sábado, 19 de abril de 2025
O Ministro do Interior deslocou-se esta manhã ao sector de São Domingos, na zona fronteiriça rumo a Varela, acompanhado por um forte dispositivo policial, para se inteirar da situação tensa que se vive na região após actos de vandalismo registados contra instalações de uma companhia chinesa envolvida em actividades de prospecção na área.
- Aladje Botche Candé Ministro do Interior reúne-se com autoridades locais após destruição por fogo de empresa chinesa em Varela.
Opinião. Estratégia de Trump dificilmente funcionará perante uma China que mede o tempo em décadas e não em ciclos noticiosos
Por Manuel Serrano cnnportugal.iol.pt 19/04/2025
Se a miopia estratégica a nível económico é séria, a cegueira geopolítica poderá ser dramática. Sem a credibilidade dissuasora dos Estados Unidos e com a abordagem errática de Trump à política externa, a possibilidade de Taiwan ser abandonado ou trocado por vantagens comerciais não é impensável
No teatro que é a política americana, Donald Trump nunca desempenha o papel de estadista. Assume, antes, o de entertainer. E em poucos palcos essa sua inclinação para o espetáculo é tão visível como na sua confrontação errática com a China. Sob o manto do nacionalismo económico e do slogan America First, a escalada de tarifas contra Pequim transformou-se num ciclo vicioso de medidas improvisadas, sem bússola nem cálculos minimamente consequentes. A retórica beligerante não esconde o facto de que os Estados Unidos estão a perder influência – já terão perdido o rumo – enquanto a China se reposiciona com a habitual paciência.
O que começou como uma promessa de corrigir desequilíbrios comerciais, com os instrumentos menos adequados para o fazer, depressa resvalou para um braço-de-ferro inútil, em que Washington dispara primeiro e pensa depois. As chamadas tarifas recíprocas chegaram aos 145%, não como parte de um plano articulado, mas como uma exibição de força. A consequência será uma perturbação das cadeias de abastecimento globais e um encarecimento dos bens essenciais, prejudicando exatamente aqueles que o Presidente jurou proteger.
No centro desta estratégia está a ilusão de que os Estados Unidos terão sempre vantagem por importar mais da China do que o inverso. Mas o comércio não é uma esmola. É uma relação de dependência mútua. Muitos países não importam bens dos Estados Unidos devido a limitações económicas, geográficas ou simplesmente falta de interesse. Os americanos consomem produtos chineses porque precisam deles. Quando escasseiam ou se tornam proibitivamente caros, quem sofre mais são os consumidores americanos, não os dirigentes em Pequim.
A isenção, à última hora e explicada de forma desastrada, de produtos eletrónicos, como smartphones e computadores, não é mais do que uma assunção tácita de que as tarifas exerceram pressão sobre as empresas americanas. Gigantes tecnológicos como a Apple, cujos CEO fizeram fila para assistir à tomada de posse de Trump, enfrentariam dificuldades em manter os custos competitivos enquanto pequenas e médias empresas sofrerão com margens reduzidas. Este impacto não só enfraquecerá a capacidade dos EUA de competir, como comprometerá a inovação, dificultando o acesso a matérias-primas e tecnologias fundamentais.
Enquanto Trump tropeçava nos seus próprios anúncios, a China, fiel à sua fama de negociadora calma e perseverante, aguardava. A volatilidade de Washington, aliada ao desprezo pelo multilateralismo e intenção de esvaziar as organizações internacionais, ofereceu a Xi Jinping uma oportunidade estratégica. Apesar de retaliar, Pequim projetou-se novamente como um ator responsável e empenhado na estabilidade global, em contraste com os Estados Unidos, que coloca em causa os pilares de uma ordem internacional que foi construída à sua imagem.
Adversários regionais da China, incluindo o Japão e a Coreia do Sul, apesar da disputa territorial pelas Ilhas Senkaku ou do irritante provocado pela implementação do sistema antimíssil norte-americano THAAD na Coreia do Sul, começaram a aproximar-se de Pequim, procurando laços económicos ainda mais estreitos com o intuito de reduzir a dependência face aos Estados Unidos. Exemplo disso mesmo é o caso recente da Malásia, num sinal de que esta aproximação dificilmente se circunscreverá ao campo económico e poderá ter implicações estratégicas profundas na arquitetura de segurança da região, especialmente no contexto da crescente militarização do Mar do Sul da China. Caso Pequim consiga fortalecer os laços económicos com os países da região, provavelmente será capaz de diluir a eficácia das alianças militares lideradas pelos EUA – como o QUAD – ou até fragilizar a presença americana no Indo-Pacífico.
A própria União Europeia intensificou a sua aproximação diplomática, procurando conter os efeitos das tarifas e evitar que o mercado europeu seja inundado por produtos chineses. Neste sentido, Ursula von der Leyen e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, vieram sublinhar a importância da estabilidade de um sistema comercial fundamentado em regras. Numa reviravolta impensável há apenas alguns meses, é a China, hábil na mutação como método de permanência, que se apresenta agora como garante da estabilidade e parceiro da Europa para salvaguardar a Organização Mundial do Comércio e as instituições multilaterais.
Numa conferência de imprensa com o Presidente do Governo de Espanha, Xi Jinping apelou mesmo à União Europeia para que se una à China na resistência contra as tarifas unilaterais impostas pelos EUA, sublinhando que “não há vencedores” numa guerra comercial. Pedro Sánchez, durante a sua visita a Pequim, atuando como “porta-voz” daqueles que veem na cooperação com a China uma oportunidade, apesar das persistentes violações dos direitos humanos, criticou a decisão de Washington e apelou ao reforço da cooperação económica. Uma posição que não será consensual entre os vinte e sete, mas que expõe a recalibração estratégica da União Europeia em curso, entre uma “redução de riscos” com a China e necessidade de evitar um agravamento das relações transatlânticas.
Entretanto, Trump continua a viver entre os séculos XIX e XX, obcecado com o Japão e a União Europeia, ignorante perante a transformação tecnológica e científica da China, resultado de décadas de investimento estratégico. Mas seria um erro interpretar que estamos perante medidas de cariz exclusivamente económico: foram desenhadas também para reforçar a sua base popular, glorificando a produção “made in america” e proclamando o ódio à globalização.
