Por isso, apela a que toda a comunidade guineense radicada nesses países cumpra o seu dever civico de se RECENSEAR, na respectiva Representação diplomática, por forma a poderem votar nas próximas eleições.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023
O Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, informa toda a diáspora guineense na Europa, de que começou esta semana o processo de recenseamento eleitoral nos países da Europa onde existem guineenses residentes, nomeadamente, Portugal, França, Espanha , os Benelux, Alemanha, Suíça e Inglaterra.
Cidadãos guineenses na Turquia querem ajuda do Governo de Bissau
Em conversa com a VOA, o médico guineense Francisco Júnior diz que cerca de 10 guineenses viviam nas cidades afectadas, no entanto, todos foram retirados pelas equipas de salvamento, mas que vão precisar "de uma maior presença do nosso Estado", que ainda não foi vista.
Voaportugues.com 09/02/23
SISMO: Mais de 20 mil mortos nos territórios turco e sírio após sismo
© Lusa
POR LUSA 09/02/23
Mais de 20 mil pessoas morreram em consequência do violento sismo que abalou na segunda-feira o sul da Turquia e a Síria, segundo balanços oficiais hoje à noite divulgados.
De acordo com a Afad, organismo de socorro turco, 17.134 cadáveres foram, até agora, retirados dos escombros na Turquia, e 3.162 corpos foram contabilizados na Síria, indica um balanço também oficial.
Estes números elevam para 20.296 o total de mortos nos dois países atingidos pelo sismo de 7,8 de magnitude na escala de Richter, a que se seguiram algumas réplicas de intensidade quase igual.
Leia Também: Menina de sete anos resgatada com vida na Turquia 61 horas após o sismo
DOMINGOS SIMÕES PEREIRA: Líder do PAIGC convoca guineenses e anuncia que vai tentar viajar
© Lusa
POR LUSA 09/02/23
O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, que tem sido impedido de sair da Guiné-Bissau por alegadas "ordens superiores", convocou hoje os guineenses para a "resistência" e anunciou que irá tentar sexta-feira viajar para o estrangeiro.
Numa mensagem na rede social Facebook, Domingos Simões Pereira afirma que tem escolhido o "caminho da verdade, da legalidade e da transparência" e tratado os "adversários mais ferozes" com "respeito e consideração".
"Infelizmente, isso tem sido continuamente mal interpretado e mal-usado, até por entidades oficiais que, perante as leis e tendo obrigações constitucionais têm preferido a violação, a força, o abuso", salientou.
O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) explica que o "último episódio" está relacionado com a sua interdição de viajar em 16 de dezembro.
"Com a simples menção verbal de ordens superiores voltei a ser impedido de embarcar, pondo em causa a convivência da família no período de festas, o tratamento médico que já tinha agendado, compromissos académicos e políticos", refere na mensagem.
Para Domingos Simões Pereira, aquela é uma "intenção de provocar o bloqueio do PAIGC" e, que já foi "publicamente expressa", para "acabar" com o partido, "silenciar o passado e apagar a história".
"Esta é uma condição que não podemos negociar, nem tolerar", salienta na mensagem.
Segundo Domingos Simões Pereira, não foram deixadas "muitas alternativas" e a mensagem representa a sua convocação "do povo guineense em geral, dos militantes e simpatizantes, em particular" para a "resistência".
"Depois de alertar a toda a diáspora e o conjunto da comunidade internacional, tendo ativado as instâncias judiciais internacionais, temos de ir à luta e enfrentar o nosso destino de pé, sem rodeios nem hesitações", refere.
Por isso, segundo Domingos Simões Pereira, na sexta-feira fará "mais uma tentativa de embarque" e irá exibir "todos os documentos que comprovam a não existência de qualquer restrição" contra a sua liberdade de circulação e exigir que lhe apresentem as "provas de qualquer dispositivo legal que contrarie isso".
De seguida, caso seja impedido de viajar, o líder do PAIGC referiu que convoca os guineenses a acompanharem-no na visita a "todos os bairros da capital, para constatar e denunciar todos os desmandos" que estão a "consumir" os guineenses e "alertar todos, sobretudo os que se vão deixando adormecer para a necessidade" de acordar "e alertar todos" os "irmãos e camaradas".
"Eu prometi nunca comprometer a paz e a tranquilidade deste país e continuarei a dar o meu melhor nesse sentido, mas também assumi sempre não entregar os meus direitos e liberdades, em troco de seja o que for", conclui Domingos Simões Pereira.
O líder do PAIGC já foi por várias vezes impedido de sair do país por "ordens superiores".
O congresso do partido também foi adiado por diversas vezes devido a decisões de judiciais, tendo a sede da formação partidária, situada no centro de Bissau, chegado a ser invadida pelas forças de segurança, em março de 2022, e cercada em agosto do mesmo ano.
O X congresso foi realizado em novembro de 2022, mas acabou também por ser invadido pelas forças de segurança para deterem, sem sucesso, o antigo primeiro-ministro guineense Aristides Gomes.
