MOÇÃO DE AGRADECIMENTO👇
MOÇÃO DE CONFIANÇA POLÍTICA👇
Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 / G15-COMUNICAÇÃO-JUADEM
As reuniões com os órgãos estatutários tem como objetivo:
- Fazer o balanço da campanha eleitoral tendo em conta dos resultados finais
- Auscultar a sensibilidade dos militantes
-Apresentação do pedido de mandato à CPN para gerir os assuntos relacionados com a constituição da Nova Assembleia da República.
Na presença dos altos dirigentes do Partido e dos distintos militantes, em consequência dos resultados das eleições de 4 de junho, Braima Camará renúncia o cargo de Coordenador do MADEM-G15, tal como havia dito em vários momentos da campanha.
O homem conhecido pela sua palavra e desapego ao poder, deu mais uma vez provas de que a missão de contribuir para o progresso e desenvolvimento da Guiné-Bissau pode ser feito de várias formas, sem colocar em causa a sua palavra nem a estabilidade do país.
Por Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 17/06/23
POR LUSA / Radio Voz Do Povo 17/06/23
O coordenador nacional do Movimento da Alternância Democrática (Madem-G15) da Guiné-Bissau, Braima Camará, renunciou hoje ao cargo, após a derrota do partido nas eleições legislativas do dia 04.
O Madem-G15 governava o país em coligação com o Partido de Renovação Social e com a Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau.
O anúncio feito por Braima Camará provocou a agitação entre os 542 membros do Conselho Nacional do partido (composto por 615), que começaram imediatamente a gritar "nunca" e a afirmar que não aceitavam a sua demissão.
Vários membros levantaram-se e juntaram-se, a chorar, à tribuna onde discursava Braima Camará, a pedir para não deixar de ser coordenador nacional do partido, obrigando alguns elementos das forças de segurança a entrar na sala, enquanto outros dirigentes do partido pediam às pessoas para se acalmarem.
Antes de o seu discurso ser interrompido, Braima Camará considerou que é o "único responsável pela derrota eleitoral" e que não "há bodes expiatórios, nem dois culpados".
"O Madem perdeu as eleições. Ponto final. Parágrafo. Não vou a tribunal por causa dos resultados", disse Braima Camará, salientando que a política deve ser feita com nobreza e que "nunca será um primeiro-ministro cozinhado num gabinete".
"Tenho uma visão e uma ideia clara para a Guiné-Bissau", afirmou.
Após a situação na sala estar mais calma, os jornalistas foram convidados a sair, para o Conselho Nacional prosseguir o seu trabalho, de onde deverá sair ainda hoje uma resolução final.
Os resultados das eleições legislativas deram a vitória à coligação PAI - Terra Ranka com 54 dos 102 deputados ao parlamento, conquistando assim a maioria absoluta.
O Madem-G15 obteve 29 deputados na Assembleia Nacional Popular, mais dois assentos do que em 2019.
O Partido de Renovação Social (PRS) conseguiu 12 deputados, uma grande descida em relação às legislativas de 2019, quando obteve 21 assentos, enquanto o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), criado no final de 2021, e liderado por Botche Candé, obteve seis deputados na sua estreia eleitoral.
A Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderada pelo primeiro-ministro cessante Nuno Gomes Nabiam, obteve apenas um deputado, quando em 2019 elegeu cinco deputados.
© Lusa
POR LUSA 17/06/23
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que chefia uma delegação africana de mediação, disse hoje ao líder russo, Vladimir Putin, que "a guerra deve terminar" na Ucrânia.
"A guerra não pode durar para sempre (...). Esta guerra deve terminar", defendeu Ramaphosa, durante uma reunião com Putin, em São Petersburgo.
"É do nosso interesse comum que esta guerra termine", insistiu o líder sul-africano, sublinhando que o seu continente está a ser afetado negativamente por este conflito no leste da Europa.