Mas se a miopia estratégica a nível económico é séria, a cegueira geopolítica poderá ser dramática. Sem a credibilidade dissuasora dos Estados Unidos e com a abordagem errática de Trump à política externa, a possibilidade de Taiwan ser abandonado ou trocado por vantagens comerciais não é impensável, sobretudo tendo em conta a forma como as negociações com a Rússia e a Ucrânia têm vindo a decorrer.
Trump não negoceia, impõe. Acredita que tudo aquilo que não pode ser convertido em espetáculo deve ser marginalizado. Mas mesmo que vivamos numa época em que o primeiro lugar na escala de valores é ocupado pelo entretenimento, como lamentava Vargas Llosa, este tipo de estratégia dificilmente funcionará perante uma superpotência que mede o tempo em décadas, não em ciclos noticiosos. Reindustrializar a América, como Trump se propõe fazer, repatriando cadeias de abastecimento, exigirá, além de anos de investimento, capacidade para pensar a longo prazo e paciência, duas virtudes que Trump não possui.
A resposta da China revela uma abordagem radicalmente oposta. Paralelamente à ofensiva diplomática, adotou uma mentalidade de economia de guerra, reforçou os departamentos encarregues das relações com os EUA e intensificou a propaganda, com slogans nacionalistas e referências a líderes históricos, numa tentativa de transformar a guerra comercial numa questão de orgulho nacional. Mas a realidade é que desde há alguns anos que tinha vindo a diversificar exportações, relocalizando cadeias de produção e garantindo acesso a matérias-primas críticas, promovendo o consumo interno como motor económico e acelerando a autonomia tecnológica.
Ignorar que a China desta vez está preparada para uma guerra comercial de atrito é um risco. Apesar das fragilidades internas, a elite chinesa vê na turbulência política dos EUA uma oportunidade para reafirmar a superioridade do seu modelo autocrático. A desorganização americana, com políticas comerciais erráticas, alimenta a confiança na resiliência do sistema chinês. Contudo, a tragédia da política de Trump não é apenas a incoerência dos seus objetivos, mas o facto de desperdiçar uma oportunidade estratégica para conter a China. Em vez do protecionismo e duma retórica beligerante, outro Presidente poderia ter liderado um esforço multilateral para limitar as práticas comerciais desleais da China, reforçado uma ordem que favorecesse valores democráticos e regras comerciais justas, reduzindo o espaço para que Pequim molde a ordem geopolítica asiática – e talvez não só – à sua imagem.
Trump optou pelo caminho oposto, preferindo associar-se a autocratas e chantagear aliados. Uma guerra comercial não subjugará a China, mas provavelmente isolará os EUA. Não revitalizará a indústria americana, mas certamente agravará o custo de vida. Não reafirmará a hegemonia americana, mas provavelmente acelerará a sua decadência, afastando os seus aliados e aproximando-os do seu verdadeiro rival.
Xi Jinping compreende que o verdadeiro poder não se mede apenas em tanques, mas na arte de moldar o ambiente estratégico: influenciar sem provocar, dissuadir sem mobilizar. Nesse jogo de sombras, não poderia ter-lhe calhado adversário mais conveniente do que Donald Trump, com a sua imprevisibilidade, o seus isolacionismo e hostilidade ao próprio sistema que sustentou a hegemonia americana. Já os líderes europeus terão de aprender a lidar com o facto de o seu maior aliado ser também o seu maior – e mais imprevisível – risco.
@CNN Brasil Money Estratégia de Trump não funcionou com a China, diz especialista | Abertura de Mercado☝
Trump 'ameaça' Benfica e FC Porto com corte nos prémios do Mundial... FIFA ainda tenta negociar, com os EUA, uma isenção às tarifas.
Por noticiasaominuto. 19/04/2025.
Afinal, os prémios prometidos pela FIFA aos participantes da primeira edição do 'revolucionário' Campeonato do Mundo de Clubes, como é o caso dos representantes portugueses, Benfica e FC Porto, podem não ser tão milionários assim, e tudo por culpa de... Donald Trump.
Isto porque, de acordo com a edição deste sábado do jornal britânico The Guardian, a FIFA ainda não conseguiu alcançar um acordo com os Estados Unidos da América (país no qual irá decorrer a competição, entre 14 de junho e 13 de julho) tendo em vista uma isenção às tarifas impostas por Donald Trump.
A manter-se o atual cenário, dezenas de milhões dos 926 milhões de euros prometidos aos participantes (nomeadamente, aos 29 estrangeiros) ficarão retidos nos cofres norte-americanos. No entanto, as complicações não se ficam por aqui.
O organismo liderado por Gianni Infantino tem tido dificuldades em lidar com uma série de complexidades, como é o caso de as ditas tarifas variarem de estado para estado, o que significa que as receitas de cada clube poderão até depender... de onde jogam.
A publicação dá como exemplo o Paris Saint-Germain, que fará dois dos três jogos da fase de grupos em Los Angeles, onde as tarifas são de 7%, mais do que, por exemplo, na Pensilvânia, onde estas estão fixadas em 3%.
Leia Também: O Presidente norte-americano, Donald Trump anunciou esta sexta-feira estar em curso uma revisão profunda do sistema da função pública, que lhe dará poder para contratar e despedir diretamente até 50.000 empregos reservados a funcionários federais de carreira.
Os bancos e os postos de abastecimento do Mali suspenderam a greve que começou quinta-feira, na sequência de um acordo com as autoridades do país, avançou a agência de notícias France-Presse (AFP).
Por LUSA 19/04/2025.
Banca e postos de abastecimento suspendem greve após acordo
Os bancos e os postos de abastecimento do Mali suspenderam a greve que começou quinta-feira, na sequência de um acordo com as autoridades do país, avançou a agência de notícias France-Presse (AFP).
O sindicato nacional que representa os setores em causa (Synabef) reivindicava a libertação de três dos seus membros, detidos há um mês no âmbito de um processo de garantias bancárias, mas também exigia melhores condições de trabalho para os seus membros.
Num comunicado conjunto, o Synabef e uma estrutura dependente do gabinete do primeiro-ministro anunciaram na sexta-feira à noite "a suspensão da greve", na sequência de uma reunião entre uma delegação governamental liderada pelo primeiro-ministro, general Abdoulaye Maïga, e representantes do sindicato.
"Chegámos a um acordo sobre os 15 pontos reivindicados. A direção do Synabef decidiu suspender a greve", declarou nas redes sociais Abdoulaye Keïta, um responsável desta organização sindical, sem detalhar os pontos do acordo.
