sexta-feira, 10 de maio de 2019

Ibn Massud relatou que o Profeta Muhammad (S.A.W) disse:

''A verdade conduz à bondade, e a bondade conduz ao Paraíso, de certo que se um homem disser constantemente a verdade, Deus o inscreverá como realmente veraz. A mentira conduz ao fogo, deste modo, se um homem disser sempre mentiras, Deus o inscreverá como irremediavelmente mentiroso.'' (Bukhari e Muslim)



Abubaker Mane

A bem da imparcialidade e em defesa do Interesse Nacional.

Por Fernando Casimiro

Portugal apoiou financeiramente as eleições legislativas, no âmbito da sua pertença à União Europeia, ou, por via da sua relação histórica com a Guiné-Bissau, ou ainda, por serem ambos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa?

É que não percebo como é que se pode falar nas contribuições financeiras da União Europeia para o processo das eleições legislativas de 10 de Março passado na Guiné-Bissau, contabilizando os montantes em causa e, dizendo que, para além desses apoios concedidos pela União Europeia, há a juntar o apoio financeiro/logístico de Portugal, que também é um membro da União Europeia.

Então, no montante global concedido pela União Europeia, que é uma Organização composta por 28 Estados-membros, Portugal não está incluído nessa referência da União Europeia? Ou tem que ser dito União Europeia + Portugal, para aumentar o valor financeiro dos apoios concedidos?

Sinceramente...!

Quantas vezes a CEDEAO disponibilizou milhões entre apoios financeiros e materiais para as eleições legislativas na Guiné-Bissau e, seus Estados-membros, como a Nigéria, por exemplo, decidiram igualmente e de forma particular, apoiar o processo eleitoral na Guiné-Bissau, sem que alguém se lembrasse de associar/contabilizar o apoio particular da Nigéria, como um montante global doado pela CEDEAO?

Têm pressa na formação do Governo, senhores da União Europeia?

O Povo Guineense também tem!

Estão a reivindicar algum direito de soberania sobre a Guiné-Bissau, por acaso, por via dos apoios concedidos...?

Não é a formação do Governo que antecede a legitimidade do órgão de soberania que emana das eleições legislativas, quiçá, a Assembleia Nacional Popular, o Parlamento da Guiné-Bissau, mas sim, o inverso, por isso, caso tenham boa-fé e queiram ajudar a resolver o impasse no parlamento guineense, aconselhem as partes em conflito, sobre os assuntos em conflito, com base no que consta do regimento da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau!

Se há preocupação com a formação do novo governo, deve haver igualmente, preocupação pela legitimidade e viabilização do órgão político que sustenta e fiscaliza a governação.

Se é fácil falar na nomeação do novo governo, deveria ser igualmente fácil falar na necessidade do diálogo, do entendimento e do respeito de todos, pelo estabelecido no Regimento da Assembleia Nacional Popular, para então, haver um governo viabilizado de acordo com os procedimentos legais, através da maioria parlamentar composta em função do Acordo de incidência parlamentar pelos 4 partidos que garantem 54 assentos no parlamento.

É caso para dizer, custa tanto assim, a quem tem a maioria absoluta do Parlamento, ter visão e responsabilidade, política e governativa, para não se deixar enrolar em disputas desnecessárias, sabendo que, quanto mais tempo essas disputas levarem até serem resolvidas, mais tempo levará a materialização processual/formal da nomeação do novo Primeiro-ministro e a formação do novo governo?

A bem da imparcialidade e em defesa do Interesse Nacional.

Positiva e construtivamente.

Didinho 10.05.2019

PR guineense aguarda resolução de impasse no parlamento para marcar presidenciais

Bissau, 10 mai 2019 (Lusa) - O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, disse hoje que aguarda a resolução do impasse no parlamento do país para marcar as eleições presidenciais.

O chefe de Estado guineense termina o seu mandato a 23 de junho.

Num encontro com jornalistas para abordar vários assuntos que têm dominado a atualidade política do país, José Mário Vaz explicou que aguarda a constituição da mesa da Assembleia Nacional Popular, porque depois são necessárias várias tramitações até à marcação da data das eleições presidenciais.

"Eu vou marcar, mas não depende exclusivamente de mim. Há o GTAPE (Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral) e a CNE (Comissão Nacional de Eleições). Eles é que estão a preparar a agenda para propor datas possíveis para haver eleições, é preciso ouvir o Governo e partidos políticos com assento parlamentar. 

Perante este ambiente eu não posso marcar a data enquanto aqueles órgãos não se pronunciarem sobre o assunto", afirmou o Presidente guineense.

A Guiné-Bissau realizou eleições legislativas a 10 de março, mas o novo primeiro-ministro ainda não foi indigitado devido a um impasse na constituição da mesa da Assembleia Nacional Popular.

DN.PT

Empresas portuguesas assumem gestão da Eletricidade e Águas na Guiné-Bissau

Um consórcio constituído pelas empresas portuguesas EDP, ADP e LCBS assume a partir de hoje a gestão e controlo da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), num contrato de três anos, financiado pelo Banco Mundial.


