em que o governo teve de investir mais nos setores chaves como a energia. Num país com a fiscalidade que incide basicamente no consumo (alfândegas e contribuição e imposto), era difícil alcançar e concretizar o plano. Ou seja, o país não tem nada proveniente da sua própria renda (petróleo ou indústrias, por exemplo) que possa gerar rendimentos. Não conseguiu realizar com sucesso tal plano porque o preço do maior produto de exportação do país (caju) caiu e quando o maior produto de exportação cai a tendência é para ficar com menos receita. 

“Estavámos a evoluir num contexto em que a receita interna tinha que baixar estruturalmente, mas ao mesmo tempo tínhamos que aumentar as nossas despesas para estabilizar a sociedade e realizar as eleições em condições aceitáveis. Portanto, foi nessa contradição que o governo evoluiu com a expetativa de o próximo governo que saísse das eleições pudesse ter condições de resolver o problema de déficit orçamental, um assunto tradicionalmente solucionado com a participação da comunidade internacional”, detalhou, mostrando que no âmbito dessa participação é que a comunidade internacional intervém nos assuntos do país até em detalhes, nomeadamente: financiamento e a realização das eleições… Solução de conflitos, a presença da ECOMIB na Guiné-Bissau, por exemplo, etc.

 Como solução, aponta a formação de novo governo que terá capacidade de entrar em contato ou em negociação com a comunidade internacional para a redução do déficit orçamental.

Em relação às medidas iniciais adoptadas pelo governo guineense para a comercialização da castanha de cajú, Aristides Gomes nega que o governo tenha subido as taxas, conforme alegadamente teria sido especulado pelos exportadores e intermediários e esclarece que a taxa inicial aplicada era a mesma que se pagava no âmbito do fundo FUNPI.

O Chefe de Governo condena, no entanto, a atitude das duas maiores centrais sindicais União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB), que nos últimos tempos, têm paralisado a função pública com sucessivas ondas de greve, exigindo do governo aplicação de diplomas legais que estabelecem relação entre o Estado e os servidores públicos.  

Em tom de revolta, Aristides Gomes disse que foi instalada uma cultura política e sindical que revela claramente a fragilidade extrema do Estado guineense e acusa os trabalhadores dos órgãos públicos de desinformação, os da educação e de saúde de impedirem outros funcionários que não aderem às paralisações de terem acesso aos seus serviços durante a vigência das greves na função pública, violando as barreiras policiais para retaliar contra os seus colegas e promovendo atos de sabotagem nos locais de serviço. 

Sobre as exigências apresentadas pelos sindicatos, o Primeiro-ministro julga ser improdutivo e contraproducente avançar com novo aumento salarial, ou seja, sair dos 50.000 para 100.000 mil francos CFA como salário mínimo na função pública, sobretudo numa altura em que o atual déficit orçamental do país é de 9 biliões de francos CFA.

“Como é possível pensar que é razoável aumentar novamente o salário na Guiné-Bissau, se de fato queremos ajudar para que o país avance?! Saímos de 29 mil para 50 mil francos CFA. Não é razoável subirmos novamente de 50 mil para 100.000 mil francos CFA, não. A título de exemplo, vejamos comparativamente qual é a situação do salário mínimo na nossa sub-região. No Benin 40.000 mil francos CFA, Mali 40.000 mil francos CFA, Senegal 55.000 mil francos CFA, Burkina Faso 34 mil francos CFA, no Níger 30.047 mil francos CFA, Togo 35.000 mil francos CFA e Costa do Marfim 60.000 mil francos CFA, o que quer dizer que estamos na terceira posição no concernente a salário mínimo ao nível da sub-região”.

Segundo Aristides Gomes, o salário mínimo em si pode até não significar grande coisa, mas quando comparado ao PIB percapita, ou seja, riqueza dividida por cabeça, Benin tem 5.500 mil francos CFA, no Mali 9 mil francos CFA, Guiné-Bissau 800 francos CFA, Burkina Faso 9.600 mil francos CFA, Níger 7.600 mil francos, Togo 2.800 mil francos CFA e Costa do Marfim 23.700 mil francos CFA, PIB nominal. E em relação ao PIB por cabeça só, no Burkina Faso é de 480 francos CFA, Mali 494 francos CFA, Guiné-Bissau 459 francos CFA, Senegal 841 francos CFA, Burkina Faso 373 francos CFA, Níger 219 francos CFA, Togo 354 francos CFA e Costa do Marfim 892 francos CFA. O que dá a Guiné-Bissau a quinta posição no que tem a ver com o PIB por cabeça.

“No entanto, no salário mínimo estamos em terceiro lugar, muito próximos do Senegal, que é de 55.000 mil francos CFA. Neste contexto, é impossível fazer novas mexidas ao ponto de querer ultrapassar até o da Costa do Marfim que tem um PIB de 40% da moeda comum do nosso espaço comunitário. Portanto, estes dados estatísticos são científicos porque foram trabalhados com base nas variáveis que podem ser confrontados a todos os níveis”, desafiou.

Na mesma entrevista, Aristides Gomes acusou os funcionários aduaneiros de criarem bloqueios ao desalfandegamento e passagem de produtos não perecíveis, impedindo desta forma a arrecadação de receitas. Nos últimos tempos, o governo está determinado em fechar o seu déficit orçamental, por isso acionou medidas de cobrança a todos os cidadãos que têm dívidas com o Estado, nas alfândegas, contribuições e impostos e dívidas contraídas através de caução do governo junto aos bancos e minimiza o fato de a carta dirigida a Botche Candé pelo ministério da Economia e das Finanças, solicitando a devolução de cerca de um bilião de francos CFA aos cofres do Estado, parar nos Blogs.  

Por: Redação

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Em Conferência de Imprensa realizada ionte, a Plataforma da Juventude Organizadora da Marcha Democrática denuncia a autorização concedida pelo Ministério do Interior à realização de marcha fora das exigências legais.

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