segunda-feira, 12 de junho de 2023

SENEGAL: Partido do líder da oposição senegalês detido nega mediação sobre o caso

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POR LUSA    12/06/23 

O partido Patriotas Africanos para o Trabalho, a Ética e a Fraternidade (PASTEF) negou hoje que tenha iniciado um processo de mediação com o Presidente do Senegal sobre o líder da oposição Ousmake Sonko, condenado a pena de prisão.

"Até à data, nenhuma barricada foi erguida, nenhuma mediação foi iniciada, nenhum emissário foi enviado pelo regime", lê-se num comunicado do partido na oposição, no qual se acrescenta que também não houve qualquer "exfiltração" de Sonko, em referência aos rumores de que o líder da oposição teria sido resgatado da sua casa.

No comunicado, datado da madrugada de hoje e noticiado pelo jornal 'Sud Quotidien', o PASTEF convida a população senegalesa a ser "prudente" com as informações que circulam nas redes sociais e outras plataformas sobre o líder da oposição.

Por seu lado, um membro da coligação da oposição senegalesa Yewwi Askan Wi (YAW), Tidiane Dieye, disse que Sonko, que permanece em prisão domiciliária na sua casa no bairro de Keur Gorgui, em Dacar, "está fisicamente bem", embora esteja a sofrer "mentalmente" devido à sua situação.

"É como uma espécie de rapto de um adversário. É o que acontece nos piores regimes antidemocráticos que vemos. Isto não deveria acontecer no Senegal", disse Dieye, descrevendo a decisão contra o líder da oposição como "arbitrária", conforme noticiado pelo diário Le Quotidien.

Sonko foi condenado por "corrupção de jovens" num processo por alegada violação e ameaças de morte contra uma mulher, acusações das quais foi absolvido. Na quarta-feira, Sall ordenou investigações "imediatas e sistemáticas", depois de terem eclodido manifestações violentas por causa da sua condenação, que resultaram em mais de 20 mortos.

O processo contra Sonko por alegada violação foi aberto em março de 2021, altura em que a detenção do líder da oposição levou a uma nova vaga de protestos dos seus apoiantes, que resultou em 15 mortes e danos materiais consideráveis. Em maio, realizaram-se também manifestações para impedir a detenção do líder da oposição, das quais resultaram mais três mortes.

A oposição tem denunciado repetidamente os planos de Sall de se candidatar a um terceiro mandato. A Constituição senegalesa limita o número total de mandatos a dois e uma tentativa de prolongar a sua permanência no poder poderia conduzir à instabilidade, embora o Presidente Macky Sall tenha afirmado que seria legal concorrer a um terceiro mandato, o que ainda não confirmou.


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Declaração do líder de PTG após encontro com chefe de Estado Guineense General Umaro Sissoco Embalo na presidência da República.


 Gaitu Baldé

DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU GENERAL UMARO SISSOCO EMBALO.


Fonte:  Gaitu Baldé  Bissau 12/ 06/2023

Eleições na Guiné-Bissau. PAICV felicita coligação liderada pelo PAIGC

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POR LUSA   12/06/23 

O presidente do PAICV, oposição em Cabo Verde, Rui Semedo, enalteceu hoje a forma "ordeira e responsável" como decorreram as eleições legislativas na Guiné-Bissau e felicitou Domingos Simões Pereira e a coligação PAI -- Terra Ranka pela vitória.

Numa missiva, o presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) começou por notar que, tendo em conta as relações históricas e as afinidades culturais entre os dois povos, normalmente as eleições em Guiné-Bissau são seguidas em Cabo Verde e pelos cabo-verdianos, em geral, com grande interesse.

"O PAICV e eu, particularmente, pudemos acompanhar todo o processo e todos os desafios que o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) teve que enfrentar para cumprir a missão de se apresentar ao último pleito eleitoral do passado domingo, dia 4 de junho, na sequência da dissolução do Parlamento", escreveu o líder do maior partido da oposição cabo-verdiana, da mesma família política.

Sublinhando a forma "ordeira e responsável" como decorreu o ato eleitoral, Rui Semedo entendeu que os resultados eleitorais foram "claros e reveladores" de uma grande vontade dos guineenses em conferir a Coligação Eleitoral Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka uma maioria absoluta para garantir a estabilidade e a governabilidade do país.

"O PAICV apresenta as suas calorosas e fraternais felicitações ao PAIGC e ao seu presidente, camarada Domingos Simões Pereira, e saúda ao povo irmão guineense, pelo civismo, elevada participação e pela escolha, livremente pronunciada", continuou.

Para o presidente, a Coligação PAI - Terra Ranka, da qual o PAIGC é "pedra essencial", terá as condições essenciais para implementar o seu programa eleitoral, melhorar as condições de vida dos guineenses e projetar este país para novos patamares de desenvolvimento.

A Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau divulgou na quinta-feira os resultados das eleições legislativas, que deram a vitória à coligação PAI - Terra Ranka, encabeçada pelo antigo primeiro-ministro e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, com 54 dos 102 deputados ao parlamento, conquistando assim a maioria absoluta.

Os resultados provisórios anunciados quinta-feira pela comissão eleitoral guineense referem também que o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15) obteve 29 deputados na Assembleia Nacional Popular, mais dois assentos do que em 2019.

O Partido de Renovação Social (PRS) conseguiu 12 deputados, uma grande descida em relação às legislativas de 2019.

O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), criado no final de 2021, obteve seis deputados na sua estreia eleitoral.

O grande derrotado nas eleições legislativas é a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderada pelo primeiro-ministro cessante Nuno Gomes Nabiam, que obteve apenas um deputado, quando em 2019 elegeu cinco deputados.


Região de Bafatá: TRABALHADORES DA CENTRAL ELÉTRICA DENUNCIAM QUE SÃO SUBMETIDOS À ESCRAVATURA

 O DEMOCRATA  12/06/2023  

Os sindicatos dos trabalhadores da Central Elétrica de Bafatá denunciaram irregularidades na delegacia regional da energia, desvio de fundos e disseram que foram submetidos à uma autêntica escravatura sem solução.   

