sábado, 14 de dezembro de 2024

O Presidente da República Umaro Sissoco, chegou hoje à Nigéria para participar da Cimeira da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental).

PR General Umaro Sissoco Embaló chega a Abuja, Nigéria para participar no domingo na cimeira da CEDEAO dedicada a estratégias de combate à malária e a melhoria da situação interna da organização. 
A 66.ª cimeira ordinária dos Chefes de Estado e Governo da CEDEAO, visa também avançar com a agenda de integração e desenvolvimento da África Ocidental, apesar da situação imposta por Níger, Burquina-Faso e Mali, países governados por juntas militares.


 Presidência da República da Guiné-Bissau / Radio Voz Do Povo

Obras tudo lado! Estrada di Paulo Barros pa forçado! Badjuda Kuma 20 anos eka Otcha Ki estrada rampadu…

@Obrigado Presidente da República, djintis di Bande ku fala General di povo👇

 Estamos a Trabalhar 

Obrigado Rais Daula obras de Aeroporto sta avançado.

Abel Djassi

Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, desloca-se a República Federal da Nigéria.


 Radio Voz Do Povo

Investigadores disseram à Lusa que a China está a recorrer à segurança privada, operações da ONU ou cooperação com exércitos africanos para assegurar a sua presença na segurança de África, contornando assim o princípio de não-intervenção.

© Lusa   14/12/2024 

Privados e cooperação garantem presença chinesa na segurança africana

Investigadores disseram à Lusa que a China está a recorrer à segurança privada, operações da ONU ou cooperação com exércitos africanos para assegurar a sua presença na segurança de África, contornando assim o princípio de não-intervenção.

O país asiático conta já com uma base militar no Djibuti, no Corno de África, enquanto antigos membros da polícia paramilitar e do Exército chinês assumem funções de segurança em diferentes países do continente, incluindo Angola, Mali ou Sudão do Sul, explicaram os investigadores. A utilização de missões de manutenção da paz da ONU para proteger ativos e operações é outra das estratégias utilizadas por Pequim, disseram.

A preocupação com a segurança surge no âmbito do comércio e investimento, potencializado pela Iniciativa Faixa e Rota, o gigantesco plano de infraestruturas internacional lançado pela China, e que inclui a construção de portos, aeroportos ou linhas ferroviárias no continente africano.

As empresas chinesas dominam já a exploração de minérios raros em África considerados cruciais para as tecnologias do futuro. A China é também o maior comprador de petróleo de vários países africanos.

"Nos locais onde empresas chinesas de telecomunicações, petróleo ou mineração operam é cada vez mais frequente a contratação de empresas de segurança privada chinesas para proteção de ativos e recursos humanos", explicou Alessandro Arduíno, um dos raros investigadores sobre a atuação da segurança privada chinesa em África, à agência Lusa.

O sequestro de trabalhadores chineses e a pirataria são, em particular, um problema crescente para o país asiático, mas o princípio de não-intervenção continua a constituir uma pedra basilar da política externa chinesa, limitando a atuação das suas forças armadas para proteger alvos individuais.

As empresas de segurança privada fornecem ainda serviços de informação, que podem ser cruciais na negociação com tribos e milícias locais, em regiões propensas a conflitos onde empresas chinesas estão envolvidas na extração de recursos, disse Arduíno.


Nos últimos anos, o papel da China na paz e segurança de África ganhou maior relevo também através da cooperação e treino militar ou venda de armas.

Em setembro passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu mais de 130 milhões de euros em ajuda militar e formação para 6.000 militares e 1.000 polícias de países africanos.

Em dezembro de 2021, o jornal norte-americano The Wall Street Journal noticiou que a China estava a planear construir uma base naval na Guiné Equatorial.

"A segurança e a estabilidade do Golfo da Guiné são de grande importância para os países da região, para África como um todo e até para o mundo", afirmou, na semana passada, o comandante da marinha chinesa, o almirante Hu Zhongming, durante um fórum com representantes das forças armadas dos países da região.

"A marinha chinesa está disposta a trabalhar com os amigos do Golfo da Guiné para contribuir com sabedoria e força para promover maior paz, segurança, estabilidade e prosperidade no Golfo da Guiné", acrescentou.

Obert Hodzi, autor do livro "The End of China's Non-Intervention Policy in Africa", apontou também à Lusa como Pequim tem "protegido infraestruturas importantes de petrolíferas chinesas" e "treinado as suas tropas para combater no terreno", através da participação em missões de manutenção da paz da ONU.

"A China tem hoje interesses que vão para além do seu território ou região", notou Hodzi. "E existem conflitos que estão a afetar diretamente esses interesses", disse.

O investigador exemplificou com o envio massivo de capacetes azuis para missões de manutenção de paz no Sudão do Sul ou Mali, visando "proteger infraestruturas importantes de petrolíferas chinesas" e "treinar as Forças Armadas chinesas para combater no terreno".