Uma fonte do Synabef disse à AFP na sexta-feira à noite que os três membros detidos seriam libertados "na terça-feira ou quarta-feira, o mais tardar".
Muitos bancos e postos de abastecimento encerraram na quinta e sexta-feira no Mali, depois de o Synabef ter convocado uma greve no país governado por uma junta militar, após dois golpes de Estado, em 2020 e 2021.
Leia Também: Bancos e postos de abastecimento do Mali fecham após detenção de dirigentes sindicais
sexta-feira, 18 de abril de 2025
OPINIÃO: PARA ONDE CAMINHA A NOSSA JUVENTUDE?
Por Raizynho André Bissailé 18/04/2025
Nos últimos dias, milhares de jovens têm deixado a cidade com destino à ilha de Bubaque. Muitos sem planeamento, sem dinheiro suficiente para estadia, mas determinados a participar em festas e batucadas.
Quando ouviram rumores de aumento no preço dos bilhetes, logo se organizaram para fazer marcha. Não para exigir melhores condições de vida, educação ou saúde... mas para garantir a ida à festa. Isso é preocupante.
Hoje em dia, sexo virou moda, o consumo de bebidas alcoólicas está a banalizar-se, e o uso de drogas cresce a cada dia. A chamada “batucada”, que podia ser uma expressão cultural positiva, está a ser usada por muitos como desculpa para viver sem rumo.
Muitos jovens já não têm compromisso com a vida. Passam os dias nas ruas, vivem de aparências e querem apenas “curtir”. Têm cama para deitar, mas preferem a rua.
E enquanto isso, oportunidades de formação profissional e crescimento pessoal são desperdiçadas. Existem centros e ONGs a oferecer cursos técnicos, mas poucos aproveitam. A prioridade, para muitos, é mostrar uma vida falsa nas redes sociais.
Nem tudo está perdido. Ainda existem jovens sérios, trabalhadores, estudantes dedicados e sonhadores com projetos de mudança. Mas, infelizmente, essa ainda é a minoria.
Precisamos refletir: que tipo de geração estamos a formar? A Guiné-Bissau precisa de jovens conscientes, preparados e responsáveis. A mudança começa com cada um de nós.
Besna André Bissailé
Ativista Social Bissau,

O antigo presidente da República Democrática do Congo (RDCongo) Joseph Kabila, acusado pelo Governo de apoiar os rebeldes, regressou esta sexta-feira ao país do exílio autoimposto, disseram à agência de notícias France-Presse (AFP) fontes próximas do ex-governante.
Por LUSA
Antigo presidente da RDCongo Joseph Kabila regressou ao país após exílio
O antigo presidente da República Democrática do Congo (RDCongo) Joseph Kabila, acusado pelo Governo de apoiar os rebeldes, regressou esta sexta-feira ao país do exílio autoimposto, disseram à agência de notícias France-Presse (AFP) fontes próximas do ex-governante.
Joseph Kabila, que deixou a RDCongo em 2023, está em Goma, cidade controlada pelos rebeldes, "para participar nos esforços de paz" no leste, onde os rebeldes do M23, apoiados pelo Ruanda, ocuparam grandes áreas, incluindo a estratégica cidade, de acordo com um conselheiro do antigo Presidente.
O regresso ao país, vizinho de Angola, foi também confirmado por outro conselheiro de Joseph Kabila e um oficial do M23.
Os três falaram com a AFP sob anonimato, por não estarem autorizados a falar com os meios de comunicação social sobre o assunto.
O conflito que dura há décadas na RDCongo escalou em janeiro, quando os rebeldes ocuparam Goma, seguindo-se Bukavu, cidade que tomaram no mês seguinte.
Mais de três mil pessoas morreram nos combates, que agravaram aquela que já era uma das maiores crises humanitárias do mundo, com cerca de sete milhões de pessoas deslocadas.
O M23 é um dos mais de 100 grupos armados ativos no leste da RDCongo, muito rica em ouro, metais raros fundamentais às maiores tecnológicas mundiais e vários outros recursos minerais.
A RDCongo acusa o Ruanda e o M23 de tentarem deitar a mão aos minérios no leste do país. O M23, pelo seu lado, alega estar a defender uma parte ameaçada da população tutsi a viver no Kivu do Norte.
Joseph Kabila liderou o Congo de 2011 a 2019, tendo assumido o cargo aos 29 anos e prolongado o mandato, adiando as eleições por dois anos após o fim do mesmo, em 2017.
Depois de deixar o Congo, Kabila viveu na África do Sul e noutros países africanos.
No ano passado, o atual Presidente do país, Felix Tshisekedi, acusou Joseph Kabila de apoiar os rebeldes e de "preparar uma insurreição", uma alegação que o antigo Presidente nega.
Leia Também: O número de mortos num naufrágio, na terça-feira na República Democrática do Congo (RDCongo), subiu de 50 para 148, havendo ainda mais de 100 pessoas desaparecidas, de acordo com as autoridades locais.

O Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, foi recebido esta sexta-feira (18.04) de forma cordial em Abidjan pelo seu homólogo da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, no âmbito de uma visita de trabalho de algumas horas.
PR Umaro Sissoco Embaló recebido de forma cordial em Abidjan pelo seu homólogo Alassane Ouattara.
O Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, foi recebido esta sexta-feira (18.04) de forma cordial em Abidjan pelo seu homólogo da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, no âmbito de uma visita de trabalho de algumas horas.
Durante o breve encontro, os dois Chefes de Estado abordaram questões de interesse comum, reforçando os laços de amizade e cooperação entre os dois países.
A recepção no ambiente de cordialidade testemunharam a boa relação entre os dois líderes e o empenho em aprofundar as parcerias regionais.
A visita insere-se nos esforços contínuos do Presidente da República Umaro Sissoco Embaló para dinamizar as relações diplomáticas e económicas com os países da sub-região.

Uma conferência de imprensa do presidente norte-americano, Donald Trump, na Sala Oval, esta sexta-feira, teve de terminar mais depressa do que o esperado, depois de uma pessoa desmaiar.
"Todos para fora". Desmaio na Sala Oval 'cala' Donald Trump
Aconteceu após cerimónia de tomada de posse de Mehmet Oz
Uma conferência de imprensa do presidente norte-americano, Donald Trump, na Sala Oval, esta sexta-feira, teve de terminar mais depressa do que o esperado, depois de uma pessoa desmaiar.
