sábado, 26 de outubro de 2024

Qual o impacto da mudança da hora no sono e na saúde?

 SIC Notícias,  26 out.2024

 Os relógios vão atrasar uma hora na madrugada deste domingo, em Portugal continental e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores. O que se pode fazer para evitar eventuais efeitos desta alteração horária na saúde?

Na madrugada deste domingo, quando forem 02:00 em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios devem ser atrasados 60 minutos, passando para a 01:00. Na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita à 01:00 da madrugada de domingo, passando para as 00:00.

Vários estudos têm associado a mudança da hora a efeitos nos padrões de sono, na produtividade e na saúde mental e cardiovascular. As teorias não são consensuais, mas a prática revela por vezes dificuldades na adaptação aos novos horários.

A questão da mudança da hora é polémica e, em 2018, a Comissão Europeia sugeriu mesmo acabar com esta prática depois de uma consulta popular ter indicado que mais 80% dos participantes apoiarem essa ideia.

Contudo, o sistema mantém-se e duas vezes por ano a hora muda. O horário de verão chega no último fim de semana de março e o de inverno no último fim de semana de outubro.

Impacto na saúde e no sono

A mudança da hora pode dar origem a alterações no sono e consequentemente maior cansaço, dores de cabeça, redução da concentração e do estado de alerta.

Investigações têm-se debruçado sobre o efeito nas crianças e adolescentes e reportam maior sonolência e desconcentração nas semanas seguintes.

Certos estudos sugerem que a alteração horária pode agravar problemas já existentes, como distúrbios de humor e de comportamento.

Estratégias para lidar com a mudança da hora

A Deco/ Proteste divulgou esta semana algumas estratégias simples que podem ajudar na adaptação à mudança da hora.

Estabeleça uma rotina de sono consistente e certifique-se de que dorme pelo menos sete horas.

  • Ao aproximar-se da hora de deitar, evite expor-se a ecrãs e não consuma bebidas alcoólicas ou com cafeína.
  • Caso não seja automático, atualize o relógio para o novo horário e vá para a cama à hora habitual.
  • Passe tempo ao ar livre, em especial nas manhãs que se seguem à mudança da hora.
  • A exposição à luz solar ajuda a regular o ritmo biológico e facilita a adaptação ao novo horário.
  • A hora legal volta depois a mudar para o regime de verão a 30 de março 2025.


Leia Também: Quem dorme até mais tarde ao fim de semana pode reduzir em 20% o risco de doença cardíaca 

Declaração de Presidente da República da Guiné-Bissau após entrega de donativos doado pelo liga mundial islâmica.

Gaitu Baldé

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

A Coreia do Norte garantiu hoje que qualquer envio das suas tropas para a Rússia respeitará o direito internacional, segundo a agência oficial KCNA, sem confirmar ou negar que já tinha enviado soldados.

© Reuters   Por Lusa  25/10/24 

Coreia do Norte diz que envio de tropas respeitará Direito internacional

A Coreia do Norte garantiu hoje que qualquer envio das suas tropas para a Rússia respeitará o direito internacional, segundo a agência oficial KCNA, sem confirmar ou negar que já tinha enviado soldados.

"Se aquilo de que a comunicação social internacional está a dizer acontecer, penso que será feito de acordo com as regras do direito internacional", disse Kim Jong Gyu, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, responsável pelas relações com a Rússia, citado pela KCNA.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avisou hoje que os soldados norte-coreanos vão começar a combater as tropas ucranianas a partir de domingo.

Na quinta-feira, o serviço de informações militares da Ucrânia (GUR) já tinha anunciado que soldados norte-coreanos foram enviados para a região russa de Kursk, onde as tropas ucranianas controlam centenas de quilómetros quadrados.

A presença de soldados norte-coreanos no palco de guerra na Ucrânia tem preocupado a comunidade internacional.

Hoje, o chanceler alemão, Olaf Scholz, referiu-se a essa possibilidade como "uma nova escalada" no conflito e um facto "muito preocupante".

"A questão da transferência de soldados norte-coreanos para a Rússia e o seu possível destacamento na Ucrânia (...) é muito preocupante", disse o chefe do Governo alemão, durante a sua visita à Índia.

"É grave e é algo que provoca uma nova escalada na situação atual", acrescentou Scholz.

Os deputados russos votaram por unanimidade, na quinta-feira, a ratificação do "Tratado de Parceria Estratégica Abrangente" com a Coreia do Norte, que prevê a assistência mútua em caso de agressão armada por parte de um país terceiro.

Questionado na quinta-feira sobre o alegado envio de soldados norte-coreanos para a Rússia, o Presidente russo, Vladimir Putin, não desmentiu esta informação.

Os serviços de informação sul-coreanos garantiram na semana passada que a Coreia do Norte decidiu enviar até 12 mil soldados para ajudar a Rússia.