No ato da apresentação pública do consórcio, integrado pela Energias de Portugal (EDP), Águas de Portugal (ADP) e a Leadership Business Consulting (LCBS), empresa internacional de consultoria de gestão e transformação digital de origem portuguesa, o ministro da Energia guineense, Serifo Embalo, afirmou que a EAGB “espera mudanças radicais” na forma de trabalhar, na gestão e no relacionamento com os clientes.

Serifo Embaló disse estar tranquilo quanto aos resultados que vão ser alcançados no final do contrato, “tendo em conta a experiência e competência” das três empresas portuguesas selecionadas, através de um concurso internacional, frisou.

O Governante guineense apelou ao consórcio português “para prestar mais atenção” às questões como qualificação do pessoal da EAGB, para que a seguir ao contrato tenha competências para assumir os destinos da empresa “com novos métodos de gestão” e melhoria do controlo dos serviços fornecidos.

“A EAGB não tem capacidade de controlar os clientes, perante o fornecimento de água e energia, a empresa não tem capacidade de fazer as leituras em tempo oportuno”, observou Serifo Embaló, apontando esse fator como razão para a crónica dificuldade de tesouraria da empresa.

Em representação do consórcio português, Mário Pereira prometeu iniciar os trabalhos com “um diagnostico profundo” sobre a realidade da EAGB, para depois propor um plano de ação a ser executado de forma faseada, numa perspetiva de longo prazo, notou.

“Estamos bem conscientes das dificuldades, mas estamos confiantes e contamos com todos”, sublinhou Mário Pereira que considera a EAGB uma “empresa importante para a Guiné-Bissau”.

O consórcio português vai disponibilizar 18 técnicos, entre peritos e especialistas qualificados para materialização do projeto, cujo contrato é financiado em 3,9 milhões de euros pelo Banco Mundial.

Criada em 1983, a empresa pública produziu 78,4 milhões de kw de energia, 11,4 Mm3 de água e faturou cerca de 1,7 milhões de euros.

Relatórios do Banco Mundial e do próprio Governo guineense consideram que a EAGB está em falência técnica.


interlusofona.info

Policia Judiciaria explica ao Chefe do Governo os contornos do arroz doado pela China. Seguido do Ministro da Presidencia do Conselho de Ministros, realçar a necessidade da Comissão de Distribuição avançar rapidamente com os trabalhos, para evitar que a imagem do país.

Policia Judiciaria explica ao Chefe do Governo os contornos do arroz doado pela China. Seguido do Ministro da Presidencia do Conselho de Ministros, realçar a necessidade da Comissão de Distribuição avançar rapidamente com os trabalhos, para evitar que a imagem do país.



Aliu Cande 

PM fala sobre arroz

Primeiro-ministro, Aristides Gomes cria Comissão de Distribuição do Arroz doado pela China. Ocasião para o Ministro do Interior clarificar o seu envolvimento.



Fonte: Aliu Cande

34ª Reunião anual dos chefes das missões de paz da ONU na África Ocidental


O Escritório das Nações Unidas para a consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) acolhe hoje pela primeira vez a 34ª reunião anual dos chefes das missões de paz da ONU na África Ocidental. Este encontro regular tem como objetivo principal a partilha de informação e análise da situação de paz e segurança na sub-região.

A reunião será presidida pelo Representante Especial do Secretário-geral (RESG) da ONU para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, e terá a participação do RESG na Guiné-Bissau, José Viegas Filho, Representantes das Missões de Paz no Mali (MINUSMA), República Centro Africana e os Coordenadores Residentes do Sistema das NU na Costa do Marfim e Libéria, países onde as missões de paz da ONU encerraram nos últimos anos.

Os RESG Chambas e Viegas Filho irão também reunir com o Presidente da República, Jose Mario Vaz e Primeiro-Ministro Aristides Gomes.

Ao final do encontro do dia 10 os chefes das missões darão uma conferência de imprensa.

ONU na Guiné-Bissau

Melhores momentos da Conferência de Imprensa dos partidos que formam a Maioria Parlamentar. Líderes denunciam abusos do Regime Jomav, exigem o respeito à soberania da ANP, imediata formação do novo Governo e convocam o povo às ruas no dia 14.



PAIGC 2019

MADEM-G15 - No âmbito dos contactos com as Embaixadas e Organismos Internacionais acreditados no País.

O Coordenador Nacional do MADEM-G15 foi recebido hoje, sexta-feira às 11h pelo Embaixador da Rússia na Guiné-Bissau.

O Coordenador de MADEM-G15, Sr. Braima Camara foi recebido pelo Embaixador da Rússia, Sr. Alexander Egorov.

Os Membros da Delegação : 
Aristides Ocante, Sandji Fati, Domenico Sanca, Djibril Balde, Salomé Alluche e Tó Barbosa.




Fonte: Sarathou Nabian

MADEM E PRS AVISAM QUE NÃO RECONHECERÃO QUALQUER MESA DA ANP QUE NÃO TENHA SIDO CONSTITUIDA DE ACORDO COM O REGIMENTO


O Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) e o Partido da Renovação Social (PRS) afirmaram esta quinta-feira, 09 de maio de 2019, que não vão caucionar nenhuma violação das disposições legais em vigor e, em consequência, não reconhecerão qualquer mesa da Assembleia Nacional Popular que não tenha sido constituída em estrita observância do regimento e da Constituição da República, condição prévia para os atos subsequentes.

