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sábado, 24 de fevereiro de 2024

Miss CEDEAO Guiné-Bissau 2024.

Fonte: Top GB Internacional

 Em 2023 a Top GB Internacional, selecionou duas representantes guineenses: a  representante Daimara Adainca Carlitos da Silva, foi titulada com o título de miss CEDEAO Internacional Guiné-Bissau e  Nayde Indi, foi titulada com o título de Miss CEDEAO Internacional diáspora Portugal,  para  representar o país no concurso de Miss CEDEAO Internacional, que será realizado em Bruxelas este ano, entre dias 28  de fevereiro a 05 de Março. O concurso irá contar com  países membros de CEDEAO e com diásporas.

No entanto, a representante Daimara Adainca Carlitos da Silva, tem patrocínio de bilhete de avião, hotel e logística, mais ainda lhe falta visto de entrada para Bruxelas, a organização já diligênciou junto com os  parceiros do estado para concessão do visto para a participação da Guiné-Bissau.

  A representante da diáspora, graças a Deus com o apoio do nosso representante do corpo diplomata Sr, embaixador  Artur Silva, em Portugal, que fez um grande papel, nos atendeu  imediatamente e apoiou a miss no bilhete de avião e logística e permitiu dar acompanhamento no que for necessário, para garantir  representação condigna.

Da mesma forma, o nosso representante do corpo diplomata Sr, embaixador Hélder Vaz, em Bruxelas,  foi muito ágil e flexível, logo que recebeu o nosso email atendeu imediatamente e deu a garantia do acompanhamento da nossa representante como embaixador no país onde será o palco do grande final miss CEDEAO Internacional. 

Assim, queremos  agradecer  pela senciblidade  de boa fé de ajudar e acompanhar a nossa representante, que bem merece apoio do estado e governo da Guiné-Bissau.

Unidos pela Boa causa, Guiné-Bissau em primeiro lugar!

Viva cultura guineense! 

Viva turismo! 

Viva juventude! 

Viva mulher guineense! 

Um bem haja a todos.


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Conselho de Ministros aprova Programa de Emergência para setores da Cultura, Juventude e Desportos

Bissau, 06 Set 23 (ANG) - O Conselho de Ministros aprovou na quarta-feira o Programa de Emergência para setores da Cultura, Juventude e Desportos e   instituiu os seus membros a analisarem as ações programáticas dos respetivos pelouros, no Projeto de Programa do Governo com a finalidade de indicar as alterações necessárias até ao  dia 12 de Setembro em curso, refere o Comunicado de Conselho, à que a ANG teve acesso.

Segundo o comunicado, no capítulo de nomeações, o Conselho de Ministros deu anuência a que, por Despacho do Primeiro-ministro, se efetue a movimentação do Pessoal Dirigente da Administração Pública, conforme se indica:  para Autoridade Reguladora do Setor dos Combustíveis, Derivados do Petróleo e do Gás Natural(Arseco), Alberto Filomeno Pinto Cabral é nomeado Presidente do Conselho de Administração, Mário Adão Almeida primeiro Vogal e Luís Vaz Martins segundo Vogal.

No Ministério da Economia e Finanças, Guilherme Monteiro foi  nomeado Inspetor Geral, Issa Jandi Diretor-geral do Plano, Mussa Sambi, Diretor-geral da Economia e Cristina da Silva Pedreira,Diretora-geral da Integração Regional, Chanceler Pereira,Diretor-geral das Contribuições e Impostos, Domingos Nbana, Diretor-geral de Controlo Financeiro e Hussein Bruno Jamil Jauad, Diretor-geral da Guiné-Bissau Investimentos.

“No Ministério da Educação Nacional, do Ensino Superior e Investigação Científica, Samuel Fernando Mango é nomeado Secretário-geral, Nkac Silva Morgado, Inspetor-geral, Ildo da Silva Diretor-geral de Ensino Básico e Secundário, Júlio Mendonça, Diretor-geral de Alfabetização e Educação Formal e Não Formal , Didier Fernandes de Pina Araújo, Diretor-geral da Agência Nacional de Formação Técnico-Profissional (ANAFOR), Ildo Ocante Ocundo,Diretor-geral da Escola Nacional da Administração (ENA) e Dúlia Paulo Gomes Barbosa e Silva, Diretora-geral da Cantina Escolar”, lê-se no comunicado.

No referido documento conta igualmente que, para Ministério das Pescas e da Economia Marítima António Domingos Tubento é nomeado  Secretário Geral, Paulo Baranção Inspetor Geral, Sebastião Pereira, Diretor Geral da Pesca Industrial, Gualdino Afonso Té, Diretor Geral da Pesca Artesanal, Herme Indi da Fonseca, Diretor Geral de Formação e Apoio ao Desenvolvimento das Pescas, Faustino Arlindo Seco Coiaté de Pina, Diretor Geral da Administração dos Portos de Pesca e Cipriano Fernandes Sá Coordenador do Instituto de Fiscalização e Controlo das Atividades de Pesca (IN-FISCAP).

No Ministério dos Transportes e Comunicações, Marcelino Mendes Pereira é nomeado Secretário Geral, Amadu Djaló, Diretor-geral da Viação e Transportes Terrestres (DGVTT), José António Có, Presidente do Conselho da Administração da Autoridade da Aviação Civil da Guiné-Bissau,

Idrissa Mané, Primeiro Vogal do Conselho da Administração da Autoridade da Aviação Civil, Domingos Mendes Lopes, segundo Vogal do Conselho da Administração da Autoridade da Aviação Civil e  Maria Rosária  Cruz de Almeida, primeiro Vogal do Conselho Fiscal da Autoridade da Aviação Civil.

Ainda para o Ministério dos Transportes e Comunicações, foram nomeados: Arlindo Mendes,   Presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuário (IMP), Abú Camará Primeiro Vogal do Conselho de Administração do IMP, Alziro Adriano da Silva, Presidente do Conselho de Administração das Empresas Nacionais de Aeroportos da Guiné-Bissau, Moro Mané, segundo Vogal do Conselho de Administração da Empresa Nacional do Aeroporto e Hélder de Barros, Presidente do Conselho de Administração  dos Portos da Guiné-Bissau (APGB).  

Ainda no Ministério dos Transportes e Comunicações foram nomeados: Aly Ijazy,   primeiro Vogal do Conselho de APGB, Pansau da Silva, segundo Vogal do Conselho de APGB, Anselmo Bartolomeu Gomes Lopes, Diretor-geral da APGB, Djamila Pereira, Presidente de Conselho Nacional dos Carregadores (CNC), Mamadu Selo Djaló, primeiro Vogal do CNC e Solange Pereira, Diretora-geral do CNC.

O comunicado de Conselho de Ministros informa também que, para o Ministério dos Recursos Naturais, Roberto Mbesba é novo nomeado Diretor-geral da Empresa Guineense de Petróleo e Carbonetos (PETROGUIN) e para Secretaria de Estado das Telecomunicações e da Economia Digital, Frederico Sanca  é nomeado Diretor-geral das Telecomunicações e Economia Digital.