Os trabalhadores revelaram que não recebem os seus salários a 38 meses (três anos e dois meses), com consequências graves na vida dos funcionários e respetivas famílias e da população em geral, que de igual modo está privada do direito de acesso à energia, revelou em entrevista telefónica ao jornal O Democrata, Adulai Candé, presidente da Associação dos trabalhadores, para falar dos reais problemas da central e dos dos trabalhadores.   

Cerca de 60 funcionários efetivos e alguns auxiliares contratados já abandonaram a central. Os auxiliares que eram pagos com as receitas internas ou dinheiro de multas para fazer trabalhos de manutenção e reparação de cabos e instalações também demitiram-se. Os funcionários da central queixam-se da falta de meios, nem sequer uma única viatura têm para movimentar escadas e outros materiais, por isso contrataram auxiliares que carregam materiais a pé para diferentes pontos da cidade, onde existam problemas.  

“A cidade de Bafatá tem pequenas rochas e montanhas de pequena dimensão. São os auxiliares que carregam todos os materiais, incluindo as escadas. Submeteram-nos à uma autêntica escravatura na central elétrica de Bafatá”, afirmou.   

NÍVEL DA DESORGANIZAÇÃO NA DELEGACIA DA ENERGIA ESTÁ A CEM POR CENTO

O presidente do sindicato dos trabalhadores da central elétrica de Bafatá afirmou que o nível da desorganização na delegacia da energia está a cem por cento, é tanta que levou os trabalhadores a abandonarem a central, porque “as portas da delegacia estão fechadas, os delegados não vão ao trabalho, muito menos se importam com a situação dos trabalhadores”.

“Havia uma única delegacia para Bafatá e Gabú, mas depois foram desmembradas. As duas delegacias eram coordenadas por uma delegacia provincial, que foi extinta pelo ministério para que pudesse reforçar os poderes aos novos delegados que nomeou, mas essa estratégia não deu certo “, afirmou.

Denunciou que o governo tem uma dívida de cento e vinte milhões de francos CFA com o cidadão Selo Djaló, que fornecia combustível à central elétrica e que decidiu cancelar o fornecimento, por falta de transparência, do conhecimento na área da energia, da contabilidade e gestão dos recursos energéticos dos atuais gestores da energia.

“A central está a ser gerida pelos senhores Jorge Cunté, professor do ensino primário, e Samba Buaró, do secundário”, insistiu, para de seguida defender que seria ideal que a gestão fosse entregue aos trabalhadores, que por meio de uma comissão de autogestão conseguiram, no passado, assegurar o funcionamento da central por seis anos sem interrupções e pagar salários aos trabalhadores efetivos e contratados.

“Tudo paralisou a partir do momento em que Jorge Malú nomeou os dois delegados. Depois tudo piorou quando Orlando Mendes Veigas e Augustos Poquena não tiveram coragem de mudá-los, mesmo sabendo que não estavam à altura dos desafios da central nem das suas funções, a pretexto de que não foram nomeados por eles”, frisou.

Segundo Adulai Candé, a falta de luz abriu caminhos para os ladrões cortarem todos os cabos de alta e baixa tensão e acusou os elementos indicados pelo ministério da Energia e Indústria de nada terem feito para mudar a situação da central, e acusou os sucessivos ministros desse setor (Jorge Malú, Orlando Mendes Veigas e Augusto Poquena) de cumplicidade na manutenção dos atuais delegados da energia na região.

“Os dois elementos da energia não fazem praticamente nada, apenas reagem se postes de luz forem derrubados. Cobram os infratores e nunca mais aparecem para solucionar os problemas que os trabalhadores e a central elétrica enfrentam”, acusou.

Adulai Candé disse que a central não tem segurança e corre sérios riscos de a qualquer dia explodir, por falta de evacuação de resíduos e de limpeza externa do perímetro das instalações.

SINDICATO  ACUSA DELEGADOS DA ENERGIA DE RETALIAR OS TÉCNICOS DOS GERADORES


Adulai Candé acusou Jorge Cunté e Samba Buaró, delegados da energia de Bafatá, de retaliar os técnicos dos dois grupos de geradores da central de Bafatá e contratar novos técnicos que estragaram um dos grupos e um deles terá sequestrado a placa eletrónica que comanda o motor de um dos grupos para reivindicar o pagamento da dívida.

“Mas nunca encetaram diligências para recuperar a placa elétrica. Estão parados, enquanto a central está a degradar-se aos poucos, deixando milhares de famílias às escuras e em insegurança, sem capacidade para desenvolver pequenas atividades geradoras de rendimento”, lamentou.

“Recentemente, um poste foi derrubado em Bafatá e o motorista foi multado. Pedimos apenas quatrocentos mil francos CFA para contratar um segurança para vigiar os postes de alta tensão, evacuar resíduos e limpar a parte externa das instalações da central, mas antes de os trabalhadores se reunirem para cobrar o dinheiro, já tinha sido levantado por dois elementos da delegacia”, denunciou.

Adulai Candé disse que, não obstante as denúncias dos trabalhadores sobre o roubo de cabos de alta tensão, a delegacia nunca diligenciou tomar medidas para conter a situação, deixando a central sob ameaça de qualquer dia explodir na sequência de um incêndio.         

“Neste momento, instalar eletricidade em Bafatá é um problema, um bicho de sete cabeças.  Não temos cabos de alta tensão que saem da subestação para a central. Os ladrões levaram quase tudo, por negligência da delegacia regional da energia. Os cabos da parte baixa da cidade foram cortados. Passei 22 noites a vigiar os cabos no bairro de Nema e com a ajuda da polícia, duas pessoas foram detidas e estão a aguardar julgamento na prisão.

Mas não pode ser só os trabalhadores a esforçarem-se para tornar a central ativa, enquanto a parte que tem a grande responsabilidade, a financeira, não se interessa”, criticou Adulai Candé.  

De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores, os incêndios que ocorreram na região de Bafatá derivaram-se de resíduos inflamáveis e da falta de limpeza do centro da cidade.

“Os dois responsáveis têm agido à margem da lei. Provocaram sofrimento no povo, mas não foram nem estão a ser responsabilizados, pelo contrário reforçaram-lhes os poderes.  Até parece que pertencem a um determinado partido, a pessoa fica imune às regras, às leis. Roubar bens públicos já não é uma preocupação para muitos, porque ninguém tem medo da justiça. Cada um faz o que quer”, disse.