A posição foi tornada pública através do comunicado de imprensa lido pelo porta-voz dos renovadores, Victor Pereira, depois de uma reunião cimeira dos líderes das duas formações políticas representadas no hemiciclo guineense, no qual repudiam as atitudes incongruentes do presidente da mesa provisória da ANP na condução dos trabalhos do órgão de soberania e no qual o responsabilizam pelas consequências que possam advir do seu comportamento.

No mesmo comunicado, responsabilizam o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e seus aliados políticos pelas acusações infundadas proferidas contra o Presidente da República e pelos bloqueios políticos e institucionais criados na ANP, com as consequências econômicas e sociais que poderão mergulhar o país no caos total. Rejeitam igualmente a estratégia de fuga em frente dos comunicados de imprensa do PAIGC e seus aliados, advertindo-os das consequências que advenham dos seus comportamentos irresponsáveis, se continuarem a persistir o caminho da confrontação e do incitamento à desordem e à violência e ao não respeito à Lei Magna do país e do regimento da ANP, lê-se no comunicado.

O documento rubricado pelos líderes das duas formações política mostra preocupação com a continuidade de uma crise artificial que não tem razão de ser protagonizada em nome de uma maioria na Assembleia Nacional Popular, ao contrário do espirito do acordo de Conakry, considerando a situação social e econômica crítica que o país atravessa, devido a gestão danosa do governo de Aristides Gomes, de acordo com a última avaliação do Fundo Monetário Internacional.

O comunicado acrescenta que, tendo em conta os contornos imprevisíveis que a atual crise poderá acarretar para o país, numa altura em que os guineenses aguardam pelo retorno à normalidade institucional, a cimeira dos líderes das duas formações revisitou o acordo de incidência parlamentar assinado entre as duas forças políticas no passado 12 de março do ano em curso, o pato de estabilidade política e social patrocinado pelo movimento nacional da sociedade civil e analisar a situação da constituição da mesa de ANP e dos processos subsequentes.

Por: Aguinaldo Ampa

OdemocrataGB


QUEM FALA DOS OUTROS PARA VOCÊ TAMBÉM FALA DE VOCÊ PARA OS OUTROS


“Precisamos estar atentos aos tipos de pessoas que convivem ao nosso lado, tendo a consciência de que aqueles que gostam de fofocar exageradamente irão nos colocar, uma hora ou outra, como personagem de alguma história maldosa, uma vez que é isso o que os fofoqueiros fazem e têm para dar, é disso que eles vivem e se alimentam.”

Um dos maiores prazeres de certas pessoas vem a ser falar das vidas alheias. A fofoca remonta a tempos imemoriais, sendo encontrada em narrativas bíblicas, autobiográficas e ficcionais, hoje presente nos enredos das novelas e nos bastidores do mundo artístico. Já foi estopim de conflitos entre povos, derrubou governos e assolou a vida de famosos. Ela está em todo lugar, o tempo inteiro e atinge a todos, com maior ou menor intensidade.

Infelizmente, a fofoca se vale do que possa diminuir o outro, tornando-o pior aos olhos das pessoas, uma vez que busca não mais do que o escândalo. Talvez nem exista quem não goste de tomar conhecimento de algum aspecto negativo do outro, no entanto, há quem faça disso um modo de vida, há quem não consiga deixar o outro em paz, ou seja, há quem não consiga cuidar da própria vida.


Com o advento da internet e dos aplicativos nos celulares, as notícias correm cada vez mais céleres, alcançando milhares de pessoas em questão de minutos. Vídeos pessoais, falas particulares, fotos, entre outros, acabam viralizando virtualmente, tornando qualquer um de nós vulnerável a cair em armadilhas capazes de manchar nossa imagem de uma forma intensa e cruel. Reerguer-se, então, poderá levar muito tempo, mas jamais seremos os mesmos após essa devassa.

É preciso muito cuidado ao comentarmos sobre as vidas alheias, principalmente tendo cautela com a pessoa com quem conversamos. Ninguém consegue passar a vida sem que chegue alguma fofoca a seus ouvidos, o que será inevitável, e talvez por isso o problema maior nem resida tanto em quem vem comentar as coisas conosco, mas sim na forma como agimos quando isso ocorre. Caso não alimentemos ou instiguemos ainda mais os comentários, eles morrerão ali – e isso faz toda a diferença.

Precisamos estar atentos aos tipos de pessoas que convivem ao nosso lado, tendo a consciência de que aqueles que gostam de fofocar exageradamente irão nos colocar, uma hora ou outra, como personagem de alguma história maldosa, uma vez que é isso o que os fofoqueiros fazem e têm para dar, é disso que eles vivem e se alimentam. Cabe a nós não dar ouvidos ou não passar nada daquilo adiante, caso contrário, fatalmente acabaremos em maus lençóis.


Já teremos tantas dificuldades e dissabores a serem enfrentados nessa vida, que não vale a pena trazermos para junto de nós ainda mais problemas, por conta de uma companhia que sente prazer em maldizer quem quer que seja. Escolher com sabedoria e tenacidade as pessoas a quem abriremos os nossos corações será essencial para que possamos enfrentar o mundo com mais chances de não cair demoradamente.