Para a Secretaria de Estado da Comunicação Social, Hipólito José Mendes é nomeado Inspetor Geral, Carlos Emerson Gomes, Diretor-geral da Comunicação Social e Elci Pereira Dias, Diretora- geral do Jornal “Nô Pintcha”. 

ANG/AALS/ÂC//SG

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

GUINÉ-BISSAU: Hélder Vaz nomeado representante da Guiné-Bissau junto da União Europeia

© Lusa

POR LUSA  15/02/23 

O antigo embaixador guineense em Lisboa Hélder Vaz vai passar a exercer funções de embaixador da Guiné-Bissau na Bélgica e de representante do país junto da União Europeia, segundo um decreto presidencial.

"Éo Senhor Hélder Jorge Vaz Gomes Lopes, nomeado Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República da Guiné-Bissau no Reino da Bélgica, funções que exercerá cumulativamente com as de Representante da Guiné-Bissau junto da União Europeia", refere o decreto presidencial a que a Lusa teve hoje acesso.

Desde 2016, Hélder Vaz era embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, cargo do qual foi exonerado em janeiro passado.

Para o cargo de embaixador da Guiné-Bissau em Portugal foi nomeado Artur Silva, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros guineense.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

PR nomeia dois embaixadores_Portugal e Argélia.

Radio Voz Do Povo

Tratam-se do antigo primeiro-ministro, Augusto Artur António da Silva para Portugal e Mamadu Aliu Jalo para Argélia.

Como novo embaixador extraordinário e plenipotenciário da república da Guiné-Bissau na república portuguesa, Artur da Silva substitui no cargo o embaixador Hélder Jorge Vaz Gomes Lopes que desempenhava as mesmas funções desde 2016.  

Artur da Silva ocupou as funções dos Ministros dos Negócios Estrangeiros, das Pescas, da Educação e da Defesa Nacional.

Atual cônsul da Guiné-Bissau na Mauritânia, Mamadu Aliu Jaló, assume as funções do novo embaixador extraordinário e plenipotenciário da República da Guiné-Bissau na República Argelina Democrática Popular substituindo no cargo o embaixador Pedro Maria Mendes Costa nomeado em 2017.  

Licenciado em Relações Internacionais e, pós-graduado em Estudos Africanos, Aliu Jalo é técnico superior do Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi cônsul em Conacri, diretor geral dos Correios e diretor dos Assuntos Bilaterais do Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

@Radiovozdopovo.






quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Secretário Executivo recebe Representante da Guiné-Bissau junto da CPLP

O Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, recebeu o Representante Permanente da Guiné-Bissau junto da CPLP, embaixador Hélder Vaz, no dia 13 de setembro de 2021, no Palácio Conde de Penafiel, em Lisboa.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Receção pela população guineense na chegada a Bissau

Presidencia.pt  17 de maio de 2021

O Presidente da República chegou, esta tarde, à Guiné-Bissau para uma Visita Oficial, tendo sido recebido pela população guineense que o saudou ao longo de todo o caminho entre o aeroporto e o centro da capital guineense.

No Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, a Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, recebeu o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

Na chegada, estiveram também presentes, o Embaixador de Portugal em Bissau, José Rui Velez Caroço, o Embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa, Hélder Vaz Lopes, e os Embaixadores dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Europeia residentes em Bissau.

Chegada a Bissau para a Visita Oficial à Guiné-Bissau

domingo, 10 de janeiro de 2021

Guiné-Bissau inaugura amanhã o seu primeiro Consulado-Geral no Algarve-Portugal.

Por RadioBantaba

Guiné-Bissau inaugura amanhã o seu primeiro Consulado-Geral no Algarve-Portugal.

Em cumprimento da promessa deixada pelo Presidente da República, General de Exército Umaro Sissoco Embaló, aquando da sua visita oficial a Portugal, em Outubro último, será inaugurada amanhã, dia 11/01/2021, segunda-feira, o Consulado-Geral da República da Guiné-Bissau na região do Algarve. 

A cerimónia será presidida pela Ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Carla Barbosa, na presença de Hélder Vaz Lopes, Embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, do Director-Geral dos Assuntos Consulares, Embaixador Cândido Barbosa e do Presidente da Câmara de Albufeira, José Martins Rolo. 

A Embaixadora Josefina Kosta será a Cônsul-geral da Guiné-Bissau no Algarve-Portugal. 

Após a cerimónia inaugural do consulado, a Ministra Suzi Barbosa reunirá com a comunidade guineense residente no Algarve, num formato contingenciado pela situação pandemica de COVID-19.

Fonte: Ministério Neg. Estrangeiros 

-Funcionários-

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

GUINÉ-BISSAU - Reclusos guineenses à mercê da própria sorte em prisões portuguesas


Por DW.com   07.12.2020

Alguns cidadãos guineenses detidos em cadeias portuguesas permanecem indocumentados, não recebem visitas e não têm qualquer apoio jurídico. Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa diz estar a resolver a questão.

O número de reclusos nas prisões portuguesas aumentou depois da submissão de Portugal às medidas de austeridade impostas pela comunidade internacional em 2011. No entanto, a situação de alguns dos detentos é considerada "preocupante", porque permanecem indocumentados e sem assistência jurídica, sobretudo os de origem estrangeira. 

No caso dos reclusos de origem guineense, estes representam a terceira maior população nas cadeias portuguesas e "aumentaram com o desemprego [naquele período] da troika", afirmou à DW África José Carlos Baldé, presidente da Associação de Naturais e Amigos da Região de Bafatá (ANARBA). "A nossa preocupação é inteirarmo-nos da sua situação. Daí o nosso papel de ajudar na sua reintegração social", acrescentou.

Crise financeira de 2010-2011 aumentou as dificuldades de milhares de pessoas em Portugal

O jurista guineense Carlos Pinto Pereira salienta que a falta de documentação está diretamente relacionada com o aumento dos reclusos. "Estão em Portugal indocumentados, numa situação precária que os leva a caírem mais facilmente na área, de facto, do crime organizado", comenta.

"Não tendo sequer habilitação para residência, acabam por não poder trabalhar e ter que viver de expedientes relacionados com atividades de pequena, média ou mesmo grande criminalidade", indica. "É o caso quando se envolvem no mundo da droga", exemplifica.

Embaixador "intimado"

Há três anos consecutivos que a ANARBA realiza visitas anuais às prisões autorizadas pela Direção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais de Portugal. É na sequência destas visitas que a associação propôs um encontro com Hélder Vaz, embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa, para o informar dos problemas que enfrentam os reclusos que se queixam da "falta de apoio da embaixada".

"Não imaginávamos o que fomos encontrar nas cadeias. A prisão é cumprida por cinco a seis anos sem visitas. Não sabem o que fazer. Os estabelecimentos queixam-se de não haver cooperação", lamenta José Carlos Baldé.