Este fim de semana, quatro chefes de Estado africanos -- Cyril Ramaphosa, da África do Sul, Macky Sal, do Senegal, Hakainde Hichilema, da Zâmbia, e Azali Assoumani, de Comores (atual presidente da União Africana) -- deslocaram-se a São Petersburgo e a Kiev, para procurar reuniões com Zelensky e Putin.
"Estamos aqui para ouvi-lo, para ouvir a voz do povo russo", disse o Presidente de Comores, acrescentando que o propósito da delegação é "convencer os dois países a trilhar o caminho do diálogo".
Em Kiev, na sexta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha rejeitado a proposta da delegação africana, denunciando tratar-se de uma estratégia orquestrada por Moscovo, quando as forças da Ucrânia procuram desenvolver uma contra-ofensiva.
Hoje, em São Petersburgo, Putin voltou a dizer que respeita "a posição dos Estados africanos a favor da manutenção da estabilidade", mostrando-se agradado com "a sua aspiração a uma política pacifista".
O líder russo agradeceu o interesse em encontrar formas de resolver o conflito na Ucrânia, sublinhando que "o fortalecimento abrangente dos laços com os países do continente africano é uma prioridade da política externa" do seu Governo.
Presidido pelo Coordenador Nacional, camarada Braima Camará, este reunião visa apresentar o balanço geral sobre Campanha Eleitoral face aos resultados apresentados pela Diretoria Nacional, assim como, uma apreciação geral dos resultados das eleições legislativas de 2023.
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© cnnportugal.iol.pt 17/06/23
© Lusa
POR LUSA 17/06/23
Uma delegação africana liderada pelo presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, chegou hoje a São Petersburgo, no noroeste da Rússia, para um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, disseram as autoridades locais.
A delegação de sete dirigentes viajou para a Rússia depois de ter estado na Ucrânia, onde se reuniu com o Presidente Volodymyr Zelensky, para tentar ajudar a pôr fim à guerra entre os dois países europeus.
A presidência sul-africana disse que Putin deverá receber Ramaphosa antes do encontro com a delegação.
"O Presidente Ramaphosa chegou a São Petersburgo (...), onde deverá manter conversações com o líder russo, Vladimir Putin, antes de uma reunião com todos os mediadores africanos", disse a presidência no Twitter, segundo a agência francesa AFP.
Além de Ramaphosa, integram a delegação os presidentes das Comores, Azali Assoumani (atual presidente da União Africana), do Senegal, Macky Sall, e da Zâmbia, Hakainde Hichilema.
O primeiro-ministro do Egito, Mostafa Madbouly, também integra a delegação, que inclui ainda enviados da República do Congo e do Uganda.
Putin participou no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês), durante o qual anunciou, na sexta-feira, a transferência das primeiras armas nucleares táticas russas para a Bielorrússia.
O líder russo presidiu, hoje de manhã, ao hastear das bandeiras da Federação Russa, da União Soviética e do Império Russo num parque inaugurado em 1995, no 300.º aniversário da fundação da cidade pelo czar Pedro I.
Putin chegou às águas do Golfo da Finlândia num barco, de onde assistiu à cerimónia, segundo a agência oficial russa TASS.
A missão de paz africana é uma iniciativa de Ramaphosa e visa aproximar russos e ucranianos de uma solução negociada para a guerra provocada pela invasão militar russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
A presidência sul-africana disse que as conversações com Zelensky foram construtivas.
Em declarações a uma agência ucraniana, o conselheiro presidencial ucraniano Mikhail Podoliak disse hoje que a delegação visitou Kiev apenas para falar sobre o mandado internacional de detenção de Putin.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de detenção contra Putin em março, por crimes de guerra devido à alegada deportação de crianças ucranianas para a Rússia.
Podoliak também considerou que o bombardeamento russo de Kiev no dia da visita da delegação chefiada por Ramaphosa destruiu a lealdade de alguns países africanos para com a Rússia, embora sem especificar.