SISMO NA TURQUIA: Pássaros pressentiram o sismo na Turquia? Cientistas dizem que é possível
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Notícias ao Minuto 09/02/23
Um vídeo, partilhado nas redes sociais, mostra vários pássaros a voar de forma agitada momentos antes de acontecer o sismo na Turquia.
Os animais são capazes de sentir sismos antes de realmente acontecerem? É uma questão que agora se impõe, depois de um vídeo, que está a circular nas redes sociais, mostrar um bando de pássaros a voar erraticamente, momentos antes do terramoto que assolou a Turquia e a Síria, ocorrido na madrugada de segunda-feira.
A ciência tem uma explicação para o 'fenómeno' e, sim, é possível que os animais consigam detetar pequenos tremores de terra, pouco antes dos grandes abalos ocorrerem.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), citado pela SIC Notícias, "poucos humanos detetam as ondas P [as ondas primárias e as primeiras a ser emitidas], que se propagam mais rápido a partir do epicentro (...), mas muitos animais, com sentidos mais apurados, são capazes de sentir as ondas P segundos antes do impacto da onda S [ondas secundárias, que já são mais fortes e podem ser destrutivas]".
Rússia considera que relações com EUA atravessam "crise sem precedentes"
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POR LUSA 09/02/23
As relações entre a Rússia e os Estados Unidos atravessam uma "crise sem precedentes" e sem qualquer sinal de progressos, considerou hoje Sergei Ryabkov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Na perspetiva do alto responsável diplomático, a ênfase da Casa Branca em aumentar o fornecimento de armamentos para a Ucrânia para assegurar uma derrota da Rússia não deixa qualquer espaço para a diplomacia.
"Não vejo qualquer perspetiva para um processo diplomático politicamente produtivo", disse Ryabkov em declarações a diversos meios de comunicação. "Atravessamos uma crise muito profunda e sem precedentes nas relações Rússia-EUA. A administração Biden conduziu-as para um impasse", declarou.
Ryabkov advertiu que os EUA e seus aliados devem avaliar cautelosamente os riscos relacionados com o envio e fornecimento de armas ocidentais cada vez mais poderosas à Ucrânia.
"Os americanos necessitam de avaliar profundamente os riscos relacionados com o seu enganoso e arrogante curso", disse.
Ryabkov notou que Moscovo não confia nas declarações ocidentais sobre a imposição de restrições a um conjunto de armas fornecidas à Ucrânia para evitar uma escalada, e acrescentou que essas garantias no passado apenas serviram para encobrir um aumento da quantidade e variedade de armamento destinado a Kiev.
"Não deteto qualquer sinal de razão em nenhuma capital dos membros da NATO e da UE", disse. "Aquilo que estão a fazer não irá reforçar a sua segurança".
O alto responsável russo rejeitou o argumento dos Estados Unidos de que a recusa Rússia em permitir o recomeço das inspeções às suas instalações nucleares contraria o ratado New START, o último pacto sobre controlo de armamento nuclear entre os dois países ainda em vigor.
O tratado New START, assinado em 2010 pelo Presidente Barack Obama e o Presidente russo Dmitri Medvedev, impõe a cada país um limite de 1.550 ogivas nucleares e de 700 mísseis e bombardeiros. O acordo prevê inspeções em locais definidos para comprovar o seu cumprimento.
Os Estados Unidos e a Rússia decidiram prolongar o tratado por mais cinco anos apenas alguns dias antes do seu termo, previsto para fevereiro de 2021.
A Rússia e os EUA suspenderam as inspeções mútuas previstas no New START desde o início da pandemia do Covid-19, mas no outono passado Moscovo recusou o seu recomeço, suscitando dúvidas sobre o futuro do acordo. A Rússia também adiou indefinidamente uma ronda de consultas previstas nos acordos, indica a agência noticiosa Associated Press (AP).
Na semana passada o Departamento de Estado norte-americano indicou que a recusa da Rússia em permitir as inspeções "impede os Estados Unidos de exerceram importantes deveres sob o tratado e ameaça a viabilidade do controlo de armas nucleares EUA-Rússia". Foi ainda referido que nada impede os inspetores russos de efetuarem vistorias nas instalações norte-americanas.
Ryabkov insistiu hoje que a Rússia continuou a cumprir o tratado e a trocar informações de acordo com o seu estatuto. "Aderimos ao tratado e observamos as suas provisões", disse.
Em simultâneo, reafirmou a perspetiva de Moscovo de que o reinício das inspeções não é possível atendendo ao atual ambiente nas relações.
Os comentários de Ryabkov seguiram-se a uma declaração do ministério dos Negócios Estrangeiros russo onde se refere ser impossível manter "os habituais contactos [business as usual]" com Washington e quando "os EUA desencadearam efetivamente uma guerra híbrida total contra a Rússia, que pode implicar um perigo real de confrontação militar direta entre as duas potências nucleares".
O comunicado define de "cínicos" os pedidos de Washington sobre o reinício das inspeções em instalações nucleares russas, e após uma recente série de ataques de drones ucranianos contra bases aéreas russas que possuem bombardeiros estratégicos com capacidade nuclear, e que terão sido dirigidos com o apoio dos serviços secretos norte-americanos.