Em entrevista à DW África, o embaixador Hélder Vaz confirma que, no ano passado, o corpo diplomático visitou alguns estabelecimentos prisionais, nomeadamente cadeias em Lisboa, Sintra e Linhó. Em todas elas, havia apenas um único funcionário que seguia os processos dos reclusos.

"Infelizmente esse funcionário já aqui não se encontra e nós temos limitações em termos de contratação. Nós não podemos ultrapassar os quatro funcionários de contratação local pagos pela embaixada", referiu. "Por isso é que nós decidimos propor à ANARBA que façamos uma parceria para que, enquanto associação de guineenses que se preocupa muito com estas questões de assistência aos reclusos, possa apoiar a embaixada a fazer a extensão da assistência aos cidadãos que estão em reclusão", disse.

Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa, Portugal

A pandemia causada pelo novo coronavírus adiou a vinda a Portugal de uma missão parlamentar da Guiné-Bissau, que tinha incluídas na sua agenda visitas aos centros prisionais onde existem cidadãos detidos de origem guineense.

O diplomata admite que, ao abrigo dos instrumentos de cooperação judiciária entre os dois países, os processos de alguns dos reclusos poderão ser transferidos para a Guiné-Bissau. "Esta será uma decisão individual. Caso a caso, os defensores dos reclusos poderão avaliar quais são os instrumentos que podem ser mais úteis à defesa dos direitos dos seus constituintes", precisou.

Embaixada poderia intervir mais

O jurista Carlos Pinto Pereira considera que a embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa, mesmo com as limitações que tem, "pode fazer alguma coisa", a começar pelo apoio à regularização dos visados, de modo a saírem da situação de clandestinidade. Outra forma de apoio passaria pelo aconselhamento na procura de meios de subsistência para uma melhor inserção na sociedade.

"Esse caminho passa necessariamente por tentarem criar, sozinhos ou em grupo, atividades empresariais próprias em micro, pequenas e médias empresas, para que, de uma forma mais sustentável, se integrem na sociedade portuguesa", sugeriu.

Por outro lado, o advogado guineense considera que a embaixada pode providenciar "algum apoio legal, moral e social" aos condenados, pondo à sua disposição equipas de juristas nacionais a residirem em Portugal ou com nacionalidade portuguesa "que poderiam estar disponíveis para ajudar os seus compatriotas".

domingo, 29 de novembro de 2020

Embaixador da Guiné-Bissau, Hélder Vaz: país vive um tempo novo em que a instabilidade ficou para trás (ver vídeo)

Embaixador da Guiné-Bissau, Hélder Vaz: país vive um tempo novo em que a instabilidade ficou para trás

Fonte: Mercadosafricanos.com Por Mário Baptista -28 de Novembro, 2020

O embaixador da Guiné-Bissau em Portugal defende que o país está a viver um tempo novo, garante que a instabilidade ficou para trás e que o objetivo é voltar a trazer o país para a ribalta dos palcos internacionais, nomeadamente na política africana internacional.

Em entrevista ao Mercados Africanos em Lisboa, Hélder Vaz assegura que “a Guiné-Bissau vive um tempo novo, está a processar uma mudança profunda, estrutural e significativa na vida dos guineenses e na relação com os seus parceiros”.

O diplomata apresenta os argumentos: “A Guiné-Bissau não é o país da instabilidade dos últimos 20 anos, há um alinhamento pleno entre o Governo, o Presidente da República e o Parlamento, os militares estão fora da política e por isso estamos numa nova era, um novo ponto de partida, finalmente”.

Para além da situação política, também a situação económica, diz, é favorável apesar da pandemia, que não afetou de forma significativa a saúde dos 2 milhões de guineenses que habitam este pequeno país da África Ocidental.

“A nossa situação económica é a de um país com um vasto potencial em terra e no mar, com uma dimensão territorial pequena, mas inserido num vasto mercado de mais de 380 milhões de pessoas, a CEDEAO, tem uma classe média que cresce a 10% ao ano e pertence a uma união monetária que tem uma moeda indexada ao euro, com a estabilidade que isso lhe confere, nomeadamente havendo a garantia de possibilidade de reexportação de capitais dos investidores”, responde o diplomata quando questionado sobre qual a situação económica do país.

Do ponto de vista financeiro, as dificuldades são inegáveis, mas isso estende-se a grande parte do mundo devido aos impactos de uma pandemia que ninguém esperava e para a qual ninguém estava preparado.

“Na perspetiva financeira, a Guiné-Bissau enfrenta dificuldades neste contexto da covid, com uma redução do valor das exportações de caju, mas não do volume, porque em quantidade exportámos quase 200 mil toneladas de castanha de caju, mas o preço no mercado internacional caiu significativamente, o que representa uma baixa importante nas receitas”, explica Hélder Vaz, admitindo, ainda assim, que o país está mal preparado para ser uma economia moderna.

“Nos últimos 40 anos o Estado tem funcionado basicamente para pagar salários, havendo quase zero de investimento público, quem tem sido feito através de financiamentos externos, e este é o quadro que queremos mudar”, garante o representante do país em Portugal.

Existe, garante, uma “visão clara” daquilo que o Governo quer que a Guiné-Bissau seja: “um país interdependente das suas relações com os vários parceiros, mas que não dependa da caridade e da esmola internacionais, que não seja um país de mão estendida à caridade internacional como tem sido há 40 anos”.

Como se muda isso, então? Para Hélder Vaz, há que aproveitar o potencial do país e convencer os investidores da capacidade dos líderes garantirem estabilidade não só na política, mas também nos investimentos.

“Temos um potencial agrícola fabuloso, podemos ser o celeiro da UEMAO, um abastecedor de um conjunto de países da região como o Mali ou o Burkina Faso, no interior, temos também potencial pesqueiro significativo, com um dos mares mais ricos da África Ocidental que pode aportar receitas muito significativas e que pode multiplicar as disponibilidades financeiras do Estado para financiar o desenvolvimento”, argumenta o embaixador.

Na entrevista ao Mercados Africanos, Hélder Vaz falou também da diplomacia económica, assegurando que também nesta área o país está diferente, e para melhor.

“Não se faz diplomacia com eficácia sem credibilidade, e a Guiné-Bissau quer deixar de ser um ator menor e passar a estar em pé de igualdade, daí que o Presidente da República diga muitas vezes que não há Estados pequenos, só há países pequenos”, concluiu o diplomata.

sábado, 25 de julho de 2020

DECLARAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DA COMUNIDADE E AMIGOS DA GUINÉ-BISSAU EM ITÁLIA

DECLARAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DA COMUNIDADE E AMIGOS DA GUINÉ-BISSAU EM ITÁLIA

Bô mandanu técnicos pa bim fassinu passaporte
Ka bô djubi pa nô erros

"BARAFUNDA" DE MEIA DÚZIA PENALIZA A COMUNIDADE INTEIRA

Certamente os protagonistas da desordem do dia 13 deste mês, na casa mãe dos padres do PIME em Milão, já se arrependeram e perceberam que causaram sérios danos a si mesmos, a seus colegas e a toda a comunidade guineense em Itália.