Cuidarmos essencialmente da nossa própria vida, nesse percurso, poderá nos livrar de muitas armadilhas e de gente dispensável e inútil. E é assim que sorriremos mais vezes, como deve ser.

osegredo.com.br

Foi descoberta uma câmara secreta com 2.000 anos no Palácio de Ouro do Imperador romano Nero

Uma equipa de arqueólogos descobriu acidentalmente a câmara por baixo de uma colina junto ao Coliseu. As paredes estavam pintadas com frescos de animais e figuras mitológicas.

O espaço data do período entre 65 e 68 d.C e pertence ao palácio do Imperador Nero, um dos mais infames governantes da História
EPA

Milhares de anos depois, o império romano continua envolto em mistérios. Uma equipa que trabalhava no restauro do palácio do Imperador Nero encontrou uma sala secreta que estava debaixo de terra há 2.000 anos, noticia a CNN.

O espaço, totalmente desconhecido até à data, pertence à Domus Aurea (Palácio de Ouro), o enorme palácio de 40 hectares que Nero construiu depois do incêndio que destruiu Roma no ano 64 d.C e que cobria três das sete colinas da cidade. As paredes estavam imensamente decoradas com frescos de animais e figuras mitológicas.

Figuras mitológicas, como o centauro, compõem grande parte dos frescos

A equipa deparou acidentalmente com a câmara, enquanto montava andaimes para trabalhar num espaço adjacente. Os arqueólogos detetaram uma abertura num dos cantos do espaço e, com recurso a luz artificial, conseguiram ver o interior da câmara. As paredes da sala estavam decoradas com frescos coloridos de panteras, flores, plantas, a deusa Pan e uma esfinge “muda e solitária”. Por isso, a equipa batizou o espaço com o nome “A Câmara da Esfinge”.

Alfonsina Russo, diretora do Parque Arqueológico do Coliseu, onde fica o palácio, descreveu a descoberta como algo “excecional e entusiasmante”.

Segundo o The Telegraph, a câmara fica localizada por baixo de uma colina junto ao Coliseu romano. A imponente decoração inclui ainda pinturas de figuras aquáticas, árvores e pássaros. Os frescos terão sido elaborados por artesãos romanos, disse Alessandro D’Alessio, responsável do Palácio de Ouro.

Neste fresco, é possível observar um homem armado a lutar com uma pantera

A equipa iniciou um processo de recuperação e restauro da câmara. “Esperamos terminar os trabalhos no final deste ano”, disse a professora e líder da exploração. “A sala está bem preservada, mas precisa de ser limpa e restaurada”, continuou. Contudo, o espaço está enterrado em toneladas de areia e terra e a equipa teme que os trabalhos possam comprometer a estabilidade de todo o palácio.

Alfonsina Russo disse ainda que a “Câmara da Esfinge” revela “a atmosfera do período de governação de Nero”.

Conhecido como um dos mais infames imperadores de sempre, Nero assumiu o trono com apenas 17 anos depois da morte do seu pai adotivo. Ficou conhecido por cantar no topo do seu palácio enquanto Roma ardia e por ter matado a própria mãe e duas das suas mulheres, entre outros assassinatos políticos. Apaixonado por música e arte, historiadores relatam que terá sido o próprio Nero a atear fogo à cidade de Roma com o intuito de limpar o terreno e reconstruir a cidade. Governou Roma e todo o império até 68 d.C, ano em que, com 31 anos, se suicidou.

observador.pt

UNIÃO EUROPEIA APELA A FORMAÇÃO DO NOVO GOVERNO E PEDE QUE SE FALE DAS PRESIDENCIAIS DESTE ANO


Nesta sexta-feira, dia 10 de Maio, completam dois meses desde a realização das eleições legislativas na Guiné-Bissau, ganhas pelo PAIGC com uma maioria relativa e que fez coligação com outras forças políticas com assento parlamentar para formar a maioria absoluta.

Dois meses depois, o país continua a navegar num mar de incertezas, sem primeiro-ministro empossado, sem novo Governo e com novo Parlamento mergulhado num impasse total.

Nesta quinta-feira, no âmbito do dia da Europa, celebrado em Bissau, o Encarregado de Negócios na Guiné-Bissau, Alexandre Borges, disse que a UE está preocupada com o atraso na formação do novo governo e pede que se fale das eleições presidenciais.

Braima Darame

O líder do MADEM G-15 Sr. Braima Camará, fala a imprensa após cimeira dos líderes da oposição "MADEM G-15 e PRS" .

UE PREOCUPADA COM A MOROSIDADE NA FORMAÇÃO DO GOVERNO NA GUINÉ-BISSAU

A União Europeia(UE) lamentou esta quinta-feira, 09 de maio de 2019, a morosidade na formação do governo resultante das Eleições legislativas na Guiné-Bissau, após dois meses da realização do escrutínio no país.



A preocupação da UE foi manifestada pelo Encarregado do Negócio da representação na Guiné-Bissau, Alexandre Borges, na cerimônia da celebração do Dia da Europa, onde alertou o Presidente da República, José Mário Vaz a respeitar a decisão do povo guineense??? - Mentira aqui???