Dados recolhidos indicam que a comissão de autogestão que geria a central de Bafatá cobrava, por mês, 17.500 francos CFA aos clientes com pouco consumo e os que tinham eletrodomésticos eram obrigados a montar contadores e pagavam o que consumiam.

Neste momento a cidade de Bafatá tem um fornecedor privado, que distribui energia apenas no período diurno, “à noite tudo às escuras”, por isso muitos preferem usar geradores próprios.        

Solicitado a pronunciar-se sobre o assunto e esclarecer as acusações do sindicato, o delegado da energia para o setor de Bafatá, Jorge Cunté, disse que não tem nada absolutamente a esclarecer e que se o jornal quisesse informações sobre a central elétrica e a falta de energia que fosse entrevistar o cidadão que forneceu o seu número de telefone à redação do semanário.

Por: Filomeno Sambú

"Sucesso". Brigada ucraniana anuncia libertação de cidade em Zaporíjia

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POR LUSA   12/06/23 

A Brigada Separada de Defesa Territorial de Zaporijia anunciou hoje a libertação de uma cidade daquela província no sudeste da Ucrânia, horas depois de outras fontes militares ucranianas terem anunciado a reconquista de quatro aldeias de Donetsk.

"Em 4 de junho, no âmbito da operação de defesa (do território ucraniano), a cidade de Novodarivka foi libertada dos ocupantes", anunciou a brigada na rede social Facebook.

"As unidades da brigada continuam a ter sucesso! A vitória será nossa!", é referido na nota.

A Ucrânia lançou uma contraofensiva terrestre nos últimos dias, libertando quatro aldeias na província de Donetsk e o município de Novodarovka em Zaporijia.

A cidade de Novodarivka está localizada perto da fronteira entre Zaporijia e Donetsk, num dos setores da frente onde a Ucrânia lançou operações ofensivas.

Kyiv também anunciou mais avanços de tropas em torno de Bakhmut, uma cidade no leste da Ucrânia quase totalmente tomada pelas forças de Moscovo.

No sábado, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu a existência de "ações contraofensivas" do seu exército na frente de batalha sem, no entanto, esclarecer se se trata do grande ataque preparado por Kyiv há vários meses.

As palavras de Zelensky seguem-se às do Presidente russo, Vladimir Putin, que afirmou, na sexta-feira, que a grande contraofensiva ucraniana destinada a expulsar as tropas de Moscovo já tinha começado.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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COLÔMBIA: Como sobreviveram as 'crianças da floresta' na Amazónia durante 40 dias

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Notícias ao Minuto   12/06/23 

O presidente colombiano declarou-as como "um exemplo de sobrevivência que ficará para a história", mas a verdade é que as crianças, criadas numa comunidade indígena autossuficiente, cresceram a preparar-se para um momento como este.

Depois de 40 dias perdidas na floresta colombiana, as quatro crianças da família Mucutuy foram surpreendentemente encontradas com vida, sobrevivendo não só ao despiste do avião, como também a uma ambiente inóspito e extremamente perigoso.

O avião despenhou-se no dia 1 de maio, e as crianças - de 13, 9, 4 e 11 meses de idade - acabaram por ficar sozinhas e isoladas, sem a mãe que acabara de morrer, numa zona onde animais selvagens vivem e caçam abundantemente.

As autoridades usaram tudo e mais alguma coisa para encontrá-las, desde panfletos largados do céu, a mensagens da sua avó em altifalantes. Eventualmente, na noite do dia 9 de junho, as quatro crianças da tribo Huitoto, um povo indígena na Colômbia, foram resgatadas vivas, com o presidente colombiano a declará-las as "crianças da floresta" e a declarar que são "um exemplo de sobrevivência total que ficará para a história".

Uma infância feita para lidar com frutos venenosos e animais selvagens

No entanto, muitos continuam estupefactos com a resiliência dos menores, questionando como é que as quatro crianças, a mais velha com apenas 13 anos e com dois bebés de colo, conseguiram sobreviver. A chave, como em todos os aspetos da sociedade, é a educação.

Depois do resgate, soube-se que a sobrevivência na floresta sempre fez parte da vida das crianças, que cresceram no seio de uma comunidade indígena habituada durante séculos a viver da terra. Citado pela BBC, o avô, Fidencio Valencia, explicou que as duas mais velhas, Lesly e Soleiny, com 13 e nove anos, estavam habituadas à fauna e flora do local, e John Moreno, um líder do grupo Guanano no sudeste da Colômbia, apontou que as crianças foram educadas pela avó, uma respeitada líder indígena.

"Elas usaram o que aprenderam na comunidade, confiaram no seu conhecimento ancestral para sobreviver", afirmou Moreno.

Já a tia, Damarys Mucutuy, contou aos jornalistas colombianos que eram comum a família brincar a jogos de sobrevivência enquanto cresciam. "Quando jogávamos, montávamos pequenos campos. Ela [Lesly] sabia que frutas não pode comer porque há muitos frutos venenosos na floresta. E sabia cuidar de um bebé", acrescentou.

As pistas deixadas pelas crianças, e encontradas pelas autoridades, foram dando esperança pelas equipas de resgate por, precisamente, demonstraram que alguém se encontrava no local - desde pegadas, a fruta parcialmente comida, a abrigos feitos com ramos e atados com elásticos do cabelo. A certa altura, foi encontrada farinha, confirmando-se mais tarde que estas tinham recuperado farinha do avião destruído.

Estas consumiram farinha até terminar, passando então a alimentar-se de sementes. "Há uma fruta, semelhante à romã. Elas estavam a procurar por sementes para comer a cerca de um quilómetro e meio do sítio do acidente", acrescentou Edwin Paki, um dos líderes tribais que ajudou nas operações de buscas.

Ainda é incerto sobre como é que as crianças conseguiram purificar e beber água, mas as dificuldades alimentares não foram as únicas. São, aliás, apenas um dos fatores de sobreviver na Amazónia que, como se sabe, é um berço de alguns dos animais mais perigosos do mundo.

A zona onde o avião se despenhou é prolífera em cobras, jaguares e mosquitos com doenças letais, entre muitos muitos outros. O presidente colombiano, Gustavo Petro, referiu após o resgate que as crianças tiveram de afugentar um cão selvagem.