Acredito que, se pensássemos antecipadamente nas consequências do ato que praticamos e, se tivéssemos acreditado nas palavras de um dos responsáveis da Ascoagui que nos explicou no dia 12, em frente ao portão do PIME, que o processo de emissão do passaporte não terminaria no dia 13, conforme anunciado anteriormente, nos custaria muito menos do que o preço que estamos a pagar agora.

Lamentamos muito aqueles que sairam de Roma, Foggia, Bari e Secilia, lugares mais distantes, pagando transportes até Milão, dormindo na rua e depois voltaram sem recibo de emissão de passaporte por causa daqueles que, ñ obstante vivem em um país civil há anos, ainda se comportam como animais irracionais.

O nosso comportamento compulsivo de bloquear as portas de acesso à sala onde os passaportes foram emitidos, impedindo a saída das duas funcionárias de nossa embaixada em Portugal, nossas irmãs, que já haviam renunciado às suas agendas no país em que residam, aceitando a solicitação do governo para continuar o trabalho de emissão dos documentos até a última pessoa necessitada, é inaceitável e condenável.

A "figura de merda" que fizemos na manhã do dia 12, ao nos recusarmos a deixar o recinto da residência do PIME após sermos acolhidos pelo superior que nos permitiu passar a noite, deixa sinais negativos para a nossa comunidade.

O Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras (PIME), é uma instituição religiosa italiana, não pertencente à Guiné-Bissau. O Bruno Morlacchi não é um cônsul de carreira, ele é um homem de negócios, um cônsul honorário. Portanto, devíamos ter uma postura mais moderada e diferente para não comprometer o processo como aconteceu.

"As boas maneiras dão sempre rendimento, as más nunca", dizia o malogrado Pe. Battisti Ermanno.

À luz do cenário projetado, perguntamos:
Que dividendo obtemos com o barrulho feito na via Mosè Bianchi 94, em Milão?
Qual foi a culpa das funcionárias da embaixada para serem "sequestradas" na sala?
Fomos capazes de forçá-las a fazer-nos passaporte?

Onde e quando encontraremos um local melhor e mais confortável do que o PIME na cidade de Milão para emitir documentos em caso de regresso do pessoal da nossa embaixada em Portugal?

Compatriotas, a resposta cabe aos protagonistas da "barafunda" de Milão, um acontecimento vergonhoso e indignificante para uma comunidade como nossa que goza de grande prestígio na Itália.
Indisciplina de meia dúzia prejudica a comunidade inteira.

A associação da Comunidade e Amigos da Guiné-Bissau em Itália (Ascoagui), condena com veemência o ato de 13 de julho e aproveita a oportunidade para pedir desculpas a seus sócios e amigos pelo que aconteceu em Milão no PIME.

Nosso pedido será extensivo à secretária de Estado das Comunidades, Dra. Dara Fonseca Ramos, que fez muito para tornar realidade a emissão de passaportes para nossos emigrantes na Itália.
Desculpas igualmente ao nosso ilustre embaixador em Portugal, Dr. Hélder Lopes Vaz, que sempre nos recebía de braços abertos toda vez que batíamos à porta da Embaixada.

Ka bô djubi pa nô comportamento. Bô mandanu más técnicos de Consulado pa bim fassinu passaporte.

Ascoagui

Fonte: Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Guiné-Bissau. “O meu Presidente foi o único a propor a pena de morte para narcotraficantes”

Embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa, acompanhado pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação e pela representante da Comissão Europeia em Portugal
JOSÉ FERNANDES  

22.07.2020 às 21h56 HÉLDER GOMES  Expresso.pt

Segundo o embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa, isto mostra “o quanto” Umaro Sissoco Embaló “repudia este negócio obscuro que foi trazido” para o país. O diplomata desvalorizou a preocupação dos EUA com o afastamento de anteriores responsáveis guineenses pelo combate ao tráfico de droga. “Depois de todos estes anos de caos”, o atual Governo está “a refundar a república”, garantiu

O embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa, Hélder Vaz Lopes, lembrou esta quarta-feira que o Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, sugeriu a aplicação da pena de morte aos traficantes de droga. Em declarações no Aeroporto Humberto Delgado, de onde entre quinta-feira e domingo partem quatro voos com 45 toneladas de ajuda no combate à covid-19, o diplomata desvalorizou a preocupação demonstrada na véspera pelos EUA com o afastamento de responsáveis guineenses pelo combate ao narcotráfico.

“Foi-lhes apresentado que o Governo anterior é que combatia o tráfico de droga”, justificou. “O meu Presidente foi o único candidato na campanha eleitoral que disse que, se dependesse da vontade dele, proporia a pena de morte para os narcotraficantes. E, de facto, um combate sério ao narcotráfico será travado. Sabemos quando surgiu o narcotráfico na Guiné-Bissau, com quem, em que circunstâncias e para financiar que campanha eleitoral, em 2005”, acrescentou, referindo-se ao primeiro mandato de Aristides Gomes como primeiro-ministro.

Confrontado com o problema que constituiria – junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), por exemplo – a Guiné-Bissau instaurar a pena de morte, o embaixador respondeu: “Os EUA têm pena de morte…” Nova tentativa do jornalista: “Mas não pertencem à CPLP.” E, por fim, uma explicação mais detalhada: “Claro. Mas o meu Presidente disse, durante a campanha eleitoral, que se dependesse dele, proporia a pena de morte para os narcotraficantes. Naturalmente estamos a falar de uma campanha eleitoral mas isso é para traduzir o quanto uma pessoa repudia este negócio obscuro que foi trazido à Guiné-Bissau.”

Os EUA mostraram-se esta terça-feira preocupados com o afastamento de responsáveis da Guiné-Bissau pelo combate ao tráfico de droga, que estavam a ter “resultados extraordinários”. Heather Merritt, adjunta do secretário de Estado para o Gabinete para os Narcóticos Internacionais, acrescentou: “A Guiné-Bissau é um dos pontos a que os EUA estão atentos, foi um problema durante muitos anos como palco do narcotráfico” e “estamos preocupados com o tipo de Governo que está a ter e com o esforço que ele está a fazer ou não para prevenir o tráfico de droga.”

Em causa, detalhou a responsável americana, está a demissão da ministra da Justiça, Rute Monteiro, e da diretora da Polícia Judiciária, Filomena Lopes, substituídas por membros do atual Governo, liderado por Nuno Gomes Nabiam. A ex-ministra da Justiça está atualmente em Portugal depois de se queixar de perseguição pelas autoridades no país.

“OS SENHORES TÊM SIDO MUITO ENGANADOS”
Perante isto, o embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa acusa os jornalistas de estarem “a ser manipulados. “Queria convidá-los para um encontro na minha embaixada, quando quiserem, para abordarmos de uma forma profunda todo o processo político da Guiné-Bissau nos últimos cinco, seis anos”, disse. “Para que tudo aquilo que é fruto das empresas do lóbi político, e que se traduz naquilo que os senhores recebem dos órgãos de comunicação e dão aos consumidores nas televisões e nos jornais, possa refletir a realidade”, detalhou.