"Amanhã faz já dois meses sobre esse importantíssimo avanço. O povo falou mas sem a formação de um executivo ainda não foi ouvido, parece-me. Mas, sem governo, será mais difícil realizar as presidenciais atempadamente de acordo com a lei eleitoral e fechar o círculo previsto em Conacri e acabar a crise política, afirmou Borges.

Visivelmente preocupado, Borges fez lembrar às autoridades guineenses, que a UE empenhou-se fortemente em apoiar o último escrutínio no país, tanto monetariamente como em esforço profissional e algum logístico.

" O apoio financeiro ao Ecomib de 1 de janeiro de 2018 a 3 de setembro de 2019 é em grande parte justificado pelas eleições. Aí são 12, 5 milhões de euros. A contribuição direta para o Fundo Comum gerido pelo PUND, foi de 2,5 milhões de euros", declarou Borges.

Segundo o encarregado estes apoios são recursos dos contribuintes europeus, e doutros, gastos para ajudar o povo deste país a recuperar a voz.

Discursando na presença de alguns membros do governo guineense, Borges revela também que a UE está disponível para contribuir financeiramente mais uma vez para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, ainda sem data marcada.

Dois meses depois da realização das eleições legislativas, os guineenses continuam a não conhecer o governo resultante do processo eleitoral de 10 de março último.

A situação política da Guiné-Bissau afetou por completo a vida dos cidadãos guineenses.

De recordar que a crispação iniciou na composição da mesa do parlamento que irá dirigir aquele órgão no passado dia 18 de abril, quando a candidatura do coordenador do Movimento Democrática (MADEM-G15), Braima Camara, ao cargo de segundo vice-presidente da mesa do hemiciclo, foi chumbada.

A indicação de Camará obedece ao dispositivo legal que diz que caberá ao segundo maior votado a indicação do segundo vice-presidente do parlamento, mas foi negada pela maioria dos deputados presentes naquela sessão inicial da X legislatura do hemiciclo guineense.

Camará obteve 47 votos a favor, 50 votos contra e três abstenções,
entre 100 deputados presentes na sala.

Por: AC

Rádio Jovem Bissau

Passadeira Vermelha #15: Tiwa Savage, a primeira africana na Universal Music dos EUA; Excentricidade no Met Gala; Anitta aquece Luanda


Décimo quinto episódio da quarta temporada da #PassadeiraVermelhaVOA

Por VOA

quinta-feira, 9 de maio de 2019

20 toneladas do arroz apreendido pela Polícia Judiciária foram retirados esta tarde nos armazéns pelas Forças de Segurança, anuncia fonte policial.


A fonte diz que a operação coberta do ofício do Ministério Público foi executada pelo Ministério do Interior, sob a orientação do magistrado Blimat Sanha.

A delegacia do Ministério Publico da Vara Civel do Tribunal Regional de Bissau ordenou a devolução das 36 toneladas de arroz apreendido na quinta do Ministro Nicolau dos Santos, para Ministério da Agricultura.

É que segundo o Procurador geral da República, o Ministério Publico assume o dociê arroz do povo, por alegações de violação as leis sobre as investigações.

Sob fortes suspeitas, a PJ investiga um alegado desvio de arroz doado pela China, no total de duas mil, seiscentas e trinta e oito toneldas de arroz.

Aliu Cande

Forças de segurança guineenses retiram à PJ arroz apreendido em operação

Bissau, 09 mai 2019 (Lusa) - As forças de segurança da Guiné-Bissau retiraram hoje de um armazém em Bissau o arroz apreendido pela Polícia Judiciária no âmbito da operação "Arroz do Povo", na sequência de um pedido do magistrado do Ministério Pública responsável pelo processo.


"As forças de segurança estão a retirar do armazém o arroz apreendido", confirmou à Lusa fonte da Polícia Judiciária (PJ).

Fonte da Procuradoria-Geral da República disse também à Lusa que as forças de segurança estão a cumprir um ofício do magistrado do Ministério Público enviado ao Ministério do Interior.

No final de abril, o Ministério Público guineense ordenou à PJ a devolução dos sacos de arroz, doados pela China, apreendidos na quinta do ministro da Agricultura por aquela força de investigação criminal.

No mesmo despacho, datado de 24 de abril, o Ministério Público ordenou também a abertura de um processo-crime contra cinco agentes da PJ.

Segundo o Ministério Público, a Polícia Judiciária tinha um mandado de busca para efetuar diligências na cidade de Bafatá, nomeadamente nos "armazéns e domicílios dos suspeitos assim como nos domicílios de quaisquer pessoas na posse do referido produto".

"Sucede, porém, que a PJ alargou essas diligências para outras localidades não abrangidas no mandado", acrescenta o Ministério Público.

Em resposta, a PJ guineense afirmou que não iria entregar o arroz, que as buscas à quinta do ministro da Agricultura foram legais e abriu uma investigação contra ao magistrado do Ministério Público responsável pelo processo.

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau apreendeu no âmbito da operação denominada "Arroz do Povo", várias centenas de toneladas de arroz doado pela China, que segundo aquela força de investigação criminal, estava a ser preparado para ser vendido ao público.