Resgate dramático

O desaparecimento das crianças motivaram uma operação de salvamento épica, com voltas e contravoltas por parte de Petro, que chegou a ser muito criticado por publicar falsamente que as crianças já tinham sido encontradas.

As táticas usadas pelas autoridades incluíram a largada de 10 mil panfletos na floresta, com dicas de sobrevivência em espanhol e na língua nativa do povo Huitoto; e o voo de helicópteros com megafones, passando mensagens da avó das crianças a dizer quem estavam ser procuradas.

Foram mobilizados 150 soldados e 200 voluntários de organizações indígenas locais, mas a vasta e densa floresta tornou tão difícil a visão de toda a gente que, contou mais tarde o exército, chegou-se a passar cerca de 20 metros ao lado de onde as crianças se encontravam protegidas.

A televisão colombiana difundiu no domingo imagens do momento em que as quatro crianças foram resgatadas. As imagens, captadas de um telemóvel, mostram as quatro crianças visivelmente desnutridas, a mais nova nos braços de um dos homens indígenas, que cantam, fumam tabaco (uma planta sagrada entre a comunidade) e dão graças com alegria.

As crianças estarão agora a receber cuidados médicos, a nível físico e mental. Uma das principais preocupações, segundo a imprensa colombiana, será a de aferir o impacto psicológico dos traumas a que os menores foram sujeitos. Sublinhe-se que, para além dos 40 dias de incertezas e condições adversas em território inóspito, os menores ainda foram confrontados com a morte da mãe e da mais duas pessoas que seguiam com elas no avião.


CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU: CAPÍTULO II - DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Morreu antigo primeiro-ministro de Itália Silvio Berlusconi, aos 86 anos

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Notícias ao Minuto   12/06/23 

Óbito foi declarado no hospital San Raffaele, em Milão, segundo dá conta a imprensa italiana.

O antigo primeiro-ministro de Itália, Silvio Berlusconi, morreu esta segunda-feira no hospital San Raffaele, em Milão, segundo a informação que está a ser avançada pelo Corriere della Serra. Tinha 86 anos.

O político italiano, recorde-se, tinha sido internado na referida unidade hospitalar na sexta-feira. Os motivos que levaram ao internamento não foram, ainda, revelados.

Segundo o Corriere della Serra, o irmão de Silvio Berlusconi, Paolo, e os filhos deslocaram-se para o hospital, onde se encontrava já a esposa, Marta Fascina, na sequência da notícia.

O antigo governante já tinha estado internado, durante 44 dias, entre abril e maio, devido a uma pneumonia agravada pela leucemia crónica de que sofre há alguns anos.   

Berlusconi chegou a estar internado numa unidade de cuidados intensivos durante 12 dias, tendo sido transferido para uma enfermaria posteriormente.

Os problemas de saúde do ex-primeiro-ministro italiano já levaram à sua hospitalização em várias ocasiões, numa delas para lhe ser implantado um estimulador cardíaco ('pacemaker').

Esteve também internado devido à Covid-19 e, em janeiro de 2022, devido a uma infeção urinária.

Sublinhe-se que o partido de Berlusconi, o Força Itália, governa Itália com uma coligação com o principal partido do país, os Irmãos da Itália, de extrema-direita, de Giorgia Meloni, e a Liga, de Matteo Salvini.


Ucrânia anuncia reconquista da aldeia de Storozheve (e partilha vídeo)

© 35ª Brigada de Fuzileiros Navais / Facebook

Notícias ao Minuto   12/06/23 

A informação foi avançada pela 35.ª Brigada de Fuzileiros Navais e a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, no Telegram

As Forças Armadas da Ucrânia libertaram a aldeia de Storozhove, em Donetsk, que estava sob ocupação desde março de 2022, na que é uma das primeiras conquistas desde que começou a contraofensiva ucraniana.

A informação foi avançada pela 35.ª Brigada de Fuzileiros Navais e a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, no Telegram

"Como parte das operações de contraofensiva, os fuzileiros navais de Odessa libertaram a vila de Storozhove, em Donetsk, que estava sob ocupação desde março de 2022", referiu a brigada, citada pelo Ukrainska Pravda.

Os fuzileiros relataram que a operação começou por volta das 05h00, quando saíram dos seus veículos blindados e lançaram um ataque. Os russos resistiram e dispararam com artilharia, mas os defensores insistiram e conseguiram libertar Storozhove da ocupação russa.

A vice-ministra da Defesa também deu conta do feito recorrendo à plataforma Telegram: "Hoje, a bandeira nacional está a voar sobre Storozhove novamente, e vai acontecer o mesmo com todos os locais até que reconquistemos todas as terras ucranianas".

Após a reconquista, os soldados ucranianos partilharam um vídeo a hastear a bandeira na vila de Storozhove.

Recorde-se que, já no domingo, a Ucrânia reivindicou a reconquista de três outras aldeias a sul da cidade de Velika Novosilke, na região leste de Donetsk.

Trata-se das primeira libertações de territórios ocupados desde o início da ofensiva ucraniana, há uma semana, e acontecem depois de o presidente Volodymyr Zelensky ter admitido, pela primeira vez, no sábado, que a contraofensiva está em curso.


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ONU: Preconceito contra mulheres praticamente não baixou na última década

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POR LUSA    12/06/23 

O preconceito contra as mulheres continua profundamente enraizado em grande parte do mundo e praticamente não diminuiu na última década, indica um estudo divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Quase nove em cada dez pessoas têm algum tipo de preconceito contra as mulheres e uma em cada quatro aceita o facto de um homem bater na mulher, de acordo com o relatório.

Metade da população mundial acredita que os homens são melhores líderes políticos do que as mulheres e 40% acreditam que são melhores líderes do setor empresarial.

Mesmo em lugares onde os níveis de educação são mais elevados, as mulheres continuam a ganhar, em média, menos 39% do que os homens.

Os dados compilados dizem respeito a 80 países que representam 85% da população mundial e foram recolhidos entre 2017 e 2022.

De acordo com o PNUD, os inquéritos mais recentes sugerem que o progresso nos últimos anos foi reduzido, apesar de movimentos importantes pelos direitos das mulheres, como o movimento MeToo.

