domingo, 4 de fevereiro de 2018

MEUS VOTOS DE PARABENS...AOS BATE PALMAS.

Por Ireneu Vaz

Algumas manifestações partidárias são mais parecidas com religiões do que com organizações de pessoas, que procuram um espaço de reflexão para fazer avançar um país com acções e ideias progressistas. Assim vejo o PAIGC.

Um partido que consegue mobilizar pessoas de todas as idades, géneros, culturas e etnias, mas no final os seus governos fazem o mesmo de sempre: põem o país a beira do abismo ou mesmo lá dentro. Depois reclama disto e daquilo e destes e daqueles. Culpa a oposição, a comunidade regional, a internacional, o cidadão que o crítica, ataca os que não se revêm na sua ideologia (se é que tem alguma?) para no final fazer-se de vítima...de si mesmo. Pois tanto quanto se sabe, o PR, os 15 e companhia, também são todos deste mesmo partido PAIGC (expulsos ou impulsos...de lá também vieram).

...E lá vão novamente confiantes e jubilosos para mais um congresso (...Gabu, Cacheu, Bissau), feito fiéis devotos, rumo a perignação.

É desta que vai ser!

Se for para bater palmas e ovacionar a uns e aos outros, vamos ver futebol ou a um festival de músicas. Se for para fazer política, vamos no minimo procurar não fazer as pessoas pensarem que são ridículas.

Um partido que passa mais tempo a falar do passado do que a resolver problemas do presente; mais preocupado com eleições do que estar preparado para bem governar. Assim é que vamos para o desenvolvimento?

Um partido em que as traições e vinganças sempre foram mais fortes do que o espírito de iniciativa para o desenvolvimento e para a paz, alguma vez saberá conduzir o povo para unidade nacional? Unidade em quê e para quê?

Um partido que vive da ficção de governar sempre no "governo de unidade nacional", com um parlamento sem oposição (porque os opositores são convidados a fazerem parte do governo!), alguma vez saberá o que é enfrentar a crítica e conviver com a oposição e a necessidade de ser criticado quando não faz bem o seu trabalho ou precisar de prestar contas ?

Um partido onde todos são camaradas mas cada um segue o seu instinto pelo poder, basta para tal, que lhe propõem um cargo pela presidência da república. São estes camaradas que alguma vez saberão construir um Estado apartidário e isento de qualquer promiscuidade com estes ou aqueles senhores de circuntancia?

Um partido que depois de mais de quarenta anos de presença (quase) contínua no poder, contribuiu mais para o retrocesso e subdesenvolvimento do país, do que para o seu contrário.

É este partido que agora vai ser novamente a Luz e Guia do povo, limpo dos seus pecados inconfessos ...?

Enquanto vamos pensando nisto...vamos todos bater palmas e saudar os novos que são os mesmos de sempre.

Haja Congresso ! Haja Palmas !

Gaio Martins Batista Gomes

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