A União Europeia (UE) vai doar cinco milhões de comprimidos de iodeto de potássio para proteger os ucranianos da potencial exposição à radiação, numa altura em que a central nuclear ucraniana de Zaporijia está ocupada por forças russas.
Em comunicado hoje divulgado, a Comissão Europeia aponta que, na passada sexta-feira, "a UE recebeu do governo da Ucrânia uma solicitação [para envio] de comprimidos de iodeto de potássio como medida preventiva de segurança para aumentar o nível de proteção em torno da central nuclear de Zaporijia".
Respondendo a tal solicitação, "o Centro Europeu de Coordenação de Resposta mobilizou rapidamente 5,5 milhões de medicamentos de iodeto de potássio através do Mecanismo de Proteção Civil da UE para a Ucrânia, incluindo cinco milhões das reservas de emergência e 500.000 da Áustria", precisa o executivo comunitário.
O apoio tem um valor financeiro de mais de 500 mil euros e será entregue à Ucrânia a partir das instalações logísticas instaladas na Alemanha.
A ideia é que comprimidos de iodeto de potássio sejam "utilizados em cenários limitados para evitar que o iodo radioativo inalado ou engolido fosse absorvido pela tiroide", adianta a Comissão Europeia.
Citado pela nota, o comissário europeu da Gestão de Crises, Janez Lenarcic, vinca que "nenhuma central nuclear deverá alguma vez ser utilizada como teatro de guerra".
"É inaceitável que vidas civis sejam postas em perigo. Toda a ação militar em torno da central nuclear de Zaporijia deve cessar imediatamente", apela o responsável.
Na segunda-feira, a Ucrânia e a Rússia voltaram a acusar-se mutuamente de ataques contra Zaporijia, no dia da partida de uma missão de peritos internacionais para a central nuclear ucraniana ocupada por forças russas.
As forças russas assumiram o controlo da central nuclear de Zaporijia, no sudeste da Ucrânia, cerca de duas semanas depois de terem invadido o país vizinho, em 24 de fevereiro.
Uma série de ataques nas últimas semanas, denunciados pelas duas partes como sendo da responsabilidade da outra, levaram ao receio de um acidente nuclear grave na central.
A Ucrânia tem quatro centrais nucleares em funcionamento, com um total de 15 reatores, seis dos quais na de Zaporijia.
O acidente nuclear mais grave de sempre ocorreu em solo ucraniano, em 1986, na central de Chernobyl, quando a Ucrânia fazia parte da antiga União Soviética.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o seu exército irá "empurrar" os russos "até à fronteira". A declaração foi proferida no seu habitual discurso noturno, publicado na noite de segunda-feira, na rede social Telegram, e aqui citado pela Reuters.
Zelensky reiterou, a este propósito, estar confiante na contraofensiva ucraniana, que arrancou na segunda-feira em Kherson e Mykolaiv, e ecoou ainda o que já dissera sobre a retomada de territórios - com particular destaque para a Crimeira.
O chefe de Estado da Ucrânia deixou ainda um aviso aos russos, salientando que "a linha da fronteira não mudou" e que os "invasores sabem-no bem". E ameaçou: "Se querem sobreviver, então é altura do exército russo fugir. Voltem para casa".
Para os soldados russos que não puderem desobedecer a ordens e fugir, o presidente ucraniano garantiu que as autoridades do país deixarão "esses ocupantes renderem-se" e que irão "garantir o respeito por todas as normas das Convenções de Genebra". "Se não me ouvirem, terão de lidar com a nossa defesa, que não irá parar até liberar tudo o que pertence à Ucrânia", garantiu Zelensky.
De recordar que Oleksiy Arestovych, conselheiro presidencial de Zelensky, garantiu que as defesas russas tinham sido "quebradas em poucas horas", enquanto comentava a ofensiva ucraniana sobre a região de Kherson.
As forças ucranianas terão, no âmbito dessa ofensiva, bombardeado ferries que a Rússia estava a utilizar para abastecer uma faixa de território localizada na margem ocidental do rio Dnipro, na região de Kherson, acrescentou a mesma fonte.
Também o Ministério da Defesa britânico veio, entretanto, confirmar que as forças ucranianas tinham aumentado os seus ataques no sul do país, algo que estaria a perturbar o reabastecimento dos russos.
Esta contraofensiva ucraniana surge após semanas de impasse numa guerra que, até ao momento, matou já 5.663 civis e feriu outros 8.055, segundo o mais recente balanço fornecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
De recordar que a Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de Fevereiro, no âmbito daquilo a que chama uma "operação militar especial". O Kremlin continua, no entanto, a negar visar alvos civis com os seus ataques, embora os mesmos tenham devastado, até ao momento, várias cidades e vilas ucranianas.
Cerca de 14 mil crianças encontram-se desparecidas na Nigéria, mais de metade das 25 mil pessoas com paradeiro desconhecido no país, o mais afetado em todo o continente, que regista 64 mil desaparecidos, segundo a Cruz Vermelha Internacional.
"Infelizmente, as quase 14.000 crianças registadas não captam todo o alcance desta questão humanitária frequentemente negligenciada e trágica. Não há dúvida de que há mais crianças cujo destino permanece desconhecido", disse Yann Bonzon, chefe da delegação do Comité Internacional da Cruz Vermelha na Nigéria.
Estão atualmente ativos em todo o continente mais de 35 conflitos armados, na origem de deslocamentos forçados de largos milhares de pessoas em busca de segurança todos os anos.
Tais movimentos implicam frequentemente muitos riscos, incluindo o de desaparecimento. Os casos documentados de pessoas desaparecidas estão a aumentar, alerta o CICV, acrescentando que os números reais são muito mais elevados do que os inscritos nas estatísticas oficiais.
Durante a deslocação, as crianças enfrentam com frequência exploração, violência, angústia mental e desaparecimento, entre outros riscos. Muitas acabam por ficar sozinhas, sem notícias do paradeiro das famílias. O CICV tem mais de 5.200 casos documentados de crianças desacompanhadas em África.