Se os números forem comparados com os recolhidos entre 2010 e 2014, o que só pode ser feito com dados de 38 países, verifica-se uma estagnação.

Por exemplo, a percentagem de pessoas com algum preconceito contra as mulheres melhorou ligeiramente: de 86,9%, na altura, para os 84,6% atuais.

Contudo, existem algumas exceções, com países onde o número de pessoas que não parece ter qualquer preconceito em relação ao género a aumentar significativamente.

Na Alemanha, a percentagem de inquiridos com pelo menos um preconceito caiu de 56% para 37% na última década, enquanto no Japão caiu de 72% para 59% e no Uruguai baixou de 77% para 61%.

Noutros casos, porém, houve recuos: na Rússia o valor subiu de 87% para 91%, na Coreia do Sul de 85% para 90% e no Chile o aumento foi de 74% para 80%.

Entretanto, em muitas outras nações, a perceção que existe das mulheres pouco se alterou durante este período, com variações mínimas neste indicador.

O PNUD defendeu que os governos têm um papel fundamental a desempenhar na mudança das normas sociais, salientando, a título de exemplo, que a regulamentação da licença parental alterou em muitos sítios a perceção que existe das responsabilidades de cuidar da família. Reformas laborais vieram, por exemplo, alterar as crenças sobre as mulheres e o trabalho.

Os autores do relatório afirmaram que estes preconceitos que persistem contra as mulheres explicam o recente avanço dos movimentos contra a igualdade de género e, em alguns países, o aumento das violações dos direitos humanos.

O PNUD sublinhou ainda que, sem avanços nos direitos das mulheres, é impossível progredir em questões de desenvolvimento, numa altura em que muitos indicadores neste âmbito estão a cair.

"As normas sociais que afetam os direitos das mulheres são também prejudiciais para a sociedade em geral, travando a expansão do desenvolvimento humano", disse, em comunicado, o diretor do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano do PNUD, Pedro Conceição.


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Vários países aumentaram os arsenais nucleares operacionais no último ano, alertam investigadores

Imagem da Operação Ivy, primeiro teste de uma bomba de hidrogénio, nas ilhas Marshall (Getty Images)

Por cnnportugal.iol.pt,  12/06/23

Rússia, China ou Coreia do Norte entre os países que aumentaram os seus stocks

Os arsenais nucleares operacionais de vários países, especialmente da China, aumentaram no ano passado, enquanto outras potências nucleares continuaram a modernizá-los, num contexto de tensões geopolíticas acrescidas, alertaram esta segunda-feira investigadores.

"Estamos a aproximar-nos, ou talvez já tenhamos chegado, do fim de um longo período de declínio do número de armas nucleares em todo o mundo", disse à AFP Dan Smith, diretor do Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla original).

O número total de ogivas nucleares entre as nove potências nucleares - Grã-Bretanha, China, França, Índia, Israel, Coreia do Norte, Paquistão, Estados Unidos e Rússia - caiu para 12.512 no início de 2023, em comparação com 12.710 no início de 2022, segundo o SIPRI.

No entanto, 9.576 estão em "stocks militares para uso potencial", mais 86 do que um ano antes.

Destas, 3.844 ogivas estavam instaladas em mísseis e aviões, e cerca de duas mil, quase todas nos Estados Unidos e Rússia, em estado de alerta operacional elevado.

A dimensão do arsenal destes dois países, que juntos representam 90% do total de armas nucleares, "parece ter permanecido relativamente estável", embora a transparência nesta área tenha diminuído na sequência da intervenção militar russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

A organização estima que a China aumentou neste último ano o número de ogivas nucleares em 17%, e espera-se que continue a crescer, podendo ter no final da década tantos mísseis balísticos intercontinentais como a Rússia e os Estados Unidos.

O SIPRI distingue entre as existências disponíveis para utilização e o inventário total, que inclui equipamento demasiado antigo e que precisa de ser desmantelado.

"A reserva é constituída por ogivas nucleares utilizáveis e estes números estão a começar a aumentar", afirmou Dan Smith, salientando que os números ainda estão longe das mais de 70 mil registadas na década de 1980.

Com o maior aumento da China, de 350 para 410 ogivas, Dan Smith salientou que o país investiu fortemente nas suas forças armadas à medida que a sua economia e influência cresceram.

A Índia, o Paquistão e a Coreia do Norte também aumentaram os seus stocks, tal como a Rússia, em menor escala (de 4.477 para 4.489), enquanto as outras potências nucleares mantiveram os seus volumes.

Para Dan Smith, este aumento das existências não pode ser explicado pela guerra na Ucrânia, tendo em conta o longo tempo necessário para desenvolver ogivas nucleares e os países que fizeram esta escolha e que não são diretamente afetados pelo conflito.

Outros dados do relatório indicam que o Reino Unido deve aumentar o seu número de ogivas, e que a França prossegue os programas de desenvolvimento de uma terceira geração de mísseis balísticos nucleares lançados por submarinos e de mísseis de cruzeiro por via aérea.

E sugere-se que Israel, que não admite publicamente possuir armas nucleares, também esteja a modernizar o seu arsenal.

China regista em 2022 menor número de casamentos desde 1986

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POR LUSA   12/06/23 

A China registou 6,83 milhões de novos casamentos, em 2022, o número mais baixo desde que os registos começaram a ser feitos, em 1986, de acordo com dados oficiais divulgados hoje pela imprensa estatal.

Em 2021, o número já tinha atingido um novo mínimo, com 7,63 milhões de matrimónios celebrados.

De acordo com dados do Ministério dos Assuntos Civis, o número de registos de casamento na China está em queda desde 2013, quando houve 13,46 milhões de casamentos.

Em 2019, o número caiu abaixo dos dez milhões pela primeira vez.

Citado pelo jornal oficial Global Times, o demógrafo He Yafu disse que o ano passado marcou o número mais baixo, não apenas desde que há registos, mas desde 1980, de acordo com os seus cálculos.

He destacou a contração na população jovem e a existência de mais homens do que mulheres no país asiático como fatores responsáveis pela queda do número de casamentos.

De acordo com o último censo populacional da China, realizado em 2020, havia 17,52 milhões mais homens do que mulheres na faixa etária entre os 20 e 40 anos.

A idade média do primeiro casamento para mulheres aumentou de 24 anos, em 2010, para 27,95 anos, em 2020.