© REUTERS/Oleksandr
Notícias ao Minuto 17/06/23
A Ucrânia precisa de armas com um alcance até 200 quilómetros para ser capaz de realizar ataques de alta precisão a longa distância contra as forças russas, afirmou hoje o vice-ministro da Defesa ucraniano.
Volodymyr Gavrilov disse que os planos militares da Ucrânia, que tem em curso uma contraofensiva contra a Rússia, "estão a ser executados de acordo com o previsto".
"A Ucrânia está a tomar a iniciativa, a Rússia está na defensiva, mas para se fortalecer, [a Ucrânia] precisa de armas com um alcance até 200 quilómetros", afirmou Gavrilov num comunicado publicado na rede social Telegram.
Gavrilov referiu ser necessário, na guerra moderna, saber as posições do inimigo "e ser capaz de realizar ataques de precisão a longa distância".
"Ou seja, ter armas capazes de atingir o inimigo a uma distância até 200 quilómetros", precisou no comunicado citado pela agência espanhola EFE.
Gavrilov disse ainda que a Ucrânia está a receber aviões que serão usados, sobretudo, para proteger os civis e as infraestruturas civis dos mísseis lançados pelas forças russas.
Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022, Kyiv tem acusado a Rússia de destruir infraestruturas civis, incluindo edifícios residenciais, mas Moscovo respondeu sempre que visa apenas alvos militares.
"Passou mais de um ano de guerra e estamos confiantes em derrotar os invasores russos, juntamente com os nossos parceiros que nos fornecem tudo o que precisamos", acrescentou.
Os aliados ocidentais de Kyiv têm fornecido armamento às forças armadas ucranianas e treinado os seus efetivos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Também têm decretado sucessivos pacotes de sanções económicas contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares na guerra russa contra a Ucrânia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Bom dia povo que deixou de ser ESPECIAL 🤺🏋🤼♂️🤼♀️
Bom dia país dos Petroleos e dos diamantes 💎
O CAGANÇO lhes entrou até na medula do OSSO e não sabem o que fazer.
Vamos que vamos, o mundo está de olho em NÓS.
Hojé em Angola, a ditadura CAI e com ela o Mpla do Jló.
Vamos que vamos netos de N'Zinga M'Bande.
O número persistentemente alto de homicídios na África do Sul está sob os holofotes. Nos primeiros três meses deste ano, mais de 6.000 pessoas foram mortas no país, segundo estatísticas oficiais, e os cidadãos fartos pedem um policiamento eficaz.
© Getty Images
POR LUSA 17/06/23
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, apelou hoje à produção de mais tanques para responder às necessidades do exército na Ucrânia, em plena contraofensiva ucraniana.
Shoigu, que visitou uma fábrica militar na região de Omsk (oeste da Sibéria), "estabeleceu o objetivo de continuar a aumentar a produção de tanques", disse o exército russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O ministro justificou que novos tanques são necessários "para satisfazer as necessidades das forças russas que cumprem as tarefas da operação militar especial" na Ucrânia, segundo o comunicado.
A Rússia designa oficialmente a guerra contra a Ucrânia, que iniciou com a invasão de 24 de fevereiro de 2022, como uma "operação militar especial".
Shoigu sublinhou ainda a necessidade de melhorar a segurança dos veículos blindados e das respetivas tripulações, disse o exército no comunicado.
As declarações de Shoigu surgem no meio de uma contraofensiva ucraniana destinada a retomar o território sob controlo russo na Ucrânia.
Moscovo continua a insistir que a contraofensiva falhou, enquanto Kiev afirma ter libertado algumas cidades e cerca de cem quilómetros quadrados, principalmente na frente sul.
Os serviços secretos britânicos admitiram hoje que as forças russas tenham ganhado "uma vantagem temporária no sul da Ucrânia, especialmente com helicópteros de ataque que utilizam mísseis de longo alcance contra alvos terrestres".
Na avaliação diária divulgada pelo Ministério da Defesa britânico, os analistas de Londres referiram que a Rússia reforçou a força de helicópteros no sul da Ucrânia desde o início da contraofensiva ucraniana.