Leia Também: Um áudio de uma conversa entre militares russos foi intercetado pelos serviços secretos ucranianos, e é possível perceber que os militares estão preocupados com a forma como os soldados de Pyongyang serão comandados.

Israel criticou hoje o secretário-geral da ONU, António Guterres, por lamentar a morte de um trabalhador da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) que as Forças de Defesa de Israel (IDF) ligam ao grupo islamita Hamas.

© Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images    Por Lusa   25/10/24 

 Israel critica Guterres por lamentar morte de homem ligado ao Hamas

Israel criticou hoje o secretário-geral da ONU, António Guterres, por lamentar a morte de um trabalhador da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) que as Forças de Defesa de Israel (IDF) ligam ao grupo islamita Hamas.

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, Guterres atingiu "novos níveis de hipocrisia e insensibilidade", após já ter sido declarado 'persona non grata' pelo Governo israelita.

Na quinta-feira, as IDF tinham dado conta da morte de Mohamad Abu Atawi, identificado como comandante do grupo de elite Nukhba do braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, referindo que foi responsável pelo ataque a um abrigo com dezenas de participantes no Festival Nova, durante os massacres de 07 de outubro do ano passado no sul de Israel.

As autoridades israelitas anexaram supostos ficheiros a ligar Atawi à UNRWA, onde seria motorista desde 02 de julho de 2022.

Guterres divulgou na quinta-feira à noite uma mensagem nas redes sociais a denunciar a situação humanitária na Faixa de Gaza e a lamentar a morte de "outro dos colegas da UNRWA", embora sem fornecer mais pormenores.

"Por quem estamos exatamente a chorar? Mohamad Abu Atawi, comandante da Unidade Nukhba (...) que liderou o massacre no abrigo de Reim a 07 de outubro?", questionou o chefe da diplomacia israelita, acusando Guterres e a UNRWA de cumplicidade em "crimes de guerra".

Os ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel deixaram cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e outras 250 pessoas foram levadas como reféns.

Deste número, 16 pessoas morreram num abrigo utilizado por participantes do festival de música para se protegerem dos ataques e quatro foram levadas como reféns.

No seguimento dos ataques do Hamas, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde já morreram mais de 42 mil pessoas, na maioria civis, de acordo com o governo local controlado pelo grupo islamita palestiniano desde 2007.


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Zelensky recusou-se a receber Guterres depois de "humilhação" em Kazan

© Lusa    Por Lusa   25/10/24 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusou-se a receber o secretário-geral da ONU, António Guterres, em Kyiv devido à visita do português à cidade russa de Kazan no âmbito da cimeira dos BRICS, informou a France-Presse.

"Depois de Kazan, ele (Guterres) quis vir à Ucrânia, mas o presidente não confirmou a sua visita" face ao que Zelensky considerou uma humilhação infligida ao direito internacional em Kazan, afirmou um alto funcionário presidencial ucraniano à AFP, sob condição de anonimato.

Na quinta-feira, António Guterres defendeu um "cessar-fogo imediato" em Gaza e apelou à paz no Líbano e na Ucrânia, ao intervir na reunião dos BRICS, bloco das principais economias emergentes, com os países do Sul Global.

"Precisamos de paz em todo o lado. Precisamos de paz em Gaza com um cessar-fogo imediato e uma libertação imediata e incondicional de todos os reféns", disse Guterres, recentemente declarado 'persona non grata' pelo Governo israelita.

Em solo russo, Guterres também apelou à paz na Ucrânia: "Uma paz justa, em conformidade com a Carta das Nações Unidas, o direito internacional e as resoluções da Assembleia Geral".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O grupo BRICS, fundado informalmente em 2006 e que realizou a sua primeira cimeira em 2009, inclui países que representam cerca de um terço da economia mundial e mais de 40% da população global.

Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Etiópia, Irão, Egito e Emirados Árabes Unidos integram atualmente o bloco.


Leia Também: O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, advertiu hoje que soldados norte-coreanos começam a integrar no domingo o exército russo para combater as tropas ucranianas, citando informações dos serviços secretos

PR Umaro Sissoco Embalo Recebe em audiência Convergência Nacional para Liberdade e Desenvolvimento da Guiné- Bissau (COLIDE-GB).

Radio Voz Do Povo 

PR Umaro Sissoco Embalo recebe em audiência Organização Cívica da Democracia e Esperança Renovada (OCD-ER).

 Radio Voz Do Povo 

PR Umaro Sissoco Embalo Recebe em audiência Partido Unido Social Democrata (PUSD).

 Radio Voz Do Povo 

Presidente da República Umaro Sissoco Embalo Recebe em audiência Plataforma Republicana.

Radio Voz Do Povo 

PR Umaro Sissoco Embalo ausculta Aliança Patriótica Inclusiva "API". Nuno Gomes Nabiam, Presidente da API presta declarações à imprensa.