O momento aconteceu quando Trump falava sobre a necessidade de garantir que o Irão não tem uma arma nuclear. "Se o Irão conseguir uma arma nuclear, a sua vida estará em grande perigo", disse.
Precisamente nessa altura, ocorreu o incidente. Os assistentes da Casa Branca entraram, de imediato, em ação para afastar repórteres e fotógrafos.
"Todos para fora, por favor, mexam-se", disse um assessor.
A pessoa que desmaiou é uma familiar de Mehmet Oz, famoso cirurgião cardíaco e apresentador de televisão escolhido por Trump para liderar os centros de Serviços Medicare e Medicaid. Oz, de 64 anos, tinha acabado de tomar posse.
Trump aproximou-se, depois, para ver como estava a pessoa em questão.
"Um membro menor da família desmaiou durante a cerimónia de tomada de posse do Dr. Oz na Sala Oval", confirmou um funcionário da Casa Branca numa breve declaração. "Estamos felizes em dizer que ela está bem", completou.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou esta sexta-feira que as autoridades da Nigéria "deram passos importantes para estabilizar a economia", numa altura em que a descida do preço do petróleo constitui um risco para o país africano.
Por LUSA
Nigéria deu "passos importantes para estabilizar a economia"
O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou esta sexta-feira que as autoridades da Nigéria "deram passos importantes para estabilizar a economia", numa altura em que a descida do preço do petróleo constitui um risco para o país africano.
"As autoridades nigerianas deram passos importantes para estabilizar a economia, aumentar a resiliência e apoiar o crescimento. Estas reformas colocaram a Nigéria numa melhor posição para lidar com o ambiente externo", pode ler-se num comunicado do FMI após as consultas anuais feitas à Nigéria no âmbito do artigo IV.
Para os técnicos do FMI, "as perspetivas macroeconómicas são marcadas por incerteza significativa", e o "sentimento de risco elevado global e preços do petróleo mais baixos têm impacto na economia nigeriana".
"As políticas macroeconómicas precisam de aumentar ainda mais as 'almofadas' [financeiras] e a resiliência, reduzir a inflação e apoiar o crescimento liderado pelo setor privado", acrescentam.
O chefe de missão do FMI para a Nigéria, Axel Schimmelpfennig, assinalou, como pontos positivos, que "o financiamento do défice orçamental por parte do banco central parou, os custosos subsídios ao petróleo foram removidos, e o financiamento do mercado cambial melhorou".
"Os ganhos ainda estão para beneficiar todos os nigerianos, uma vez que a pobreza e a insegurança alimentar permanecem altas", aponta.
O representante acrescenta ainda que as autoridades da Nigéria comunicaram ao FMI que "irão implementar o orçamento de 2025 de uma maneira adequada ao declínio nos preços internacionais do petróleo".
"Uma abordagem orçamental neutra ajudaria a política monetária a baixar a inflação. Para salvaguardar as prioridades essenciais de despesa, é imperativo que as poupanças orçamentais da redução do subsídio ao petróleo sejam canalizadas para o orçamento", considera Axel Schimmelpfennig.
O dinheiro deverá ser alocado para "proteger investimento crítico e potenciador de crescimento, enquanto acelera e aumenta a entrega de transferências de dinheiro no âmbito do programa do Banco Mundial para providenciar alívio para quem vive insegurança alimentar".
"Uma política monetária restritiva é necessária para baixar firmemente a inflação. A abordagem baseada em dados do Comité de Política Monetária serviu bem a Nigéria e ajudará a lidar com a elevada certeza macroeconómica", acrescenta.
O FMI sugere ainda que "anunciar um caminho de desinflação para servir como objetivo intermédio pode ajudar a ancorar expetativas sobre a inflação".

O presidente norte-americano, Donald Trump, sugeriu esta sexta-feira que pode abandonar as negociações com Moscovo e Kyiv sobre o conflito na Ucrânia "muito em breve" se não houver progressos, após declarações divergentes na sua administração.
Trump sugere saída das negociações com Rússia e Ucrânia "muito em breve"
O presidente norte-americano, Donald Trump, sugeriu esta sexta-feira que pode abandonar as negociações com Moscovo e Kyiv sobre o conflito na Ucrânia "muito em breve" se não houver progressos, após declarações divergentes na sua administração.
"Não há um número específico de dias, mas queremos resolver isso rapidamente", disse o Presidente dos Estados Unidos.
Estas declarações estão em linha com o chefe da diplomacia de Washington, Marco Rubio, que também alertou hoje que os Estados Unidos poderão deixar as conversações, mas em contraste com o vice-Presidente dos Estados Unidos, JD Vance, que no mesmo dia indicou avanços nas últimas horas no diálogo com as partes e expressou o seu otimismo.
"Se por algum motivo algum dos lados tornar as coisas demasiado difíceis, diremos apenas: 'Vocês são estúpidos, vocês são idiotas, vocês são pessoas horríveis', e seguiremos em frente", declarou Trump, acrescentando: "Mas espero que não tenhamos de fazer isso".
Horas antes, JD Vance manifestou, durante uma visita a Roma, o seu otimismo sobre a evolução das negociações indiretas com Moscovo e Kiev, à margem de um encontro com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
"Não quero prejudicar nada, mas estamos realmente otimistas de que podemos acabar com esta guerra tão brutal", disse o vice-Presidente norte-americano, referindo-se a "certas coisas que aconteceram nas últimas 24 horas".
No entanto, no mesmo dia, o secretário de Estado norte-americano ameaçou "seguir em frente" se os Estados Unidos chegarem à conclusão que "não é possível" alcançar a paz na Ucrânia.
"Os Estados Unidos têm outras prioridades", observou Marco Rubio à saída de França, após uma série de reuniões na véspera com representantes ucranianos e europeus em Paris, insistindo que Washington não queria que a questão da Ucrânia se arrastasse por "semanas e meses".
Posteriormente, Trump disse que "Marco tem razão" de que a dinâmica das negociações precisa de mudar, deixando no ar a hipótese de abandonar o diálogo, sem se comprometer com nenhum ultimato.
"Bem, não quero dizer isso. Mas queremos ver isto acabar", declarou.
As declarações dos dirigentes norte-americanos surgem no mesmo dia em que o Kremlin anunciou que dava por encerrada a moratória de ataques a infraestruturas energéticas, revelada em março e minada desde então por acusações mútuas de Kiev e Moscovo de violações ao acordo.
