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Por Notícias ao Minuto 30/05/24
Foi feito um minuto de silêncio na Assembleia Geral e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reiterou as suas condolências.
A Organização das Nações Unidas (ONU) prestou, esta quinta-feira, uma "homenagem oficial" ao presidente iraniano, Ebrahim Raisi, que morreu na sequência de uma queda de helicóptero, no passado dia 19 de maio.
Segundo a agência de notícias Agence France-Presse (AFP), foi feito um minuto de silêncio na Assembleia Geral e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reiterou as suas condolências aos familiares do presidente e das outras vítimas do acidente, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, e outros seis passageiros.
"As Nações Unidas apoiam o povo iraniano na sua busca pela paz, pelo desenvolvimento e pelas liberdades fundamentais. Para este fim, as Nações Unidas guiar-se-ão pela Carta para tentar alcançar a paz e a segurança, o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos para todos", defendeu Guterres após o minuto de silêncio, citado pela AFP.
Os Estados Unidos foram um dos países que falhou à cerimónia, defendendo que a "ONU deveria estar ao lado do povo do Irão" e o presidente "esteve envolvido em numerosas e horríveis violações dos direitos humanos".
"Os Estados Unidos não participarão, seja a que título for, no evento de homenagem ao presidente Raisi, hoje realizado pelas Nações Unidas. A ONU deveria estar ao lado do povo do Irão", destacou Nate Evans, porta-voz da delegação norte-americana na ONU, na rede social X, acrescentando que "Raisi esteve envolvido em numerosas e horríveis violações dos direitos humanos, incluindo a execução extrajudicial de milhares de prisioneiros políticos em 1988".
"Algumas das piores violações dos direitos humanos de que há registo ocorreram durante o seu mandato", acrescentou.A homenagem na Assembleia Geral da ONU aconteceu dias após o Conselho de Segurança ter também feito um minuto de silêncio e de Guterres se ter manifestado "triste" com a morte do presidente iraniano.
Na altura, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, defendeu que o português "nunca se esquivou de expressar a sua preocupação com a situação dos direitos humanos no Irão, especialmente das mulheres", mas "isso não o impede de expressar as suas condolências quando um chefe de Estado, um membro da organização e um ministro dos Negócios Estrangeiros, com quem se reunia regularmente, morrem num acidente de helicóptero".