 Radio Voz Do Povo 

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

ENTREVISTA SIC NOTÍCIAS: Ex-ministro da Administração Interna: "Estamos a criar um fenómeno de 'guetização' de uma população"

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Mariana Jerónimo  sicnoticias.pt   24 out.2024

Ângelo Correia defende que quando os problemas da sociedade não são revolvidos, é a segurança interna que "paga a fatura e tem de intervir". O ex-ministro da Administração Interna fala ainda da importância da disciplina de Cidadania para "formar cidadãos" e da adoção de câmeras 'bodycams' por parte das forças policiais.

Esta semana ficou marcada por diversos tumultos em vários concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML), na sequência da morte de Odair Moniz, na Cova da Moura, na Amadora. Em entrevista à SIC Notícias, Ângelo Correia analisa o panorama nacional na qualidade de especialista em segurança e ex-ministro da Administração Interna.

"Um ex-ministro da Administração Interna percebe sempre uma coisa. Quando os problemas da sociedade não são resolvidos, os problemas de identidade, de integração, de aculturação, de inclusão, de mobilidade, de capacidade e exercício laboral, de exercício estudantil. Quando nenhum destes problemas é resolvido, descambam todos sobre a segurança interna, que é quem paga a fatura e tem de intervir. O que é lamentável, mas é necessário", defende.

Na visão de Ângelo Correia, os acontecimentos dos últimos dias não são o resultado de uma "revolta dos bairros", mas de "grupos reduzidos de jovens".

"Estes fenómenos devem partir, em princípio, de dois tipos de grupos: há uns organizados e outros 'Ad hoc', que se formam e mobilizam através das redes sociais", explica.

O ex-ministro da Administração Interna evoca a necessidade e importância da disciplina de Cidadania nas escolas do país para "formar cidadãos".

"Todos estes jovens são pessoas marginalizadas pelo próprio sistema de vida que têm. E não têm integradores desportivos, culturais, sociais e económicos. Segundo lugar: há uma ausência completa de uma ideia de formação profissional sobre estas pessoas. Muitas vezes o Estado pensa que a melhor forma de tratar estas pessoas é com subsídios", frisa.

Para Ângelo Correia, o Estado português tem duas grandes falhas: a primeira é a nível global, uma vez que tem demonstrado uma falta de aproximação para com os conhecidos "bairros periféricos ou problemáticos" e os cidadãos que neles residem.

"O Estado está presente numa área que é do seu território, mas que as populações não sentem que é do seu território. Sem querer, nós estamos a criar um fenómeno de 'guetização' de uma população que está num Estado, mas o Estado não o serve", defende.

A segunda falha abrange as forças de segurança. O ex-ministro da Administração Interna refere a importância da adoção de 'bodycams' por parte dos agentes da autoridade.

"Há quantos anos se disse que era preciso as 'bodycams' para as pessoas. Isto é, uma câmera que filma tudo o que ele está a fazer e serve fundamentalmente de prova indicaria do comportamento, de uns ou outros".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, insistiu hoje, durante um encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que a invasão do país à Ucrânia é uma "violação" do direito internacional.

© ALEXANDER NEMENOV/POOL/AFP via Getty Images  Por Lusa   24/10/24 

Guterres insiste que invasão russa é "violação" do direito internacional

O secretário-geral da ONU, António Guterres, insistiu hoje, durante um encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que a invasão do país à Ucrânia é uma "violação" do direito internacional.

Guterres, que se reuniu com o presidente russo à margem da cimeira dos BRICS, em Kazan, na Rússia, "repetiu a sua posição de que a invasão russa da Ucrânia violou a Carta da ONU e o direito internacional", afirmou um porta-voz, em comunicado.

O responsável da ONU repetiu também o seu apoio a uma "paz justa", de acordo com a Carta e o direito internacional, e sublinhou ao presidente russo o seu compromisso com a "liberdade de navegação no Mar Negro", capital para a Ucrânia e para a segurança alimentar e energética global.

Enquanto isso, Vladimir Putin considerou que a sua relação com os Estados Unidos dependerá da atitude de Washington após as eleições norte-americanas e, a menos de duas semanas da votação, elogiou a sinceridade, segundo ele, do candidato republicano Donald Trump pelo seu desejo de estabelecer a paz na Ucrânia.

"O desenvolvimento das relações russo-americanas após as eleições dependerá dos Estados Unidos. Se eles estiverem abertos, nós também estaremos abertos. E se eles não quiserem, não precisamos de o fazer", declarou, antes da reunião com António Guterres.

Falando em "querer fazer tudo para acabar com o conflito na Ucrânia", o candidato republicano Donald Trump fez comentários "sinceros", elogiou Vladimir Putin.

