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Notícias ao Minuto 02/02/22
O Governo espanhol condenou hoje "veementemente" a tentativa falhada de golpe de Estado que teve lugar na terça-feira na Guiné-Bissau contra os dirigentes deste país africano e apelou à calma e ao respeito pela ordem constitucional.
De acordo com uma nota distribuída pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros em Madrid, "a Espanha condena veementemente a tentativa de golpe de Estado de ontem [terça-feira] contra o Presidente Umaro Sissoco Embaló e apela à calma e ao respeito da ordem constitucional e das instituições democráticas da Guiné-Bissau".
Vários tiros foram ouvidos na terça-feira perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.
Pelo menos seis pessoas morreram no tiroteio ocorrido no Palácio do Governo durante a tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau, disseram à Lusa fontes militares.
Entretanto, segundo fonte governamental, militares entraram cerca das 17:20 no palácio do Governo e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício.
As relações entre o chefe de Estado e do executivo têm sido marcadas por um clima de tensão, agravada nos últimos meses de 2021 por causa de um avião Airbus A340, que o Governo mandou reter no aeroporto de Bissau, onde aterrou vindo da Gâmbia, com autorização presidencial, e pela recente remodelação governamental.
A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da presidência angolana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, bem como por Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
O Presidente guineense já agradeceu às forças de defesa e segurança terem conseguido frustrar esta tentativa de golpe de Estado, considerando que constituiu um "atentado à democracia".
"Eles não queriam apenas dar um golpe de Estado, queriam matar o Presidente da República, o primeiro-ministro e os ministros", afirmou na terça-feira Umaro Sissoco Embaló, na Presidência da República, em Bissau.
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