"As imagens mostram que mais de 20 helicópteros russos foram destacados para o aeroporto de Berdyansk, cerca de 100 quilómetros atrás da linha da frente", acrescentaram.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse na sexta-feira que as forças ucranianas estavam a falhar na contraofensiva, registando "perdas muito pesadas".
Putin considerou ainda que a Ucrânia não será capaz de lutar "durante muito tempo" por falta de equipamento militar, apesar dos fornecimentos ocidentais.
Analistas militares ocidentais têm dito que Kiev ainda não lançou a maior parte das forças na contraofensiva, segundo a AFP.
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido equipamento militar a Kiev para combater as forças russas.
Os aliados ocidentais também impuseram sanções contra interesses económicos russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
Por SIC Notícias 17/06/23
Delegação africana liderada pelo Presidente sul-africano vai à Rússia em missão de paz.
O Presidente da África do Sul encontra-se hoje com Vladimir Putin na Rússia. Zelensky rejeitou qualquer compromisso com Moscovo enquanto as forças russas continuarem no país.
O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa lidera uma missão de paz africana e viaja acompanhado de outros chefes de Estado da Zâmbia, Comores, Congo, Egito, Senegal e Uganda.
O chefe de Estado da África do Sul disse antes de chegar à Ucrânia que a "Missão de Paz oferece uma perspetiva africana e pede um processo de paz que ponha fim às hostilidades".
Ontem, em Kiev, reuniu-se com Volodymyr Zelensky. Apelou à Ucrânia e à Rússia para abrandarem os combates mas o Presidente ucraniano rejeitou qualquer compromisso com Moscovo enquanto as forças russas continuarem a ocupar várias partes do país.
© Lusa
POR LUSA 17/06/23
Pelo menos 25 mortos em "ataque terrorista" a escola no Uganda
Pelo menos 25 pessoas morreram num "ataque terrorista" contra uma escola no oeste do Uganda, declarou hoje o porta-voz da polícia do país da África Oriental.
"Até ao momento, foram encontrados 25 corpos e transferidos da escola para o hospital de Bwera", declarou o porta-voz Fred Enanga.
Bwera situa-se perto da fronteira com a República Democrática do Congo (RDCongo).
A polícia ugandesa atribuiu o ataque às Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), um grupo rebelde com ligações pouco claras ao Estado Islâmico (EI).
A polícia e o exército lançaram uma "perseguição intensa" aos atacantes no parque nacional congolês de Virunga, disseram as autoridades ugandesas, citadas pela agência espanhola EFE.
Segundo a polícia, "um dormitório foi queimado e uma loja de alimentos foi saqueada" durante o ataque, que provocou ainda oito feridos graves.
Os feridos "permanecem em estado crítico no hospital de Bwera", disse o porta-voz da polícia.
As ADF são um grupo rebelde de origem ugandesa, mas estão atualmente baseadas nas províncias congolesas de Kivu do Norte e da vizinha Ituri, perto da fronteira que a RDCongo partilha com o Uganda.
Os objetivos das ADF não são claros e o EI por vezes reivindica a responsabilidade pelos seus ataques.
Embora peritos da ONU não tenham encontrado provas de apoio direto do EI às ADF, os Estados Unidos classificaram o grupo ugandês como uma "organização terrorista" afiliada ao grupo jihadista, em março de 2021.
De acordo com o Barómetro de Segurança de Kivu (KST), as ADF são responsáveis por mais de 3.800 mortes em 730 ataques na RDCongo desde 2017.
As autoridades ugandesas acusaram o grupo de organizar ataques no seu território, incluindo dois atentados suicidas em Kampala, em novembro de 2021, e assassinatos de altos funcionários.
Os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram, em novembro de 2021, uma operação militar conjunta em solo congolês contra as ADF, que ainda está em curso, embora os ataques dos rebeldes não tenham cessado.
Desde 1998, o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão da ONU no país (Monusco), com cerca de 16 mil efetivos uniformizados no terreno.