O especialista apontou ainda o "alto custo" do casamento, que por vezes inclui o dote, costume ainda presente em algumas zonas do país, e as "mudanças de atitude face ao casamento entre as novas gerações" como outras razões para a queda no número de matrimónios.

A China perdeu 850 mil habitantes, em 2022, no primeiro declínio populacional em mais de meio século.

O país fechou o ano com 1.411,75 milhões de pessoas, em contraste com os 1.412,6 milhões registados no final de 2021.

No 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, realizado em 2022, o partido no poder indicou que o país precisa de um sistema que "aumente as taxas de natalidade e reduza os custos com gravidez, parto, escolaridade e paternidade".

Estimativas da ONU indicam que a Índia ultrapassou este ano a China como o país mais populoso do mundo.


Leia Também: China e Tailândia anunciam fortalecimento de relações militares


KIM JONG-UN: Líder da Coreia do Norte oferece "apoio total" à Rússia e a Putin

© Reuters

POR LUSA   12/06/23 

O líder norte-coreano ofereceu o "apoio total" de Pyongyang a Moscovo numa mensagem dirigida ao Presidente russo, informaram hoje os meios de comunicação social estatais norte-coreanos.

Kim Jong-un enviou uma mensagem de felicitações a Vladimir Putin por ocasião dos feriados da Rússia, um dos poucos aliados de Pyongyang.

A declaração, publicada pela agência oficial de notícias norte-coreana KCNA, não menciona especificamente a invasão da Ucrânia ou o envolvimento de Moscovo num conflito armado, mas elogia a "boa decisão e liderança (...) de Putin para impedir as crescentes ameaças de forças hostis".

O povo norte-coreano oferece "total apoio e solidariedade ao povo russo na luta incansável para defender a causa sagrada da preservação dos direitos soberanos, do desenvolvimento e dos interesses do país contra as práticas arbitrárias e autoritárias dos imperialistas".

A Coreia do Norte descreveu o conflito como uma "guerra por procuração" dos Estados Unidos para destruir a Rússia e condenou a ajuda militar ocidental a Kiev.

Em janeiro, Washington acusou a Coreia do Norte de fornecer foguetes e mísseis ao grupo paramilitar russo Wagner, o que Pyongyang negou.

Em março, Washington afirmou ter provas de que Moscovo procurava obter armas de Pyongyang para a ofensiva na Ucrânia, em troca de ajuda alimentar à Coreia do Norte, cuja economia e agricultura estão em ruínas.

Enquanto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a Rússia vetou durante muito tempo a adoção de novas sanções contra a Coreia do Norte, devido ao programa nuclear e aos repetidos lançamentos de mísseis.



domingo, 11 de junho de 2023

Drama Queen fez uma transmissão ao vivo... Parte I e II

 





TOKYO / JAPAN, TÓQUIO - JAPÃO, Conheça a cidade com maior população metropolitana do mundo


Tóquio é a capital do Japão e uma das 47 prefeituras do país. Situa-se em Honshu, a maior ilha do arquipélago. Em 2015, Tóquio possuía mais de 13,4 milhões de habitantes, cerca de 11% da população do país, e a Região Metropolitana de Tóquio possui mais de 37 milhões de habitantes, o que torna a aglomeração de Tóquio, independentemente de como se define, como a área urbana mais populosa do mundo. 

Um de seus monumentos mais famosos é a Torre de Tóquio. 

Foi fundada em 1457, com o nome de Edo ou Yedo. Tornou-se a capital do Império em 1868 com a atual designação. Sofreu grande destruição duas vezes; uma em 1923, quando foi atingida por um terremoto; e outra em 1944 e 1945, quando bombardeios americanos destruíram grande parte da cidade, sendo que no total foi destruída 51% de sua área e mortas mais de 80 mil pessoas

Embora seja considerada um dos maiores centros financeiros do mundo (ao lado de Nova Iorque e Londres), e uma "Cidade Global Alfa+", ela não é, tecnicamente, uma cidade. Não há no Japão uma cidade chamada "Tóquio". Na verdade, Tóquio é designada como uma metrópole, similar a uma prefeitura do Japão, e é constituída por 23 bairros, 26 cidades primárias, cinco cidades secundárias e oito vilas diferentes. Cada uma delas possui um governo que opera no nível regional. Também fazem parte de seu território pequenas ilhas no Oceano Pacífico, localizadas a cerca de mil quilômetros ao sul.

Mais de nove milhões de pessoas vivem dentro dos 23 distritos autônomos que constituem a parte central de Tóquio. Estes 23 distritos definem a "Cidade de Tóquio", possuindo 9,24 milhões de habitantes. 

Sua população aumenta em 2,4 milhões ao longo do dia, devido aos estudantes e trabalhadores de prefeituras vizinhas, que vão à Tóquio para estudar e trabalhar.A população total dos bairros de Chiyoda, Chuo e Minato, que compõem a região central, e onde está localizado o principal centro financeiro do país, é de 375 mil habitantes; porém, mais de dois milhões de pessoas trabalham na região.

Tóquio é o principal centro político, financeiro, comercial, educacional e cultural do Japão. Assim sendo, possui a maior concentração de sedes de empresas comerciais, instituições de ensino superior, teatros e outros estabelecimentos comerciais e culturais do país. Também possui um sistema de transporte público altamente desenvolvido, com numerosas linhas de trens, metrô e de ônibus, bem como o Aeroporto Internacional de Tóquio.

Discurso de Eng. Doutor Domingos Simões Pereira na festa de 54 deputados, festa da maioria absoluta e festa de povo guineense.

Data: 10-06-2023   Local: campo de rádio - Bairro militar   Fonte: PAIGC 2023

UNICEF: “Temos mais de 300 mil crianças afetadas por conflitos”

A UNICEF alcançou, pelo sexto ano consecutivo, um recorde de aquisição de materiais. Perante as crescentes necessidades das crianças em todo o mundo, a organização não governamental conseguiu em 2022 adquirir materiais e serviços num valor total de mais de 7 mil milhões de euros. 

Francisca magano, diretora da UNICEF Portugal, explica que as maiores necessidades se devem também ao facto de estarmos a assistir a “conflitos mais prolongados”, com mais de 300 mil crianças afetadas. 