O arroz apreendido estava num armazém em Bafatá, propriedade do antigo ministro do Interior Botché Candé, e numa quinta do ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos.

No âmbito da operação, a PJ tentou ainda deter o ministro da Agricultura, mas foi impedida pelas forças de segurança.

O embaixador da China no país, Jin Hong Jun, disse à Lusa que está a seguir com muita atenção a investigação da Polícia Judiciária e salientou que o arroz doado "não é para venda".

O embaixador explicou que foram doadas, no total, 2.638 toneladas de arroz, no valor de três milhões de dólares, e que o donativo chegou a 26 de janeiro.

DN.PT

Terminou a Cimeira dos Lideres de MADEM-G15 e PRS, que decorreu esta quinta-feira, dia 9 de Maio, em Bissau.

No final assinaram um Comunicado Conjunto, cujo teor foi lida a imprensa pelo Victor Pereira:





Madem-G15/Sector Autónomo Bissau


Decorre a porta fechada a Cimeira de lideres do Madem G15 e do PRS. Dois partidos que constituem a oposição com 48 deputados.

A imprensa assistiu a abertura do encontro, onde Alberto Nabeia e Braima Camara falaram sobre os objetivos do encontro, que no final será produzido um comunicado conjunto.


Fonte: Aliu Cande

DOIS CENTRAIS SINDICAIS VÃO PARALISAR DE NOVO A FUNÇÃO PÚBLICA GUINEENSE A PARTIR DA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA


Os dois centrais sindicais do país vão paralisar pela segunda vez o sector público guineense com a nova greve geral de três dias prevista para próxima terça-feira 14 do mês em curso.

O anúncio é feito numa conferência de imprensa esta quinta-feira (9 de Maio) pelos dois centrais sindicais, União Nacional dos Trabalhadores da Guiné e a Confederação Geral do Sindicatos Independente durante o balanço da primeira vaga de greve de três dias, iniciada terça-feira passada 7 de maio.

Entretanto, o presidente da comissão negocial destas organizações sindicais, David Mingo, lamenta o silencia do governo nesta primeira vaga de greve.

“ Entregamos o novo pré-aviso de greve há três dias e até então não fomos chamados pelo governo, no entanto, estamos a mostrar as pessoas que, é imperativo resolver os problemas dos trabalhadores porque existe sectores da economia nacional que é produtivo para o governo. Estamos muito chateados com o silêncio do governo e por isso vamos continuar com a nossa paralisação”, garantiu.

Relativamente ao balanço desta primeira vaga de greve geral de três dias, o porta-voz da comissão negocial, José Alves Té, considera de positiva esta primeira vaga que vai encerrar hoje as 00h00, tendo em conta a aderência dos próprios servidores públicos.  

“ Podemos garantir que a percentagem da adesão à greve ficou acima das nossas expectativas no sentido de que os trabalhadores decidiram aderir a greve. Esta adesão vai permitir aos trabalhadores perceber que o exigido pelos dois centrais sindicais é apenas os seus direitos, por isso, têm que aceitar se juntar para defender seu próprio interesse”, considerou o porta-voz da comissão negocial.

O novo caderno reivindicativo dos dois centrais sindicais do país foi entregue esta manhã ao governo com o início prevista na próxima terça-feira 14 e terá a duração de três dias.

Ontem, colectivo dos partidos que constituem a maioria parlamentar para a estabilidade governativa, na voz do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, apelou os dois centrais sindicais no sentido de suspenderem as suas acções reivindicativas até a existência de um novo governo, porque no seu entender, estas devem analisar com atenção o quadro político vigente no país. 

Por: Braima Sigá

radiosolmansi.net

EXCLUSIVO DC: - Camiões alugados pela PGR para retirar todo o arroz dos armazéms à guarda da PJ. O primeiro já foi arrombado






Fonte: ditaduraeconsenso

Conferência de imprensa do Madem-G15; - Segundo Vice-presidente da juventude do Madem-G15, senhor Fidélis Biombo Cá.

                       Assistir Vídeo Aqui


Madem-G15/Sector Autónomo Bissau

Conferência de imprensa Conjunta MADEM-G15 & PRS

                      Assistir Vídeo Aqui

Sarathou Nabian 

Aeroporto de Lisboa é o pior do mundo, segundo um “ranking” da AirHelp

Humberto Delgado está em 132º lugar... numa lista com 132. O "ranking" da AirHelp aponta o aeroporto como o pior do mundo. Sá Carneiro, no Porto, está em 125º lugar. E a TAP também não brilha.



O aeroporto Humberto Delgado está em 132º lugar… numa lista com 132 aeroportos mundiais. O ranking elaborado pela AirHelp aponta o aeroporto lisboeta como o pior do mundo, em critérios como a pontualidade, a qualidade dos serviços e as infraestruturas (incluindo áreas de alimentação e compras). O aeroporto Sá Carneiro, no Porto, está em 125º lugar, ou seja, é o oitavo pior entre os 132 analisados na lista da empresa especializada em ajudar viajantes a obter indemnizações por atrasos ou cancelamentos de viagens. Entre as transportadoras, a TAP Air Portugal está no 61º lugar, entre 72 companhias.