"A implementação das políticas corretas pode salvar vidas e proteger migrantes e famílias de pessoas desaparecidas. Esta é uma questão de humanidade e dignidade humana", afirmou Patrick Youssef, diretor regional do CICV para África.
Entre janeiro e junho deste ano, o CICV e a Cruz Vermelha nigeriana ajudaram a juntar às respetivas famílias 31 crianças e jovens; as famílias de 377 pessoas receberam informações sobre o paradeiro ou destino dos entes queridos, e 146 famílias de pessoas desaparecidas receberam apoio psicossocial, económico, legal e administrativo através do Programa de Acompanhamento para Famílias dos Desaparecidos.
O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a região do Pacífico Ocidental, Takeshi Kasai, foi afastado do cargo, segundo a Associated Press (AP), que noticiou em janeiro queixas de racismo contra o responsável da agência da ONU.
A AP cita "correspondência interna" da OMS que dá conta do afastamento de Takeshi Kasai.
O afastamento ocorre meses depois de terem sido noticiados os resultados de uma investigação jornalística da AP que indicava que dezenas de funcionários do organismo na Ásia tinham sido alvo de alegados comportamentos racistas e de comportamentos considerados "pouco éticos" por parte de Kasai.
Segundo as acusações, os alegados comportamentos de Takeshi Kasai afetaram os esforços da OMS no continente asiático durante os piores momentos da pandemia de covid-19.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus disse hoje aos funcionários do organismo na região do Pacífico Ocidental que Kasai "se encontra de baixa", sem ter fornecido mais detalhes.
Tedros disse que a vice-diretor-geral da OMS, Zsuzsanna Jakab, é esperado hoje na sede regional do organismo, em Manila, para garantir que "as coisas continuam a funcionar".
Dois altos funcionários da OMS, que pediram anonimato, disseram à AP que Kasai se encontra na situação de "licença administrativa de longa duração", após investigações internas provocadas pelas notícias que davam conta das acusações de "má conduta".
Em comunicado, a OMS disse que não sabe quanto tempo Kasai vai estar afastado de funções e que as investigações vão continuar.
Kasai não comenta o afastamento, apesar de já ter negado anteriormente o uso de linguagem racista ou de ser responsável por comportamentos pouco profissionais.
Em janeiro, a AP noticiou que mais de 30 membros da OMS, não identificados, na região do Pacífico Ocidental tinham enviado queixas queixas aos principais responsáveis pelo organismo alegando que Kasai era responsável pelo "ambiente tóxico" nos gabinetes regionais.
Na altura, documentos e gravações mostravam os comportamentos racistas de Kasai contra os funcionários, afirmando que o aumento do número de infeções de covid-19 em alguns países do Pacífico ficava a dever-se "à cultura inferior, raça e aos baixos níveis sócio-económicos".
Alguns membros da OMS que trabalhavam com Kasai disseram ainda que o responsável enviou para o Japão de forma "imprópria" informações sobre a vacina contra o SARS-Cov-2.
Kasai, médico de formação, é natural do Japão e trabalha na OMS há 15 anos.
Poucos dias depois das primeiras notícias terem sido difundidas, o diretor-geral da OMS anunciava uma investigação interna sobre Kasai mas durante os últimos meses vários funcionários queixaram-se que o diretor regional manipulava o processo.
A seleção de futebol local da Guiné-Bissau foi derrotada esta segunda-feira, 29 de agosto de 2022, frente à Mauritânia por uma bola a zero (1 a 0), em jogo da primeira mão que dá acesso à qualificação para o Campeonato Africano de Nações (CHAN), que se realiza em janeiro de 2023, na Argélia.
Em partida realizada em Mauritânia, na sequência da interdição do Estádio 24 de Setembro em Bissau, por falta de condições para competições internacionais, a Guiné-Bissau teve a infelicidade de sofrer golo muito cedo.
O jogo foi equilibrado, nos primeiros 20 minutos, sem grandes ocasiões para ambas as balizas, mas a seleção adversária beneficiou de uma grande penalidade e fez o único golo da partida, aos 24 minutos, por intermédio de Mouhsine Bodda.
Após o golo da Mauritânia, os pupilos do selecionador nacional, Emiliano Té assumiram o controlo do jogo até ao final da partida, criando várias oportunidades que não conseguiram concretizar em golos, uma vez que o setor defensivo da Mauritânia estava bastante sólido.
Na segunda parte, os Djurtus voltaram a controlar a posse de bola em busca do empate, mas em nada resultou. A equipa nacional fez várias alterações, mas continuou a registar dificuldades para romper a muralha defensiva do seu adversário.
Apesar da derrota, a caravana nacional diz estar confiante para o jogo da segunda mão, na próxima sexta-feira, 2 de setembro, no mesmo no Estádio Cheikha Ould Boïdiya.
Refira-se que o CHAN (Campeonato das Nações Africanas) é um torneio bienal de futebol organizado pela Confederação de Futebol Africano (CAF), exclusivamente para os jogadores que disputam respetivos campeonatos nacionais.
A 7ª edição do CHAN será realizada na Argélia em janeiro de 2023. O torneio foi inicialmente agendado para julho e agosto deste ano, mas a CAF remarcou-o na sequência do adiamento da última edição do CAN, devido à pandemia de COVID-19.
O presidente do Sindicato Nacional de Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins (SINETSA), Yoio João Correia, alertou esta terça-feira, 30 de agosto de 2022, que os governantes não devem conduzir o país ao ponto de os cidadãos perderem a confiança nos seus atos.
Yoio fez essa chama de atenção em reação à decisão anunciada em Conselho de Ministro de suspender as entradas na função pública no setor de saúde, na qual disse que a sua organização vai continuar a defender os direitos dos seus associados, porque “ o Estado deve assumir as suas responsabilidades”.
“O executivo não conseguiu cumprir a sua obrigação, nomeadamente o pagamento das dívidas e subsídios de velas de 2018, os subsídios de isolamento aos técnicos colocados em 2014/2015 no interior, bem como não conseguiu regularizar a situação dos 62 técnicos afetos ao projeto dos Médicos sem Fronteiras no hospital Nacional Simão Mendes”, disse.