Mas a paz só pode ser estabelecida "nas realidades" do campo de batalha e em nada mais, alertou o presidente russo, considerando que os ocidentais "não escondem o seu objetivo de infligir uma derrota estratégica" à Rússia, "cálculos ilusórios que só podem ser feitos por quem não conhece a história da Rússia e não tem em conta a sua unidade forjada ao longo dos séculos".

António Guterres e Vladimir Putin, que não se reuniam desde abril de 2022, discutiram também a situação no Médio Oriente, em particular "a necessidade absoluta de um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, bem como a necessidade de evitar uma nova escalada regional", de acordo com o comunicado da ONU.


Leia Também: A opositora russa no exílio Yulia Navalnaya lamentou hoje que o secretário-geral da NATO, António Guterres, tenha apertado, durante a cimeira dos BRICS em Kazan, a mão ao Presidente russo, Vladimir Putin, que descreveu como "um assassino". 

Moçambique: Daniel Chapo venceu eleição presidencial de Moçambique com 70,67%

© Lusa   Por Lusa   24/10/24  

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana anunciou hoje a vitória de Daniel Chapo (Frelimo) na eleição a Presidente da República de 09 de outubro, com 70,67% dos votos, resultados que ainda carecem da validação do Conselho Constitucional.

Segundo os resultados do apuramento geral das eleições de 09 de outubro, anunciados pelo presidente da CNE, Carlos Matsinhe, em Maputo, Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), venceu com mais de 50% dos votos em todos os círculos eleitorais do país, somando no total 4.912.762 votos.

Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), ficou em segundo lugar, com 20,32%, totalizando 1.412.517 votos.

Na terceira posição da eleição presidencial ficou Ossufo Momade, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), até agora maior partido da oposição, com 403.591 votos (5,81%), seguido de Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceiro partido parlamentar), com 223.066 votos (3,21%).

Votaram nesta eleição 43,48% dos mais de 17,1 milhões de eleitores inscritos.

Segundo Carlos Matsinhe, o apuramento eleitoral foi feito por consenso em 87% dos 154 distritos.

As eleições gerais de 09 de outubro incluíram as sétimas presidenciais - às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite de dois mandatos - em simultâneo com legislativas e para assembleias e governadores provinciais.

Antes de anunciar os resultados centralizados do apuramento geral, o presidente da CNE explicou que "ao longo do dia da votação e do processo de contagem de votos foram instaurados vários processos contenciosos junto dos tribunais judiciais", bem como "alguns canalizados ao Conselho Constitucional".

"Processos esses que se espera a tomada das decisões competentes. Entretanto, a CNE é obrigada pela lei a anunciar o resultado da votação até 15 dias após a votação (...), não podíamos esperar as decisões desses contenciosos", disse, admitindo que essas decisões "podem ter impacto nos resultados" hoje anunciados.

"O anúncio dos resultados não fecha todo o processo, até que tenha havido a validação dos resultados e a proclamação dos vencedores", acrescentou Carlos Matsinhe.

Após o apuramento intermédio, ao nível dos 154 distritos e depois nas províncias, a CNE tinha 15 dias para anunciar os resultados oficiais, cabendo agora ao Conselho Constitucional a proclamação dos resultados, após concluir a análise, também, dos recursos dos candidatos e partidos da oposição, neste caso sem prazo definido para esse efeito.

O anúncio dos resultados feito hoje pela CNE acontece no primeiro de dois dias de greve geral e manifestações em todo o país convocadas pelo candidato Venâncio Mondlane contra o processo eleitoral deste ano.

Nas eleições gerais de 15 de outubro de 2019, o candidato apoiado pela Frelimo, Filipe Nyusi, foi eleito para um segundo mandato como Presidente da República com 73,46% dos votos, seguido de Ossufo Momade, líder da Renamo, com 21,48%.

Em 2019 registou-se uma afluência às urnas, segundo os dados oficiais, de 52% dos mais de 13,1 milhões de eleitores inscritos para votar.

Nas eleições de 09 de outubro, segundo os dados apresentados hoje pela CNE, a Frelimo venceu ainda a votação para as assembleias provinciais em todas as provinciais, garantindo assim a manutenção de todos os dez governadores de província.

O processo eleitoral de 2024 tem sido criticado por observadores internacionais, que apontam várias irregularidades, bem como pela violência, com protestos na rua que levaram à intervenção da polícia com lançamento de gás lacrimogéneo e tiros para o ar, e pelo duplo homicídio de dois apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, o advogado Elvino Dias e o docente Paulo Guambe, mortos a tiro numa emboscada em Maputo na noite de 18 de outubro.


Líder do PAIGC e Coordenador do PAI_TERRA_RANKA, Domingos Simões Pereira reuniu-se hoje, quinta-feira (24.10) com o Presidente do Partido Aliança para a República (APR).


Radio Voz Do Povo

"Pequena". Zelensky despe 'farda' e veste t-shirt com dica para a Rússia.... "Tornar a Rússia pequena outra vez".