“Infelizmente, os senhores têm sido muito enganados porque naturalmente acreditamos que os jornalistas em Portugal têm boas intenções e querem traduzir a verdade. Através da manipulação que empresas vocacionadas para transmitir opinião conseguem fazer passar, só uma parte passa e os senhores passam aquilo que não é verdade”, lamentou. E relatou um par de episódios: “O primeiro-ministro anterior, o Aristides Gomes, tem um processo do Ministério Público da Guiné-Bissau que o acusa do desvio de 700 e tal quilos de cocaína, depositados nos cofres da Secretaria de Estado do Tesouro Público e não na Judiciária. Eu, como embaixador em Lisboa, fui ‘convidado’ a ceder um visto a um indivíduo que é um narcotraficante colombiano. Quem é que me deu instruções para lhe dar o visto aqui em Lisboa para ir para a Guiné? Foi o Governo do Aristides Gomes. Eu não sabia quem era o senhor.”

Em fevereiro, a Comissão Nacional de Eleições declarou Umaro Sissoco Embaló o vencedor da segunda volta das eleições presidenciais. O candidato dado como derrotado, Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), não reconheceu os resultados, alegando que houve fraude, e apresentou um recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça, que ainda não tomou qualquer decisão.

Umaro Sissoco Embaló autoproclamou-se Presidente da Guiné-Bissau e acabou por ser reconhecido como vencedor das eleições pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que tem mediado a crise política no país, e pelos restantes parceiros internacionais. Após tomar posse, o chefe de Estado demitiu o Governo liderado por Aristides Gomes, saído das legislativas de 2019 ganhas pelo PAIGC, e nomeou um outro liderado por Nuno Gomes Nabiam. O primeiro-ministro nomeado assumiu o poder com o apoio das Forças Armadas, que ocuparam as instituições de Estado.

“É DESTA GUINÉ QUE QUEREMOS QUE O MUNDO FALE”
“Pela primeira vez desde 2015 conseguimos fazer com que o Parlamento funcione porque houve uma obstrução sistemática ao funcionamento de um órgão de soberania, o que constitui crime”, sublinhou o embaixador em Lisboa. “Costumamos dizer que hoje estamos a lutar contra o bando de Odessa, um grupo de pessoas que foram instruídas e preparadas, ainda no tempo da Cortina de Ferro – do lado de lá, na ex-União Soviética – para serem os nossos líderes e que tentam a toda a força conduzir-nos para onde querem. E nós queremos esta relação com Portugal e com o Ocidente porque pensamos da mesma forma”, assegurou.

Hélder Vaz Lopes disse também que “depois de todos estes anos de caos”, o atual Governo está “a refundar a república” e tem “objetivos que passam por Portugal”. “É desta Guiné que queremos que o mundo fale, esta Guiné-Bissau que foi objeto de sacrifício de muita gente, da geração do meu pai e de outros que criaram os instrumentos que nos conduziram à independência com a perspetiva de uma sociedade de justiça, de igualdade e não de uma sociedade onde o guineense fosse o lobo do seu irmão e o devorasse. É disso que queremos falar. Não nos queremos entreter com gente que perde eleições, telefona a reconhecer que perdeu eleições, depois já não perdeu eleições e quer implantar o caos no país”, rematou.


O embaixador recordou igualmente um encontro entre Nuno Gomes Nabiam e o seu homólogo português, durante o qual o primeiro-ministro guineense propôs a António Costa “a justiça e a cooperação judiciária” como “áreas privilegiadas de cooperação”. “Porque temos a vontade genuína de combater isto tudo”, explicou.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Guiné-Bissau: Cipriano diz que não convocou sessão parlamentar que presidiu

NA ANP, REUNIDA EM PLENÁRIA ALGUNS DIGNATÁRIOS INSURGIRAM CONTRA CIPRIANO CASSAMÁ, A QUEM ACUSAM DE FAVORITISMO A NOVA MAIORIA PARLAMENTAR (MADEM-G15), PRS E APU-PDGB).

DADO O NIVEL DE AGRESSIVIDADE DOS ATAQUES DAQUELES QUE EXIGEM QUE O DEPUTADO ARMANDO MANGO OCUPASSE O SEU SUPOSTO LUGAR NA MESA EM SUBSTITUIÇÃO DO 1º VICE-PRESIDENTE DA ANP CIPRIANO CASSAMÁ DISSE: QUE AQUELA SESSÃO NÃO EXISTE À LUZ DA CONSTITUIÇÃO E DO REGIMENTO INTERNO DA ANP, PORQUE FOI COAGIDO A IR PRESIDIR UMA SESSÃO DA ANP, SEM CONCERTAÇÃO COM A MESA DA ANP E SEM TER REUNIDO OS LIDERES DAS BANCADAS PARLAMENTARES.


E MAIS, REVELOU, AINDA, QUE NEM REUNIRA A COMISSÃO PERMANEMTE CONFORME MANDA O REGIMENTO; LEMBROU AINDA QUE FOI O ENTÃO GOVERNO QUE CONVOCARA ALGUNS DEPUTADOS, BEM ASSIM O CORPO DIPLOMÁTICO:



Guiné-Bissau: Cipriano diz que não convocou sessão parlamentar que presidiu

Publicado dia 08/07/2020 às 15:18   © e-Global Notícias em Português


Cipriano Cassamá diz não convocou a sessão parlamentar que presidiu em Fevereiro e que até discordou com as deliberações dessa sessão. Uma declaração que contribuiu para alimentar a tensão já bem presente entre o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá e o seu partido, PAIGC.

Desde que o PAIGC regressou ao parlamento a 1 de Junho, os choque entre os deputados do partido com o presidente da ANP multiplicam-se. Entre 6 e 7 de Julho, a troca de acusações foi de tal forma acesa que o líder da bancada parlamentar do PAIGC acusou o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) de ter traído o partido quando decidiu avançar com a sessão parlamentar nas condições actuais.

As acusações subiram de tom, quando na segunda-feira, 6 de Julho, Cipriano Cassamá disse que discordava com as deliberações da sessão parlamentar organizada em Fevereiro, por não ter sido ele o autor da convocatória. Cipriano Cassamá reagia assim às exigência da bancada parlamentar para que Armando Mango ficasse como 1º vice-presidente, função para que fora eleito na altura em substituição de Nuno Gomes Nabian.

Segundo o presidente da ANP, a referida sessão parlamentar terá sido preparada e convocada no Gabinete de um membro do Governo. Cipriano Cassamá não entrou em mais pormenores e desafiou todos que o acusam para apresentarem alguma convocatória por ele assinada.

PAIGC IRRITADO COM RESPOSTAS DE CIPRIANO CASSAMÁ

A discussão sobre esta matéria começou antes da ordem do dia, quando o deputado da bancada do PAIGC, Victor Cassamá questionou o porquê de Armando Mango não assumir o lugar para que foi eleito e empossado numa sessão parlamentar.

