O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné – Central Sindical (UNTG- CS), Júlio Mendonça, confirmou, esta segunda feira, 04 de janeiro de 2021, o início da primeira greve do ano na Guiné-Bissau.
A paralisação iniciada hoje, com a duração de quatro dias, visa exigir o cumprimento da adenda ao memorando assinado a 11 de março de 2020, e a revogação de todos os despachos que supostamente nomeou pessoas sem vínculo com o Estado.
Para Júlio Mendonça, não se pode admitir que cada partido que esteja a governar admita entrada dos seus militantes “mal preparados” na administração pública sem concurso público, o que pode ter consequências negativas na produtividade na função pública guineense.
O líder sindical lembrou que a Guiné Bissau é o único país no mundo que aumentou os impostos nesse período da crise sanitária, ignorando que os servidores públicos recebem “salários miseráveis”. Mendonça questionou o “silêncio” da sociedade civil sobre os novos impostos aprovados pelos deputados.
Júlio Mendonça acusa os governantes de não quererem introduzir o imposto predial, por serem proprietários da maioria dos prédios em Bissau.
Mendonça disse que os governantes pretendem continuar a roubar bens públicos, empobrecendo o povo.
“A UNTG não vai tolerar isso nem colaborar com as pessoas que têm tendência de violar as leis no país”.
O secretário geral da UNTG lembra que foi “injustamente” retirado aos professores o dinheiro da carga horária e que os atuais governantes teriam prometido, durante a campanha eleitoral, que o devolveriam, assim que ganhassem as eleições, o que ainda não aconteceu após um ano das eleições.
Nestas primeiras horas de greve, Júlio Mendonça fala numa adesão de todas as organizações filias na UNTG.
Dois dos quatro Sindicatos dos professores, SINDEPROF e FRENAPROFE, aderiram à paralisação, assim como os sindicatos do setor da saúde.
Por: Tiago Seide
Nconcorda de um ladu y discorda dutru .
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