Pequim contribui, há várias décadas, para missões da ONU em África, mas se, até 2013, se tratavam de pequenos contingentes, compostos sobretudo por pessoal médico ou engenheiros, o país envia hoje também soldados para combater - 2.464, o maior número entre os membros do Conselho de Segurança.


O Parlamento sul-coreano aprovou a destituição do presidente Yoon Suk-yeol, este sábado.

© ANTHONY WALLACE/AFP via Getty Images    Notícias ao Minuto  14/12/2024 

O presidente sul-coreano foi suspenso mas não sairá imediatamente do cargo, uma vez que há ainda um processo após o 'impeachment'.

O Presidente da Câmara, Woo Won-shik anunciou no parlamento que a votação pelo 'impeachment' tinha sido aprovada com 204 votos a favor, 85 contra, três abstenções e oito votos inválidos - de um total de 300 deputados. 

Para aprovar a moção, eram necessários pelo menos 200 votos a favor - para obter uma maioria de dois terços no hemiciclo - e, embora o voto seja secreto, pelo menos 12 deputados do Partido do Poder Popular (PPP), conservador e no poder, tinham de apoiar a destituição, uma vez que os partidos da oposição têm um total de 192 lugares.

A incerteza quanto ao resultado manteve-se até ao fim, com o PPP a realizar uma reunião à porta fechada durante horas para definir uma posição oficial e a reunião a terminar minutos antes do início da votação com o anúncio de que o partido não apoiaria oficialmente a moção.

A contagem dos votos revelou claramente que nem todos os lugares do PPP - sete já tinham declarado publicamente que votariam a favor da destituição de Yoon - votaram de acordo com a posição oficial do partido.

Mas, com mais de 200 votos a favor da moção, o presidente da Coreia do Sul vai ser suspenso do cargo. Quem irá assumir estas funções será o primeiro-ministro do país, Han Duck-soo, tornando-se assim também presidente interino. 

Parlamento aprovou. E agora?

No entanto, embora o parlamento tenha aprovado a destituição do presidente sul-coreano, este processo não significa que Yoon Suk-yeol saia imediatamente do cargo, isto porque há ainda um longo processo pela frente. 

O 'impeachment' vai ainda ao Tribunal Constitucional. O presidente será apenas demitido se seis dos nove membros do Conselho votarem para sustentar o 'impeachment'.

Aguarda-se agora uma decisão no prazo de 180 dias.

Se o Tribunal Constitucional determinar pela saída, Yoon será o segundo presidente em exercício a ser desqualificado em democracia na Coreia do Sul, depois de a também conservadora Park Geun-hye ter sido afastada do poder e presa em 2017 por um complexo esquema de corrupção.

O liberal Roh Moo-hyun também foi destituído pelo parlamento em 2004 por uma alegada violação da lei eleitoral, embora o mais alto órgão judicial da Coreia do Sul tenha decidido, dois meses depois, reintegrá-lo como presidente.

Recorde-se que, há cerca de uma semana, Yoon Suk-yeol desencadeou um caos político após aplicar a lei marcial no país. Esta decisão gerou também grandes protestos.

No exterior da Assembleia Nacional, em Seul, milhares de pessoas que se reuniram para exigir a destituição de Yoon manifestaram a sua satisfação com o resultado do processo.




Londres, Tóquio e Roma têm projeto de aviões de combate supersónicos

© Reuters  Por Lusa   13/12/2024 

O Reino Unido, a Itália e o Japão fecharam hoje um acordo para desenvolver aviões de combate supersónicos, previsto para 2035, e que antecede um projeto europeu concorrente, liderado por Paris, Berlim e Madrid.

A britânica BAE Systems, a italiana Leonardo e a japonesa JAIEC - criada nomeadamente pela Mitsubishi Heavy Industries -, são os três fabricantes responsáveis pelo desenvolvimento do dispositivo e anunciaram hoje, em comunicado, que assinaram o acordo que dá origem a esta 'joint venture' (empreendimento conjunto, em português), dos quais cada um deles deterá um terço.

A criação desta empresa, que iniciará as suas atividades em meados de 2025, faz parte de um programa conjunto de Londres, Roma e Tóquio, denominado GCAP (Global Combat Air Program ou Programa Global de Combate Aéreo) anunciado em 2022.

A enorme aeronave de cauda dupla em forma de V substituirá o F-2 japonês e os Eurofighters italianos e britânicos.

A sua vida útil "deverá estender-se para além de 2070", de acordo com o comunicado de imprensa.

Se o calendário planeado pelos promotores do projeto for respeitado, entrará em serviço pelo menos cinco anos antes do projeto concorrente SCAF, o projeto Future Air Combat System (Sistema de Combate Aéreo do Futuro) realizado pela França, Alemanha e Espanha.

A nova empresa terá sede no Reino Unido e o seu primeiro diretor-geral, cujo nome ainda não é conhecido, será de nacionalidade italiana. Equipas conjuntas serão implantadas nos três países.