Yoio João Correio admitiu que os técnicos colocados em 2014/2015 estão a receber os seus salários, mas não foram efetivados na função pública, revelando que todos eles têm processos engavetados no gabinete do primeiro-ministro.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional de Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins lamenta, “são processos sem um engajamento orçamental”.
“A proposta da carreira dos técnicos de diagnóstico e terapeutas continua refém na primatura, sem sinais para a sua aprovação em Conselho de Ministros. Igualmente a situação dos técnicos novos ingressos colocados desde 2021 continua bloqueada no Ministério das Finanças”, salientou.
O presidente do SINETSA disse que os técnicos não concordam com a forma como os processos de colocação são conduzidos, sustentando que “o Estado como a pessoa de bem, com princípios de proteção de confiança, não pode ter governantes que tomem decisões e criam as expetativas jurídicas nas pessoas e depois quer colocá-las em causa”.
“O governo deveria, antes de avançar com decisões, concertar com os parceiros sociais”, disse, para de seguida referir que, para acabar com o problema dos técnicos que rejeitam ficar nas ilhas, o executivo deveria lançar concursos na capital e em Bolama dos Bijagós.
“O país está cheio das escolas de formação nas áreas de saúde sem condições mínimas, mas continuam a funcionar porque foram apadrinhadas pelos governantes e políticos. Os sindicatos não têm o direito de reclamar e exigir do governo a regulamentação do setor.
O sindicalista defendeu a criação de um critério sério, objetivo e rígido para o enquadramento na função pública, bem como a coragem de colocar os funcionários no interior do país.
Mais de 25 mil crianças estão desaparecidas em África como resultado, entre outras causas, da fuga a conflitos, segundo informação divulgada hoje pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Os menores representam 40% dos 64.000 desaparecidos registados pelo CICV no continente, afirma a instituição em comunicado, por ocasião do Dia Internacional dos Desaparecidos, que se comemora terça-feira, 30 de agosto.
Atualmente, mais de 35 conflitos armados estão ativos na África e milhares de pessoas, incluindo crianças, atravessam anualmente fronteiras, o deserto do Saara e o mar Mediterrâneo em busca de segurança e de uma vida melhor.
Esses movimentos geralmente envolvem grandes riscos, incluindo o de desaparecimento, e os casos documentados de pessoas desaparecidas estão a aumentar, adianta o CICV, realçando que "os números reais são muito maiores".
"Infelizmente, os 25.000 casos registados não abrangem todo o âmbito deste trágico e muitas vezes negligenciado problema humanitário. Não há dúvida de que há mais crianças cujo destino permanece desconhecido", refere Patrick Youssef, diretor regional do CICV para a África.
Durante o deslocamento, seja interno ou transfronteiriço, as crianças enfrentam riscos de exploração, violência, angústia mental e desaparecimento.
Muitos também acabam sozinhos, sem saber o paradeiro das famílias, adianta o CICV, que afirma ter mais de 5.200 casos documentados de crianças desacompanhadas na África.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha, juntamente com a União Africana (UA), organizou hoje uma reunião de alto nível, em Adis Abeba, na Etiópia, para promover uma abordagem mais coerente e eficaz entre os Estados africanos por forma a prevenir o desaparecimento de pessoas e a prestar melhor informação sobre o seu destino às famílias.
"Ter as políticas certas pode salvar vidas. É um passo essencial para proteger os migrantes e as famílias de pessoas desaparecidas. Isso é uma questão de humanidade e dignidade humana", frisou Youssef.
"As famílias dos desaparecidos enfrentam imensa dor e obstáculos, que muitas vezes transcendem gerações. Estão presas num limbo, incapazes de seguir em frente ou chorar. A procura dos seus entes queridos nunca termina", salientou.
Em 2021, o CICV ajudou a determinar o paradeiro e o destino de 4.200 pessoas e reuniu 1.200 famílias em toda a África.
Além disso, também permitiu que se realizassem mais de 773.000 chamadas telefónicas e de vídeo entre famílias separadas na sequência de conflitos armados ou outras situações de violência, migração ou detenção.
REDE-Activa Intensificação e Valorização da Agricultura Guiné-Bissau
Um dos membros e dirigente da REDE_ACTIVA "BALUR DI TCHON" termina sua actividade de lavoura mecanizada com 438 horas de tempo em resposta às necessidades de associações membros e comunidade de aldeias de setores da região de Batata.
Apesar de várias dificuldades de ordem técnica e material ( escassez de combustível e aumento de preço de produtos/materiais no mercado) consegui cumprir com dever de membro (quota, taxa de utilização anual e fundo de manutenção)na Rede_Activa.
Sunhana Dafa, representante e dirigente desta organização, considerou de positivo a actividade de lavoura mecanizada e reconheceu esforços empreendidos e aquisições de trelado depois da balance interna. O dirigente exortou as organizações membros sobre suas responsabilidades institucionais para com Rede e cuidados com o património.
De salientar que a região de Batata conta com onze membros de pleno direito e oito tratores.
Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau
A participação da Guine-Bissau na TICAD8 permitiu também apresentar três projetos para financiamento, nomeadamente *um projecto de transporte fluvio-marítimo para evacuação de pessoas e mercadorias das zonas costeiras e ilhas,
* um projeto agricola de promoção de fileiras de legumes e valorização dos produtos agrícolas e
* um projeto de construção de um porto comercial em Piquil.
A TICAD8 preve um orçamento de 30 biliões de USD para projetos de desenvolvimento em África.
Bissau, 29 Ago 22 (ANG) - O Sindicato Nacional dos Profissionais dos Órgãos Públicos da Comunicação Social (SINPOPUCS) ameaçou iniciar uma greve de três dias úteis à partir do dia 01 de Setembro próximo, se o Governo não satisfazer as reivindicações alistada no pré-aviso de greve entregue no Ministerio da Comunicação Social no passado dia 26 de Agosto.