Ryabkov, que se encontrou recentemente com a nova embaixadora dos EUA em Moscovo, Lynne Tracy, referiu ainda que o ministério dos negócios Estrangeiros russo emitiu uma queixa formal à embaixada norte-americana, ao considerar que a sua persistente utilização de redes sociais representa uma interferência nos assuntos internos da Rússia.
Reino Unido "consciente" do risco de escalada se entregar aviões a Kyiv
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POR LUSA 09/02/23
O governo britânico assumiu esta quinta-feira estar "consciente do risco de escalada" se entregar aviões de combate ao exército ucraniano, sublinhando que está a agir "cautelosamente" e culpando a Rússia por qualquer agravamento do conflito.
"Tomamos estas decisões com cuidado e após consideração cuidadosa. Estamos conscientes dos riscos potenciais de escalada", disse o porta-voz do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, quando questionado pelos jornalistas sobre a relutância de alguns dos aliados ocidentais de Kiev.
Durante uma visita surpresa do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Londres anunciou na quarta-feira que pilotos ucranianos seriam em breve treinados para manobrarem aviões de combate militares usados pelos países da NATO, e prometeu estudar a entrega "a longo prazo" dos caças exigidos por Kiev.
"Tudo o que fazemos tem em conta os riscos potenciais de escalada, mas mais uma vez gostaria de salientar que é a Rússia, não a Ucrânia ou a NATO (...) quem está a provocar uma escalada da situação", acrescentou hoje o porta-voz.
Depois de decidirem em janeiro enviar tanques pesados para o exército ucraniano, os aliados ocidentais de Kiev têm-se mostrado relutantes em dar mais um passo fornecendo aviões, com o presidente dos EUA, Joe Biden, a excluir, nesta fase, esta opção.
Sunak disse que "nada está excluído" relativamente à ajuda militar a Kiev e que a entrega de aviões, solicitada por Volodymyr Zelensky durante um discurso no Parlamento britânico, fazia "naturalmente parte das discussões".
Londres estima que a formação de pilotos levará três anos, uma vez que os militares ucranianos estão familiarizados com as aeronaves de fabrico soviético e não com as normas da NATO.
A embaixada russa no Reino Unido avisou hoje Londres de que a entrega de caças à Ucrânia poderá resultar numa "escalada" com "consequências militares e políticas para o continente europeu e o mundo inteiro".
"A Rússia encontrará uma resposta a qualquer medida hostil", acrescentou.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Londres rejeita envio de aviões de combate para a Ucrânia
Governo prolonga o recenseamento eleitoral por mais 15 dias.
O prazo de dois meses termina amanhã, mas o executivo entende que é preciso dilatar o período para abranger todos os guineenses com idade de votar, para poder recensear-se.
A decisão foi tomada em conselho de ministros presidido pelo Chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló.
Rússia e China acordam fornecer gás através da rota Extremo Oriente
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POR LUSA 09/02/23
A Rússia anunciou esta quinta-feira um acordo com a China para o fornecimento de gás russo pela rota "Extremo Oriente", que vai aumentar as entregas anuais deste hidrocarboneto em 10 mil milhões de metros cúbicos.
O ministério da Economia da Rússia revelou que o documento foi assinado no dia 31 de janeiro em Moscovo e Pequim, devendo agora ser ratificado pela Duma e pelo Senado russos, segundo a agência Interfax.
O acordo prevê a construção de um trecho transfronteiriço do gasoduto, que vai começar numa estação de medição na Rússia, perto de Dalnerechensk, na região de Primorye, na fronteira com a China, e atravessar o rio Ussuri, terminando na cidade chinesa de Hulin.
O gasoduto foi projetado, construído e operado no lado russo pela gigante do gás russa Gazprom, enquanto do lado chinês é administrado pela China National Petroleum Corporation (CNPC).
O negócio vai ser consumado nas respetivas moedas nacionais, ao invés de outras moedas, como o dólar norte-americano.
A Rússia começou, em agosto passado, a projetar um novo gasoduto para a China no Extremo Oriente, depois de a Gazprom ter assinado um acordo para fornecer gás russo, em conjunto com a CNPC, segundo disse então o chefe executivo do consórcio estatal russo, Alexéi Miller.
Quando o gasoduto atingir a capacidade máxima, o volume anual de fornecimento de gás russo à China aumentará em 10 mil milhões de metros cúbicos, somando-se aos 38 mil milhões de metros cúbicos por ano que a Gazprom enviará para o país asiático através do gasoduto "Força Siberiana".
No ano passado, as exportações de gás da Rússia através deste gasoduto ascenderam a 15,5 mil milhões de metros cúbicos.
A companhia de gás russa está atualmente a trabalhar no aumento da capacidade da "Força Siberiana", cuja primeira linha foi lançada em dezembro de 2019 a partir do campo de Chayanda, na região de Yakutia.
A Rússia espera que o fluxo de gás do campo de Kovykta (Irkutsk) para o gasoduto "Força Siberiana" comece em breve, após a conclusão da parte linear de Kovykta-Chayanda.