Este acordo, "o culminar de muitos meses de colaboração", reúne "os pontos fortes e a experiência significativos das empresas envolvidas", afirmou Charles Woodburn, CEO da BAE Systems.

"O caminho pode nem sempre ser simples e direto, mas estou confiante de que, ao continuar o espírito de cooperação e colaboração trilateral incentivado até agora, não só entregaremos a GCAP a tempo, mas também a um nível que superará todas as nossas expectativas" , sublinhou, por sua vez, Kimito Nakae, presidente da JAIEC.

A GCAP representa "um passo importante no desenvolvimento de tecnologias de ponta e um exemplo notável da forte cooperação internacional entre as nossas nações", vincou o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, em comunicado.

O projeto irá girar em torno da aeronave acompanhada por drones, todos conectados com os restantes recursos militares envolvidos numa operação.

Deverão ser comprometidos milhares de milhões de euros em investimentos, distribuídos de forma equitativa, sobre os quais os três fabricantes não forneceram hoje detalhes.


Leia Também: O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu sexta-feira na intenção de terminar com a mudança horária, tema que volta a estar em destaque devido às dúvidas sobre a sua eficácia e benefícios.

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Celebração do 70° Aniversário da declaração universal dos direitos humanos. Centro cultural franco Bissau Guineense.


Declaração de Said Raïs Daula no centro cultural franco Bissau Guineense.👇

Gaitu Baldé /  Abel Djassi

Israel interceta dois projeteis lançados de Gaza pela Jihad Islâmica

© REUTERS     Por Lusa  13/12/2024 

As forças israelitas intercetaram hoje dois projéteis disparados a partir do centro da Faixa de Gaza pelo grupo palestiniano Jihad Islâmica, que fizeram soar os alarmes na cidade costeira de Ashkelon, de acordo com um comunicado militar.

A Jihad Islâmica, que participou nos ataques de 07 de outubro junto do Hamas contra Israel, referiu pelas 21:00 (19:00 em Lisboa) que atacou Ashkelon e as comunidades vizinhas com uma "vaga de mísseis".

Os serviços de emergência israelitas disseram que ainda não receberam qualquer relato de possíveis vítimas.

Os lançamentos de hoje acontecem depois de as forças israelitas terem atacado na noite de quinta-feira o campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa, para eliminar um alegado alto funcionário da Jihad Islâmica que, segundo Israel, estava escondido na zona.

O ataque matou mais de trinta palestinianos e deixou mais de 80 feridos, segundo as autoridades de Gaza, enclave controlado pelo Hamas, que acusaram Israel de saber antecipadamente que na zona bombardeada existiam numerosos blocos habitacionais onde estavam alojadas dezenas de civis.

O Exército israelita, que disse estar a analisar o sucedido, explicou que após os bombardeamentos foram detetadas explosões secundárias que "provavelmente danificaram um edifício próximo" da estrutura atacada, o que segundo as forças demonstra a presença de numerosas armas na zona.

Os lançamentos de projéteis pelas milícias palestinianas em Gaza contra Israel tornaram-se cada vez menos frequentes após 14 meses de guerra.

Na quarta-feira, o Exército israelita ordenou aos residentes de várias zonas do campo de refugiados de Al Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, que se deslocassem para a designada "zona humanitária", junto à costa, após detetarem o lançamento de vários foguetes, que caíram em zonas despovoadas ou foram intercetados antes do impacto.

Israel geralmente ordena a evacuação das áreas onde deteta lançamentos de foguetes em Gaza, pouco antes de as bombardear.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 44 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.


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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu hoje a parceria com a União Africana como uma "prioridade para a União Europeia" (UE).

 Lusa  13/12/2024

Costa aponta União Africana como prioridade para a UE

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu hoje a parceria com a União Africana como uma "prioridade para a União Europeia" (UE).

Numa curta publicação na rede social X, o ex-primeiro-ministro de Portugal escreveu que conversou com o Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana.

"A parceria com a União Africana é uma prioridade para a UE [...], queremos reforçar a nossa cooperação", acrescentou o presidente do Conselho Europeu.

Em janeiro, António Costa e a alta-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, viajam até Addis Ababa, na Etiópia, no âmbito da parceria entre os dois blocos político-económicos.


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Chefe militar de Donetsk demitido devido à "situação crítica" das tropas

 Lusa   13/12/2024

O chefe do Grupo Tático Operacional responsável pela região de Donetsk, Oleksandr Lutsenko, foi hoje demitido devido à "situação crítica" das tropas ucranianas na cidade de Kurakhove, segundo a deputada ucraniana Mariana Bezugla e a plataforma DeepState.

"O General Lutsenko foi demitido do seu cargo de comandante do Grupo Tático Operacional de Donetsk. Este comando diz respeito à defesa de todas as direções de Pokrovsk e Kurakhove, incluindo a proteção de Pokrovsk e o combate às ofensivas russas em direção a Zaporijia e Dnipro", afirmou a deputada ucraniana Mariana Bezugla na rede social X.