© Lusa
POR LUSA 17/06/23
O Governo da Mauritânia registou pelo menos 104 casos de escravatura, tráfico de pessoas e contrabando de migrantes, no âmbito de uma campanha governamental para erradicar estes crimes.
Os números foram anunciados numa conferência de imprensa, na sexta-feira, pelo Comissário para os Direitos Humanos, Ação Humanitária e Relações com a Sociedade Civil, xeque Ahmedu Uld Ahmed Salem Uld Sidi, de acordo com o portal de notícias mauritano Cridem.
Um relatório do Departamento de Estado dos Estados Unidos, divulgado na quinta-feira, reconheceu "os esforços" do Governo mauritano para "promover e proteger os direitos e as liberdades" no país, mas apontou também que "o país não cumpre as normas mínimas para a erradicação do tráfico de seres humanos".
Em maio, o relator especial da ONU para as formas contemporâneas de escravatura, Tomoya Obokata, afirmou, no âmbito de uma visita ao país, que há "progressos no reforço do quadro jurídico da Mauritânia" e congratulou-se com a "vontade política" de combater a escravatura, embora também tenha alertado que as autoridades ainda têm muito trabalho a fazer.
"Desde a última visita, em 2014, a Mauritânia tomou medidas importantes para combater a escravatura e existe uma maior vontade de discutir abertamente as questões relacionadas com a escravatura. A adoção da Lei 2015-031 que criminaliza a escravatura e as práticas análogas à escravatura colmatou muitas das lacunas da anterior legislação antiesclavagista da Mauritânia. Sinto-me igualmente encorajado pelos esforços envidados pelo governo para sensibilizar os profissionais do direito, a polícia judiciária, as forças de segurança, a sociedade civil e o público em geral para a lei", afirmou Obokata.
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POR LUSA 17/06/23
A guineense Maria Esperança Fernandes tem muitas bocas para alimentar, mas está cansada de procurar alternativas à venda do caju, amontoado em casa porque ninguém compra, e a fome já é uma realidade na família.
A viúva, produtora em Mansoa, na região de Oio, centro-norte da Guiné-Bissau, diz que, de vez em quando, não tem outra hipótese senão vender o caju a 150 ou 200 francos CFA (entre 0,22 e 0,30 euros) um preço muito inferior aos 350 francos CFA (0,57 euros) estipulados pelo Governo.
"Às vezes vendo um saco [de caju] para conseguir três ou quatro mil francos CFA [4,5 ou sete euros] para comprar um saco do arroz", diz, manifestando, no entanto, a revolta por ter de vender ao desbarato a fonte de sustento das 14 pessoas da família, incluindo seis crianças.
Sobre a hipótese de trocar caju por arroz, a resposta é pronta: "Não consigo e não vou fazer isso. Tenho fome, é verdade, mas não vou fazer isso. De vez em quando desenrasco e vendo 10 quilogramas para arranjar 2 mil francos CFA (3,5 euros) para comprar o arroz e depois labuto para comprar outros ingredientes para fazer a comida".
Além da dificuldade em alimentar a família, Maria Esperança diz que "nem sabão para lavar a roupa das crianças" consegue comprar e antecipa já um novo problema: "Tenho de arranjar dinheiro para pagar a matrícula das crianças, estamos no meio do ano letivo, não consigo".
Leandro Pinto Júnior, diretor da ONG guineense Cooperativa Agropecuária de Jovens Quadros (Coajoq), uma Organização Não-Governamental que trabalha na região de Cacheu, no norte da Guiné-Bissau, diz à Lusa que "os agricultores estão a sofrer" porque este ano não conseguiram fazer a pré-venda da castanha de caju, que consiste em comercializar pequenas quantidades para custear as despesas de preparação dos pomares.
Além da conjuntura internacional e da quebra na procura, o dirigente atribui a crise à campanha eleitoral para as legislativas de 04 de junho último, que "prejudicou a comercialização" do caju, o que "poderá motivar a fome nas comunidades rurais".