As negociações e os trabalhos técnicos para o futuro gasoduto "Força Siberiana-2", que passará pelo território da Mongólia antes de chegar à China, continuam desde 2020.
A vice-presidente e diretora geral de Exportações da Gazprom, Elena Burmístrova, anunciou no ano passado que a capacidade desta segunda "Força Siberiana" vai ser de 50.000 metros cúbicos por ano.
A China pode comprar energia à Rússia sem entrar em conflito com as sanções impostas pelos Estados Unidos, Europa e Japão. Pequim está a intensificar as compras para aproveitar os descontos russos. Isto causa fricções com Washington e países aliados, ao aumentar o fluxo de caixa de Moscovo e limitar o impacto das sanções.
Leia Também: A companhia de mercenários russa Wagner vai deixar de contratar reclusos para combater na Ucrânia a soldo do governo de Moscovo, disse hoje o empresário e fundador da empresa, Yevgueni Progozhin.
"Bem-vindo a casa". Líderes assinalam chegada de Zelensky a Bruxelas
Notícias ao Minuto 09/02/23
O presidente ucraniano já chegou a Bruxelas, onde irá participar numa cimeira extraordinária do Conselho Europeu.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a presidente da Comissão Europeia, Von der Leyen, e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, recorreram à rede social Twitter para assinalar a chegada do chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Bruxelas, onde irá marcar presença, esta quinta-feira, no Conselho Europeu.
Charles Michel, o responsável pelo convite a Zelensky para participar na cimeira extraordinária para discutir a política de migração e a situação económica, escreveu: “Bem-vindo a casa, bem-vindo à União Europeia”.
Na publicação, o responsável acrescentou ainda uma foto a cumprimentar o chefe de Estado ucraniano.
Já von der Leyen deu as “boas-vindas a Bruxelas” e reiterou o apoio europeu à Ucrânia. “Bem-vindo a Bruxelas, querido Zelensky. O coração da família europeia, à qual a Ucrânia pertence. Vamos apoiar a Ucrânia em todos os passos a caminho da União”, destacou, partilhando também uma fotografia do momento em que se encontraram.
Por sua vez, Roberta Metsola disse tratar-se de um “dia histórico para a Europa” e anunciou que Zelensky irá estar no Parlamento Europeu esta manhã. “Um dia histórico para a Europa. Orgulho em anunciar que o presidente da Ucrânia estará no Parlamento Europeu esta manhã. Para se dirigir ao povo da Europa a partir da Casa da democracia europeia”, escreveu.
Depois de viagens surpresa a Washington D.C., nos Estados Unidos, no final de dezembro, e a Paris e Londres na quarta-feira, Volodymyr Zelensky participa hoje no Conselho Europeu, em Bruxelas.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Leia Também: Zelensky aplaudido de pé na chegada ao Parlamento Europeu. Eis o momento... Veja o momento na galeria.
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SISMO: O balanço do sismo que atingiu na segunda-feira a Turquia e a Síria é já superior a 16 mil mortos, indicaram hoje autoridades e fontes médicas.
© Lusa
POR LUSA 09/02/23
Número total de mortos no sismo na Turquia e Síria é já superior a 16 mil
O balanço do sismo que atingiu na segunda-feira a Turquia e a Síria é já superior a 16 mil mortos, indicaram hoje autoridades e fontes médicas.
Pelo menos 12.873 pessoas morreram na Turquia e 3.162 na Síria, disseram as mesmas fontes, o que eleva a 16.035 o número total de vítimas mortais, enquanto prosseguem as operações, sob frio extremo, para tentar encontrar sobreviventes.
O sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu o sudeste da Turquia e o norte da vizinha Síria. Foi seguido de várias réplicas, umas das quais de magnitude 7,5.
Nos dois países atingidos pelo terramoto foram também registados mais de 58 mil feridos, muitos com fraturas e outras lesões graves.
A ajuda internacional começou a chegar na terça-feira, com dezenas de países a oferecerem apoio a Ancara.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023
Instituto da Mulher e Criança reinaugurou hoje o centro de documentação em sua Sede em Bissau
SISMO NA TURQUIA Número de mortos devido a sismo na Turquia ultrapassa os 12 mil
© Reuters
POR LUSA 08/02/23
O número de mortos provocados pelo sismo que abalou a Turquia e a Síria na segunda-feira ultrapassou os 12 mil, segundo um novo balanço provisório divulgado, esta quarta-feira, por autoridades e equipas de resgate.
Nas áreas controladas pelo Governo da Síria, 1.262 pessoas morreram e outras 1.730 morreram em áreas rebeldes, de acordo com os Capacetes Brancos (voluntários da proteção civil).
Na Turquia, o balanço é de pelo menos 9.057 mortos.
O sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu o sudeste da Turquia e o norte da vizinha Síria. Foi seguido de várias réplicas, umas das quais de magnitude 7,5.
Nos dois países atingidos pelo terramoto, também há mais de 58.000 feridos, muitos com fraturas e outras lesões graves.
Na Turquia, 6.444 edifícios em dez províncias do sudeste desabaram, segundo o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que hoje de manhã reconheceu que as autoridades inicialmente tiveram problemas nos esforços de resgate.