Em resposta, Cipriano Cassamá assegurou que jamais permitiria que Armando Mango ocupasse o lugar, porque a referida sessão não foi legal. A resposta foi de tal forma “surpreendente” que a bancada parlamentar do PAIGC, através do seu vice-líder, Wasna Papai Danfá pediu mais explicações ao Presidente da ANP.

Na sua intervenção, o parlamentar insistiu que quem convocou a sessão de urgência foi Cirpriano Cassamá, porque foi ele quem “instruiu” os serviços protocolares da ANP para convocarem, os deputados e a Comunidade Internacional. Contrariando assim Cipriano Cassamá quando diz não convocou sessão parlamentar que presidiu em Fevereiro.

Hélder Barros, igualmente deputado do PAIGC, incrédulo com o que estava a ouvir chegou a questionar Cipriano Cassamá como é que aceita presidir uma sessão parlamentar que não convocou.

Os argumentos do PAIGC que contrariavam a “tese” de Cipriano Cassamá foram numerosos, tendo lembrado que tinha sido ele quem investiu Armando Mango nas funções, bem como na mesma sessão aceitara ser Presidente de República Interino, em virtude de abandono das funções por José Mário Vaz a favor de Umaro Sissoco Embaló.

“Sr. Presidente, eu tenho muita consideração por si. Não esperava ouvir isso da sua parte. Foi você quem convocou a sessão e posso provar o que estou a dizer. Uma das provas é que você presidiu a sessão e orientou os debates para as deliberações saídas. Portanto, Sr. Presidente, eu até posso compreender. Se houver algo, somos camaradas, ponha o problema na mesa para discutirmos, mas não te socorras desse argumento de não ter convocado a sessão. Não te fica bem”, insistiu Wasna Papai Danfá, vice-líder da bancada parlamentar do PAIGC.

“NUNCA MUDEI DO PARTIDO”

Apesar de toda insistência, Cipriano Cassamá manteve-se fiel à sua posição, desafiando os deputados do PAIGC a apresentarem a convocatória da sessão. “Fui claro com a direcção do partido e a liderança da bancada parlamentar. Disse-lhes que jamais aceitaria as deliberações de uma sessão que não convoquei. É por isso que estou tranquilo. Se as pessoas acharem que estou a violar, que avancem para o Supremo Tribunal de Justiça”, desafiou o presidente da ANP.

Na sessão do dia 7, a situação deteriorou. Depois de ter sido acusado directamente pelo líder da bancada parlamentar do PAIGC, Cipriano Cassamá decidiu pela primeira vez nesta crise passar ao ataque. Lembrou que na IXª Legislatura era o “menino de ouro” do PAIGC, porque estava a cumprir a lei. Hoje, por continuar a cumprir a lei, passou a ser “vilão” com uma campanha de calúnias nas regiões.

“Mas estou aqui e a minha posição é sobejamente conhecida. Foi discutida na Comissão Permanente e como 1º vice-presidente do partido tive de informar o presidente qual a minha posição. Disse e repito: jamais substituiria Umaro (Umaro Sissoco Embaló) naquelas circunstâncias”, vincou.

O Presidente da ANP foi mais longe quando disse que não é “mentiroso e muito menos traidor” e sempre foi do PAIGC. “Todos que me conheceram sabem que sempre fui do PAIGC. Não sou de nenhum destes partidos. Agora, se existem pessoas que alguma vez mudaram, eu nunca mudei de partido”, sublinhou Cassamá.

DEPUTADOS DO PAIGC ABANDONAM A SESSÃO

A discussão foi de tal forma acesa que o presidente da ANP teve que abandonar a sessão. Momentos depois, o PAIGC também abandonou, por considerar que a segunda vice-presidente da ANP, Dirigente do MADEM, Satu Camará estava a desrespeitar o Regimento não aceitando a concertação.

No entanto, apesar de a bancada parlamentar do PAIGC ter abandonado hemiciclo, os seis deputados do partido e mais um do PND que votaram o programa do Governo, permaneceram na sala, garantindo outra vez, o quórum para o funcionamento da sessão.

Cipriano Cassamá que entrou em rota de colisão com o PAIGC, por ter viabilizado a sessão parlamentar em curso, fez parte dos seis deputados colocados por alguns militantes numa suposta “lista de traidores”, estando o eleitorado das bases a exigirem explicações sobre os motivos que estiveram a torno da desobediência da disciplina partidária.

Na aludida sessão em que Armando Mango foi eleito 1º vice-presidente da ANP, Cipriano Cassamá fora investido como Presidente da República Interino. Uma função que acabaria por abdicar três dias depois, alegando que, ele e a sua família, estavam a ser ameaçados de morte.


A renúncia aconteceu na sua residência e abriu um debate jurídico, que até a data não produziu qualquer conclusão. Muitos consideram que a partir do momento em que Cipriano Cassamá renunciara ao cargo de Presidente interino deveria automaticamente perder o mandato de deputado e consequentemente as funções de Presidente da ANP.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

EMBAIXADA DA GUINÉ-BISSAU EM PORTUGAL COM DOIS EMBAIXADORES NO MESMO POSTO: UM DÁ ORDENS, OUTRO DÁ DESOBEDIÊNCIA. E A DESORDEM FALA MAIS ALTO...!!!

Por Rei David

A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota. onde está a coerência do atual regime?

Tudo começou com a Embaixadora Josefina Manuela Pereira Kosta (Jóia) que está a serviço de uma pessoa para contrariar as ordens dadas pelo Embaixador Hélder e provocar a desordem, em benefício dos interesses alheios afim de criar o caos nos serviços da embaixada em Portugal.

Há muito tempo que este ambiente vem vigorando nesse estabelecimento diplomático, da Guiné-Bissau em terras lusa começando, concretamente, no momento em que luta para afastar o então presidente JOMAV na agenda dos alguns políticos.

A partir deste momento, que o Governo de então deram orientação à Embaixadora Josefina Manuela Pereira Kosta, para não permitir e complicar o exercício das funções do Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário, Dr. Hélder Vaz Lopes, ao serviço de Estado Guineense em Portugal. É isso tem prejudicado bastante os serviços dessa Embaixada, cujas vítimas foram e são os guineenses residentes em Portugal.

Quem não sabe a luta do Embaixador Hélder Vaz nos momentos mais difíceis deste nosso PAÍS luta contra tudo e todos a favor da oposição para a conquista de poder na Guiné-Bissau e hoje tornam-se o refém do próprio regime que o plantou....

Um exemplo, soubemos através dos estudantes que apoiaram o processo da candidatura de estudantes que o Embaixador mandou apresentar mais de 1200 candidaturas no ministério de Portugal. Mas um diplomata cumpriu ordens externas e só apresentou 30 candidaturas. Felizmente o Embaixador Hélder Vaz conseguiu a tempo ultrapassar este embaraço e nesse ano, 2018 entraram 1203 alunos na Universidade.

Outro exemplo, tambem apurei que o Embaixador Hélder Vaz mandou entregar os cartões consular no próprio dia do pedido. Mas, funcionários, cumprindo ordens de fora, ficam mais de dois meses bloqueando os cartões, sem entregar.