A responsável explica ainda como a vacinação é uma prioridade e o esforço que está a ser levado a cabo após a pandemia de covid-19, que suspendeu muitas dessas ações.

Por CNN


GUERRA NA UCRÂNIA: Ucrânia reivindica reconquista de duas aldeias na contraofensiva

© 68th Separate Hunting Brigade 'Oleksy Dovbusha'/Handout via REUTERS

POR LUSA   11/06/23 

A Ucrânia reivindicou hoje a reconquista de duas aldeias na região de Donetsk, as primeiras desde que lançou uma contraofensiva em três setores da frente, uma delas na região de Zaporíjia.

Em Zaporíjia aumentou a preocupação em relação à segurança da central nuclear ali construída, após a explosão de uma barragem que fornecia água para a central e a intensificação dos combates nas proximidades.

"Os gloriosos soldados da 68.ª brigada (...) libertaram a localidade de Blahodatne" na frente sul de Donetsk, perto da fronteira administrativa de Zaporíjia, declarou a unidade na rede social Facebook.

Valeri Shershen, porta-voz das forças de defesa da região ucraniana de Tavria acrescentou: "Estamos a ver os primeiros resultados das ações de contraofensiva".

Pouco depois, o 7.º batalhão de uma divisão das Forças de Defesa Territorial anunciou a reconquista da aldeia de Neskuchne, na mesma província e a menos de 20 quilómetros da vizinha Zaporíjia, 80% ocupada pelas tropas russas e um dos grandes focos da contraofensiva ucraniana.

Trata-se da primeira libertação de territórios ocupados desde o início da ofensiva ucraniana, há uma semana, e acontece um dia depois de o Presidente Volodymyr Zelensky ter admitido, pela primeira vez, que a contraofensiva está em curso.

Embora Kiev mantenha silêncio sobre o alcance e o progresso das ações ofensivas, os relatórios de guerra diários russos indicam que os combates mais pesados acontecem atualmente na região de Zaporíjia, em torno de Orykhiv e Lobkove.

As cidades estão situadas a apenas 110 e 83 quilómetros, respetivamente, da cidade ocupada de Energodar, onde se situa a central nuclear de Zaporíjia.

"O aumento das atividades militares na região aumenta as nossas profundas preocupações quanto à segurança da maior central nuclear da Europa", afirmou o diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi.

A Rússia voltou a afirmar hoje ter repelido todos os ataques neste setor, mas o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) afirmou na sua análise diária que as imagens geolocalizadas "indicam que as forças ucranianas fizeram avanços localizados a sudoeste e sudeste de Orchiv".

Não são apenas os combates na linha da frente que preocupam o Ocidente, mas também a redução drástica do nível de água no reservatório perto da central nuclear, essencial para o seu arrefecimento.

A água desceu de 17 metros antes da rutura da barragem, na terça-feira, para 9,1 metros hoje, segundo a empresa pública ucraniana Ukrhydroenergo.

As estimativas na central, que se encontra sob ocupação russa há mais de um ano, eram até à passada sexta-feira de se poder bombear água do reservatório para a central elétrica até um nível de 11 metros "ou possivelmente menos".

A empresa ucraniana de energia nuclear, Energoatom, afirmou hoje que "apesar de os ocupantes russos terem feito explodir a barragem de Kakhovka - em território controlado pela Rússia - a situação permanece estável e sob controlo".

A Ucrânia afirma que, mesmo que a central perca o acesso à água da barragem, a estrutura pode continuar a ser arrefecida com água do tanque de arrefecimento da central, cujo nível está estável nos 16,67 metros.

O operador russo da central, criado após a anexação da região de Zaporíjia em setembro passado, afirmou hoje que "implementa todas as medidas para garantir a segurança da central, incluindo as relacionadas com o sistema de arrefecimento".

Hoje, mergulhadores do Ministério das Emergências russo efetuaram trabalhos para garantir um nível adequado de água no tanque.

Cinco dos seis reatores da central estão em modo de "paragem a frio", enquanto o último está atualmente em modo de "paragem a quente" e a fornecer vapor.

"Mesmo que não exista uma ameaça a curto prazo, o desastre da barragem está a causar novas e importantes dificuldades à central, numa altura em que a situação da segurança e proteção nuclear já é extremamente frágil e potencialmente perigosa durante o conflito militar", insistiu Rafael Grossi.

O argentino viajará na próxima semana com uma equipa reforçada para Zaporíjia, onde uma missão permanente da agência está a acompanhar a situação.


Leia Também: “Não vejo qualquer hipótese de a Rússia se sentar à mesa de negociações”

"Terroristas cobardes". Rússia ataca barco que retirava civis em Kherson

© Valentyna Gurova/Suspilne Ukraine/JSC "UA:PBC"/Global Images Ukraine via Getty Images

Notícias ao Minuto   11/06/23 

O chefe do gabinete da presidência ucraniana deu conta de, pelo menos, seis feridos. Entretanto, o governador da região de Kherson reportou que pelo menos três pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas.

O chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak, denunciou, este domingo, que as forças russas atacaram um barco que retirava civis da região de Kherson, deixando pelo menos seis pessoas feridas. Por seu turno, o governador de Kherson, Olexandr Prokudin, avançou que pelo menos três pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas.

"O exército russo atacou um barco com civis que saía da margem esquerda na região de Kherson", disse Yermak, através da rede social Telegram.

Segundo o responsável, os feridos foram transportados para uma unidade hospitalar em Kherson, onde "os médicos estão a lutar" para salvar a "sua vida".

"Os russos são terroristas cobardes", atirou.

Por seu lado, Prokudin, que deu conta de três mortos e 10 feridos, detalhou que dois dos feridos se tratavam de agentes da polícia.

Também este domingo, as autoridades ucranianas divulgaram um balanço revisto em alta das perdas humanas provocadas pelas inundações após a destruição da barragem de Nova Kakhovka, com seis mortes e 35 pessoas dadas como desaparecidas nas zonas que controla.

Já nos territórios ocupados pelos russos, os responsáveis instalados por Moscovo deram conta, durante a semana, de oito mortos e 13 desaparecidos.