Bezugla adiantou ainda que o General Tarnavskyi será o substituto do antigo comandante do Grupo Tático Operacional.

"O novo comandante é o General Tarnavskyi. Embora não pertença à geração mais jovem, tem experiência nas operações ofensivas bem sucedidas de Kharkiv e Kherson, bem como na contraofensiva mal sucedida do sul em 2023", disse.

"A situação é crítica para todos, exceto para [Oleksandr] Lutsenko, antigo comandante do Grupo Tático Operacional de Donetsk. [Lutsenko] foi afastado do seu cargo e transferido para o Comando das Forças Terrestres", segundo a plataforma analítica de guerra ucraniana DeepState.

No entanto, a substituição de Lutsenko ainda não foi oficialmente confirmada.

De acordo com a plataforma analítica de guerra ucraniana, as tropas russas estão a aproximar-se das tropas ucranianas que defendem as localidades de Ganivka, Romanivka, Trudove e Uspenivka, a sul de Kurakhove.

As forças ucranianas estão a lutar ativamente para manter as suas posições, mas a situação continua a ser difícil devido à significativa vantagem russa.

De acordo com a DeepState, a falta de coordenação representa um risco de cerco para as unidades das forças de defesa ucranianas em várias povoações em simultâneo.

"A situação atual é o resultado da inação ou de ações pouco claras do Grupo Tático Operacional de Donetsk. Os russos estão a conquistar mais território diretamente em Uspenivka, ameaçando fechar a zona e isolar as unidades das forças de defesa da Ucrânia em Hannivka, Uspenivka, Trudove, Veselyi Hai e Romanivka."

As forças russas têm sob controlo de fogo as estradas da zona e estão a cerca de dois quilómetros de cercar as tropas ucranianas que defendem a região.

Após mais de um ano de ofensiva, a Rússia tem vindo a acelerar os seus avanços na região de Donetsk e tem agora como prioridades as cidades de Pokrovsk e Kurakhovsk.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.


Leia Também: O presidente francês, Emmanuel Macron, e o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, expressaram hoje preocupação com a situação da central nuclear de Zaporíjia, atualmente ocupada pelos russos, após os recentes ataques de Moscovo a infraestruturas energéticas ucranianas.

20 de Dezembro de 2024 - Encerramento da exposição de artistas de Macau na UCCLA

Encerramento da exposição de artistas de Macau na UCCLA

Terá lugar no dia 20 de dezembro, às 18h30, o encerramento da exposição coletiva de 25 artistas macaenses, intitulada “Aqui e Agora”, na UCCLA. Antes da sessão de encerramento, pelas 18 horas, será exibido o documentário “Cidade Ecrã” de Rui Filipe Torres.

Todas as informações sobre a exposição “Aqui e Agora” estão disponíveis através do link https://www.uccla.pt/noticias/artistas-de-macau-expoem-na-galeria-da-uccla

Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

uccla@uccla.pt | www.uccla.pt Facebook Linkedin | Youtube | Instagram | Twitter |ISSUU

Faladepapagaio

Ministério da Saúde recebe apoio da Primeira-Dama.

A Primeira-Dama, Dinísia Reis Embaló, reuniu-se esta sexta-feira, 13 de dezembro, com o Ministro da Administração Territorial e Poder Local, acompanhada pelos Governadores Regionais. 
Após o encontro, a Primeira-Dama entregou ao Ministro da Saúde merendas de Natal e donativos hospitalares, reforçando o seu compromisso com o bem-estar da população e o apoio ao setor da saúde.
 Radio Voz Do Povo 

O Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses ordenou a abertura de um inquérito à morte de dois soldados atingidos por uma granada num centro de treino, disse hoje à Lusa fonte da instituição.

© Lusa    13/12/2024 

Forças guineenses abrem inquérito à morte de soldados com granada

O Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses ordenou a abertura de um inquérito à morte de dois soldados atingidos por uma granada num centro de treino, disse hoje à Lusa fonte da instituição.

"O Chefe do Estado-Maior quer saber o que realmente se passou ao ponto de uma granada de uso estritamente de guerra deflagrasse no momento de treino", adiantou a mesma fonte, citando "ordens expressas" do general Biague Na Ntan.

Dois militares guineenses morreram quinta-feira "num acidente com uma granada de armadilha" que deflagrou no campo de treinos de São Vicente, a 54 quilómetros de Bissau, disseram à Lusa fontes militares.

As mesmas fontes assinalaram que a granada que deveria ser utilizada naquela ação seria a de fumo e não a de armadilha.

Do incidente, além dos dois mortos, outros tantos militares ficaram sem um braço cada e três ficaram com ferimentos, encontrando-se em tratamento médico no Hospital Militar Principal de Bissau.

As mesmas fontes admitem a existência de "vários soldados feridos" no acidente, cujas circunstâncias o Estado-Maior General das Forças Armadas "mandou apurar", de acordo com fonte daquela instituição.

O campo de treinos de São Vicente acolhe soldados em treinos ou militares incorporados nas Forças Armadas.