O sindicato exige a conclusão do processo, em curso, de efetivação de jornalistas e técnicos dos órgãos públicos, o pagamento de, pelo menos, cinco dos 22 meses de subsídios em dívida para com os referidos jornalistas e técnicos, o seguimento do Estatuto Remuneratório dos profissionais dos órgãos públicos da Comunicação Social, cuja elaboração e posterior submissão à aprovação do Governo se encontra ao cargo de uma comissão ad-hoc criada para o efeito, e por último, este sindicato exige esclarecimentos, por parte do Ministério das Finanças sobre os fundos da taxa Audiovisual, criada pelo Governo e destinada ao apoio aos órgão de Comunicação Social.
O SINPOPUCS declara no comunicado que está disponível para um “diálogo franco, aberto e realista” com a entidade patronal (Governo), desde que, esse diálogo conduza à solução dos problemas elencados no caderno reivindicativo.
O Pré-aviso de greve foi entregue numa altura em que o Despacho de Nomeação já fora publicado no Boletim Oficial, e em que processo de efetivação se encontra no Tribunal de Contas, para efeitos de análise das conformidades legais, após o qual segue para o Ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social(MAPTESS).
A ANG soube que alguns processos já se encontram no MAPTESS, última fase de efetivação.
São quatros os õrgãos de comunicação social públicos abrangidos: a Agência de Notícias da Guiné (ANG),o Jornal Nô Pintcha, a Rádiodifusão Nacional (RDN) e a Televisão da Guiné-Bissau (TGB) .
A polícia de Madagáscar abriu fogo hoje contra moradores de um bairro da cidade de Ikongo revoltados com um caso de sequestro de uma criança, e 14 pessoas morreram e 28 ficaram feridas, segundo fontes locais e médicas.
"Os guardas (...) dispararam contra a multidão", disse Jean Brunelle Razafintsiandraofa, deputado do distrito de Ikongo (leste), onde ocorreu o incidente, citado pela agência France-Presse.
"Nove pessoas morreram instantaneamente", acrescentou Tango Oscar Toky, médico chefe do hospital local, especificando que das 33 pessoas feridas que foram recebidas na manhã de hoje, cinco morreram no hospital.
Por volta das 08:00 TMG, houve tiros em Ikongo. Desde a semana passada, a pequena cidade está em estado de choque porque uma criança albina desapareceu e as autoridades suspeitam que se trata de um sequestro.
Na grande ilha do Oceano Índico, as pessoas albinas são regularmente alvo de violência. Mais de 12 sequestros, ataques e assassinatos de albinos foram relatados nos últimos dois anos, de acordo com as Nações Unidas.
Quatro suspeitos foram presos pela polícia na sequência do alegado sequestro da semana passada, mas os habitantes estão determinados a fazer justiça com as próprias mãos.
De manhã, foram à esquadra da polícia e exigiram que os quatro suspeitos lhe fossem entregues, segundo Razafintsiandraofa.
Segundo relatos de uma fonte da polícia à agência francdesa, deslocaram-se ao quartel da polícia pelo menos 500 pessoas, algumas armadas com "armas brancas" e "facões".
"Houve negociações, insistiram os aldeões", adiantou a mesma fonte. Os polícias decidiram então lançar bombas de fumo para dispersar a multidão e dispararam alguns tiros para o ar.
Porém, como os moradores continuaram a tentar forçar a entrada no quartel, a mesma fonte sublinhou: "Não tivemos escolha a não ser nos defendermos".
A polícia de Madagáscar é regularmente acusada pela sociedade civil da prática de violações dos direitos humanos, que raramente são alvo de processos.
Uma equipa de 11 médicos e dois enfermeiros portugueses inicia hoje consultas gratuitas à população da região de Gabú, no leste da Guiné-Bissau, disse à Lusa Fortunato Barros, da organização não-governamental "Saúde Sabe Tene".
À chegada ao aeroporto internacional de Bissau para aquela que é a 16ª missão da ONG portuguesa ao país e a primeira fora da capital guineense, o médico indicou que os 13 profissionais partem ainda hoje para Gabú onde iniciam, "imediatamente, as consultas à população".
Nos últimos quatro anos, a organização, criada em Portugal por médicos de diversas nacionalidades para prestar assistência à população "mais carenciada", nomeadamente as da Guiné-Bissau, tem feito consultas no hospital Simão Mendes de Bissau.
Desde vez a missão da "Saúde Sabe Tene" trouxe 28 profissionais, entre médicos e enfermeiros, sendo que um grupo ficará no Simão Mendes e outro irá dar consultas no hospital regional de Gabu, a 200 quilómetros de Bissau.
Fortunato Barros, médico urologista, nascido na cidade de Gabú, explicou que o conceito da missão se mantém na mesma e que a organização decidiu levar a assistência para aquela localidade, em parte em cumprimento do plano para atender doentes no interior da Guiné-Bissau, mas também por ser "das zonas mais necessitadas".
A equipa que se deslocou para Gabú vai dar consultas em urologia, ginecologia, pediatria, medicina geral e cirurgia geral, enquanto em Bissau os médicos vão atender doentes de senologia (doenças da mama), cirurgia geral, medicina dentária, cirurgia maxilofacial, pneumologia, infetologia e medicina geral.
A greve no aeroporto de Lisboa motivou que a missão, que deveria ser de uma semana, fosse encurtada para quatro dias, assinalou Fortunato Barros.
O médico observou que "em condições normais" a missão acaba por realizar "cerca de 700 consultas e cirurgias", mas que, desta vez, as cirurgias poderão ser "à volta de 50 e 60", nas duas cidades.
Fortunato Barros indicou ainda que a "Saúde Sabe Tene" trouxe nesta missão, além de médicos espanhóis, seis profissionais nacionais da Guiné-Bissau, mas frisou que o "núcleo duro" da ONG é composto por médicos portugueses.
O responsável sublinhou também que as consultas e os medicamentos aos doentes assistidos "são totalmente gratuitos", tanto em Bissau, como em Gabú.
Piloto e co-piloto envolveram-se em agressões físicas em junho, durante um voo entre Genebra e Paris. Tripulação teve de intervir para por cobro à luta. Ambos foram suspensos, anunciou Air France.
A discussão terá começado logo após a descolagem e escalou rapidamente, com piloto e co-piloto a agarrarem-se pelos colarinhos, depois de um ter desferido um soco na cara do outro — tudo isto no interior do cockpit e em pleno voo, de Genebra para Paris.