Namir Agostinho Bontche, produtor na Ponta Gardete, região de Biombo, a cerca de 10 quilómetros de Bissau, confirma: "Nos anos anteriores já tínhamos vendido toda a nossa castanha neste momento".
"Até já se tinha iniciado aqui a compra em que algumas pessoas vendiam por 150, 200 francos CFA por quilograma, mas de repente parou", diz, referindo que está "à espera do Governo porque eles é que decidem tudo".
"O nosso apelo é para que o Governo arranje soluções para que os empresários possam comprar a nossa castanha", diz.
Até lá, limita-se a apanhar o caju e a arrumá-lo em casa porque "não há comprador", o que "torna difícil arranjar dinheiro para comprar arroz" para alimentar a família de mais de 20 pessoas.
"Estão a vender o arroz muito caro no mercado", lamenta Namir, que paga 21,5 mil francos CFA (33 euros) por um saco de 50 quilos e se for o de "boa qualidade" pode chegar aos 24 mil (37 euros).
Apesar das dificuldades, este guineense, de 29 anos, tem esperança num futuro melhor e sonha ser músico. Diz com orgulho que já estuda música e canta no coro da igreja protestante.
Binta Sissé, produtora rural em Farim, na região de Oio, junto à fronteira com o Senegal, também tem "20 e tal" bocas para alimentar e queixa-se que "só uma pessoa não é capaz de aguentar essa gente toda".
"Na época da apanha do caju toda a gente fica contente, mesmo aqueles que não têm propriedades do caju. Este ano estamos todos a chorar", conta a guineense, para explicar a situação de "muita dificuldade" na região de Oio: "Nem temos o que comer. Se almoçares, não jantas".
Binta diz que há quem chegue a oferecer apenas 75 francos CFA (0,11 euros) por quilo de caju.
Mussa Cissé, igualmente produtor em Farim, tem as mesmas queixas: "A situação é péssima", "extremamente difícil" e há já "problemas de fome", diz, explicando que fez a colheita do caju, mas não tem quem compre.
Este guineense já tentou a sorte "no outro lado da fronteira", mas não conseguiu vender "por causa das apreensões por parte dos agentes de comércio, guardas nacionais", que "não permitem nada".
Mais de 80 por cento dos cerca de dois milhões de guineenses dependem direta ou indiretamente da produção da castanha de caju, principal produto de exportação do país.
O líder da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, vencedor com maioria absoluta das legislativas, definiu entre as prioridades do próximo Governo resolver o problema da fome que se faz sentir no país devido à fraca campanha de comercialização da campanha de caju.
Enquanto a resposta política não chega, Binta Sissé não esconde a revolta e resume o sofrimento da população: "um chefe de família chega a ter 100 sacos de castanha 'deitados' em casa e as crianças com fome, porque não há comida".
"Isso é muito grave [...] tens crianças a chorar, a pedir-te dinheiro para comprar comida".
© Lusa
POR LUSA 17/06/23
O Ministério da Defesa de Taiwan disse hoje ter detetado 13 caças e sete navios da China, nas proximidades da ilha, cerca das 06:00 (23:00 de sexta-feira em Lisboa).
"As Forças Armadas da República da China monitorizaram a situação e designaram aviões CAP, navios da marinha e sistemas de mísseis terrestres para responder a estas atividades" da República Popular da China, de acordo com um comunicado do Ministério publicado na rede social Twitter.
A escalada da tensão na região começou com a viagem à ilha da então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (câmara baixa do Congresso norte-americano) Nancy Pelosi, em agosto do ano passado.
A situação agravou-se, na sequência da visita da líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, aos EUA, onde se reuniu com vários congressistas norte-americanos, apesar dos avisos de Pequim.
Taiwan tem um Governo autónomo desde 1949, mas a China considera o território sob a sua soberania. A política de Pequim em relação a Taipé tem sido, até à data, a de uma reunificação pacífica, ao abrigo do princípio "Um país, dois sistemas".