"No primeiro dia houve alguns problemas, mas no segundo e hoje as coisas estão sob controlo. Vamos começar a remover os escombros e a nossa meta é reconstruir as casas em Kahramanmaras e nas outras cidades afetadas dentro de um ano", prometeu.
Além disso, Erdogan anunciou uma ajuda financeira para as vítimas no valor equivalente a 495 euros por pessoa afetada.
Por sua vez, na Síria, mergulhada numa guerra civil há mais de uma década, as informações sobre as vítimas e afetados vêm, por um lado, do Governo de Bashar al-Assad e, por outro, do último enclave do país controlado pela oposição, cercado por forças governamentais apoiadas pela Rússia.
O número de vítimas "deve aumentar consideravelmente devido à presença de centenas de famílias sob os escombros das casas destruídas", disse o grupo de resgate Capacetes Brancos, que atua em áreas de oposição, acrescentando que as operações de resgate permanecem em condições em "difíceis circunstâncias".
Nas áreas controladas por Damasco, quase 300.000 pessoas foram forçadas a deixar as suas casas, enquanto o Governo de Assad abriu 180 abrigos para acomodar os afetados e mobilizou 157 unidades móveis para as províncias afetadas.
COMUNICADO SOBRE A SITUAÇÃO DOS GUINEENSES NA TURQUIA
A Câmara do Comércio assinou com K-Polygone, empresa multinacional, para aquisição de navio de transporte, com vista a facilitar o comércio entre o Benim, a Guiné-Bissau, a Gâmbia e o Senegal, com segurança.
Brevemente, os empresários guineenses vão poder explorar a via marítima para importação e exportação de mercadorias a nível da sub-região.
A Câmara do Comércio assinou com K-Polygone, empresa multinacional, para aquisição de navio de transporte, com vista a facilitar o comércio entre o Benim, a Guiné-Bissau, a Gâmbia e o Senegal, com segurança.
"Balões chineses sobre países dos cinco continentes", acusa Washington
© Reuters
POR LUSA 08/02/23
A China lançou "no decurso dos últimos anos" uma "frota de balões destinados a operações de espionagem" em todo o mundo, afirmou, esta quarta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
"Balões chineses foram detetados sobre países dos cinco continentes", em "violação da respetiva soberania", declarou a porta-voz numa conferência de imprensa, alguns dias depois de os Estados Unidos terem abatido uma aeronave não-pilotada chinesa que sobrevoava o seu espaço aéreo - que as autoridades de Pequim disseram ser de origem civil e fazer investigação meteorológica e Washington considera servir para espiar instalações militares sensíveis.
Segundo outro dos porta-vozes da Casa Branca, John Kirby, a China trabalha há anos nesse "programa" de balões para operações de espionagem que já sobrevoaram regiões de todo o mundo.
"Trata-se de um programa em que os chineses estão a trabalhar há vários anos. Tentaram melhorá-lo, expandiram-no e puseram-no em prática, tudo com o objetivo de obter informação confidencial", disse o porta-voz no centro de imprensa estrangeira.
Kirby adiantou que Washington está a falar com os seus aliados de todo o mundo para lhes oferecer informação sobre o alcance desse programa de espionagem chinês e, sem fornecer mais pormenores, indicou que hoje serão revelados novos dados sobre esta matéria.
"Os Estados Unidos não são a única nação que foi afetada por isto. E consideramos que é importante que os nossos parceiros e aliados tenham informação sobre isto", observou.
Os Estados Unidos abateram no sábado um "balão-espião" chinês que andava há dias a sobrevoar várias zonas do país, como o Estado do Montana, no nordeste, onde se situa um dos três campos de silos de mísseis nucleares existentes em território norte-americano.
A China admitiu que o balão lhe pertence, mas disse que se tinha extraviado da rota devido a ventos fortes e que é usado para fins meteorológicos, não para espionagem.
Os Estados Unidos também anunciaram na sexta-feira que tinham detetado outro "balão-espião" sobre a América Latina, o que o governo chinês também admitiu, embora continuando a manter que o dirigível não representava "qualquer ameaça".
Questionado sobre tal balão, Kirby explicou que o governo do presidente Joe Biden determinou que esse dirigível não constituía "uma ameaça militar" para a região, a mesma conclusão que os serviços secretos norte-americanos retiraram sobre o balão chinês que sobrevoou os Estados Unidos.
Os países sobre os quais foi detetado o aparelho foram a Costa Rica, a Colômbia e a Venezuela, segundo diferentes fontes.
A descoberta destes "balões-espiões" desencadeou uma crise diplomática entre Washington e Pequim e motivou a suspensão de uma viagem já agendada do secretário de Estado, Antony Blinken, ao país asiático.
GUERRA NA UCRÂNIA: Envio de caças por Londres à Ucrânia terá "consequências em todo o mundo"
© Reuters
Notícias ao Minuto 08/02/23
As palavras são da embaixada da Rússia no Reino Unido, que já reagiu ao possível envio de caças por Londres à Ucrânia.