A tripulação teve de intervir para por cobro à luta e o resto da viagem, que aconteceu em junho deste ano, em data não especificada, acabou por decorrer sem mais incidentes — mas com um dos membros da tripulação em permanência no cockpit, para garantir que os pilotos não voltavam a envolver-se em confrontos.
Ambos foram suspensos de funções, anunciou este domingo a Air France, obrigada a reconhecer publicamente o incidente, revelado no final da semana passada pelo jornal suíço La Tribune. Piloto e co-piloto estão agora a aguardar a decisão da empresa — que considera este “comportamento totalmente inadequado”, fez questão de realçar o seu porta-voz — relativamente ao seu futuro.
A investigação do jornal suíço sobre a companhia foi publicada um dia depois de, na passada terça-feira, a BEA, a entidade francesa que investiga a segurança da aviação civil, ter revelado um relatório em que acusa alguns pilotos da Air France de falhas de rigor no que diz respeito ao cumprimento dos procedimentos instituídos em casos de incidentes de segurança, resume a Associated Press.
Em causa está a análise de um incidente registado em dezembro de 2020 num voo de Brazzaville, na República do Congo, para Paris que acabou por ser desviado para o Chade após ser detetada uma fuga de combustível num dos motores. Apesar de o avião ter aterrado em segurança no aeroporto de N’Djamena, os pilotos não atuaram em conformidade com as regras instituídas para a aviação civil: deviam ter cortado a energia do motor ou aterrado o mais depressa possível, pode ler-se no relatório, que diz ainda que o motor poderia ter-se incendiado ao longo da 1h47 que passou desde o momento em que a fuga foi identificada até à aeronave pousar na placa do aeroporto chadiano.
No mesmo relatório são ainda citados outros três casos semelhantes, registados entre 2017 e 2022, sempre em aviões da Air France, o que levou a BEA a concluir que os pilotos da companhia estão a agir com base na análise que eles próprios fazem das situações, no momento em que ocorrem, em vez de em cumprimento dos protocolos de segurança instituídos.
Apesar de se ter comprometido a seguir as recomendações da entidade e de ter anunciado que está ela própria a levar a cabo uma auditoria interna, a Air France minimizou o assunto e recordou que opera milhares de voos todos os dias enquanto o relatório só faz referência a quatro incidentes de segurança.
O Exército ucraniano garantiu hoje que lançou uma ofensiva em diversas frentes no sul do país e que conseguiu romper uma primeira linha de defesa das tropas russas na região de Kherson.
"As forças armadas ucranianas lançaram ações ofensivas em várias frentes do sul", disse Nataliya Humenyuk, chefe do Centro de Imprensa da Coordenação Conjunta das Forças de Defesa do Sul da Ucrânia, citada pelo jornal Ukrainska Pravda.
"As forças inimigas são bastante poderosas, estão a mover-se para aí há muito tempo, reunindo reservas militares, equipamentos... Mas as nossas medidas prévias, o que chamamos de controlo de fogo sobre a logística inimiga, funcionaram", acrescentou a porta-voz.
"Destruímos armazéns com munições, destruímos concentrações de equipamento militar e destruímos as instalações de defesa aérea. Tudo isso enfraqueceu definitivamente o inimigo", acrescentou Humeyuk, que, ainda assim, reconheceu que "é muito cedo para relaxar".
O grupo tático-operacional Kakhovka do Exército ucraniano garantiu, por sua vez, que o Regimento 109 da autoproclamada república pró-russa de Donetsk se retirou das suas posições na região de Kherson e que os pára-quedistas russos, que os apoiaram, deixaram o campo de batalha.
A porta-voz ucraniana também deixou um aviso à população civil, dizendo que "se não houve, ou se não há ainda, oportunidade de evacuar as cidades onde pode haver hostilidades ativas, as pessoas devem procurar refúgio e esperar".
Perante os ataques ucranianos, a administração cívico-militar criada pela Rússia em Nóvaya Kakhovka, na região de Kherson, ordenou hoje a saída de habitantes para abrigos antiaéreos, devido ao aumento dos ataques de mísseis ucranianos.
"Declaramos a evacuação. As pessoas estão nos abrigos antiaéreos da cidade, porque as sirenes (de alerta aéreo) não param de soar", justificou o chefe da administração cívico-militar de Nóvaya Kakhovka, Vladimir Leóntiev, citado pela agência russa TASS.
Leóntiev acrescentou que, nas últimas horas a cidade, controlada por tropas russas desde março passado, sofreu "mais de uma dezena de ataques de mísseis", mas garantiu que a central hidroelétrica de Nóvaya Kakhova continua a funcionar.
"A zona da central está sob ataque contínuo. O canal da eclusa, estradas e edifícios na zona foram danificados, mas a central continua a funcionar", disse o responsável russo.
Nesta área existem apenas três pontes e uma delas é da barragem de Nóvaya Kakhovka, todas sob fogo quase constante das forças ucranianas, que tentam cortar as rotas pelas quais as tropas russas são abastecidas na margem direita do rio Dnieper.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
Calma, não comece já a dar shots de tequila e vodca às plantas e flores lá de casa. Mas nunca se sabe se esse não será o caminho. Um novo estudo do centro de ciências e recursos sustentáveis no Japão concluiu que deixar as plantações e cultivos bêbedos faz com que sobrevivam durante um período de seca e sem água.
Os resultados apontaram que com o solo embebido com álcool as plantas conseguiram resistir durante duas semanas sem serem regadas da forma habitual. O estudo concluiu que esta pode ser a resposta para a seca e o aquecimento global nas culturas agrícolas.
“O tratamento com álcool de produções mais comuns como o arroz e trigo aumenta a sua produção num período de seca”, explicou o cientista Motoaki Seki, um dos principais autores do estudo.
“É uma forma barata e fácil de aumentar o rendimento do cultivo quando a água é limitada e sem necessidade de fazermos modificações genéticas”, continuou.