O ranking da AirHelp, divulgado esta quinta-feira, baseia-se na proporção de voos que saem a horas, em sondagens a viajantes acerca das opções alimentares e o conforto dos aeroportos e das companhias aéreas e, além disso, no caso das transportadoras, o índice procura avaliar quais são as empresas que tratam melhor os clientes quando algo corre mal, incluindo quanto demoram a pagar as indemnizações por atrasos e cancelamentos.

Num índice que vai de zero a 10 pontos, o aeroporto de Lisboa não vai além dos 5,77 pontos — claramente, é a pontualidade que pressiona o resultado final, com um índice de 4,7 pontos. No que diz respeito à qualidade dos serviços e lojas, as cotações já são um pouco melhores, na ordem dos 7,3 pontos (ainda assim, pior do que as classificações do segundo pior aeroporto do mundo, o Kuwait International Airport, com 8 pontos nessas duas rubricas).

Já o aeroporto Sá Carneiro, no Porto, obteve uma pontuação de 6,46. Tal como em Lisboa, a pontualidade (5,6 pontos) puxa para baixo um índice onde a qualidade dos serviços (7,9 pontos) e as opções alimentares e compras (7,6 pontos) não são suficientes para elevar este aeroporto para uma posição global melhor do que o oitavo pior aeroporto do mundo.

Os três melhores aeroportos do mundo são o Hamad Internacional Airport (em Doha, Qatar), com 8,39 pontos. A mesma pontuação tem o Tokyo International Airport, no Japão, e o aeroporto de Atenas, na Grécia, é o terceiro melhor (8,38 pontos).

Entre as transportadoras aéreas, as melhores pontuações vão para a Qatar Airways, a American Airlines e a Aeromexico, com mais de 8 pontos. A TAP está em 61º lugar, com 6,04 pontos — a pontualidade é classificada com 5,2 pontos e a gestão de reclamações com 5,3 pontos. Só a qualidade dos serviços está mais bem classificada, com 7,7 pontos.

Abaixo da TAP estão companhias como a Vueling, a Transavia, a Ryanair e a Easyjet. A pior, porém, é a Thomas Cook Airlines, com 5,26 pontos na pontuação global.

observador.pt

Greve na Inacep - “Actual Governo não paga serviços prestados pela INACEP ao Estado”, diz Director-geral

Bissau, 09 Mai 19(ANG) - O Director-geral da Imprensa Nacional-Empresa Pública (INACEP), afirmou hoje que a falta de pagamento, pelo actual governo, de serviços prestados pela gráfica ao Estado guineense, dentre os quais a publicação de boletins oficiais, é  um dos factores da crise financeira com que se depara a empresa.

Vladimir Djolme, em entrevista exclusiva à ANG sobre as diligências para a liquidação de três meses de salários dividos aos funcionários da INACEP, que hoje observam uma greve, disse que o governo devia pagar mensalmente um montante de 20 milhões de francos CFA pelos  serviços prestados ao Estado pela gráfica, mas que não tem estado a pagar.

“Esse montante permitiria à INACEP pagar os seus funcionários e fazer face à outras despesas”, disse.

Aquele responsável sustenta  que é de conhecimento de todos que o país está em crise profunda, razão pela qual  as duas centrais sindicais do país decretaram  greve na função pública para exigir o governo o pagamento de salários.

“As dificuldades financeiras com que se depara o país acaba por afectar todas as empresas públicas sobretudo a INACEP, que depende em 90 por cento da subvenção financeira do governo, através do Ministério das Finanças”, disse.

Vladimir Djolme sublinhou que é desumano estar a testa de uma instituição que depara com enormes problemas e não dispor de formas de superá-los.

Afirmou, contudo, ter a  esperança de que, nos próximos dias, a situação de salários em atraso na INACEP será atenuada porque algumas facturas já foram liquidadas no Tesouro público faltando apenas o seu pagamento.

Declarou que, outro problema com que enfrenta a INACEP tem a ver com os equipamentos obsoletos e que já não correspondem com a actual era moderna.

Segundo Djolme estão em curso diligências para a aquisição de equipamentos para a renovação da parte gráfica bem como a resolução de um conjunto de problemas relacionados a  matérias primas que não existem no país e que são adquiridos no Senegal ou Gâmbia em valores avultados. 

ANG/ÂC//SG

Depois da CEDEAO; Encontro dos Dirigentes de MADEM-G15 com o Representante da UNIÃO AFRICANA, Sr. Ovídio Pequeno.


A ele, como foi com o Representante da CEDEAO na Guiné-Bissau, fez-se-lhe chegar as preocupações do Movimento em relação à crise instalada e o impasse na sua resolução.

O Representante da União Africana mostrou a sua preocupação para com a situação e de que é urgente encontrar uma solução para a crise, mas insistiu de que só por via do diálogo se pode chegar ao entendimento e à resolução dos problemas e não por extremar das posições, como está a acontecer atualmente.

O Ovídio Pequeno mostrou também a sua preocupação em relação aos Partidos Politicos trazerem para a Comunidade Internacional as suas preocupações, suas versões das razões dos conflitos, mas não a solução possível, uma saída credível e viável para uma saída airosa para a crise política que tem asfixiado o país.