No seguimento de vários dias de fortes bombardeamentos russos na Ucrânia, pelo menos duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos ataques noturnos contra as cidades de Kharkiv e Sumy, no nordeste do país, segundo as autoridades ucranianas.
Antes do anúncio da trégua limitada às instalações energéticas, o Presidente norte-americano tinha inicialmente proposto um cessar-fogo incondicional e completo, cujo princípio foi aceite por Kiev sob pressão de Washington, mas rejeitado pelo líder russo, Vladimir Putin.
Representantes dos Estados Unidos, da Ucrânia e europeus concordaram em voltar a reunir-se na próxima semana em Londres, após um primeiro encontro que se realizou na quinta-feira em Paris.
Estas rondas diplomáticas acontecem numa fase em que Washington e Kyiv se aproximam de um entendimento que concederá aos Estados Unidos acesso a vastos recursos minerais da Ucrânia e que poderá ser assinado já na próxima semana.
Leia Também: O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, sancionou esta sexta-feira três empresas chinesas, depois de ter acusado Pequim de fornecer armas à Rússia e de ter anunciado a existência de cidadãos da China a combater ao lado das forças russas

A presença de mercenários russos na Guiné Equatorial não foi anunciada e faltam fotos que o revelem, mas não passam despercebidos em Malabo e, segundo a AFP, suscitam críticas e questões num país atingido pela pobreza e pelo desemprego.
Por LUSA
Presença de mercenários russos na Guiné Equatorial suscita críticas
A presença de mercenários russos na Guiné Equatorial não foi anunciada e faltam fotos que o revelem, mas não passam despercebidos em Malabo e, segundo a AFP, suscitam críticas e questões num país atingido pela pobreza e pelo desemprego.
O descontentamento exprime-se em privado, uma vez que este país da África Central é governado há 45 anos pelo autocrata Teodoro Obiang Nguema, que não respeita os direitos fundamentais, nomeadamente a liberdade de expressão, segundo a agência de notícias francesa.
A sua presença não traz qualquer garantia de bem-estar para a população", indigna-se Baril, de 40 anos, na sala de estar da sua casa em construção, em Malabo.
Em agosto de 2024, apareceram homens brancos com fardas militares, por vezes adornadas com insígnias russas. Podem ser vistos perto do palácio de Malabo, em frente ao mar.
Juvenal Osuan Ondo Mba, de 50 anos e engenheiro de telecomunicações, diz não compreender o porquê da presença destes mercenários.
"Independentemente da sua origem, a Guiné Equatorial não está em guerra e a presença de mercenários russos ou de outros países não traz qualquer benefício para a população", afirma este homem, residente num dos bairros pobres de Malabo.
"Também temos um exército e não passa um ano sem que haja recrutamento para as forças armadas e de segurança do Estado: porque é que ainda temos mercenários", questiona.
Para o advogado equato-guineense Tutu Alicante, do grupo de defesa dos direitos humanos EG-Justice, sediado nos Estados Unidos, a presença de mercenários é "extremamente preocupante".
"O Governo tem a obrigação de informar a população sobre a presença de soldados estrangeiros ou mercenários em território da Guiné Equatorial, porque estão lá, quanto tempo vão ficar, como ou quanto dinheiro lhes é pago, etc", disse, contactado telefonicamente pela AFP.
De momento, as informações oficiais limitam-se a alguns comunicados vagos após as três visitas do Presidente Obiang à Rússia (em 2023 e 2024) e as duas audiências em Malabo do vice-ministro da Defesa russo Younous-Bek Evkourov, em 01 de dezembro de 2024 e em 03 de março de 2025.
Segundo os especialistas, este vice-ministro foi encarregado de tomar conta das redes africanas do grupo Wagner após a morte de Evgeny Prigozhin em agosto de 2023, com uma estrutura denominada Africa Corps, ativa nomeadamente nos países do Sahel, em ligação com a expansão da influência russa no continente.
Os comunicados de imprensa oficiais não fazem qualquer referência a Wagner ou ao África Corps.
Os acordos militares de 2024 mencionam o envio de "instrutores" russos para formação militar, mas não foi organizada qualquer formação desde a chegada do primeiro contingente russo em agosto de 2024, segundo fontes militares.
Desde o envio de um segundo contingente em meados de setembro de 2024, os paramilitares estrangeiros continuam a chegar com equipamento, armas e veículos.
O seu número atual é estimado em cerca de 300, de acordo com fontes de segurança contactadas pela AFP.
Estes mercenários são responsáveis pela segurança pessoal do Presidente Teodoro Obiang Nguema, da sua mulher e do seu filho, o vice-Presidente Teodoro Nguema Obiang, juntamente com soldados israelitas e ugandeses, segundo informações obtidas pela AFP em Malabo.
Segundo os analistas políticos, a extensão dos acordos militares à proteção do chefe de Estado reflete uma certa desconfiança do Presidente em relação ao exército, num contexto de receio de um golpe de Estado como o que liderou contra o seu antecessor e tio Macias Nguema Biyogo, em agosto de 1979.
O apelo aos russos e a mistura das nacionalidades da sua guarda para criar divisões teriam como objetivo limitar os riscos, disse à AFP um estratega militar sob condição de anonimato.
O diário Rombe, um jornal eletrónico com sede em Espanha, próximo da oposição equato-guineense no exílio, afirma que os acordos militares incluem uma operação de recrutamento para o conflito na Ucrânia.
Em meados de março, o Ministério da Defesa publicou um "convite à apresentação de candidaturas" para selecionar jovens guineenses para "bolsas de formação oferecidas pela Federação Russa", documento de que a AFP teve acesso.
"O objetivo é recrutar cidadãos sem experiência militar para serem sacrificados em troca da presença de mercenários russos na Guiné Equatorial", refere o Rombe.
A AFP conclui não ter sido possível obter um comentário oficial sobre estas alegações.
A Guiné Equatorial integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde julho de 2014.

Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos nega ser fugitivo da justiça
Por LUSA
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, negou ser um fugitivo da justiça, mas apelou para que seja notificado pelo Ministério Público ou Polícia Judiciária.
Em entrevista por escrito ao jornal O Democrata, Turé afirmou ser, neste momento, "a pessoa mais procurada" pelas autoridades guineenses na sequência das suas declarações de que "todos os doentes em tratamento de hemodiálise no Simão Mendes, principal hospital do país, "morreram".