O etanol é álcool puro. Uma pequena quantidade deste composto é usado na produção de algumas bebidas alcoólicas. Nas pessoas os efeitos mais comuns do consumo elevado são náuseas, vómitos e dores de cabeça. Nas nas plantas tudo aponta para alguns benefícios.
“O etanol revelou capaz de ajudar as plantas a sobreviver durante duas semanas sem água. É seguro, disponível e barato, uma forma prática de aumentar a produção.”
O estudo arrancou com o cultivo de duas semanas de forma tradicional, com água. Passado esse tempo, trataram o solo com uma mistura de etanol durante três dias e não as regaram durante duas semanas. Perto de 75% das produções de trigo e arroz sobreviveram. Já menos de 5% não resistiu a duas semanas sem água ou álcool.
O estudo incluiu ainda plantas arabidopsis, da família das couves. Neste caso, devido ao etanol conseguiram reter mais água nas folhas durante as semanas em que foram privadas de rega.
Bissau, 29 Ago 22 (ANG) - A Guiné-Bissau apresentou na oitava Conferência Internacional sobre o Desenvolvimento Africano_TICAD-8, decorrida em Túnis,na Tunísia, entre os dias 27 e 28, três projetos para financiamento, revelou a Rádio Bantabá.
Trata-se do projeto de construção do Porto Comercial em Piquil(Biombo), de Transporte Fluvio-marítimo, para evacuação de pessoas e mercadorias das zonas costeiras e Ilhas e o projeto Agrícola de Promoção de Fileiras de Legumes e Valorização dos Produtos Agrícolas.
A oitava Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano TICAD-8, que contou a participação do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, encerrou domingo, em Túnis, Tunísia, com anúncio de cerca de US$ 30 bilhões em ajuda para o desenvolvimento da África.
Segundo o Primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, a referida ajuda se centrará no desenvolvimento de recursos humanos para promover o crescimento económico.
Outras ajudas incluíram a segurança alimentar para a África em razão do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como as mudanças climáticas e a promoção de negócios considerados ecologicamente corretos.
A 8ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o desenvolvimento de Àfrica proporcionou oportunidades para análises de parcerias japonesas/africanas e empreendimentos comerciais conjuntos.
A oitava TICAD é a segunda realizada em África depois que o Quênia a acolheu em 2016 . É co-organizado entre as Nações Unidas, o Banco Mundial e a Comissão da União Africana.
O Presidente da República e Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, Úmaro Sissoco Embaló e o Presidente da Tunísia, Kais Saied encontraram-se a margem do evento e tiveram a oportunidade de relançar a amizade guineense-tunisina.
A Guiné-Bissau vai começar "em breve" o recenseamento eleitoral para as eleições legislativas marcadas para 18 de dezembro, disse hoje o ministro da Administração Territorial e Poder Local daquele país, nas Caldas da Rainha.
"Vamos fazer o recenseamento. Tem de ser um recenseamento de raiz, por isso temos toda a equipa preparada. Vão chegar materiais daqui a alguns dias e vamos dar início brevemente ao processo de recenseamento eleitoral", disse à agência Lusa Fernando Gomes, que afastou o adiamento da data das eleições.
O ministro reconheceu que a realização do recenseamento "não é uma tarefa fácil" devido à época das chuvas, mas acrescentou que o decreto que fixou a data das eleições tem de ser cumprido.
Fernando Gomes referiu que o gabinete técnico de apoio ao processo eleitoral começou a trabalhar há cerca de dois meses.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro deste ano.
O governante guineense encontra-se em Portugal para reuniões com presidentes de municípios portugueses, a primeira das quais ocorreu hoje com o autarca de Caldas da Rainha, o independente Vítor Marques.
"A Guiné-Bissau nunca teve eleições locais, após 48 anos de independência. Por isso, estamos aqui para conhecer a experiência portuguesa nesse domínio para avançar para eleições autárquicas entre 2023 e 2024, porque, sem eleições autárquicas, as províncias da Guiné-Bissau vão continuar abandonadas, porque não existe um poder local. Tudo depende do poder central", justificou Fernando Gomes.
O ministro da Administração Territorial e Poder Local da Guiné-Bissau vai também reunir-se com autarcas da Covilhã, Águeda, Coimbra, Figueira da Foz, Oeiras, entre outros, durante 12 dias de encontros bilaterais em Portugal.
Até ao final do ano, o governante tenciona vir a assinar um acordo de geminação com Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, cujo autarca convidou a visitar o seu país.
Após mais de uma década de desenvolvimento, o novo foguetão lunar da NASA parte para o espaço na primeira missão de reconquista da Lua.
29 de agosto de 2022 poderá ficar registado como mais um dia histórico da conquista espacial. Mais de cinco décadas depois do primeiro passo do Homem na Lua, a 20 de julho de 1969, é lançada a primeira fase do programa Artemis para levar de novo astronautas à Lua, desta vez incluindo mulheres, como parte da missão até Marte.
A missão da NASA com participação da ESA tem hora de partida prevista para as 8h33 em Cabo Canaveral, na Florida, serão 13h33 em Lisboa. Mas se a meteorologia não cooperar, há outras duas datas alternativas: 2 ou 5 de setembro.
O programa norte-americano para o regresso à Lua, Artemis, irmã gémea de Apolo e deusa da caça e da Lua na mitologia greco-romana, é constituído por várias missões. Depois de alguns adiamentos, Artemis I é a primeira, sendo que ainda não levará astronautas a bordo.
Esta primeira missão visa testar o novo foguetão gigante da NASA, SLS (Space Launch System), e a cápsula Orion colocada no topo e onde viajarão as tripulações a partir da missão Artemis II.
No topo do foguetão está a cápsula Orion, onde futuramente serão instalados os astronautas mas onde atualmente viajam bonecos e experiências científicas.
A cápsula Orion, uma vez impulsionada pelo foguetão, irá até à Lua e entrará na sua órbita, para depois regressar à Terra, numa missão que pode durar de 39 a 42 dias. Deverá ser recuperada no Oceano Pacífico e depois reutilizada.
Em 2024, a missão Artemis II deverá então levar astronautas, mas não são ainda estes que terão o privilégio de pisar a Lua. Farão o mesmo percurso que a Artemis I - uma volta à Lua e o regresso a casa.