© Reprodução Youtube Presidência Ucraniana  Por Notícias ao Minuto    23/10/24  

Esta quarta-feira, o presidente ucraniano surgiu de forma diferente no habitual discurso noturno.

Estamos habituados a ver o presidente ucraniano, Volodomyr Zelensky, vestido de verde ou preto, com camisolas que têm estampado o brasão de armas da Ucrânia. Contudo, esta quarta-feira, o chefe de Estado quebrou a regra para deixar uma mensagem muito clara. 

No seu habitual discurso noturno, Zelensky 'despiu' aquela que já é vista como a sua 'farda' e apareceu vestido com uma t-shirt, preta, com uma mensagem a branco e vermelho, onde se lia: "Tornar a Rússia pequena outra vez".

Embora não seja claro no vídeo do discurso divulgado pela presidência ucraniana, a Nexta escreve que a camisola tinha ainda uma mapa do Grão-Ducado de Moscovo, de 1462, que incluía Moscovo, Suzdal e Vologda. Além disso, na parte de trás, compara o tamanho do principado com o tamanho da atual Federação Russa.

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.


Guiné-Bissau. O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, convocou hoje para sexta-feira os partidos e coligações às eleições legislativas de 24 de novembro sem a Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), vencedora das últimas legislativas realizadas no país em 2023.

@Gaitu Baldé DECLARAÇÃO, de presidente da República comandante supremo das Forças Armadas General Umaro Sissoco Embaló, Após a saída de Reunião com chefias militares na fortaleza Amura.

Por Lusa  24/10/24 

Presidente guineense convoca partidos para audiências sem PAI-Terra Ranka

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, convocou hoje para sexta-feira os partidos e coligações às eleições legislativas de 24 de novembro sem a Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), vencedora das últimas legislativas realizadas no país em 2023.

O chefe de Estado,, que falava hoje no quartel do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, explicou que não convocou a PAI-Terra Ranka, liderada por Domingos Simões Pereira, por este, alegadamente, ter faltado a uma outra convocatória por si feita no início deste mês.

Na altura, o líder da PAI-Terra Ranka, também presidente do parlamento guineense, afirmou que não compareceu na audiência com Embaló por não ter sido convocado enquanto segunda figura do país ou membro do Conselho de Estado.

"Chamei os partidos e coligações com exceção do PAI-Terra Ranka. Com estes, temos de conversar ainda", afirmou Sissoco Embaló, que não especificou os motivos das novas reuniões de sexta-feira.

"O Presidente não convida, convoca. Têm de me dizer porque não vieram da outra vez. Se o Presidente convocar, por valores republicanos, tens de responder, mesmo não estando de acordo com ele", sublinhou Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente guineense reuniu-se hoje, durante cerca de quatro horas, com as chefias militares, para, segundo disse, abordar as celebrações do dia das Forças Armadas, a 16 de novembro próximo.

Vestido de uniforme militar e a ostentar as quatro estrelas da sua patente de general do exército guineense na reserva, Sissoco Embaló, que estava ladeado das chefias militares, abordou igualmente as movimentações de líderes de organizações da sociedade civil nos últimos dias.

A sociedade civil, que se encontrou com Embaló e com várias forças políticas, quer que as eleições legislativas de 24 de novembro sejam adiadas para que a classe política possa abrir um diálogo nacional para a busca de entendimentos que dizem faltar ao país neste momento.

A plataforma da sociedade civil considera que realizar eleições legislativas quando se registam clivagens entre a classe política, que não se entende sobre o funcionamento do Supremo Tribunal de Justiça e do mandato da Comissão Nacional de Eleições, seria levar o país a problemas.

"Tomei nota das preocupações da sociedade civil, mas disse-lhes que cabe ao Governo e outros atores políticos avaliarem a situação, assim como a Comissão Nacional de Eleições", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

"A questão é o pós-eleições. A Guiné-Bissau já realizou várias eleições, se calhar somos o país do mundo que mais organiza eleições. Nunca um Governo da Guiné-Bissau, saído de eleições, chegou ao término do seu mandato", acrescentou o chefe de Estado guineense.

Umaro Sissoco Embaló observou também que José Mário Vaz, que o antecedeu na presidência guineense, é, até aqui, o único Presidente eleito a terminar o seu mandato, sem ser derrubado por golpe de Estado ou ser assassinado.

O Presidente guineense disse, contudo, que já tem preparado o seu cartão de eleitor para votar no dia 24 de novembro, salientando que caberá ao Governo analisar se existem ou não condições técnicas para o escrutínio ser realizado naquela data.

"O Presidente da República não organiza eleições. Recebe uma proposta de data, por parte do Governo, mesmo em caso de eleições presidenciais, mas até aqui o Governo não me disse para adiar as eleições legislativas de novembro", declarou.


Leia Também: Guiné-Bissau. Hoje, o Presidente da República reuniu-se com as chefias militares na Fortaleza de Amura para a tradicional reunião anual. 