A embaixada da Rússia no Reino Unido já reagiu ao possível envio de caças por Londres à Ucrânia, alertando que terá "consequências políticas e militares" não só no continente europeu, como também em "todo o mundo".
Segundo a Reuters, a hipótese que foi admitida pelo ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, que vai estudar o envio como uma possível "solução a longo prazo".
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky utilizou a viagem surpresa ao Reino Unido para apelar ao envio de aviões de combate para o seu país, chamando-lhes "asas para a liberdade".
Apesar da pressão do antigo primeiro-ministro Boris Johnson para aceitar o pedido, o seu sucessor Rishi Sunak ainda não assinou o plano.
Sunak anunciou anteriormente planos para treinar pilotos ucranianos, abrindo-lhes eventualmente o caminho para poderem pilotar caças da NATO.
ONG diz que regime sírio continua a atacar rebeldes em zonas afetadas
© Reuters
POR LUSA 08/02/23
Uma organização não-governamental turco-síria denunciou, esta quarta-feira, que o regime sírio de Bashar al-Assad continua a bombardear posições dos rebeldes sírios mesmo depois de estas terem sido afetadas pelos sismos registados na segunda-feira no noroeste da Síria e na Turquia.
"Chegam-nos relatos que dão conta de que há zonas afetadas pelo terramoto e que estão a ser bombardeadas pelo regime sírio. A crueldade do regime sírio continua, não deixa apoiar [as populações afetadas] e tem estado a bloquear todo o tipo de apoios internacionais", disse à agência Lusa Fatih Sanli, diretor executivo da organização não-governamental (ONG) turca SOLARIS, que atua também no norte e noroeste da Síria.
As acusações de Fatih Sanli, entrevistado pela Lusa por telefone, não foram ainda confirmadas por fontes independentes.
"[O apoio às populações sírias] só pode chegar através do regime sírio. Sabemos o que aconteceu no passado. Tal como aconteceu no passado, o regime sírio não vai permitir que nada chegue às pessoas que mais necessitam. Nessas zonas tudo está bloqueado, tudo está muito difícil", acrescentou Fatih Sanli, igualmente consultor de direitos humanos em várias ONG e institutos sírios e turcos.
Para o diretor executivo da SOLARIS, organização que congrega um grupo de cidadãos preocupados com uma visão global para uma mudança sustentável no mundo, os sismos de magnitude, primeiro de 7,8 e, depois, de 7,5, na escala de Richter que assolaram a região são os "mais mortíferos" desde 1800, tal como lhe indicaram vários especialistas em sismologia.
"É muito mau. O número de pessoas afetadas é muito maior que a população inteira de Portugal. Só na Turquia são 13 milhões e mais de cinco a seis milhões na Síria. Há zonas na Síria em que ainda ninguém conseguiu chegar e o mesmo se passa em áreas na Turquia", sublinhou.
Apesar de a situação na Turquia estar melhor organizada do que na Síria, o número de mortos nos dois países será "bastante superior" aos cerca de 8.600 já anunciados por Ancara e aos mais de 2.660 na Síria, observou Fatih Sanli.
O responsável pela SOLARIS admitiu poderem ser verdadeiras as várias estimativas de especialistas que dão conta de que ainda estarão sob os escombros mais de 40.000 pessoas só na Turquia, não havendo indicações sobre esse mesmo número na Síria.
"Infelizmente, é um número maior de mortes do que no sismo de 1999 que aconteceu na Turquia. É mesmo muito, muito mau. Há muitos desaparecidos. Estima-se que mais de 40.000 pessoas estejam sob os escombros na Turquia nas localidades próximas da cidade de Kahramanmaras, onde foi registado o epicentro do sismo, que estão praticamente destruídas", adiantou.
Fatih Sanli elogiou a pronta ajuda da comunidade internacional, mas lamentou a chegada tardia das equipas e dos equipamentos de busca e salvação, que chegarão já depois das primeiras 72 horas pós os abalos, "críticas para salvar vidas".
"Há também os problemas do tempo. Está frio, está a nevar, chove em muitas zonas e há temperaturas abaixo de zero, o que também não ajuda nada", acrescentou o responsável da SOLARIS, que indicou ter voluntários da organização no terreno para ajudar a minorar os problemas com que se debatem os sobreviventes, que ficaram sem nada.
"Mas ainda há muito a fazer sobretudo na parte síria [controlada pelos que combatem o regime de Bashar al-Assad]. A única organização que está no terreno a apoiar as pessoas é a ligada aos 'Capacetes Brancos' [os socorristas voluntários nas zonas rebeldes na Síria]. Seja na Síria seja na Turquia, já foi feita muita coisa, mas ainda é insuficiente. E poderá haver ainda sobreviventes sob os escombros, mas é muito difícil saber", disse.
Para os sobreviventes, pediu Fatih Sanli, é necessário "muita coisa" -- "precisam de muitas coisas, os bebés, as crianças e, como está frio, é preciso aquecimento, roupas, sapatos, comida (conservas), tal como os voluntários que estão no terreno".