Será a tripulação da Artemis III que, em 2025 na melhor das hipóteses, voltará a pisar a Lua, 53 anos depois de o último homem ter lá estado, na missão Apollo VII.
Enquanto o programa Apollo apenas permitiu a viagem a homens brancos, o programa Artemis quer dar a hipótese a mulheres e a pessoas de outra raça.
Dados da Missão Artemis I:
Data de lançamento: agosto 29, 2022
Duração da missão: 42 dias, 3 horas, 20 minutos
Distância total percorrida: 2 milhões de quilómetros
Velocidade de reentrada: 39 mil km/h (Mach 32)
Splashdown (queda no oceano): 10 de outubro de 2022
Ilustres "passageiros" e experiências a bordo da Orion
A bordo da Orion seguirá um trio de manequins que irão ajudar a NASA a compreender qual a melhor forma de proteger os verdadeiros astronautas durante as futuras missões tripuladas.
EM CIMA OS BONECOS HELGA E ZOHAR, EM BAIXO O "COMANDANTE MOONIKIN CAMPOS" / NASA
O "comandante Moonikin Campos" estará ligado a sensores para fornecer dados sobre o que poderá afetar os membros da tripulação numa viagem à Lua. Dois sensores de radiação estão no seu fato espacial - Campos veste o Orion Crew Survival System de primeira geração, igual ao que os verdadeiros astronautas usarão durante o lançamento, a entrada e outras fases dinâmicas das missões. O assento também possui sensores para registar dados de aceleração e vibração.
Ao lado de Campos viajam dois bonecos europeus que fazem parte do projeto conjunto com a Alemanha e Israel Matroshka AstroRad Radiation Experiment (MARE): Helga e Zohar. Zohar usa um colete de proteção contra a radiação equipado com sensores para determinar o risco de radiação no caminho até à Lua, mas Helga não para se perceber as diferenças.
Pequenos satélites apanham boleia até à órbita da Lua
A bordo do SLS seguem dez CubeSat, pequenos satélites do tamanho de caixas de sapatos que serão lançados para o espaço durante a viajem. Pequenos em tamanho mas com enorme potencial para a ciência e exploração espaciais, observação da Terra e para as transmissões de comunicação.
A participação da Europa na missão à Lua
A ESA participa no programa Artemis com o módulo de serviço construído na Europa - European Service Module - que fornece energia e propulsão para a cápsula Orion e também fornecerá água e ar para os astronautas em futuras missões.
Outro projeto fundamental do programa Artemis é o Gateway - será um posto na órbita da Lua que vai fornecer um apoio vital no regresso de seres humanos à Lua. Desta casa temporária, os astronautas seguirão num módulo de aterragem para o polo sul da Lua.
Será também um importante ponto de partida para a exploração do espaço profundo e de uma futura ida a Marte.
NASA
Uma base na Lua para partir para Marte
O regresso à Lua é, por si só, uma conquista impressionante. Mas colocar astronautas na Lua pela primeira vez desde a última missão da Apolo, em 1972, tem um objetivo mais ambicioso: estabelecer uma presença humana permanente na Lua e na sua órbita, construindo uma infraestrutura que permita aos humanos ir ainda mais longe no sistema solar.
O programa Artemis é assim uma etapa para a ambição de longa data de chegar a Marte. No início deste ano, a NASA divulgou os seus objetivos "Da Lua a Marte" com os 50 pontos-chave para a exploração, transporte e infraestruturas na Lua e em Marte.
À procura de água na Lua
Dezenas de experiências robóticas serão enviadas para a Lua ainda antes dos seres humanos. Por vários locais serão espalhados pequenos robôs entre 2022 e 2025.
Será lançado a bordo de um foguetão Falcon Heavy da empresa privada SpaceX e o local previsto da alunagem será perto do lado ocidental da cratera Nobile, onde irá explorar a superfície numa área aproximada de 93 quilómetros quadrados.
DESENHO DE VIPER, UM ROBÔ MÓVEL QUE PERCORRERÁ O POLO SUL DA LUA EM BUSCA DE GELO. A MISSÃO VIPER VAI PROCURAR ONDE ESTÁ A ÁGUA E QUANTO ESTARÁ DISPONÍVEL, UM PASSO SIGNIFICATIVO PARA O OBJETIVO FINAL DA NASA DE UMA PRESENÇA SUSTENTÁVEL E DE LONGO PRAZO NA LUA - TORNANDO EVENTUALMENTE POSSÍVEL EXPLORAR MARTE E MAIS ALÉM.NASA / AMES RESEARCH CENTER / DANIEL RUTTER
O polo sul lunar é uma das regiões mais frias do Sistema Solar. Dados de missões anteriores levaram os cientistas a concluir que existe gelo nos polos da Lua.
VIPER vai recolher amostras de pelo menos três locais em áreas cuidadosamente selecionadas do polo Sul e analisará as características do gelo utilizando sensores e o berbequim que tem a bordo.
A ÁREA MONTANHOSA A OESTE DA CRATERA NOBILE E AS CRATERAS MENORES QUE COBREM O POLO SUL DA LUA, UMA REGIÃO COM ÁREAS PERMANENTEMENTE NA SOMBRA E ZONAS QUE SÃO BANHADAS PELO SOL A MAIOR PARTE DO TEMPO. O TERRENO NA REGIÃO DE NOBILE É O MAIS ADEQUADO PARA O ROBÔ VIPER NAVEGAR, COMUNICAR E DETERMINAR O POTENCIAL DE ÁGUA E OUTROS RECURSOS. /NASA
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, prometeu hoje "remediar uma injustiça histórica" que irá fazer pressão para que o continente africano tenha um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Para agir eficazmente" e consolidar a paz e a segurança em África, é "urgente remediar a injustiça histórica" da ausência de um assento permanente para África na ONU, disse Kishida através de videoconferência, numa cimeira Japão-África, que se realiza em Tunes, Tunísia, desde sábado.
Segundo o chefe do Governo japonês, citado pela agência France-Presse (AFP), o seu país pretende "criar um ambiente em que o povo africano possa viver em paz e segurança para que o continente se possa desenvolver.