Esta é a desordem plantada na Embaixada em Portugal, com dois Embaixadores, um manda e a outra desmanda. Ordem e desordem por falta de estratégia.

Brincadeira tem limite...

Nha mantenhas di solidariedadi pa embaixador Hélder Vaz.

Rei David (Dauda Sanó). 11.06.2020

quarta-feira, 10 de junho de 2020

«PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA DA GUINÉ-BISSAU» A FRATERNAL MENSAGEM DE FELICITAÇÕES "À SECULAR E MUITO AMIGA NAÇÃO PORTUGUESA"


A fraternal mensagem de felicitações " à secular e muito amiga Nação portuguesa ", que Sua Excelência o Senhor Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, endereçou ao seu homólogo Professor Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, por ocasião do dia de Portugal. À imagem da mensagem enviada por ocasião do 25 de Abril, trata-se de uma mensagem descomplexada, assumindo a história comum, carregada de significado, abrindo portas e projetando um futuro de parceria estratégica inovadora, em benefício mútuo dos dois povos amigos e irmãos.

Embaixador, Hélder Vaz

Fonte:  CONOSABA DO PORTO

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Município de Oeiras e Aga Khan oferecem material médico à Guiné Bissau

Fotografia:  Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Francisco Rocha Gonçalves, o Embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Hélder Vaz, e o Representante Diplomático  do Príncipe de Aga Khan, Nazim Ahmad.

O Município de Oeiras e a Rede Aga Khan para o Desenvolvimento vão oferecer equipamento médico e de proteção individual à Guiné-Bissau, no âmbito das medidas de combate ao COVID-19.
  
Numa ação de cooperação entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), a Câmara Municipal de Oeiras e a Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN) serão entregues 2 ventiladores, 50 mil máscaras cirúrgicas, 50 mil pares de luvas, 2 mil máscaras sociais e 12 termómetros de infravermelhos.

Esta ação de cooperação com a Guiné-Bissau é a primeira de várias ações que serão desenvolvidas com os PALOP e pretende dar resposta à crise sanitária provocada pelo COVID-19, colmatando as necessidades sentidas no acesso a equipamento de tratamento médico e proteção individual.

Esta iniciativa solidária com os PALOP representa um investimento conjunto total superior a 700 mil euros.

Este material segue para Bissau já amanhã, sexta-feira, num voo humanitário da União Europeia.

cm-oeiras.pt/pt

terça-feira, 19 de maio de 2020

BOLSAS DO INSTITUTO GULBENKIAN DE CIÊNCIA:


Sua Excelência
Senhor Embaixador Hélder Vaz,

Vimos por este meio comunicar que estão a decorrer as candidaturas às Bolsas António Coutinho.

As Bolsas António Coutinho (BAC) oferecem a estudantes ou académicos africanos e a estudantes afrodescendentes residentes em Portugal, uma bolsa que lhes permite fazer investigação em Portugal durante 9-10 meses. As áreas de investigação elegíveis incluem as ciências da vida, ciências da saúde e ciências exatas. Esta iniciativa pretende promover e aumentar a diversidade na comunidade científica e conta com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e da Fundação Merck.

As candidaturas decorrem até ao dia 30 de Junho e os documentos devem ser enviados para o email bolsasAC@igc.gulbenkian.pt.

É possível consultar informação mais detalhada sobre as Bolsas António Coutinho nesta página.

Agradecemos desde já a divulgação desta iniciativa e juntamos alguns materiais de divulgação:
Cerimónia de entrega das Bolsas António Coutinho
Entrevista Bolseira Adija Wilssone
Entrevista Bolseiro António Almeida
Testemunhos Professor António Coutinho

Para mais informações não hesite em entrar em contacto.
Com os melhores cumprimentos,

Institutional Communication Unit
Instituto Gulbenkian de Ciência
Rua da Quinta Grande, 6
2780-156 Oeiras
Portugal
Phone: +351 214407913
Bolsas António Coutinho

Fonte: Dara Fonseca Ramos

terça-feira, 12 de maio de 2020

ESPAÇO DE CONCERTAÇÃO POLÍTICA DOS PARTIDOS DEMOCRÁTICOS

Os Partidos políticos membros do espaço dos partidos democráticos, informam a CEDEAO “que o ponto de litígio na Guiné-Bissau diz respeito à segunda volta das eleições presidenciais realizadas a 29 do passado mês de dezembro e, em caso algum, as eleições legislativas de 10 de março de 2019”. Original em francês, leia também a tradução para o português:

ESPAÇO DE CONCERTAÇÃO POLÍTICA DOS PARTIDOS DEMOCRÁTICOS

(PAIGC; APU-PDGB; PND; UM; PCD; PUN)

À Sua Excelência
Sr. Presidente da Comissão da CEDEAO

Excelência,

Nós, Partidos políticos membros do espaço dos partidos democráticos, temos a honra de lhe endereçar, Senhor Presidente, as nossas respeitosas saudações.

Tomamos nota do comunicado da Comissão da CEDEAO publicado a 22 de de abril de 2020. Esperamos que a CEDEAO tudo fará para que as recomendações expressas no vosso comunicado sejam integralmente respeitadas e aplicadas por todos os atores políticos guineenses.

Gostaríamos de lembrar, Excelência, que o ponto de litígio na Guiné-Bissau diz respeito à segunda volta das eleições presidenciais realizadas a 29 do passado mês de dezembro e, em caso algum, as eleições legislativas de 10 de março de 2019, cujos resultados determinaram tanto a composição do atual parlamento e - tal como determina a Constituição- também o Governo, em resultado da relação de forças decidida pelos eleitores.

Lamentamos que o candidato Umaru Sissoko Emablo, sem que os resultados das eleições tenham sido validados pela Corte Suprema da Guiné-Bissau, antes mesmo do seu reconhecimento internacional e agindo na mais completa ilegalidade, tenha decidido derrubar o governo de Aristides Gomes, governo legítimo saido das eleições e que dispunha de todos os instrumentos legais, reconhecidos pela CEDEAO e pela comunidade Internacional.

Ao abrir uma nova crise inútil, o senhor Umaru Sissoko Emablo reproduz os comportamentos desviantes do antigo Presidente José Mário Vaz, comportamentos que prejudicaram grandemente o nosso país e que, durante cinco longos anos, mobilizaram as energias e a boa vontade da nossa organização regional comum.

Reparamos, com satisfação, que as disposições do ponto 7 do vosso comunicado vão no sentido de impedir que o país mergulhe, de novo, num outra crise.

Senhor Presidente,

Gostaríamos de chamar a atenção para um facto de extrema gravidade. Trata-se da nomeação, pelo Senhor Umaru Sissoko Embalo, do Dr. Fernando Gomes para o cargo de Procurador Geral da República,a 29 de abril de 2020. Esta nomeação é um atentado aos direitos humanos e um insulto à memória de inúmeras vítimas dos assassinatos políticos que ensanguentaram o país durante o governo de Carlos Gomes Júnior, entre 2008 e 2012.