Fonte: Sarathou Nabian

Chefes de missões de paz da ONU na África Ocidental reúnem-se em Bissau


Bissau, 09 mai 2019 (Lusa) - Os chefes das missões de paz das Nações Unidas na África Ocidental reúnem-se sexta-feira em Bissau, Guiné-Bissau, para analisar e partilhar informações sobre paz e segurança naquela região, informou hoje, em comunicado, a ONU.

A reunião vai ser presidida pelo representante especial do secretário-geral da ONU para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, que deverá ser recebido pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, na sexta-feira de manhã.

No encontro participam também o representante do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, José Viegas Filho, os representantes das missões de paz no Mali e República Centro-Africana e os coordenadores residentes das Nações Unidas na Costa do Marfim e na Libéria.

A última reunião dos chefes das missões de paz da ONU na África Ocidental decorreu no início de dezembro em Dacar, Senegal, e teve como objetivo o reforço da coordenação e sinergias para dar respostas melhores aos desafios comuns aos vários países.

A reunião em Bissau ocorre numa altura em que a ONU já anunciou a intenção de fechar a Missão Integrada para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) no final de 2020.

DN.PT

MADEM-G15 - Encontro com o Representante da CEDEAO na Guiné-Bissau, Sr. Blaisse Diplo


Foto de Familia MADEM-G15 & CEDEAO, Juntos na construção da Democracia na Guiné-Bissau.

Fonte: Sarathou Nabian

Guiné-Bissau: Como resolver o novo impasse político?

Guiné-Bissau continua sem Governo depois das eleições legislativas de 10 de março. Mas analista considera que o Presidente guineense, José Mário Vaz, tem "todas as condições" para nomear o novo Executivo.


Quase dois meses depois das eleições na Guiné-Bissau, o país continua sem Governo. E a formação do novo Executivo está, por enquanto, suspensa, pelo menos até sair uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre a impugnação interposta pelo Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15).

O segundo partido mais votado nas legislativas de 10 de março pediu a anulação da eleição dos membros da mesa do Parlamento, alegando vícios no processo. Como a mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP) não foi aprovada, o Presidente José Mário Vaz ainda não pediu ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o partido mais votado, para formar Governo. Como resolver o impasse político?

Resolução do impasse

O novo impasse político surgiu quando a maior parte dos deputados votou contra o nome do coordenador do MADEM-G15, Braima Camará, para segundo vice-presidente do Parlamento. Desde então, o segundo partido mais votado nas legislativas recusa-se a avançar com outro nome para o cargo. 

Para o analista político guineense Luís Peti, o impasse pode terminar assim que as partes envolvidas se sentarem à mesa, para dialogar. "Conversando, os partidos, o Presidente da República e todas as partes legislativas podem encontrar uma solução mais adequada para a nomeação mais urgente possível do Governo, porque o país precisa", diz.

No entanto, segundo Peti, o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, não precisa sequer de esperar pela formação da mesa da ANP. 

"Na minha opinião, o Presidente da República já tem todas as condições para a nomeação do Governo", afirma. "O que se tem falado não oficialmente até agora é que [a nomeação do Governo pelo] Presidente está dependente da composição da mesa Assembleia Nacional Popular. Mas, na minha opinião, esta não devia ser uma posição para o Presidente da República nomear um governo, a não ser que esteja a satisfazer os interesses dos partidos contestatários junta da ANP quanto à nomeação."

O analista lembra que a situação pode afetar as eleições presidenciais deste ano, visto que é o Governo que tem a responsabilidade de conduzir o processo eleitoral. E considera que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que tem mediado o conflito entre partidos, podia fazer mais.

"Precisamos da comunidade internacional e dos países amigos para a estabilização política da Guiné-Bissau", refere. "A CEDEAO tem uma obrigação de estar muito próxima das autoridades políticas guineenses no sentido de encontrar uma solução para a nomeação do Governo."

Reações dos partidos

O PAIGC, através do seu líder Domingos Simões Pereira, acusou na quarta-feira (08.05) o Presidente da República de prejudicar a Guiné-Bissau ao não nomear o novo Governo.

"A situação económica e financeira do país é caótica e aproxima-se da insolvência. O Estado está no risco de entrar na falência. Isso traduz-se na incapacidade do Estado, por via do Governo, em cumprir com as suas obrigações primárias. É importante concluir estarmos perante uma violação flagrante da Constituição da República da Guiné-Bissau por parte do seu primeiro magistrado, o senhor Presidente da República."

Já o Partido da Renovação Social (PRS), o terceiro partido mais votado, anunciou em comunicado que considera uma "irresponsabilidade" e uma "interpretação abusiva" a forma como o PAIGC está a analisar e a pretender aplicar as normas para a composição da mesa que irá dirigir o novo Parlamento saído das eleições.

O PRS intentou uma ação judicial no Tribunal Regional de Bissau, exigindo que lhe seja atribuído o lugar, invocando o regimento do Parlamento.

Mas, para o PAIGC, o PRS "está com manobras" para levar o Presidente José Mário Vaz a atrasar a formação do novo Governo.

DW