Os soldados envolvidos fazem parte de um contingente de diferentes unidades das Forças Armadas guineenses que se preparam para viajar para a Turquia, onde vão participar numa formação especializada em missões de manutenção da paz.

Os dois militares falecidos serão sepultados hoje pelas respetivas famílias com "todo o apoio" do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, acrescentou a mesma fonte.


Leia Também: Dois militares guineenses morrem num acidente com granada durante treinos

Hoje, o Presidente da República foi surpreendido por um grupo de crianças em um passeio no Império. Atendendo ao pedido para acenar, decidiu recebê-las com alegria no Palácio.

Crianças bim fala Chefe de Estado Guineense mantenha.👇

Os restos mortais da mãe de Braima Camará, Madem-G15 chegam à Bissau e recebem homenagem do PR Umaro Sissoco Embaló.



CHEGADA DOS RESTOS MORTAIS DA SENHORA ADJA FAMATA MANÉ👇



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Radio Voz Do Povo Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 

François Bayrou nomeado primeiro-ministro de França... Sucede a Michel Barnier, que esteve apenas três de meses no cargo.

© Benjamin Girette/Bloomberg via Getty Images   Notícias ao Minuto   13/12/2024 

O nome do sucessor de Michel Barnier, que esteve apenas três meses no cargo de Chefe do Governo francês, é finalmente conhecido. Emmanuel Macron optou por nomear, esta sexta-feira, 13 de dezembro, o centrista François Bayrou para primeiro-ministro de França.

A composição do governo de François Bayrou será anunciada nos próximos dias.

De acordo com a BFM TV, o Presidente da República recebeu François Bayrou durante quase duas horas na manhã. O encontro foi "muito tenso", no entanto, terminou com a nomeação deste como primeiro-ministro.

A decisão de Macron foi tomada depois de o Presidente da República francês consultar a maior parte dos grupos políticos representados na Assembleia da República francesa, à exceção do La France Insoumise e do Rally Nacional.

Como lembra a imprensa francesa, François Bayrou "terá a pesada tarefa" de formar um governo capaz de sobreviver à ameaça de censura de uma Assembleia da República sem bloco maioritário e de fazer aprovar um orçamento de Estado para 2025, que está neste momento suspenso.

A Rússia confirmou que o ataque de grande envergadura realizado hoje contra a Ucrânia constituiu a resposta ao disparo de mísseis ATACMS norte-americanos contra território russo na quarta-feira.

© REUTERS/Maxim Shemetov   Por Lusa  13/12/2024 

Ucrânia. Rússia confirma ataque de retaliação a uso de armas ocidentais

A Rússia confirmou que o ataque de grande envergadura realizado hoje contra a Ucrânia constituiu a resposta ao disparo de mísseis ATACMS norte-americanos contra território russo na quarta-feira.

"Em resposta à utilização de armas norte-americanas de longo alcance, as forças armadas russas realizaram um ataque maciço contra instalações críticas da infraestrutura energética da Ucrânia", afirmou o Ministério da Defesa russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.

As autoridades ucranianas anunciaram hoje que o país sofreu um ataque de grande envergadura que envolveu cerca de 200 'drones' e mais de 90 mísseis balísticos e de cruzeiro.

O ministério russo disse que foram danificadas instalações de infraestruturas de combustível e energia de importância crítica na Ucrânia que apoiam o complexo industrial de defesa do país, segundo a agência oficial TASS.

O ataque foi efetuado com armas de longo alcance de alta precisão de origem marítima e aérea, bem como com 'drones' de assalto para atingir "instalações vitais" na rede de energia, referiu o ministério.

"Os objetivos do ataque foram atingidos. Todas as instalações foram atingidas", acrescentou o ministério no comunicado, também citado pela agência espanhola EFE.

Em reação ao ataque de hoje, o Presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, acusou Moscovo de estar "a aterrorizar milhões de pessoas" e renovou um apelo à unidade internacional contra o homólogo russo, Vladimir Putin.

"É necessária uma reação forte do mundo: um ataque maciço, uma reação maciça. Esta é a única forma de acabar com o terror", disse Zelensky, citado pela agência norte-americana AP.

A Rússia tinha acusado a Ucrânia de ter efetuado na quarta-feira um ataque com seis mísseis táticos ATACMS de fabrico norte-americano contra um aeródromo na cidade de Taganrog, na região de Rostov (sul).

Moscovo prometeu, no mesmo dia, que iria retaliar, uma ameaça que foi reafirmada na quinta-feira pelo porta-voz presidencial, Dmitri Peskov.

A operadora estatal ucraniana Ukrenergo disse que os ataques russos de hoje danificaram instalações de energia em várias regiões, obrigando a um aumento do número de cortes de eletricidade.

Trata-se do décimo segundo ataque do género contra instalações elétricas desde o início do ano, segundo a operadora, citada pela agência ucraniana Ukrinform.