Durante este período, o chefe de estado maior general da forças armadas, O General Tagmé na Way foi assassinado nas instalações do Estado Maior. Nas horas que se seguiram, o Presidente da República João Bernardo Vieira viria a ser executado na sua residência. Seguir-se-iam líderes políticos: Hélder Proença, antigo ministro da defesa, Baciro Dabó, antigo ministro do interior e Roberto Ferreira Cacheu, antigo responsável do parlamento guineense. Durante este período foram também assassinados responsáveis pelos serviços de segurança do estado, nomeadamente, Samba Djalo et Yaya Dabo. O assassinato deste último implica diretamente o senhor Frenando Gomes. Com efeito, ele exercia na altura as funções de ministro do Interior. O senhor Yaya Dabó, oficial dos serviços de segurança, foi executado a sangue frio, nas instalações do ministério do Interior. Nenhum inquérito foi aberto sobre este assassinato, nem sobre os outros. A Impunidade que vigorou durante esses anos sombrios conduziu, sem dúvidas, ao golpe de estado de 2012 contra Carlos Gomes Júnior. Até à data, nenhum desses assassinatos foi julgado.

Senhor Presidente,

Esperamos que a nossa organização regional não mais permita que exerçam funções no aparelho do estado, pessoas cuja implicação ou inação possa ter conduzido à prática de crimes de sangue. Seria abrir caminho para novas crises políticas na Guiné-Bissau.Os nosso partidos respetivos e todos os democratas do nosso país levarão a cabo sem tréguas uma batalha determinada até que o senhor Fernando Gomes seja demitido das suas funções de Procurador Geral da República.
Estamos convencidos de que uma saída de crise no nosso país passa pelo respeito pelo Estado de Direito e pela Democracia. O fim da impunidade é condição insdispensável para a estabilização da Guiné-Bissau.

Agradecendo o tempo que dedicou à leitura desta nossa missiva, aceite, Senhor Presidente, a expressão da nossa mais elevada consideração.

Bissau, 10 de maio 2020.

A Coordenação

Eng. Domingos Simões Pereira
(Presidente do PAIGC)



Fonte: Domingos Simões Pereira

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Amigos da Guiné-Bissau, democratas e estadistas como o Sr. José Maria Neves, na minha modesta opinião, a Guiné-Bissau dispensa!

Por Fernando Casimiro

Infelizmente, nós Guineenses, continuamos a ignorar o que muitos filhos da Guiné-Bissau têm dito há muitos anos, preferindo denegri-los, desacreditá-los e ameaçá-los. Em contrapartida, qualquer cidadão de outro país que se posicione sobre a Guiné-Bissau, face ao seu estatuto, é logo visto como o milagreiro , o “santo abre latas” que a Guiné-Bissau e os Guineenses precisam para (finalmente) saberem, pasme-se, o que pelos vistos, nunca os filhos da terra tiveram a lucidez e a ousadia de darem a conhecer ao mundo, numa perspectiva de alerta internacional; ou de sugestão e denúncia, sobre o país de todos nós, numa perspectiva patriótica, interna, visando a sensibilização, o debate de ideias e a consciencialização nacional sobre os nossos problemas e como resolvê-los.

Estou triste, sinto vergonha por tantos Guineenses, nos quais me incluo, que nunca foram valorizados pelos préstimos que têm dado ao nosso país sem terem pedido/exigido, ou aceitado qualquer contrapartida retributiva, pois não é esse o motivo dos seus Compromissos para com a Guiné-Bissau, mas cujos pensamentos, suas análises sobre a Guiné-Bissau têm sido “usurpados” e manipulados por outros, de fora, que de vez em quando, em função das suas conveniências e dos seus interesses, utilizam o lirismo numa sessão de abertura em prol da demagogia e de uma suposta neutralidade, e falso amor à Guiné-Bissau, para de seguida se posicionarem a favor dos seus amigos e peões guineenses, por via das suas conexões políticas e ideológicas absolutistas, assentes num egocentrismo de suas lideranças político-partidárias, apenas valorizadas graças a uma árvore comum, plantada por Amilcar Cabral e cuidada por guineenses e cabo-verdianos entre os que deram suas vidas pelas independências de ambos os países, ou dos sobreviventes dessa Missão Comum, de Luta pela Dignidade Humana, dos dois povos irmãos.

O Sr. José Maria Neves, ex-Presidente do PAICV e ex-Primeiro-ministro de Cabo-Verde, de quando em vez, e sempre que lhe convém, decide contar-nos estórias do seu falso amor pela Guiné-Bissau, e sempre que o faz, não deixa por mãos alheias, a defesa dos seus amigos, dos seus interesses políticos e geo-estratégicos na Guiné-Bissau, em nome dos Interesses de Grupos a que está associado e, consequentemente, defende.

Lirismo a quanto obrigas…!

Igualmente, não deixa de reforçar o ataque aos que sempre considerou como seus inimigos guineenses, entre complexos de superioridade e receios de uma Mudança política e Social na Guiné-Bissau, capaz de, parafraseando o Embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Dr. Hélder Vaz fazer com que a Guiné-Bissau deixe de ser um “circo político”, vendo resgatadas a sua Independência e a sua Soberania, e por via disso, a sua Afirmação no concerto das Nações bem como o merecido respeito a que tem direito

O Sr. José Maria Neves, tenhamos a ousadia de dizê-lo, nunca criticou o PAIGC em concreto, preferindo lançar suspeitas de acusação ou mesmo acusações explícitas às Forças Armadas da Guiné-Bissau, e a alguns partidos políticos guineenses, por todo o mal que tem acontecido na Guiné-Bissau. Será isso imparcialidade e honestidade intelectual?

Será isso sinónimo de se estar a favor da Verdade, da Guiné-Bissau e dos Guineenses?

Amigos da Guiné-Bissau, democratas e estadistas como o Sr. José Maria Neves, na minha modesta opinião, a Guiné-Bissau dispensa!

Amilcar Cabral certamente também desaconselharia, face a tudo o que simboliza a traição do seu legado, quer pelo PAIGC na Guiné-Bissau, quer pelo PAICV em Cabo-Verde!

Haja mais respeito, consideração e valorização pelos pronunciamentos dos filhos da Guiné-Bissau sobre os nossos problemas e sobre as sugestões para a resolução desses problemas!

Se há algo que não precisamos de importar, ou de receber como “ajuda à cooperação”, são as leituras, reflexões, análises, interpretações e críticas sobre a nossa Realidade Política e Social!

Positiva e construtivamente.

Didinho 27.04.2020
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Partilhando sobre Lirismo

Estou farto do lirismo namorador. Político. Raquítico. Sifilítico. De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo. De resto não é lirismo . Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc. Quero antes o lirismo dos loucos. O lirismo dos bêbados. O lirismo difícil e pungente dos bêbedos. O lirismo dos clowns de Shakespeare . . . 🖌️: Manuel Bandeira . . #DiaDoEscritor