Segundo o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, 77 localidades ficaram inundadas, entre as quais 14 nos territórios sob ocupação russa.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14.7 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.983 civis desde o início da guerra e 15.442 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Novo balanço ucraniano regista 6 mortos e 35 desaparecidos em inundações

Senegal | Dakar: Televisão suspensa após noticiar protestos

Foto: Leo Correa/AP

Por dw.com | 11/06/23

Autoridades senegalesas ordenaram a suspensão das emissões da Walf TV durante 30 dias. Neste domingo, fontes oficiais avançam que 79 cidadãos da Guiné-Conacri foram expulsos do Senegal por participação nos protestos.

As autoridades senegalesas ordenaram a suspensão das emissões da Walf TV durante 30 dias, até 01 de julho, numa sanção imposta pela cobertura dos confrontos entre manifestantes e forças de segurança, na sequência da condenação do opositor Ousmane Sonko.

As associações de televisão e de imprensa já se manifestaram preocupadas com a decisão do Ministério da Comunicação, que está em vigor desde 1 de Junho, embora um funcionário da estação tenha afirmado que a notificação só chegou oito dias mais tarde, informaram os media europeus.

O canal anunciou que uma grande parte dos seus empregados será colocada em situação de desemprego técnico. "É uma grande perda económica porque o Wal Fadjri, antes de ser um grupo de comunicação social, é apenas uma empresa, com salários fixos", argumentou o diretor da Walf TV, Moustapha Dio.

O Ministério da Comunicação denuncia "a difusão de imagens violentas que expõem menores, acompanhadas de expressões subversivas e odiosas que ameaçam a estabilidade do Estado".

A suspensão da Walf TV pela cobertura dos protestos suscita receios quanto à liberdade de imprensa, argumentam os críticosFoto: John Wessels/AFP

Liberdade de imprensa

Esta suspensão suscita receios quanto à liberdade de imprensa. "Em todos os países do mundo, em todas as democracias do mundo, quando há notícias, os jornalistas mostram-nas", sublinhou o meio de comunicação social.

Também neste domingo (12.06), as agências de notícias avançam que as autoridades senegalesas expulsaram 79 cidadãos da Guiné-Conacri pela sua participação nos protestos.

"Como sabem, foram proibidas as manifestações no Senegal e, lamentavelmente, algumas pessoas foram mais além e houve violência. Destruíram-se edifícios, etc.", afirmou o ministro dos Assuntos Exteriores guineense, Morissanda Kouyaté, em declarações ao jornal local Actu Guinéé. 

O ministro indicou que alguns guineenses foram detidos por participar nos referidos protestos e que "o Governo senegalês tinha duas opções: levá-los a tribunal ou expulsá-los".

"Dadas as nossas relações de vizinhança, optaram por expulsá-los", acrescentou. Segundo Kouyaté, os guineenses foram expulsos através da fronteira terrestre entre a Guiné-Conacri e o Senegal por grupos, um de 31 pessoas (19 homens e 12 mulheres) e outro de 48 (18 homens, 18 mulheres e 12 menores).

Os protestos no Senegal eclodiram a 1 de junho, após a condenação do líder opositor Ousmane Sonko, e difundiram-se por várias cidadesFoto: JOHN WESSELS/AFP/ Getty Images

Protestos

Os protestos começaram a 01 de junho e prolongaram-se até 05 de junho na maioria dos bairros de Dakar e das principais cidades do Senegal, depois de ter sido anunciado que o líder da oposição, Ousmane Sonko, foi condenado a dois anos de prisão.

Pelo menos 16 pessoas morreram nas manifestações, segundo o Ministério do Interior senegalês, enquanto a Amnistia Internacional documentou 23 mortes, incluindo a de três menores.

A polícia do Senegal afirmou que 500 pessoas foram detidas durante os protestos e que entre os detidos se encontravam menores e estrangeiros.

Ousmane Sonko foi julgado a 23 de maio, depois de ter sido acusado, no inicio de 2021, por uma jovem de "violações reiteradas" e "ameaças de morte". O dirigente foi absolvido em tribunal dessas acusações.

Kombobild Ousmane Sonko e Adji Sarrc, a jovem que acusa o opositor senegalêsFoto: Fatma Esma Arslan/SEYLLOU/picture alliance/AFP

Tribunal 

O tribunal considerou-o, no entanto, culpado do crime de aliciamento de menores, que é aplicado quando se abusa de jovens com idades entre os 18 e 21 anos, de acordo com o Código Penal senegalês. 

A condenação poderia impedir o líder da oposição de concorrer às eleições presidenciais previstas para fevereiro de 2024. 

Sonko denunciou a "instrumentalização" da justiça por parte de Macky Sall, presidente do Senegal desde 2012, com o intuito de o impedir de participar nas eleições.

Conhecido pelo seu discursos "antissistema", o líder opositor critica a má governação, a corrupção e o neocolonialismo francês, contando com muitos apoiantes entre os jovens senegaleses.

Arábia Saudita já executou 32 pessoas este ano

© Lusa

POR LUSA  11/06/23 

Três cidadãos sauditas foram hoje executados em Riade, depois de terem sido condenados por terrorismo e por matarem um polícia, elevando para 32 o número de pessoas a quem foi aplicada a pena capital este ano na Arábia Saudita.

De acordo com um comunicado do Ministério do Interior, os três sauditas também foram condenados por "posse de armas, munições e material explosivo" e por "planear, matar e queimar o corpo de um oficial de segurança".

A nota, que não adianta as datas dos factos, da detenção ou do julgamento, refere que "a sentença foi ratificada pelo Tribunal da Relação e pelo Supremo Tribunal (...) e foi emitido um decreto real" para a pôr em prática.

Esta é a oitava execução na Arábia Saudita em duas semanas, depois da pena de morte ter sido aplicada em 04 de junho e 29 de maio, respetivamente, contra outros três sauditas e dois do Bahrein por acusações semelhantes.

Estas mortes elevam para pelo menos 32 o número de réus executados na Arábia Saudita em 2023, entre eles sauditas e residentes estrangeiros condenados por assassinato, tráfico de droga ou terrorismo.

Em 2022, a monarquia do golfo Pérsico executou um total de 196 condenados à morte, o número mais alto dos últimos 30 anos, segundo a Amnistia Internacional.


NO COMMENT!

@ Arnold Telles da Guiné