"O objetivo do regime é claro, prender e levar-me ao Ministério do Interior para ser submetido às sessões de torturas", disse o ativista dos Direitos Humanos em relação às alegadas operações da polícia para o prender.
O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e o ministro do Interior, Botche Candé, desmentiram que esteja em curso qualquer operação para prender Bubacar Turé, atualmente num lugar desconhecido, desde sábado passado.
A Liga acusa as autoridades de terem invadido a residência de Turé, tendo efetuado revistas, sem mandado judicial, e ainda de terem colocado agentes armados à procura do presidente da organização.
"Parem de procurar-me como um criminoso perigoso a monte, processem-me no Ministério Público ou na Polícia Judiciária, irei responder imediatamente. Notifiquem os meus advogados e entreguem o mandado de detenção à PJ", disse Turé.
O Ministério Público notificou o ativista para que comparecesse na última quinta-feira, 17, mas a Liga solicitou que a audiência fosse protelada para uma nova data para permitir que Turé pudesse chegar a Bissau de forma segura.
Umaro Sissoco Embaló considera que Bubacar Turé "se está a esconder", mas, disse, "terá de enfrentar a justiça para provar as suas declarações" que afirma serem falsas.
"A minha fuga não é à justiça, é uma fuga legítima à tortura e espancamentos", assegurou Turé.

EUA felicitam autoridades guineenses por entrega de narcotraficantes
O embaixador dos Estados Unidos Michael Raynor felicitou hoje as autoridades guineenses pela "extraordinária colaboração" que permitiu a transferência de quatro estrangeiros condenados por tráfico de droga de Bissau para a Florida.
"Estou grato aos nossos parceiros da Presidência da Guiné-Bissau, do Ministério da Justiça e da Polícia Judiciária pela sua extraordinária colaboração", afirmou em comunicado Raynor, embaixador com jurisdição para a Guiné-Bissau, mas residente no Senegal.
O diplomata sublinhou ainda que a transferência dos quatro condenados em Bissau ocorreu "graças a uma colaboração forte e contínua" entre as autoridades judiciárias guineenses e as agências de combate ao tráfico de droga dos Estados Unidos.
"Esta transferência seguiu-se a uma investigação conjunta da Polícia Judiciária (guineense) e da DEA (agência federal de combate à droga dos Estados Unidos) que levou à detenção destes indivíduos e à apreensão de 2,6 toneladas métricas de cocaína traficada da Venezuela para a Guiné-Bissau em setembro de 2024", diz o embaixador no comunicado.
Michael Raynor anunciou que os quatro condenados foram transferidos da Guiné-Bissau para o estado norte-americano da Florida onde vão enfrentar acusações nos tribunais dos Estados Unidos.
O 'site' do escritório de advocacia do distrito sul da Florida relata que os quatro condenados - Ramón Manriquez Castillo, de 68 anos com cidadania americana e mexicana, Edgar Rodriguez Ruano, 29 anos, cidadão mexicano, Fernando Javier Escobar Tito, 48 anos, cidadão do Equador e Anderson Jair Gamboa Nieto, 30 anos, cidadão do da Colômbia - foram presentes na quinta-feira ao juiz Patrick Hunt.
A mesma fonte indica que um grande júri federal acusou os réus de conspirarem para distribuir "grandes quantidades de cocaína", através da Colômbia, Venezuela, México, Bahamas e Guiné-Bissau usando um avião registado nos EUA, com um cidadão dos EUA a bordo.
A mesma publicação refere que se forem condenados, os quatro réus correm o risco de enfrentarem entre 10 anos de prisão e prisão perpétua.
Na Guiné-Bissau foram condenados, cada um, a uma pena de 17 anos de prisão efetiva.

COMUNICADO A IMPRENSA

O PAIGC nos últimos 5 anos vive em estado de negação.
O Presidente Umaro Sissoco Embalo, conseguiu quebrar o mito popular de que o “PAIGC é o único partido capaz de promover o desenvolvimento no país.” Sim o USE conseguiu.
Desenvolvimento tem várias definições. Para mim novas infraestruturas são sinais de desenvolvimento. Países como a Ruanda, Senegal, Marrocos, Nigeria apostaram no desenvolvimento de novas infraestruturas para impulsionar o crescimento econômico e promover o desenvolvimento sustentável.
Na Guine Bissau, o trabalho desenvolvido nas obras públicas sao célebres. Graças a magistratura de influência do presidente da República conseguimos resgatar projetos chaves para o Desenvolvimento do país com obras de grandes envergaduras.
Eis as seguintes conquistas:
- 1- Construção da Autoestrada Bissau-Safim, 8,2km e três faixas de cada Lado. Estas obras foram financiadas pela China, mas a sua execução estava suspensa desde 2016.
- 2- Construção do porto de pesca de Bandim também suspensa a vários anos.
- 3- Reabilitação e ampliação da Avenida Amílcar Cabral.
- 4- Reabilitação das retundas do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.
- 5- Reabilitação da Praça (Diogo Cao) no Cais de Pindjiguiti.
- 6- Reabilitação de 10km de vias urbanas de Bafata e Gabu.
- 7- Reabilitação de 12,6km de vias urbanas de Bissau e Avenida Jose Carlos Schwarz.
- 8- Prolongamento da Avenida de Muhammadu Buhari até Retunda de Bor.
- 9- Construção da estrada Farim- Dugal 23km.
- 10- Reabilitação da pista do Aeroporto Osvaldo Viera que corria o risco de deixar de receber voos internacionais, seguindo o projeto da sua reabilitação, amplificação e modernização, financiado pela Turquia.
A lista pode continuar, mas há que se admitir que estas conquistas são invulgares e marcantes na política do país.
Agora para os Negacionistas do PAIGC, é tudo menos desenvolvimento. Eles têm uma dificuldade enorme em aceitar a realidade dos factos ou a verdade. Preferem incentivar:
A Rejeição do progresso: consideram uma falácia um mito as N obras acima supracitadas e que não tem benefícios nenhuns para a sociedade.
A Manutenção do Status quo ante: promovendo ideias ou práticas que prejudicam a execução de novos projetos.
Em resumo, nos que estamos na luta pela verdade na Guiné Bissau vamos combater este negacionismo do PAIGC até ao fim.