"Na Turquia a situação é muito melhor do que na Síria. Há hospitais, clínicas, médicos e enfermeiros. As Forças Armadas chegaram tarde, mas começaram agora a apoiar as operações no terreno, com alimentação e alojamento, que é o mais necessário", acrescentou.
O diretor executivo da SOLARIS apelou também ao povo português para enviar bens materiais para a Síria.
"Na semana passada, estivemos em Portugal [em conjunto com o diretor e fundador do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Fadel Abdul Ghany] a falar da guerra e dos crimes contra a humanidade cometidos na Síria, que continuam, e agora vem esta catástrofe que vem piorar ainda mais a situação", lamentou.
MALAYSIA AIRLINES: Investigadores internacionais apontaram hoje "fortes indícios" de que o presidente russo, Vladimir Putin, enviou aos separatistas ucranianos o míssil que derrubou o voo MH17 da Malaysia Airlines sobre a Ucrânia em 2014.
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POR LUSA 08/02/23
Investigadores comprometem Putin no abate de voo da Malaysia Airlines
Investigadores internacionais apontaram hoje "fortes indícios" de que o presidente russo, Vladimir Putin, enviou aos separatistas ucranianos o míssil que derrubou o voo MH17 da Malaysia Airlines sobre a Ucrânia em 2014.
"Há fortes indícios de que o presidente russo decidiu fornecer o Buk TELAR aos separatistas", disse a equipa conjunta de Investigação Internacional (JIT), num comunicado, que reconheceu que Putin não poderá ser processado por gozar de imunidade conferida a um chefe de Estado.
Contudo, os investigadores anunciaram ainda que vão suspender a investigação sobre a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines sobre a Ucrânia em 2014, alegando falta de provas para prosseguir.
"Neste momento, a investigação atingiu o seu limite. Todas as pistas foram esgotadas. A investigação está, portanto, suspensa. Não há provas suficientes para prosseguir com o processo", disse a procuradora holandesa Digna van Boetzelaer durante uma conferência de imprensa em Haia.
O avião da Malaysia Airlines voava de Amsterdão para Kuala Lumpur quando foi atingido em 17 de julho de 2014 sobre a parte do leste da Ucrânia controlada por rebeldes pró-Rússia. Morreram todas as 298 pessoas a bordo.
O anúncio de suspensão de trabalhos por parte da JIT ocorre menos de três meses depois de um tribunal holandês ter condenado dois russos e um ucraniano pelo assassínio dos passageiros e tripulantes do MH17, depois de os ter julgado à revelia.
Hoje, os investigadores concluíram que o Presidente russo foi responsável pelo envio do míssil usado no ataque.
Na conferência de imprensa em Haia, a equipa de investigação divulgou um telefonema intercetado em que um assessor das autoridades russas diz que o atraso no envio do míssil ocorreu "porque só há um que decide (...), aquele que está atualmente em alta na França", numa referência a Putin.
Contudo, Vladimir Putin goza de imunidade como chefe de Estado, tornando impossível qualquer tentativa de processá-lo, explicaram os investigadores.
"Embora estejamos a falar de fortes indícios, o limite de provas completas e conclusivas não foi alcançado", acrescentaram os procuradores, explicando a suspensão do processo de investigação.
Associação Académica de Escola Nacional de Educação Física e do Desporto exige do governo, celeridade na contratação dos Professores para aquele instituição de Ensino Superior.
As exigências foram tonardo público esta quarta-feira (08.02), numa conferência de imprensa, no qual o presidente da Associação Académica de único Escola de formação dos professores na educação física e do desporto.
Samuel Quemesse revela que, já estão impaciente para com o Ministério do Ensino Superior e Investigação Científica.
Radio TV Bantaba
Conferência de Imprensa conjunta de Ministério da Saúde Pública e União Europeia, UNICEF.
O Governo através do Ministério do Turismo e Artesanato lança oficialmente O Guia do Investimento Turístico no país.
No quadro de Prossecução das acções do Ministerio do Turismo e Artesanato com vista ao desenvolvimento do setor na Guiné-Bissau, que passa também obrigatoriamente pela incrementação de investimentos estrangeiros no país.
Radio Voz Do Povo
"Sabemos que a Rússia perderá e vitória [da Ucrânia] mudará o mundo"... Volodymyr Zelensky
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POR LUSA 08/02/23
O presidente da Ucrânia discursou hoje no parlamento britânico. Zelensky referiu em particular o antigo primeiro-ministro Boris Johnson por ter convencido aliados a ajudar a Ucrânia.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, destacou hoje o apoio do Reino Unido "quando o mundo ainda não tinha chegado a compreender como reagir" a ameaça da Rússia.
Num discurso hoje no parlamento britânico, no âmbito de uma visita inesperada, lembrou que "Londres tem estado com Kyiv desde o primeiro dia, desde os primeiros segundos e minutos da guerra" e que estendeu "uma mão amiga quando o mundo ainda não tinha chegado a compreender como reagir".
Zelensky referiu em particular o antigo primeiro-ministro Boris Johnson por ter convencido aliados a ajudar a Ucrânia "quando parecia absolutamente difícil" e aos deputados em geral pela "coragem e caráter na altura, forte carácter britânico".