Putin diz que Médio Oriente está "à beira de uma guerra total"... O Presidente russo apelou, mais uma vez, à "criação de um Estado palestiniano independente que coexista pacificamente com Israel".

Vladimir PutinAlexander Kazakov
Por sicnoticias.pt

O Presidente russo, Vladimir Putin, avisou esta quinta-feira que o Médio Oriente está "à beira de uma guerra total", referindo-se à escalada crescente dos conflitos entre os vários países da região.

"Os combates espalharam-se para o Líbano. Outros países da região também são afetados. O grau de confronto entre Israel e o Irão aumentou acentuadamente. Tudo isto se assemelha a uma reação em cadeia e coloca todo o Médio Oriente à beira de uma guerra total", alertou Putin, num discurso realizado na cimeira dos BRICS, em Kazan, Rússia.

"É necessário pôr fim à violência e dar ajuda vital às vítimas", acrescentou, perante cerca de 20 líderes, incluindo o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.

"A tarefa urgente é, sem dúvida, lançar um processo político abrangente para resolver o problema no Médio Oriente como um todo", defendeu Vladimir Putin, descrevendo as tensões na região como uma "fonte de preocupação".

"Esta é uma escalada de um conflito de longa data", disse.

O Presidente russo apelou, mais uma vez, à "criação de um Estado palestiniano independente que coexista pacificamente com Israel".

A Rússia, historicamente próxima de Israel, onde vive uma grande diáspora russa, reforçou, nos últimos meses, os seus laços com o Irão, inimigo de Israel e acusado pelo Ocidente de fornecer drones explosivos e mísseis de curto alcance ao exército russo.

Israel está, desde há pouco mais de um ano, envolvido em conflitos contra o grupo islamita palestiniano Hamas, a organização paramilitar xiita libanesa Hezbollah e o Irão.

A guerra no Médio Oriente começou com ataques inesperados, realizados em solo israelita no dia 7 de outubro de 2023, perpetrados por militantes do Hamas, levando o Governo de Israel a prometer aniquilar o grupo e a iniciar uma poderosa contraofensiva.

Logo no dia seguinte, o Hezbollah, grupo libanês pró-iraniano, começou a atacar as regiões israelitas que fazem fronteira entre os dois países e a receber represálias, sendo que o conflito já se tornou uma guerra aberta, tendo o Estado hebraico invadido o sul do país vizinho a 1 de outubro.

Também o Irão decidiu atacar Israel, argumentando querer responder aos ataques israelitas no Líbano, no final de setembro, que mataram um general iraniano e o líder do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, que Teerão apoia financeira e militarmente.

Israel prometeu fazer o Irão pagar pelo disparo de cerca de 200 mísseis contra o seu território a 1 deste mês, o que suscitou o receio de uma conflagração regional.

O grupo BRICS, inicialmente constituído pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, alargou-se para nove membros com a integração do Irão, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, e pretende tornar-se um poderoso contrapeso ao Ocidente.

O bloco representa os países com as maiores economias emergentes do mundo, mas a cimeira deste ano visa também angariar alianças para a Rússia já que Putin pretende demonstrar a existência de um "declínio do Ocidente".

Hoje, o Presidente da República reuniu-se com as chefias militares na Fortaleza de Amura para a tradicional reunião anual.

Um encontro de respeito à tradição militar e de diálogo sobre temas sensíveis da classe castrense, preparando-se para as comemorações do dia das Forças Armadas.
 

 Presidência da República da Guiné-Bissau / Gaitu Baldé

Especialistas chineses estão a investigar uma subida invulgar do nível do mar em várias zonas costeiras do nordeste e do sudeste da China, foi hoje noticiado.

© X/DXDWX999   Por Lusa  24/10/24 

Investigada invulgar subida do nível do mar no nordeste da China

Especialistas chineses estão a investigar uma subida invulgar do nível do mar em várias zonas costeiras do nordeste e do sudeste da China, foi hoje noticiado.

O fenómeno, que afetou principalmente as províncias de Hebei e Liaoning, no norte, causou inundações e obrigou à mobilização de uma resposta de emergência, surpreendeu tanto as autoridades como a população local, avançou o jornal de Hong Kong South China Morning Post.

O diretor do Gabinete de Previsão de Ondas de Maré do Centro Nacional de Previsão Ambiental Marinha, Fu Cifu, disse, citado pelo jornal, que uma subida tão súbita do nível da água, na ausência de vento e de ondas evidentes, "nunca tinha sido registada", nem a nível nacional nem internacional.

O nível do mar em várias zonas da região manteve-se cerca de um metro acima do normal durante mais de 20 horas, ultrapassando os registos históricos em várias estações de medição de marés na província de Liaoning.

As autoridades disseram que, embora as águas tenham começado a baixar após várias horas, os efeitos da vaga fizeram-se sentir nas províncias mais a sul, como Jiangsu (leste) e Fujian (sudeste).