"Devido às difíceis condições climatéricas (gelo, vento forte), a partir desta manhã, 198 povoações nas regiões de Kyiv, Chernigiv, Sumy, Cherkasy e Kirovohrad estavam sem eletricidade", disse a operadora num comunicado.

Para hoje, "estão previstas importações de eletricidade da Polónia, Roménia, Eslováquia, Hungria e Moldávia, com um volume total de 13.447 MWh [Megawatts]", acrescentou a Ukrenergo.

O fornecedor privado de eletricidade DTEK disse que as centrais térmicas ucranianas foram "seriamente danificadas" pelos ataques russos.

O ministro da Energia, Herman Halushchenko, assegurou que os trabalhadores do setor da energia estavam a trabalhar na reparação da rede para "minimizar as consequências negativas para o sistema de distribuição de eletricidade".

Zelensky disse que as forças ucranianas conseguiram abater 80 mísseis, 11 dos quais por caças F-16 que a Ucrânia começou a receber este ano dos aliados ocidentais.

O líder ucraniano precisou que a Rússia disparou 93 mísseis, "incluindo pelo menos um da Coreia do Norte".

Desde o lançamento da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia tem bombardeado o sistema elétrico da Ucrânia, o que resultou no encerramento frequente de sistemas críticos de aquecimento e de abastecimento de água potável durante os meses de inverno.

O anterior ataque de grande escala, em 28 de novembro, envolveu cerca de 200 mísseis e 'drones' e deixou mais de um milhão de famílias sem eletricidade.


Leia Também: O ataque de grande envergadura lançado hoje pela Rússia contra a Ucrânia envolveu 93 mísseis balísticos e de cruzeiro, afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Saydnaya: Infame "matadouro de Assad" enfim libertado e onde ainda se procuram sobreviventes, a prisão de Saydnaya, no norte de Damasco, serviu durante décadas para degradar e torturar milhares de presos políticos, que em muitos casos acabavam na forca.

© Lusa   13/12/2024

 O "matadouro de Assad" foi aberto e era o terror que se dizia

Infame "matadouro de Assad" enfim libertado e onde ainda se procuram sobreviventes, a prisão de Saydnaya, no norte de Damasco, serviu durante décadas para degradar e torturar milhares de presos políticos, que em muitos casos acabavam na forca.

Logo após a queda súbita do regime de Bashar al-Assad, que se exilou na Rússia antes de a capital síria ser tomada no domingo pelos grupos militares revoltosos do seu país, cerca de três mil prisioneiros de Saydnaya foram de imediato libertados, na ausência dos guardas que também se puseram em fuga pelos portões do gigantesco complexo, agora assinalado pela saudação 'Free Syria'.

No caminho inverso, milhares de sírios entupiram a estrada de acesso ao longo do árido Rif Dimashq, na esperança de encontrar familiares entre os reclusos ou pistas sobre o paradeiro dos desaparecidos.

Passaram-se quatro dias e as buscas mantêm-se, com operários a abrir caminho com martelos pneumáticos nas caves dos três edifícios dispostos em Y da chamada "zona branca", seguindo rumores, entretanto desmentidos por antigos prisioneiros, de cárceres ocultas no subsolo, a que se juntam métodos ancestrais usados por um homem que perscruta o pátio com auxílio de duas varas metálicas a fim de supostamente encontrar uma localização provável para escavar.

À entrada, dezenas de pessoas passam as noites frias em colchões de espuma ao relento sob um bosque de cedros, e os dias pesquisando milhares de documentos oficiais da prisão, muitos dos quais com a inscrição "confidencial", com fé de que um deles tenha o nome de um familiar em parte incerta.

Os longos corredores dos pisos superiores são percorridos como um museu por visitantes, que espreitam as celas cobertas por tapetes de mantas e roupas deixadas para trás pelos seus antigos ocupantes, tal como mensagens ocasionais de despedida em árabe nas paredes sujas, de gratidão às forças rebeldes ou de vingança contra o clã do Presidente sírio deposto: "Vamos atrás de ti".

Yusuf Daham Shumlan, 35 anos, passou por um daquelas celas em 2016: "Era aqui que estava", relata, apontando para o lugar exato onde ficou detido, enquanto se agacha e pousa um joelho no chão para explicar como batalhava por espaço entre 70 reclusos num máximo de 50 metros quadrados.

O habitante de Deir ez-Zor, no leste da Síria, recorda que foi detido logo a seguir ao seu irmão, há oito anos, por suspeita de terrorismo e colocado numa prisão na sua cidade natal, antes de ser encaminhado para Saydnaya, e também o procedimento padrão quando foi encarcerado com a multidão dos outros prisioneiros: "Cheguei vendado, espancaram-me brutalmente e chutaram-me para dentro da cela". Numa das torturas a que foi sujeito, partiram-lhe uma perna que ainda conserva placas metálicas.