O líder ucraniano deixou uma mensagem de confiança e segurança na vitória do seu país. "Sabemos que a liberdade vencerá, sabemos que a Rússia perderá e realmente sabemos que a vitória mudará o mundo e esta será uma mudança que o mundo precisa há muito tempo", indicou.
Indicou, ainda, que se deslocou a Westminster Hall em nome dos soldados ucranianos. "Vim aqui e estou diante de vós em nome dos bravos, em nome dos nossos guerreiros que estão, neste momento, nas trincheiras debaixo de fogo da artilharia inimiga, em nome dos nossos artilheiros e todos os defensores do céu, que protegem a Ucrânia contra aeronaves e mísseis inimigos", afirmou.
TURQUIA/SISMO: O balanço do sismo de segunda-feira na Turquia e na Síria ultrapassou os 11.200 mortos, de acordo com os números oficiais divulgados hoje.
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POR LUSA 08/02/23
Após sismos, o número de mortos ultrapassa 11.200 na Turquia e na Síria
O balanço do sismo de segunda-feira na Turquia e na Síria ultrapassou os 11.200 mortos, de acordo com os números oficiais divulgados hoje.
Na Turquia, já foram registados 8.574 mortos, anunciou o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ao visitar a cidade de Kahramanmaras, onde foi registado o epicentro do sismo, citado pela agência francesa AFP.
Na Síria, um país em guerra, foram retirados 2.662 corpos dos escombros, mas os Capacetes Brancos (voluntários da proteção civil) nas áreas rebeldes disseram que há centenas de pessoas ainda sob os escombros de edifícios.
Médicos e autoridades sírias disseram que 5.000 pessoas ficaram feridas.
Erdogan disse que 50.000 pessoas feridas foram resgatadas na Turquia três dias após a catástrofe.
"Tivemos dificuldades no início com os aeroportos e nas estradas, mas hoje é melhor e será ainda melhor amanhã", disse Erdogan, numa resposta a crescentes críticas no país face à lentidão das operações de socorro.
"Mobilizámos todos os nossos recursos, o Estado está a fazer o seu trabalho com a Afad [agência de ajuda pública] e os municípios envolvidos com todos os meios à sua disposição", acrescentou, citado pela AFP.
Erdogan, que está no poder desde 2003 e deverá ser reeleito em maio, também anunciou a distribuição de 10.000 libras turcas (494 euros, ao câmbio atual) a cada família afetada.
O sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu o sudeste da Turquia e o norte da vizinha Síria.
Foi seguido de várias réplicas e de um novo terramoto de magnitude 7,5, que os especialistas disseram ter sido consequência do primeiro.
A Síria pediu hoje ajuda à União Europeia (UE) para os trabalhos de socorro através do mecanismo europeu de proteção civil, tal como já tinha feito a Turquia.
A UE já mobilizou 25 equipas de busca e salvamento, envolvendo cerca de 1.200 socorristas de 21 países, incluindo Portugal, para ajudar as autoridades turcas nas operações de resgate.
A ajuda internacional começou a chegar na terça-feira à Turquia, onde foi declarado um luto nacional durante sete dias.
O balanço provisório de 8.574 mortos é já o pior na Turquia desde 1999, quando um sismo de magnitude 7,6 perto de Izmit provocou mais de 17 mil mortos, incluindo mil em Istambul.
O sismo de Izmit foi seguido de uma réplica com uma magnitude de 7,2 três meses mais tarde, que ocorreu ao longo da mesma falha.
Os dois sismos de segunda-feira ocorreram em falhas separadas, mas próximas, segundo cientistas citados hoje pelo diário norte-americano The Wall Street Jounal (WSJ).
O sismo inicial libertou um 'stress' acumulado que foi depois transferido para uma falha próxima, resultando num segundo sismo nove horas mais tarde, de acordo com os cientistas do instituto norte-americano de geologia (USGS, na sigla em inglês).
Com base no tempo e na proximidade, os dois terramotos são considerados parte do mesmo evento sísmico, que ocorreu na intersecção de três placas tectónicas, segundo a cientista do USGS Dara Goldberg.
"Sabemos que as fronteiras tectónicas são os locais que apresentam riscos sísmicos significativos e normalmente pensamos naqueles onde duas placas se encontram", disse Goldberg ao WSJ.
"Uma junção tripla é muito mais complicada porque há três placas que se encontram no mesmo local", referiu.
O primeiro sismo ocorreu na falha da Anatólia Oriental, que corre no eixo Norte-Sul, enquanto o segundo terramoto ocorreu na falha de Malatya, que corre na direção Este-Oeste.
A pouca profundidade do hipocentro (local no interior da Terra onde ocorreu a rutura e libertação de energia) dos dois sismos, cerca de 18 quilómetros o primeiro e 10 quilómetros o segundo, contribuiu para o nível de destruição.
O sismologista britânico Stephen Hicks explicou ao WSJ que a vasta quantidade de energia libertada não tinha espaço suficiente para se dissipar antes de atingir as infraestruturas na superfície.