quinta-feira, 17 de abril de 2025
Washington e Kiev assinaram, na quarta-feira, um "memorando de intenções" com o objetivo de concluir um acordo complexo sobre o acesso aos recursos naturais e minerais da Ucrânia, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko.
Por Sicnoticias
EUA e Kiev a assinaram "memorando de intenções" sobre acesso a minerais ucranianos
Os Estados Unidos e a Ucrânia tinham planeado assinar um acordo sobre a extração de minerais estratégicos da Ucrânia há várias semanas, mas uma disputa entre o Presidentes dos EUA, Donald Trump e o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, em fevereiro, suspendeu temporariamente os trabalhos.
Washington e Kiev assinaram, na quarta-feira, um "memorando de intenções" com o objetivo de concluir um acordo complexo sobre o acesso aos recursos naturais e minerais da Ucrânia, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko.
"Temos o prazer de anunciar a assinatura, com os nossos parceiros americanos, de um memorando de intenções que abre caminho a um acordo de parceria económica e à criação do Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia", declarou na rede social X, Yulia Svyrydenko.
Os Estados Unidos e a Ucrânia tinham planeado assinar um acordo sobre a extração de minerais estratégicos da Ucrânia há várias semanas, mas uma disputa entre o Presidentes dos EUA, Donald Trump e o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, em fevereiro, suspendeu temporariamente os trabalhos sobre o acordo.
Acordo como compensação pela ajuda dos EUA a Kiev
Trump quer o acordo, que tem como objetivo dar aos EUA parte dos lucros da exploração de recursos ucranianos e minerais raros, como compensação pela ajuda dada à Ucrânia pelo seu antecessor, Joe Biden.
Svyrydenko não divulgou detalhes do memorando, mas disse que o trabalho estava a ser feito para chegar a um acordo final.
"Esperamos que o Fundo se torne um instrumento eficaz para atrair investimentos para a reconstrução do nosso país, modernizar as infraestruturas, apoiar as empresas e criar novas oportunidades económicas", afirmou.
"Ainda há muito trabalho a fazer, mas o ritmo atual e os progressos significativos permitem esperar que o documento seja muito benéfico para ambos os países", afirmou Svyrydenko.
As autoridades americanas afirmam que o reforço dos interesses comerciais dos Estados Unidos na Ucrânia ajudará a dissuadir futuras agressões russas em caso de cessar-fogo.
Kiev está a exigir garantias militares e de segurança concretas como parte de qualquer acordo para pôr fim à guerra de três anos.

Tiroteio em universidade? "A arma não dispara, as pessoas é que disparam"
Por LUSA
Presidente norte-americano reagiu a tiroteio que, esta quinta-feira, matou duas pessoas e fez cinco feridos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou, esta quinta-feira, defender qualquer nova legislação sobre armas, depois de um estudante ter levado a cabo um tiroteio na Universidade da Flórida, que fez dois mortos e cinco feridos.
A partir da Sala Oval, Trump disse que tinha sido informado sobre o tiroteio, afirmando que é uma "pena" que tenha acontecido, mas que não vai defender qualquer nova legislação.
"A arma não dispara, as pessoas é que disparam", acrescentou.
O presidente norte-americano disse que é um "grande defensor" da Segunda Emenda e do direito do porte de armas.
"Tenho a obrigação de proteger a Segunda Emenda", acrescentou, sublinhando que é "horrível que coisas como esta aconteçam".
De realçar que o atirador, que foi baleado pela polícia (elevando para seis o total de feridos), tem 20 anos, é estudante daquela universidade e usou uma arma pessoal da mãe, agente no Gabinete do Xerife do Condado de Leon, no tiroteio.
Ambulâncias, camiões de bombeiros e veículos de patrulha de várias agências de aplicação da lei correram para o campus que fica a oeste da capital do estado da Flórida, depois de a universidade ter emitido um alerta de atirador ativo ao meio-dia de quinta-feira, dizendo que a polícia estava a responder perto da união de estudantes. Um alerta emitido pedia que as pessoas se resguardem e se mantenham "afastados de todas as portas e janelas e estejam preparados para tomar medidas de proteção adicionais".
O sistema de alerta da universidade anunciou, cerca de três horas após o tiroteio, que as forças policiais tinham "neutralizado a ameaça".
As autoridades pediram aos estudantes e professores que evitassem a associação de estudantes e outras áreas ainda consideradas como locais de crime.
Estudantes e pais esconderam-se numa pista de 'bowling' e num elevador de carga dentro da associação de estudantes depois de ouvirem tiros no exterior do edifício.
A Universidade da Flórida é uma das 12 universidades públicas da Flúrida, com o seu campus principal localizado em Tallahassee, onde ocorreu o tiroteio, a poucos minutos do edifício do Capitólio do Estado.
Cerca de 44.300 alunos estão matriculados na universidade, de acordo com a ficha informativa da escola para 2024.
Em 2014, a biblioteca principal da universidade foi palco de um tiroteio que feriu três pessoas, com os agentes a dispararem e a matarem o atirador, Myron May, de 31 anos.
Leia Também: Aluno e filho de agente. Quem é o atirador da Universidade da Flórida?
Suspeito tem 20 anos e usou a arma da mãe no tiroteio.

Tidjane Thiam é candidato presidencial do principal partido da oposição na Costa do Marfim
Por LUSA
O antigo ministro e banqueiro internacional Tidjane Thiam foi escolhido como candidato do principal partido da oposição da Costa do Marfim às eleições presidenciais de 25 de outubro, anunciou esta quinta-feira o seu partido.
Thiam, que concorreu sozinho, obteve 99,5% dos votos expressos, com uma taxa de participação de 93,17%, de acordo com os resultados globais provisórios.
A escolha foi feita numa convenção do Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI, na sigla em francês) realizada na quarta-feira.
Atualmente fora do país, Thiam, de 62 anos, está no centro de uma controvérsia sobre a sua nacionalidade que pode enfraquecer a candidatura à presidência.
Thiam esteve ausente do país durante mais de 20 anos para prosseguir uma carreira no estrangeiro à frente de grandes empresas financeiras como a Aviva, a Prudential e o Credit Suisse.
Nascido na Costa do Marfim, adquiriu a nacionalidade francesa em 1987, à qual renunciou em março para se candidatar às eleições presidenciais, um escrutínio em que os candidatos não podem ter dupla nacionalidade.
Mas, segundo os seus detratores, a aquisição de uma outra nacionalidade privou-o automaticamente da sua nacionalidade costa-marfinense, por força do artigo 48.º do código da nacionalidade, que data da década de 1960.