Yusuf descreve ainda que toda a vida se desenrolava dentro da cela, incluindo a higiene num minúsculo espaço sanitário contíguo, a comida era fornecida através das grades -- habitualmente pão, batata mal cozida e tomate -- e tinha de durar três dias, as conversas eram proibidas e severamente punidas se fossem detetadas pelos guardas ou pelas câmaras de vigilância. Quase ninguém escapava de doenças.

Apesar de tudo, pertenceu a um grupo reduzido de presos de curta duração e, ao fim de alguns dias, foi transferido para uma cadeia militar e depois libertado sem qualquer explicação, ao contrário do seu irmão, que permaneceu na cadeia e que nunca viu enquanto esteve detido.

Yusuf ainda conseguiu visitá-lo há seis meses em Saydnaya, "muito doente e esquelético", mas agora encontra-se na lista dos desaparecidos. "Estou aqui há quatro dias à procura dele, talvez haja mesmo mais prisões nos subterrâneos".

É lá que os martelos pneumáticos continuam a bater o subsolo, depois de os "capacetes brancos" da proteção civil síria já terem feito o mesmo e sem sucesso, num trabalho vigiado pelos visitantes da prisão, horrorizados com o tratamento especial dado aos prisioneiros reservados aos pisos inferiores, afinal tão real como as descrições de antigos reclusos e denúncias internacionais de organizações de direitos humanos, sempre rejeitadas pelas autoridades de Damasco.

Nas caves, os presos eram privados de luz e depositados nas dezenas de celas húmidas, imundas e muito mais pequenas do que aquela que recebeu Yusuf, segundo um dos seus antigos ocupantes, que ali permaneceu entre 2019 e 2021, submetido a este tratamento cruel a que nem a doença era tolerada.

"Se nos queixávamos de alguma coisa, era espancamento certo", recorda este antigo prisioneiro, descrevendo inspeções clínicas que implicavam o procedimento de cada recluso se despir na totalidade dentro de um cubículo gradeado cravado na parede, antes de ser observado pelo médico, que se sentava a uma pequena secretária solitária num enorme salão, e que ainda se encontra no local.

O ex-prisioneiro natural da capital síria, também ele detido por suspeita de atos de terrorismo e militância nas forças de oposição, prefere não ser identificado nem fotografado, mantendo bem presente a ameaça que lhe dirigiram quando foi libertado sem ter sido julgado: "Disseram-me para nunca contar o que vi aqui, ou nunca mais veria a luz do sol, e eu já não confio em ninguém. Nem no novo governo".

E essa experiência, conta entre um cheiro persistente de latrina e esgoto, já a conheceu naqueles dois longos anos, em que apenas em intervalos de dois meses era permitido sair das catacumbas de Saydnaya para limpar o pátio "e os restos de sangue". Por cada cem presos que se apresentava ao trabalho, "pelo menos cinco ou seis já não voltavam às celas" e desapareciam sem deixar rasto.

No exterior da prisão, uma retroescavadora abre terreno, junto dos extensos e altos muros de betão com arame farpado, presumivelmente em busca de valas comuns, e bem perto do local dos enforcamentos de que sobram ainda duas cordas vermelhas penduradas.

Segundo a Amnistia Internacional, estima-se que cerca de 13 mil pessoas tenham sido executadas nesta cadeia, só entre 2011 e 2015, no rescaldo da Primavera Árabe e em plena guerra civil que devastou o país.

"Só quero que este edifício seja destruído e que nunca mais ninguém venha para aqui", declara o antigo prisioneiro, que, logo após a confirmação da queda de Assad, esteve na primeira linha dos libertadores de Saydnaya, de onde muitos reclusos saíram diretamente para o hospital e outros para a morgue. "Há prisões assim em Portugal? Vai alguém preso por dizer mal do presidente?", questiona ainda, ao mesmo tempo que exibe uma mão sem três dedos, amputados numa das sessões de tortura a que foi sujeito.

O enviado da ONU para a Síria, Geir Pedersen, exigiu hoje acesso completo de observadores independentes a centros de detenção do regime deposto de Assad para documentar e preservar provas de violações dos direitos humanos.

Estas deverão incluir a célebre prensa do "edifício vermelho", usada como instrumento de tortura através de esmagamento para os principais presos políticos, e onde hoje só a intervenção de militares rebeldes da Organização para a Libertação do Levante (HTS) evitou com disparos para o ar o linchamento de um homem por suspeita de ter sido guarda no chamado "matadouro humano", ou "matadouro de Assad".

Dentro dos sinistros muros de Saydnaya, todos os relatos apontam para a verdade como um objetivo secundário, depois da degradação e punição de suspeitos por acusar, mas é por ela que Nebar, uma mãe da cidade de Hama está há quatro dias acampada junto do edifício em busca de dois filhos, Ghazwan e Mohanad, presos há 12 anos, tal como Ali Yassin do seu filho Samer, capturado em 2018.