"O Japão reforçará a sua parceria com África" e, no próximo ano, quando estiver no Conselho de Segurança com um assento não permanente (2023 e 2024), irá defender a reforma da ONU e um assento permanente para o continente.
Kishida, que ficou em Tóquio devido à covid-19, apontou que será "um momento de verdade para a ONU".
"Para que a ONU possa trabalhar de forma eficaz pela paz e estabilidade, é urgente reforçar a ONU através da reforma do Conselho de Segurança", sublinhou.
Atualmente o Conselho de Segurança é composto por 15 membros, dos quais cinco permanentes (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido), sendo os restantes lugares ocupados por outros Estados-membros das Nações Unidas em rotações de dois anos.
Kishida agradeceu ainda à União Africana e à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) pela sua "mediação na prevenção de conflitos" e referiu que os problemas transfronteiriços no continente devem ser abordados, tal como a formação das forças de segurança, a governação judicial e administrativa e a insegurança alimentar.
Na abertura do encontro, no sábado, o chefe do Governo anunciou "investimentos de 30 mil milhões de dólares (cerca de 30 mil milhões de euros)" ao longo de três anos em África.
Mas quer isto dizer que agora devemos ir a correr comprar suplementos da B6?
Há quem a designe "vitamina esquecida" mas a vitamina B6 parece ser bem mais essencial do que aquilo que imaginamos. Pelo menos é isso mesmo que sugere um estudo publicado em julho na revista científica Human Psychopharmacology, cujos resultados demonstram que a vitamina B6 reduz a ansiedade e os sintomas de depressão.
Não é novidade que as vitaminas do complexo B são essenciais para o funcionamento do sistema nervoso e do sistema imunológico. Sabemos também que a vitamina B12 ajuda a prevenir a anemia e a fortalecer os ossos, enquanto a B9 (ácido fólico) é recomendada na gravidez, sendo necessária para o crescimento e desenvolvimento do feto.
Todavia, a vitamina B6 é considerada a "vitamina esquecida" entre as vitaminas do complexo B, como a descreveu em declarações ao New York Times Reem Malouf, neurologista que se dedica ao estudo na Universidade de Oxford sobre os efeitos da B6 ao nível cognitivo.
Um estudo desenvolvido na Universidade de Reading, no Reino Unido, procurou resolver esta lacuna através de um ensaio experimental que contou com a participação de 478 adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 58 anos. Os participantes foram agrupados de forma aleatória e, durante cerca de um mês, um grupo recebeu comprimidos placebo, outro grupo recebeu comprimidos de 100 miligramas de vitamina B6, enquanto o terceiro recebeu comprimidos de 100 miligramas de vitamina B12.
Os participantes que receberam o suplemento da vitamina B6 admitiram sentir menos ansiedade e os resultados sugerem que esta vitamina "induziu uma tendência de redução dos sintomas de depressão", enquanto a vitamina B12 "produziu tendências para mudanças na ansiedade e no processamento visual".
"Os nossos resultado sugerem que a suplementação da vitamina B6 em doses elevadas [100mg] aumenta as influências neurais inibitórias GABAérgicas, o que é consistente com o seu papel conhecido na síntese de GABA", ou seja, na forma como os medicamentos atuam no nosso organismo, pode ler-se no estudo.
É preciso ter em conta que a amostra deste estudo é de pequena dimensão, não sendo, por isso, representativa. As conclusões dos restantes estudos científicos sobre os efeitos da vitamina B6 na saúde mental também são muito limitadas e nem sempre é possível identificar uma causa-efeito. Isto porque é muito difícil medir a forma como as vitaminas são absorvidas pela corrente sanguínea.
E agora devemos ir a correr comprar suplementos da B6?
Em declarações à CNN Portugal, o presidente da Associação Portuguesa de Alimentação Racional e Suplementos Alimentares, Pedro Lôbo do Vale, concorda que "as vitaminas são um bocado esquecidas" no mundo da medicina, admitindo que hoje em dia os médicos as "receitam pouco".
Em teoria, os nutrientes e vitaminas naturais dos alimentos "deveriam ser suficientes", mas "é claro que não são", argumenta o médico especialista em Medicina Geral e Familiar. Exemplo disso mesmo é a necessidade de suplementação de ácido fólico nas durante a gravidez, por muito correta que seja a alimentação das grávidas.
Com o avançar da idade, a necessidade de suplementação também vai sendo cada vez maior, acrescenta o médico: "As pessoas com mais idade, alimentam-se pior - muitos alimentam-se apenas de uma caneta de leite e um pãozinho, etc. -, absorvem menos nutrientes e a necessidade de suplementação é maior".
Nos jovens, a recomendação do médico já não é tão generalizada - os que praticam desporto ou que ficam "muito nervosos e stressados" com os exames da escola ou outras situações devem recorrer a suplementação, mesmo que tenham uma "alimentação variadíssima".
Em relação ao estudo da Universidade de Reading, Pedro Lôbo do Vale pede cautela, ressalvando que a ansiedade e os sintomas de depressão ou problemas de memória "não desaparecem com a vitamina B6", sendo necessárias outras terapias nesse sentido, como a psicoterapia, por exemplo.
Katherine Tucker, epidemiologista nutricional na Universidade de Massachusetts Lowell, considera, por outro lado, que a maioria dos adultos saudáveis consegue obter vitamina B6 mais do que suficiente através da alimentação, uma vez que "está amplamente disponível nos alimentos integrais". O atum, salmão, grão de bico, aves, bananas, laranjas, melão e nozes são alguns exemplos desses alimentos, aponta.
Uma das autoras do estudo da Universidade de Reading, a estudante de doutoramento em psicologia nutricional Jessica Eastwood, também partilha da opinião de Katherine Tucker: "Eu defendo sempre uma abordagem da alimentação em primeiro lugar. Se estiver a sentir mais fadiga, se não se sente você próprio ou se considerar que não ingere muitos alimentos que contenham B6", então talvez esteja na hora de procurar ingerir mais alimentos ricos em B6", argumenta, citada pelo New York Times.