Para o PDCI, a controvérsia não passa de uma manobra das autoridades para impedir a candidatura de Thiam.
Ao mesmo tempo, a seis meses das eleições no país mais rico da África Ocidental francófona, as tensões estão a abalar o panorama político, nomeadamente no que se refere à inelegibilidade de três opositores devido a condenações judiciais.
Trata-se do antigo Presidente Laurent Gbagbo (2000-2011), proposto pelo Partido Popular Africano - Costa do Marfim (PPA-CI, na sigla em francês), do antigo braço-direito Charles Blé Goudé e do antigo primeiro-ministro e ex-líder rebelde Guillaume Soro, que se encontra no exílio.
Os nomes destes três homens não figuram na lista eleitoral provisória, cuja versão definitiva será publicada em junho.
A comissão eleitoral acaba de declarar inadmissível o pedido de Blé Goudé.
Para além disso, o PDCI de Thiam e o PPA-CI de Gbagbo anunciaram a suspensão da sua participação na Comissão Eleitoral Independente (CEI), denunciando a falta de independência do órgão responsável pela organização das eleições.
O partido no poder, a União dos Houphouëtistes pela Democracia e a Paz (RHDP, na sigla em francês), respondeu através do seu ministro de Estado e porta-voz, Kobenan Kouassi Adjoumani, que "não tenciona deixar-se distrair por todo este ruído orquestrado por uma oposição que, na realidade, receia as eleições".
Por seu lado, o Presidente, Alassane Ouattara, de 83 anos, não indicou se tenciona ou não candidatar-se a um quarto mandato, mas disse em janeiro que estava "desejoso de continuar a servir" o seu país.

O mapa mais pormenorizado do cérebro humano: como se forma a nossa mente
O cérebro humano é o puzzle mais complexo que a humanidade alguma vez enfrentou. Esta teia de 86 mil milhões de neurónios, células da glia e triliões de ligações representa um desafio quase intransponível para as mentes mais aguçadas da nossa sociedade.
No entanto, nos últimos anos, a neurociência tem conseguido gradualmente desvendar o emaranhado de células no interior da cabeça e criar mapas cada vez mais precisos para explicar o funcionamento da nossa mente.
Actualmente, o mapa cerebral mais preciso alguma vez criado é o resultado de uma colaboração entre a Universidade de Harvard e o gigante tecnológico Google. O projecto, que foi realizado no laboratório do reitor da faculdade de artes e ciências, Prof. Jeff Lichtman, deu um enorme salto tanto na resolução dos mapas anteriores como na compreensão do cérebro.
E qual é a dimensão desse salto científico? Um cérebro humano completo é uma palavra grande e, com os métodos actuais, impossível, metade também não seria viável, nem um quarto, nem um oitavo... Na realidade, o enorme salto para a ciência é do tamanho de um grão de arroz.
Um grão de arroz e o mapa cerebral mais exacto de sempre
Na pequena quantidade de massa cerebral que analisaram durante meses, os investigadores encontraram 57.000 neurónios, 23 centímetros de vasos sanguíneos e 150 milhões de ligações neurais. Assim, apesar do seu pequeno tamanho, dissecar cada pedaço do cérebro foi um verdadeiro desafio para os modelos computacionais. Foi por isso que utilizaram inteligência artificial especialmente treinada para distinguir os neurónios. Uma vez pronta, puseram-na a trabalhar analisando mais de 1.400 terabytes de dados para encontrar cada uma das ligações neuronais e, após vários meses, chegaram a uma das mais belas imagens para um neurocientista.
Nesta imagem, é possível ver seis camadas de neurónios excitatórios, ou seja, neurónios que são responsáveis por comunicar entre si para realizar acções. Destes neurónios saem cabos, chamados axónios, que ligam células próximas e distantes, criando assim canais por onde circulam neurotransmissores e hormonas. Desta forma peculiar de falar que os neurónios têm, surgem as propriedades que nos tornam humanos: pensar, reflectir e até a nossa identidade.
É por isso que ter um mapa cerebral completo e exacto de uma zona do cérebro, mesmo que seja do tamanho de um grão de arroz, é extremamente útil. Um mapa dá-nos um vislumbre do funcionamento interno da caixa negra que é o nosso cérebro. Além disso, ao transferir este conhecimento para outros mapas com menor resolução, mas que abrangem regiões maiores, é possível compreender de onde surgem alguns comportamentos. Mas ainda há muitos anos de trabalho pela frente para se conseguir um mapa completo, “se é que alguma vez se conseguirá”, dizem os autores do mapa.
O próximo grande salto: o rato
Actualmente, o maior cérebro totalmente mapeado é o da mosca-da-fruta Drosophila Melanogaster, um marco alcançado em Novembro de 2024. Neste cérebro de mosca, com cerca de 140.000 neurónios, estão entrelaçadas cerca de 50 milhões de ligações, um terço do total de ligações que puderam ser observadas na amostra humana analisada pelo laboratório Lichtmann. Isto deve-se ao facto de, como somos animais mais complexos, os neurónios serem também mais ramificados para terem mecanismos redundantes que garantam a execução de comportamentos e acções mais elaborados.
Assim, o próximo grande salto que têm em mente é um mamífero, o rato. Embora isto possa parecer uma ideia rebuscada, tendo em conta os avanços que foram feitos nos últimos anos na análise de dados em massa, não seria invulgar que conseguissem atingir este objectivo dentro de 5 a 10 anos. Actualmente, as estimativas sugerem que, para atingir o seu objectivo, os investigadores da Iniciativa BRAIN dos Institutos Nacionais de Saúde terão de analisar cerca de 1.000 vezes a quantidade de dados no laboratório de Lichtman, pelo que a incipiente computação quântica poderá ser de grande ajuda para atingir os seus objectivos.
No rato, a ideia é começar por desmontar as peças e, eventualmente, juntá-las todas. O primeiro alvo da equipa é o hipocampo, uma região do cérebro envolvida na perceção espacial e na criação de memórias. Quando conseguirem mapeá-lo, os resultados poderão ser extrapolados para os seres humanos, o que poderá ajudar a compreender melhor as doenças neurodegenerativas, como a demência ou a doença de Alzheimer. No final, os mapas mostram o caminho e, no caso da biomedicina, o caminho pode significar um antes e um depois na vida das pessoas.