Navios de guerra regressam ao continente chinês após cerco a Taiwan

Por  Agência Lusa

Num sinal de intensificação da pressão militar por parte de Pequim, cerca de 90 navios de guerra e da guarda costeira participaram em manobras nos últimos dias

Os navios da marinha e da guarda costeira chinesas que durante vários dias realizaram um vasto exercício naval em torno de Taiwan, o maior dos últimos anos, regressaram aos portos, anunciaram esta sexta-feira as autoridades taiwanesas.

“Todos os navios da guarda costeira chinesa regressaram na quinta-feira à noite à China e, embora não tenham feito um anúncio oficial, consideramos que o exercício terminou”, disse o diretor-geral adjunto da guarda costeira de Taiwan, Hsieh Ching-chin.

Uma porta-voz do Ministério da Defesa de Taiwan confirmou que navios de guerra e da guarda costeira chinesa foram detetados a regressar à China continental.

Num sinal de intensificação da pressão militar por parte de Pequim, cerca de 90 navios de guerra e da guarda costeira participaram em manobras nos últimos dias que incluíram ataques simulados a navios e exercícios destinados a bloquear as rotas marítimas, disse na quarta-feira um alto funcionário da segurança de Taiwan.

De acordo com o funcionário, que falou sob condição de anonimato, a China começou a planear uma operação marítima maciça em outubro, para demonstrar que podia sufocar Taiwan e traçar uma “linha vermelha” antes da tomada de posse da nova administração republicana dos Estados Unidos, em janeiro.

Desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949, Taiwan é governada de facto por um governo autónomo, mas a China considera a ilha como uma província sua, que deve ser reunificada com o resto do território, e não exclui o uso da força para o conseguir.

O Exército de Libertação Popular da China ou a imprensa estatal chinesa não anunciaram qualquer aumento da atividade militar.

Após a retirada dos navios chineses, as forças militares e a guarda costeira de Taiwan encerraram os centros de resposta de emergência criados para fazer face às manobras.

As manobras chinesas surgem poucos dias após o fim de uma viagem ao Pacífico do líder de Taiwan, William Lai Ching-te, eleito em janeiro.

Durante o périplo, William Lai, que considera Taiwan “um país independente e soberano”, visitou dois territórios norte-americanos, Havai e Guam, onde se encontram várias bases militares estratégicas.

Lai falou também, por telefone, com o líder da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do parlamento dos EUA, o republicano Mike Johnson. Estes episódios provocaram fortes protestos por parte de Pequim.

A China instou os Estados Unidos a “deixarem de enviar sinais errados” às “forças independentistas de Taiwan” e advertiu a ilha contra qualquer tentativa de “procurar a independência com a ajuda dos Estados Unidos”, afirmando que “falharia inevitavelmente”.

A diplomacia chinesa não negou nem confirmou as manobras.

Mas o exército chinês afirmou hoje que “nunca se absterá” de “lutar contra a independência de Taiwan, quer realize ou não exercícios militares”.

O porta-voz do ministério da Defesa, Wu Qian, disse em conferência de imprensa que “é a nobre missão do Exército de Libertação Popular da China proteger a soberania nacional e a integridade territorial, salvaguardar os interesses fundamentais da nação chinesa e defender os interesses comuns dos compatriotas de ambos os lados do Estreito de Taiwan”.

Em resposta a uma pergunta sobre o destacamento militar da China em torno de Taiwan, Wu explicou que “tal como a água não tem uma forma constante, na guerra também não há condições constantes”, salientando que as forças frmadas chinesas “decidirão se realizam ou não exercícios militares de acordo com as suas necessidades e a situação no terreno”.

Pelo menos 68 jornalistas e profissionais dos media foram assassinados este ano em contexto de trabalho e a maioria das mortes aconteceu em zonas de conflitos, revelou hoje a UNESCO.

© Getty Images    Por Lusa   13/12/2024 

Este ano 68 jornalistas foram assassinados, a maioria em conflitos

Pelo menos 68 jornalistas e profissionais dos media foram assassinados este ano em contexto de trabalho e a maioria das mortes aconteceu em zonas de conflitos, revelou hoje a UNESCO.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o número de jornalistas que foram mortos este ano em funções é inferior aos dois anos anteriores - 74 em 2023 e 88 em 2022 -, mas há ainda vários casos por verificar.

Dos 68 jornalistas assassinados, 60% (42 profissionais) morreram enquanto trabalhavam em países em conflito, o que representa a maior percentagem numa década.

Dezoito morreram na Palestina, quatro na Ucrânia e na Colômbia, três no Iraque, no Líbano, em Myanmar e no Sudão e um jornalista na Síria, no Chade, na Somália e na República Democrática do Congo.

"Em situações de conflito, é fundamental contar com informação fiável para ajudar as populações afetadas e informar o mundo. É inaceitável que os jornalistas paguem este trabalho com as próprias vidas", afirmou a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, em nota de imprensa.

Os dados compilados pela UNESCO baseiam-se em casos registados pelas principais organizações de defesa da liberdade de imprensa e não incluem os jornalistas que morreram em circunstâncias não relacionadas com trabalho.


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