Mesmo no mar do Sul da China, em regiões como Hong Kong e Macau, as marés estavam 30 centímetros mais altas do que o normal, acrescentou o jornal.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram estradas submersas em cidades do nordeste do país, como Dalian e Jinzhou.

A subida do nível do mar desencadeou uma resposta de emergência pelo Ministério dos Recursos Naturais da China, que mobilizou cinco equipas de peritos para inspecionar as áreas afetadas.

Um perito não identificado do ministério dos Recursos Naturais, citado pelo South China Morning Post, indicou que as oscilações das marés provocadas por uma tempestade, juntamente com as marés, começaram a ter impacto vários dias antes do evento.

Um fluxo de ar quente e húmido que se deslocava para norte, ao longo do rio Amarelo, encontrou uma frente fria que avançava do sul, resultando na formação de um ciclone do tipo tufão, que gerou uma tempestade na região, disse o perito, advertindo que "num contexto de anomalias climáticas globais, os fenómenos meteorológicos extremos podem chegar silenciosamente sem aviso".

A oscilação teria começado a 19 de outubro na baía de Bohai, propagou-se para sul e depois voltou a subir para Liaoning, onde coincidiu com a maré alta, provocando o fenómeno.

Nas redes sociais locais, meteorologistas amadores explicaram que a subida do nível do mar se deveu a uma combinação de fatores astronómicos, meteorológicos, oceanográficos e topográficos.

Entre esses fatores, observaram que o dia 20 de outubro coincidiu com a maré astronómica mais forte do ano, além de uma superlua recentemente registada, que aumentou as marés até 20 centímetros.

As autoridades não registaram até agora qualquer vítima.


FMI - REUNIÕES ANUAIS 2024 |

@ Ministério das Finanças

A delegação da Guiné-Bissau que está em Washington (EUA) para participar nas reuniões anuais do FMI e do grupo Banco Mundial, tem mantido encontros com as mais variadas entidades de cariz financeira e de desenvolvimento, que por esta altura do ano, reúnem em Bretton Woods, New Hampshire, para entre outros analisar e perspectivar a evolução da economia global. 

Este ano as discussões estão centradas em torno de questões como a desconexão entre mercados financeiros e geopolítica. 

Da agenda dos encontros, temas como a imperativa mudança nas políticas monetárias, da política fiscal e reformas que promovam o crescimento para elevar as expetativas a médio prazo, tem dominado os primeiros dias desses encontros que deverão manter-se até o próximo sábado, 26 de outubro.

Representam a Guiné-Bissau nestas Reuniões Anuais 2024, o Ministro das Finanças, Dr° Ilídio Vieira Té, Ministro da Economia, Plano e Integração Regional, Eng° Soares Sambu e a Governadora do BCEAO, Dra Zenaida Maria Lopes Cassamá.

@ministeriofinanças

Out 23 2024


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PR Umaro Sissoco Embalo, convoca líder da Aliança Patriótica Inclusiva, Eng. Nuno Gomes Nabiam para auscultação.

@Abel Djassi Primeiro

A Plataforma Republicana, "NÔ CUMPO GUINÉ" afirma estar pronta para as legislativas de 24 Novembro.

O Porta Voz, Afonso Té falava após a reunião da Coordenação que inclui líderes dos partidos integrantes da Plataforma Republicana. 


Radio Voz Do Povo

O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, demitiu cinco ministros e nomeou sete novos, numa importante remodelação do seu gabinete com o objetivo de tornar a sua administração mais eficiente, anunciou hoje o seu gabinete

© Lusa     Por Lusa   23/10/24 

 Presidente da República nigeriano remodela Governo no meio de crise

O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, demitiu cinco ministros e nomeou sete novos, numa importante remodelação do seu gabinete com o objetivo de tornar a sua administração mais eficiente, anunciou hoje o seu gabinete.

A mudança surge num momento em que se agravam as dificuldades económicas e a frustração com a administração do país mais populoso de África.

Tinubu nomeou novos ministros para a ajuda humanitária e a redução da pobreza, o comércio e o investimento, o trabalho e o desenvolvimento da pecuária, bem como ministros-adjuntos para os Negócios Estrangeiros, a Educação e a Habitação, segundo o comunicado.

Foram demitidos os ministros da Educação, do Turismo, da Condição Feminina e do Desenvolvimento da Juventude e o ministro-adjunto da Habitação.

Tinubu tomou posse no ano passado e introduziu reformas destinadas a reduzir as despesas públicas e a apoiar a diminuição dos investimentos estrangeiros.

Mas, mais de um ano depois, a taxa de inflação da Nigéria atingiu um máximo de 28 anos e a moeda, a naira, está em mínimos históricos em relação ao dólar.

A frustração com o elevado custo de vida originou vários protestos em massa nos últimos meses. Em agosto, pelo menos 20 pessoas foram mortas a tiro e centenas de outras foram detidas num protesto que exigia melhores oportunidades e empregos para os jovens.

Apesar de ser um dos principais produtores de petróleo bruto em África, a Nigéria continua a ser um dos países mais pobres do mundo. A corrupção crónica gera contrastes entre o estilo de vida dos funcionários públicos e o da população em geral, enquanto os profissionais de saúde fazem frequentemente greves para protestar contra os seus magros salários.

No ano passado, Tinubu aprovou despesas de milhões de dólares para o seu iate presidencial e veículos utilitários desportivos para a sua mulher e altos funcionários do Governo.


Leia Também: O número de mortos na explosão de um camião-cisterna na noite de terça-feira, no Estado de Jigawa, no norte da Nigéria, subiu de 153 para 170, anunciou hoje a polícia 

Hezbollah preparava ataque "ainda maior" do que 7 de outubro

© Lusa     Por Lusa  23/10/24 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que o movimento xiita libanês Hezbollah tinha em preparação um ataque ao seu país "ainda maior" do que aquele que o grupo palestiniano Hamas executou em 07 de outubro de 2023.

"A cem metros, a duzentos metros da fronteira [israelo-libanesa], encontrámos túneis que preparavam uma invasão de Israel, um ataque ainda maior do que o de 07 de outubro, com jipes, com motorizadas, com 'rockets', mísseis", afirmou Netanyahu, entrevistado pelo canal de notícias francês Cnews e pela rádio Europe 1.

Em meados de outubro, após a intensificação das operações militares de Israel e invasão terrestre do Líbano, o chefe do Governo tinha dito ao diário francês Le Figaro que "uma quantidade de armas russas de última geração" tinha sido encontrada pelo Exército em esconderijos do grupo armado apoiado pelo Irão no sul do país.

Após quase um ano de trocas de tiros com o Hezbollah na fronteira com o Líbano, Israel iniciou, no dia 23 de setembro, uma intensa campanha de ataques aéreos contra os bastiões da organização xiita e, logo a seguir, uma ofensiva terrestre no sul.

Israel alega que quer afastar o Hezbollah da sua fronteira e pôr fim aos seus ataques com 'rockets', de forma a permitir o regresso de cerca de 60 mil habitantes deslocados do norte do território.

O Hezbollah argumenta por sua vez que está a a agir em apoio do Hamas e abriu uma frente contra Israel em 08 de outubro de 2023, um dia após o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em solo israelita, onde matou mais de 1.200 pessoas, sobretudo civis, e levou outras 250 como reféns.

Em, retaliação, Israel desencadeou uma grande operação na Faixa de Gaza, deixando mais de 42 mil mortos, também na maioria civis, segundo números do governo local controlado pelo Hamas.

À semelhança dos últimos dias, as hostilidades prosseguiram hoje com o Hezbollah a anunciar que visou uma base militar israelita a sul de Haifa, a principal cidade do norte do país.

Em comunicado, o movimento xiita afirmou que os seus combatentes realizaram um ataque aéreo com "um esquadrão de 'drones' explosivos na base de Tirat Carmel", no terceiro ataque reivindicado pelo Hezbollah em Haifa e na sua região em menos de 24 horas.

As sirenes de alerta voltaram depois a soar no centro de Israel após "disparos de projéteis do Líbano", anunciou o Exército israelita em comunicado.

Enquanto o grupo armado libanês advertia que as forças israelitas não conseguiram tomar nenhuma localidade no Líbano e que repeliu hoje uma tentativa de infiltração perto de Aitaroun, no sul do país, os arredores de Beirute voltaram a ser bombardeados.

A agência de notícias estatal libanesa deu conta de ataques israelitas nos subúrbios sul de Beirute, um bastião do Hezbollah, um dos quais contra um apartamento no distrito de Jnah.

"Um drone inimigo teve como alvo um apartamento em Jnah, perto da antiga localização da embaixada iraniana", segundo a agência noticiosa, relatando outros ataques nos bairros de Ouzai e Haret Hreik.

As autoridades libanesas informaram hoje que mais 28 pessoas morreram e outras 139 ficaram feridas em bombardeamentos levados a cabo pelas forças israelitas durante o último dia, o que eleva o número total de mortos para 2.574 desde outubro de 2023, a maioria nas passadas quatro semanas.

O Ministério da Saúde Pública indicou que nas últimas 24 horas ocorreram pelo menos 74 ataques aéreos contra diferentes áreas do país, a maioria dos quais no sul, registando-se mais de 11 mil bombardeamentos em pouco mais de um ano.

A ofensiva israelita deixou ainda mais de 1,2 milhões de deslocados, segundo as autoridades de Beirute, e cerca de 334.800 cidadãos sírios e outros 150.100 libaneses fugiram da violência no Líbano para a Síria.


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